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CONTRACULTURA DIGITAL: A INFLUÊNCIA DO CIBERATIVISMO NAS


POLÍTICAS SOCIAIS DA CIDADE DE SÃO PAULO

Introdução

A contracultura é um movimento que surgiu nos Estados Unidos, no


período pós-guerra, e seguiu pelas décadas posteriores até os dias atuais,
quando se iniciou um modelo de mobilização e contestação social que se vale dos
novos meios de informação e comunicação.

O movimento de contracultura nasceu e ganhou força na década de 1960,


principalmente entre os jovens que, imbuídos de um espírito mais libertário,
inovaram com seu estilo, com suas formas de vestir, falar e de se posicionar
contra o sistema através de criticas e contestação radical às regras socioculturais
impostas pela sociedade conservadora da época. Surgiu, então, a cultura
underground, alterando a ordem do que foi estabelecido e imprimindo na cultura
mundial uma nova perspectiva.

A contracultura pregava uma sociedade traduzida na atitude e no


comportamento dos hippies, cujo lema era paz e amor. Esses grupos de pessoas
negavam, ou não se adaptavam, as visões aceitas pelo mundo, e tinham um
método bem diferente daquele apregoado pelos ‘revolucionários tradicionais’.
Eram contra as guerras, conflitos e qualquer tipo de repressão, valorizavam a
natureza, a vida comunitária, o respeito às minorias raciais e culturais, defendiam
o anticonsumismo e discordavam dos princípios do capitalismo e economia de
mercado, dentre outras.

A contracultura no Brasil, tal como em outros lugares da América ou da


Europa, não foi um único movimento coerente, mas um conjunto de atitudes,
ideias, e práticas que surgiram com a “esquerda” e se posicionaram contra o
regime conservador, mas que também articularam uma crítica às formas mais
convencionais de ativismo político, se posicionando contra o Estado ditatorial e os
valores sociais dominantes promovidos por ele.
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A contracultura ainda se encontra preservada em pequenos grupos sociais


e artísticos, que contestam alguns parâmetros estabelecidos pelo mercado
cultural, governos e movimentos tradicionalistas. Com o desenvolvimento das
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e o advento da internet, surge,
como desdobramento do movimento de contracultura, a contracultura digital.

As TICs representam uma alternativa aos meios de comunicação de massa


tradicionais e viabilizaram uma forma de ativismo pela internet, também chamada
de ativismo digital, usada para divulgar causas, fazer reivindicações e organizar
mobilizações ou, também, Ciberativismo.

O Ciberativismo tem se mostrado como uma das mais novas, importantes e


dinâmicas ferramentas de mobilização do novo século, realizando o conceito do it
yourself (faça você mesmo). Através da internet desenvolveu um meio de
comunicação de difícil controle, através da qual a militância divulga suas
propagandas ideológicas e políticas.

Os movimentos sociais de hoje adotam a estrutura das redes e são


essencialmente mobilizados em torno de valores culturais, e através destes
valores culturais objetivam conquistar poder sobre a mente (noopolitik), não sobre
o Estado (realpolitk). Tal como os atores políticos e econômicos, também se
globalizam os coletivos sociais, incorporando o que as novas tecnologias de
informação e comunicação melhor lhes oferecem, de forma a compensar a
desigual distribuição de recursos e poder.

Entende-se por “rede” todas as formas de organização, cuja estrutura se


caracteriza por elementos que se interligam e se relacionam a distância. Porém,
para que as redes se mantenham é fundamental que existam conexões e trocas
de informações permanentes, entre seus elementos.

No entender de Martinho (2003, p,8), “a figura da rede é a imagem mais


usada para designar ou qualificar sistemas, estruturas ou desenhos
organizacionais caracterizados por uma grande quantidade de elementos
(pessoas, [...], entidades, equipamentos etc) dispersos espacialmente e que
mantém alguma ligação entre si. É uma metáfora comum à nossa época, que
ainda pouco compreende a natureza do fenômeno da Internet e de seus efeitos e,
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portanto, tende a atribuir a toda situação de "interligação" características


presentes na rede de computadores[...]”.

Nessa perspectiva, o autor observa: “redes não podem ser confundidas


com articulações de grupos centralizadores, já que estas remetem a um projeto
deliberado de organização da ação humana, um padrão de integração que instiga
atores sociais a empreenderem, na busca de resultados, e na promoção de
transformação da realidade, com base no livre fluxo de informação, além de
ações cooperativas e participativas, voltadas à realização de ideais coletivos”.

Fazendo um resgate histórico da evolução do tema no Brasil, Martinho


(op.cit) discute que a organização dos movimentos sociais em rede começou a
ser observada, no País, nos anos 60, em função da necessidade de articulação
entre os atores sociais que lutavam contra a ditadura militar, defendiam a
democracia e os direitos humanos. Nos anos 80 e 90, com o uso de sistemas
pioneiros de comunicação a distância, por meio de computadores, a articulação
em rede ganhou novos contornos e dimensões.

