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TEXTO:

RENDÓN-ROJAS, M. Á.; GARCÍA CERVANTES, A. L. El sujeto


informacional en el contexto contemporâneo: un análisis desde la epistemología de la
identidad comunitariainformacional. Encontros Bibli: revista eletrônica de
biblioteconomia e ciência da informação, Florianópolis, v. 17, n. 33, p. 30-45, jan./abr.
2012.
Os autores Miguel Ángel Rendón-Rojas e Alejandro García-Cervantes sugerem
um estudo teórico-metodológica da Epistemologia da Identidade Comunitária
Informacional (EIC-I) buscando explorar as relações sociais, processos culturais e
padrões de significados de comunidades, incluindo comunidades em situação de
vulnerabilidade, abrangendo mudanças sociais no mundo contemporâneo e tentando
compreender suas reais demandas informacionais. De maneira geral “podemos dizer
que o objetivo da epistemologia social é identificar as forças e influências sociais que
institucionalizam as crenças em comunidades e determinam ou condicionam as formas
de produção, organização, circulação e uso do conhecimento” (MORENO JIMÉNEZ,
2008).
Neste prisma, entende-se que o uso da EIC-I permite apontar os momentos que
interferem no surgimento dos denominados sujeitos informacionais que, segundo os
autores (XXX, ano X) são aqueles que emergem de um determinado contexto se
questionando para exigir e articular novas ideias. Esse movimento caracteriza uma
importante contribuição para definir as demandas concretas de informação nos enclaves
socioculturais e permitir que populações de camadas menos favorecidas tenham as
condições necessárias para se informar e participar de comunidades mais justas e
acolhedoras (p.32 e 33). Conectivo:
“Atualmente os sujeitos buscam informação específica
para responder a acontecimentos questionadores na vida
cotidiana. As intuições sociais do Estado portadoras do saber
(escolas, bibliotecas, museus etc.) formadoras de sujeitos
cognoscentes, destinam-se à um pequeno e exclusivo setor da
população. O acesso à informação é uma tarefa destinada aos
governos vigentes, sendo indispensável que se redefina o rol das
unidades de informação em um plano institucionalizado –
burocrático- para pensar em entidades de informação na
comunidade” (SHERA, 1990).
O texto (XXX, ano X) discute a responsabilidade das instituições e do Estado na
reprodução, distribuição e acesso à informação, salientando a nova perspectiva
comunicacional e o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação no atual cenário
capitalista contemporâneo. Para os autores (XXX, ano X), à medida que esse sistema
oferece um bem-estar social ocorre também a perda de identidades regionais, culturais,
religiosas, étnicas e de gênero. Assim como os fluxos de informação através dos meios
massivos de comunicação produzem efeitos igualmente indistintos, informando e
desinformando. (p.37) conectivo
“Não é difícil constatar que no mundo atual a
desigualdade tanto entre nações como habitantes em um mesmo
país está maior. Ao mesmo tempo que se apresenta que o eixo
da comunicação na era da globalização se dá a partir da
implementação das Tecnologias da Informação e Comunicação
(TIC), as quais facilitam os processos comunicativos e
diminuem as fronteiras, paradoxalmente afastam os contatos
pessoais imediatos. Atualmente, nas chamadas sociedades de
informação e de conhecimento, se dá uma relação impessoal,
uma era de vícios dialógicos: o individualismo contemporâneo”
(LIPOVETSKY, 1988