Para Castells (2003, p.8), o desenvolvimento de tecnologias da informação


permitiu a articulação de uma variedade enorme de movimentos sociais e
organizações da sociedade civil. Manifestações contra a Organização Mundial do
Comércio (OMC), realizadas por movimentos sociais, nos últimos cinco anos, em
cidades como Seattle, Praga e Gênova são usadas como exemplos do poder da
sociedade em rede, fenômeno que também repercutiu positivamente nas edições
do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.

Discutindo a visão de Castells, Martinho (2003, p, 11) salienta que as


tecnologias da informação fornecem, na atualidade, a base material para a
impregnação em toda a estrutura social de uma “lógica de redes”, o que seria
determinante para a emergência de uma “sociedade em rede”. Para o autor, “tais
redes que, anteriormente, emergiam do relacionamento entre atores sociais e das
situações políticas que exigiam resposta coletiva, mas que mantinham uma
existência episódica, transformaram-se, propriamente, numa das principais
formas de organização permanente desses novos movimentos sociais. Uma
multifacetada constelação de ONGs, pessoas e grupos de afinidade em cada uma
das áreas da ação política e social humana – educação, saúde, cultura,
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assistência social, meio ambiente, gênero, defesa de direitos e economia


solidária, entre outros – passou a existir.

O Brasil foi pioneiro neste cenário de fortalecimento das redes sociais


quando se criou, em 1988, no país o Fórum Nacional Permanente de Entidades
Não-Governamentais de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente -
(Fórum DCA). Essa articulação resultou na aprovação pelo Congresso Nacional,
do Estatuto da Criança e do Adolescente, no início dos anos 90.

Apesar do pioneirismo do Brasil, o ativismo digital precisa ser fortalecido,


para tanto, depende de uma mobilização contra sistemas ditos de construção
coletiva, que, na verdade, impedem a livre participação de seus membros. Estes
obstáculos à formação de redes são percebidos pela dificuldade dos movimentos
sociais conseguirem aproveitar as possibilidades trazidas e o pleno potencial
dessas novas ferramentas de circulação de informação e mobilização, sobretudo,
as que se baseiam na Internet.

Pedro (2003, p.34) contribui também para esse debate, refletindo sobre as
redes suas estruturas e reais potencialidades: “[...] O que torna uma rede
forte,[...] é que cada um de seus pontos se apóia em outros – a força deixa de ser
um atributo individual para se tornar uma questão de relações e de alianças”.

Pedro argumenta, ainda, que o fortalecimento das redes decorre do apoio


que seus elementos conferem entre si, o que colabora para o entendimento do
seu caráter de construção coletiva. Segundo a autora:

O conceito de rede é interessante na medida em que permite lidar


com alguns embaraços trazidos por outros conceitos que lhe são
aparentados, como por exemplo, os de sistema, estrutura e complexidade.
Ao conceito de sistema, a noção de rede permitiria acrescentar uma certa
flexibilidade e um caráter de permanente redefinição, não exigindo,
portanto, totalização. Ao conceito de estrutura, a noção de rede parece
conferir uma historicidade, na medida em que não se define apenas por
sua forma mas, sobretudo, pela dinâmica que possibilita acompanhar a
gênese dos movimentos que transformam os feitos em fatos. Com relação
ao conceito de complexidade, a noção de rede pode oferecer uma certa
capacidade de operacionalização, permitindo que nos debrucemos sobre a
cotidianeidade dos acontecimentos e sobre as práticas que refletem o
próprio movimento de hibridação”. (ibid,ibid).
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No entanto, as potencialidades surgidas no âmbito da comunicação,


fundadas em práticas interativas do ciberativismo, do mesmo modo que inspira a
reflexão, pelas inúmeras possibilidades de difusão da informação e fortalecimento
da “sociedade em rede”, parece estar longe de deixar de ser um tema polêmico.
De um lado pode ser o caminho para a alienação do homem, com uma
comunicação sem rosto, escondida atrás de aparatos eletrônicos. De outro, o
mundo virtual são ferramentas de representação revolucionárias, uma vez que o
avanço da Internet, enquanto canal público de comunicação, facilitou a difusão de
informação livre de regulamentações e controles externos, e permite a abertura
do diálogo e o exercício da cidadania em esfera global, bem como, o
questionamento de hegemonias constituídas, portanto, deve ser inclusiva.

Embora tenham evoluído as condições de acesso à rede mundial de


computadores, estudiosos como Castells, para quem “a cidadania digital
(Netizen), objetiva reconstruir o mundo de baixo para cima”, apontam, a exclusão
digital como um dos grandes riscos trazidos pelo avanço da “sociedade em rede”.

Segundo reflexões do autor: “A influência das redes baseadas na Internet


vai além do número de seus usuários: diz respeito também à qualidade do uso.
Atividades econômicas, sociais, políticas e culturais por todo o planeta estão
sendo estruturadas pela Internet e em torno dela, como por outras redes de
computadores. [...] ser excluído dessas redes é sofrer uma das formas mais
danosas de exclusão em nossa economia e em nossa cultura”. (CASTELLS,
2003, p.8).

Observa-se que as novas tecnologias de informação e comunicação têm


sido objeto de reflexão e debates nos principais eventos acadêmicos nacionais e
internacionais, tanto da ciência política quanto de outros campos de estudos das
ciências humanas e sociais aplicadas, demonstrando vigor científico e atualidade
temática.

O que tece tais redes de coletivos sociais são relações, conflitos e


processos políticos e sociais que ocorrem na sociedade, cujas causas e
consequências se entrelaçam no cotidiano dos atores e são, cada vez mais,
compartilhadas entre eles. Assim como outros aspectos das relações sociais
mediadas por computadores, os conflitos e processos de mudança resplandecem
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e difundem-se nas redes telemáticas até conquistar mentes e alcançar o cotidiano


das pessoas.

O projeto “A CONTRACULTURA DIGITAL: A INFLUÊNCIA DO


CIBERATIVISMO NAS POLÍTICAS SOCIAIS DA CIDADE DE SÃO PAULO” se
propõe a analisar alguns dos principais casos de manifestações e movimentos
sociais que adotaram as TICs como meio de organização e ação política no
período de 2001 a 2012.

O objetivo geral do trabalho é avaliar se, de fato, a mobilização pela


internet alcançou os resultados esperados influenciando o desenvolvimento das
políticas sociais na cidade.

A pesquisa tem ainda por objetivos específicos avaliar os esforços


necessários para o desenvolvimento do ciberativismo, possibilitando, dessa
forma, a compreensão dos seus mecanismos de seu funcionamento. Além disso,
o trabalho se propõe a fazer um levantamento das principais iniciativas que
tiveram lugar na cidade de São Paulo. Trata-se de um trabalho necessário, que
ainda não foi feito, e que possibilitará uma visão mais ampla do desenvolvimento
do ativismo digital. Assim, é também objetivo específico da pesquisa sistematizar
esses movimentos a fim de se ter um mapa do ciberativismo na cidade de São
Paulo.

Problematização e Justificativa

Sendo a contracultura um movimento que define a posição de contradição


e entendida como experiência de uma quebra radical de continuidade na cultura
em que se vive, é um choque entre conceitos irreconciliáveis de vida.
Segundo Theodore Roszak (1972, p, 49), a contracultura é “uma cultura tão
radicalmente afastada dos pressupostos centrais da nossa sociedade que para
muitos, mal parece uma cultura, assumindo, pelo contrário, o aspecto alarmante
de uma irrupção barbárica”.
Neste sentido, a geração influenciada por esse contexto trouxe para o
centro do debate contracultural a questão tecnológica. A tecnocracia trazia a
ameaça de destruição e a promessa de liberdade.
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Inspirados por valores como o antiautoritarismo e pela defesa da libertação


sexual, explorando os estados de consciência, os jovens que protagonizaram a
rápida expansão da população universitária nos anos 1960 tem, nesse período,
como principal referência cultural os Estados Unidos, e política, a Europa,
particularmente, a França.
Segundo Goffman e Joy (2007, p. 312/313), é na América, “nesse peculiar
contexto de niilismo e jovialidade, otimismo tecnológico e poder militar excessivo”,
que começa a história da contracultura na segunda metade do século XX. De
acordo com os autores, na França, os jovens não tinham adotado o estilo
contracultural psicodélico no mesmo grau que nos Estados Unidos. Mas
apresentaram ao mundo uma cultura política radicalmente nova e contestatória.
No Brasil, a contracultura surge em diferentes circunstâncias históricas. A
contracultura brasileira, nas décadas de 1960 até meados de 1980, se posicionou
contra o estado ditatorial e os valores sociais dominantes promovidos por ele e
marcou as resistências culturais e políticas que resistiram à censura, ao controle
social e a violência militar, mas também entrou em conflito com setores da
esquerda tradicional, principalmente do partido comunista brasileiro, que promovia
valores sociais e culturais mais convencionais. a tropicália foi o principal ponto de
referência para a contracultura brasileira, no início dos anos 1970
Com o desenvolvimento dos meios de comunicação e com a chegada da
internet a rede mundial de computadores surge uma nova forma de ativismo, o
chamado Ciberativismo. O assunto tem recebido destaque acadêmico, através de
formulações científicas sobre os usos e impactos do ciberativismo. A discussão
surge perante o crescimento das novas tecnologias de informação e comunicação
(NTICs) instauradas pela complexificação das mediações sociais e as reflexões e
debates gerados sobre os impactos causados na sociedade.

Os movimentos sociais de hoje adotam a estrutura das redes e são


essencialmente mobilizados em torno de valores culturais. Essa postura
evidenciou a contribuição das políticas públicas para a promoção de diversidade
cultural na rede, a ampliação do acesso aos bens e serviços culturais e ao
conhecimento, o exercício dos direitos culturais, as interseções entre culturas
locais e globais, bem como o fortalecimento das possibilidades de
compartilhamento, cooperação e diálogo intercultural livre.
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A partir do sucesso da experiência de 1988, pioneira do Brasil, de


organização social em rede, formaram-se outras redes tecnosociais como a
Associação Brasileira de ONGs (ABONG), o Fórum Brasileiro de ONGs e
Movimentos Sociais, que realizou encontro paralelo durante a RIO-92. Essa
articulação, entre outros desdobramentos, deu origem à Rede Brasileira de
Educação Ambiental (REBEA), em 1992.

Para Rafael Araújo1 et. al

“Os mecanismos da Internet possibilitam que os grupos da


sociedade civil se articulem politicamente e socialmente para uma
participação mais efetiva e direta sobre o desenvolvimento das políticas
públicas; mas também cria mecanismos de mobilização e articulação dos
cidadãos, rompendo com o modelo gerencialista de gestão pública que
limitava o campo das políticas ao círculo da burocracia estatal e dos
gestores públicos, criando uma possibilidade de maior democratização e
participação pública.” (2011,p,5)

No livro a Galáxia da Internet, o sociólogo espanhol Manuel Castells,2


2003, traça um histórico da arquitetura aberta da rede e suas implicações sociais
e políticas, além de fazer uma análise interessante sobre esse novo panorama.

Ao longo da obra, Castells chama a atenção para as contradições criadas


pela Internet: “apesar de conectar grandes massas, exclui os que a ela não têm
acesso; embora promovendo a partilha das informações e criando valores
independentes da posição social do usuário, as interações virtuais e on-line
também podem gerar isolamento”. Segundo o autor “o Individualismo no mundo
contemporâneo também funciona em rede. Na internet explicitamos nossos
preconceitos, excluindo ou bloqueando todos aqueles que pensam de forma
diferente da nossa”.

Contudo é importante dizer que a contracultura digital tem um movimento


de oposição e tentativa de banalização, muito alto, por vezes grupos
desqualificados, e às vezes os movimentos sociais em si não compreendem o

1
Rafael de Paula Aguiar Araujo é Prof. Dr. da PUC-SP e da FESPSP, pesquisador do Núcleo de
Estudos em Arte Mídia e Política (NEAMP).
2
Manuel Castells é considerado o principal analista da Era da Informação e da Sociedade de
Rede, já tendo sido qualificado pela revista inglesa The Economist como o primeiro e mais
importante filósofo do ciberespaço. No livro, a Galáxia da Internet , analisa a Internet como
espinha dorsal das sociedades contemporâneas e da nova economia mundial, desvendando sua
lógica, suas imposições e a liberdade que ela nos dá.
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papel e como se utilizar o ciberativismo, tentando movimentar a camada


principalmente jovem a alienação, desqualificando assim, toda a proposta política
do processo.

Pretende-se, assim, reunir estudos que abordem as novas tecnologias da


informação e da comunicação e o impacto do ciberativismo sobre os indivíduos e
as diversas esferas de organização da sociedade e do estado.

O tema foi proposto a partir da percepção de que a cada dia, grupos de


pessoas criam diferentes formas de mobilização on-line. Por ser uma alternativa
mais democrática e acessível do que os meios de comunicação de massa
tradicionais, o ciberativismo pode ser praticado por qualquer pessoa que tenha
acesso à internet e de várias formas. A partir de ações individuais, conecta-se a
pessoas de todo o mundo por um objetivo comum, sejam eles, políticos,
ideológicos, sociais ou culturais.

No Brasil, as principais Redes Sociais são o Twitter, Facebook, Youtube e


Orkut. Neste cenário estão, ainda, os blogs, que hoje não são apenas páginas
pessoais na Internet, mas uma ferramenta de integração com as Redes Sociais.

Decisivos nas eleições presidenciais de 2010, o blog é um site cuja


estrutura permite a atualização rápida a partir dos chamados artigos, ou posts e
tem como característica a capacidade de leitores deixarem comentários de forma
a interagir com o autor e outros leitores. Estes são, em geral, tem como foco uma
temática proposta, podendo ser escritos por um número variável de pessoas, de
acordo com a política do blog e além de combinar texto, imagens e links para
outros blogs, páginas da Web e mídias relacionadas a seu tema.

A internet e as redes sociais permitiram que pessoas externassem opiniões


de forma contundente, sem o filtro dos meios de comunicação tradicionais. Neste
contexto, blogueiros ganharam importância – sendo inclusive incorporados pelos
veículos de comunicação –, surgiram os net-ativistas, muitos assuntos foram
levantados, protestos foram organizados. A sociedade encontrou nas novas
tecnologias uma forma de expressão direta e alguns especialistas, dentre eles, o
professor e sociólogo Rafael Araujo, o professor e escritor Paulo Nassar e o
sociólogo Sergio Amadeu, indicam a formação de uma nova opinião pública.
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Neste contexto, em que o ciberativismo surge como um método eficiente


de se organizar a sociedade, os blogs se caracterizam como importantes
ferramentas, uma vez que possibilita uma comunicação mais substantiva que
outros meios de comunicação de massa . A constatação dessa realidade e devido
a sua abrangência, entendemos que não poderia deixar de analisá-lo.

Estudos realizados por Araújo, Burgos e Penteado em que discute o papel


dos blogs de política para o desenvolvimento da democracia, concluiu que:

“os blogs são importantes ferramentas capazes de ampliar a


participação política, mas que, efetivamente, os debates estabelecidos
nos fóruns de discussão são superficiais, caracterizados pela falta de
qualidade dos argumentos, presença de avaliações morais, ausência de
propostas e análises críticas”. (2007, p, 159)

Esta realidade, porém, tem outro lado que os protagonistas dessa nova
opinião pública, entre eles as grandes empresas de tecnologia de informação,
blogueiros e net-ativistas, não mostram.

Como qualquer outro meio de informação, a Internet possui as suas


limitações. Há um grande controle sobre ela, realizado, sobretudo, por empresas
que monitoram os acessos e palavras digitadas pelos internautas, a fim de alocar
nos cantos das páginas os produtos que muito provavelmente poderão ser
comprados. O internauta acaba se deparando, como num passe de mágica,
diante de uma propaganda a partir do que a pouco havia digitado por algum
motivo qualquer.

Para Paulo Niccoli Ramirez3 há ainda uma outra modalidade de controle,


dentre tantas outras, diz respeito aos moderadores presentes nos fóruns de
discussão ou de debates de qualquer ordem.:

Estes moderadores são responsáveis pela imposição de limites


do que pode ou não ser discutido. Sua função é a de barrar possíveis
comentários, opiniões e perfis que não se adeqüem ao tema proposto.
Estas duas espécies de controle são, na maioria das vezes, silenciosas e
demonstram que a Internet não é um espaço de plena liberdade como
correntemente é anunciado, mas ao invés disso, um espaço virtual
destinado às postagens de mensagens críticas ou favoráveis, além de
navegações segundo as escolhas dos internautas, sempre sujeitas a
alguma forma de controle (Aurora,4 : 2009 p, 227).

3
Doutorando e Mestre em Ciências Sociais (PUC-SP) e Bacharel em filosofia (USP).
11

Na realidade, a Internet torna todos os usuários em moderadores. Estes


negam o envio de propagandas de pessoas desagradáveis com quem não
desejam mais se comunicar, adicionam outras que julgam adequadas manter
alguma forma de diálogo, criam quando bem entendem comunidades ou listas de
discussões e mantêm ou bloqueiam membros segundo a sua vontade.

Vale ressaltar, ainda, que o intercâmbio de ideias, as formações de


alianças, interconexões e reconfigurações constantes, são fenômenos permitidos
pelas redes, extremamente dependentes da comunicação.

Só quando há comunicação é que o conjunto se torna orgânico.


Nesse sentido, a rede depende dos processos de comunicação para
constituir-se como tal. A articulação das múltiplas lideranças e a devida
coordenação de suas ações diferenciadas só é possível mediante a troca
de informação. Este é o elemento regulador do sistema. (MARTINHO,
2003, p.40)

Já Trivinho (2005, p, 168) considera o fortalecimento do ciberespaço como


o fenômeno comunicacional mais significativo desde os estudos da Indústria
Cultural dos pesquisadores Adorno e Horkheimer, em meados do século passado,
considerado um período de grandes questionamentos a respeito do papel da
comunicação na sociedade. Ao conceituar o ciberespaço o autor argumenta que:

O conceito de ciberespaço diz respeito a uma estrutura


infoeletrônica transnacional de comunicação de dupla via em tempo real,
multimídia ou não, que permite a realização de trocas (personalizadas)
com alteridades virtuais (humanas ou artificial-inteligentes); ou, numa só
expressão conceitual, a uma estrutura virtual transnacional de
comunicação interativa. Além de pontuar a mudança de suporte dos
processos sócio-culturais e políticos (agora marcado pela imaterialidade
informática), a abolição do território geográfico e a interatividade prévia
com a máquina, com o software e com a imagem virtual [...]. (ibdem)

Assim, compreender tanto a dinâmica das redes sociais como a sua


capacidade de estabelecer novas conexões por meio da Internet são desafios que
exigirão cada vez mais estudos sobre o alcance social dos processos de
comunicação, sobretudo, os mediados pelas novas tecnologias da informação.
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O tema ainda é alvo de inúmeras controvérsias, e, embora venha


suscitando mais questionamentos, do que encontrando respostas, há que se
pensar no desenvolvimento de novas pesquisas capazes de evidenciar os
potenciais e obstáculos que envolvem as “interconexões dos nós”, criadas com
objetivo de facilitar o diálogo entre inúmeros atores sociais e favorecer
construções coletivas capazes de transformar realidades.

A rede converteu-se em um espaço público fundamental para o


fortalecimento das demandas dos atores da sociedade civil, que
conseguem contornar a desigualdade de recursos para ampliar alcance de
suas ações e desenvolver estratégias de luta mais eficazes. Ela é um
espaço público que possibilita novos caminhos para interação política,
social e econômica, principalmente pelo fato de que nela qualquer cidadão
pode assumir, ao mesmo tempo, uma variedade enorme de papéis - como
cidadão, militante, editor, distribuidor, consumidor, etc. -, superando as
barreiras geográficas e, até certo ponto, as limitações econômicas
(MACHADO4, (2003) XI Congresso da Sociedade Brasileira de Sociologia,
Campinas, Brasil).

Em artigos inéditos para a Revista e nº 180, o professor e escritor Paulo

Nassar e o sociólogo Sergio Amadeu analisam o fenômeno.

Essa ideia de um mundo bom, cognitivo, integrado pela comunicação


digital é segundo Paulo Nassar5: “constituída seletivamente de atributos positivos
inerentes aos relacionamentos, dentre eles, a possibilidade de formar pela
conversação e colaboração abertas, em nível mundial, superando todo o tipo de
diferença cultural, histórica, política e econômica, uma nova opinião pública, que
produz ações conjugadas, agora em um ambiente sociotécnico, quase pós-
humano, híbrido de humanidade, gadgets e redes telemáticas”.

Uma vez que tem dentre os seus meios de comunicação, protagonistas


descentralizados e móveis como smartphones e notebooks, em que se aninham
as redes sociais, essa nova opinião publica, que se forma, diferencia da opinião

4
MACHADO, Jorge Alberto Silva. É professor-doutor da Escola de Artes, Ciências e
Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo. Graduado em Ciências Sociais pela USP-
SP , doutor em Sociologia pela Universidade de Granada e pós-doutorado na Universidade de
Campinas (2004). Realiza pesquisas junto ao GPOPAI (Grupo de Estudos em Políticas Públicas
de Acesso à Informação).
5
Paulo Nassar é escritor e professor doutor da Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo (ECA-USP).
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publica tradicional controlada por interesses privados e poderes estatais, devido a


sua abrangência, velocidade, transparência, independência e eficácia.

Ressalte-se, no entanto, que, por conta desta eficácia, velocidade e


alcance, essa nova esfera pública constitui-se, também de atributos negativos que
necessita de um olhar mais cuidadoso, principalmente aqueles referentes à
produção das informações em termos de quantidade e qualidade.

Neste sentido, o autor ainda salienta:

Essa produção mediática da multidão, muitas vezes formatada


sem preocupações técnicas, éticas e estéticas, com certeza não contribui
para a consolidação de uma conversação democrática, que respeite a
alteridade, dê tempo ao contraditório e à comunicação. Essa nova opinião
pública é rápida em linchamentos simbólicos, em expressar preconceitos
homofóbicos, xenofóbicos, racistas [...] em blogs e redes sociais [...].
(Revista e, 2012, p,43).

Para o autor, em seu âmbito, os limites entre o público e o privado


praticamente não existem. Na atualidade, a significação da informação –
tradicionalmente ligada às experiências vivenciadas no cotidiano, tais como os
momentos de comensalidade, conversação, de buscar consenso ou
simplesmente conviver,foi substituída pelo consumo da informação. Já de
acordo com sociólogo Sergio Amadeu (2012) 6, a relevância social do tema deriva
de que essa questão tem motivado inúmeras pesquisas e debates acalorados
entre acadêmicos, pesquisadores e ativistas. O ponto central da polêmica está em
saber se a internet alterou o ecossistema comunicacional a ponto de criar novas
possibilidades para a opinião pública. A resposta não é simples, mas sua
comprovação é empírica. Para o autor:

A internet inverteu o ecossistema comunicacional. O difícil não é


falar. Agora, o grande problema é ser ouvido. Todavia, quando alguém fala
algo que todos queriam ouvir, uma onda imediatamente se forma no
oceano informacional e pode gerar ações concretas nas ruas, nos
mercados, nas bolsas de valores. Exemplos não faltam. Do movimento
Democracya Real Ya, na Espanha, ao Churrasco da Gente Diferenciada,

6
Sergio Amadeu é sociólogo e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP),
professor adjunto da Universidade Federal do ABC (UFABC) e autor de Exclusão Digital: A Miséria
na Era da Informação (Fundação Perseu Abramo, 2001) e Software Livre: A Luta pela Liberdade
do Conhecimento (Fundação Perseu Abramo, 2004
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no Brasil, passando pela pressão em rede contra o AI-5 Digital e pela


intensa reprovação do comportamento sexista agressivo no BBB,
obrigando a Rede Globo tomar providências imediatas requeridas pelo seu
público. (Revista e, 2012, p,45).

Levando em consideração essa abordagem, faz-se necessário um estudo


que nos permita conhecer a forma pela qual estamos utilizando deste espaço no
Brasil, e mais especificamente na cidade de são Paulo. De que forma o
Ciberativismo vem modificando os valores culturais da sociedade? É realmente
uma ferramenta eficiente de mobilização social? Está o Ciberativismo atingindo
uma parcela considerável da população? Qual a influência do Ciberativismo nas
políticas sociais da cidade de São Paulo? É o ativismo digital uma nova esfera
pública realmente inclusiva ou apenas um meio de consumo rápido em escala
exorbitante, que não se transforma em sabedoria?

Essas são algumas das questões que este estudo se propõe. Para tanto se
fará um levantamento dos movimentos ocorridos no período de 10 anos na cidade
de são Paulo, citando, como exemplo, A Lei Azeredo (2008), Churrascão da
Gente Diferenciada (2011), o festival moinho vivo (2012), e buscar-se-a conhecer
de outros movimentos como: O caso Somos Todos Pinheirinho (2012). O Fórum
Social Mundial (2001) em Porto alegre; Revolta do buzu (Salvador) (2003); Fora
Sarney (Twitter) 2008; A Marcha da Liberdade/Maconha (Brasil) (2011); e mais
recente em 2012, o Movimento desocupa (Salvador), e ainda, as eleições
presidenciais em 2010 onde a internet foi meio decisório nas abordagens, com o
surgimento de grande números de blogs políticos.

É através do conhecimento, do desenvolvimento do senso-crítico, que se


forma um ser humano, ético, socialmente ativo e ciente de seus deveres e
direitos.
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Objetivos

São inúmeros, os desafios relativos ao acesso à informação, via Internet,


no sentido de fortalecimento das redes sociais. Entre eles, há que se pensar em
alternativas de avanço no processo de inclusão digital, uma vez que, cada vez
mais a internet se populariza no mundo, conectando cidadãos de todas as
classes, credos e outros tipos de diferenciação, entre um individuo e outro. O
compartilhamento de informações, a novidade, a velocidade e a potencialização
ao planeta de uma opinião, ideias, anseios ou critica e a associação de pessoas
em torno destas, é motivo de atenção tanto para as grandes corporações quanto
para os governos.

Consolida-se, cada vez mais, a tendência de que a maior parte dos


movimentos sociais através da Rede se oriente por valores universais, como
direitos humanos, de minorias, liberdade de expressão, entre outros,
reivindicando as garantias das leis de um Estado democrático - mesmo que seja
para contestá-lo. Tais valores, por serem cada vez mais aceitos, criam fortes
identificações que facilitam a integração no plano axiológico e simbólico dos
movimentos sociais. A partir de tal interpretação, vê-se uma intersecção bastante
favorável para que ocorra essa conexão em redes entre os movimentos sociais.

Neste sentido, O objetivo geral do trabalho é avaliar se, de fato, a


mobilização pela internet alcançou os resultados esperados influenciando o
desenvolvimento das políticas sociais na cidade de São Paulo, bem como, os
esforços necessários para o desenvolvimento do ciberativismo, possibilitando,
dessa forma, a compreensão dos seus mecanismos e de seu funcionamento. A
comunicação nesse processo, não só é o meio pelo qual, se dá a interação, mas,
sobretudo, insumo necessário à organização da rede.

Além disso, o trabalho se propõe a fazer um levantamento das principais


iniciativas que tiveram lugar na cidade de São Paulo. Trata-se de um trabalho
necessário, que ainda não foi feito, e que possibilitará uma visão mais ampla do
desenvolvimento do ativismo digital. Assim, é também objetivo específico da
pesquisa sistematizar esses movimentos a fim de se ter um mapa do
ciberativismo na cidade de São Paulo.
16

Conforme artigo do sociólogo Paulo Niccoli Ramirez, publicado na Revista


Aurora, 4: 2009:

A Internet é o espaço artificial criado pelo engenho humano que,


por excelência, tornou-se destinado à exposição de caprichos e gostos
particulares dos indivíduos (interessados em se expor para uma eventual
massa de conhecidos e desconhecidos), que encontram afinidades
eletivas ou, até mesmo, expõem suas aversões em relação aos “outros”
grupos ou formas de existência. Corresponde a uma prática social que se
alastra à medida que novas pessoas ingressam nessa nova modalidade
de espaço, por meio de troca de arquivos, debate das mais variadas
espécies, leituras de notícias e pelo acesso aos recursos audiovisuais.
(p.220).

Neste sentido esta pesquisa se apresenta como um importante objeto de


estudos em ciências sociais.

Procedimentos de Pesquisa e Cronograma de Atividades

Com o desenvolvimento dos meios de comunicação e com a chegada da


internet, os movimentos sociais de hoje adotam a estrutura das redes e são
essencialmente mobilizados em torno de valores culturais. Essa postura
evidenciou a contribuição das políticas públicas para a promoção de diversidade
cultural na rede.

Por ser uma alternativa mais democrática e acessível do que os meios de


comunicação de massa tradicionais, diferenciados pela sua abrangência, sua
independência, velocidade e transparência, esse novo veículo tem, dentre os
seus meios de comunicação, protagonistas descentralizados e móveis como
smartphones e notebooks, em que se aninham as redes sociais.

Neste sentido, o ativismo digital pode ser praticado por qualquer pessoa
que tenha acesso à internet e de várias formas. A partir de ações individuais,
conectamos a pessoas de todo o mundo por um objetivo comum, sejam eles,
políticos, ideológicos, sociais ou culturais. Entende-se, portanto, da necessidade
de analisá-lo, bem como de contribuir para que seu uso seja em prol do bem
comum, bem como, suas influências mobilizadoras na construção de políticas
públicas inclusivas no sentido de levar conhecimento, sabedoria e
conscientização à maioria da população brasileira.
17

Para o alcance dos objetivos proposto neste projeto, será feito,


inicialmente, um levantamento bibliográfico sobre temas relacionados ao assunto,
seus conceitos e abrangência, em livros, artigos de revistas, paginas da web,
sites, periódicos etc.

Concomitantemente ao estudo dessa bibliografia, para avaliar se de fato, o


ativismo digital alcançou a mobilização e o resultado esperado, resultando em
influencia no desenvolvimento das políticas sociais na cidade de São Paulo, para
a promoção do bem comum, pretende- se apresentar estudos de casos, tendo
como foco movimentos iniciados na Cidade de São Paulo, tais como: a Lei
Azeredo (2008), Churrascão da Gente Diferenciada (2011), o festival moinho vivo
(2012).
Para determinar os esforços necessários para que a Política de
Ciberativismo se estabilize e, como ele pode alcançar uma camada maior da
população paulistana, auxiliando na cultura, educação e políticas em geral, fará-
se-a pesquisa com base teórica, e de campo exploratória. Para tanto além dos
estudos dos casos acima citados, buscaremos conhecer de outros movimentos
como: O caso Somos Todos Pinheirinho (2012). O Fórum Social Mundial (2001)
em Porto alegre; Revolta do buzu (Salvador) (2003); Fora Sarney (Twitter) 2008;
A Marcha da Liberdade/Maconha (Brasil) (2011); e mais recente em 2012
Movimento desocupa (Salvador), e ainda, boom midiático das eleições
presidenciais em 2010 onde a internet foi meio decisório nas abordagens, com o
grande números de blogs políticos e uma estrutura que se mantém até hoje.

Conhecer estas manifestações, é importante para que se possa, utilizando


de pesquisas documentais, analisar o alcance de tais manifestações
quantitativamente e através de uma tabela comparativa de seus acertos ou falhas,
apresentar sugestões que possam possibilitar o alcance dos objetivos pretendidos
por tais projetos. Medidas estas, que proporcionarão maior eficácia na sua
aplicabilidade.

De acordo com as atividades a serem cumpridas observar-se-a o seguinte


cronograma:
18

ATIVIDADES PERIODO/MESES
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
01 Levantamento de literatura
02 Leitura e Identificação das fontes
de obtenção dos dados
03 Reunião de orientação
04 Coleta dos dados
05 Elaboração do relatório com os
resultados das atividades de
pesquisa (após 4 meses)
06 Pesquisa documental e de campo
exploratória
07 Análise e interpretação dos dados
08 Reunião de orientação
09 Elaboração do relatório com os
resultados parciais da pesquisa
(após sete meses)
10 Revisão bibliográfica
11 Redação preliminar
12 Reunião orientação final
13 Revisão do texto e redação final
14 Apresentação dos resultados
finais da pesquisa

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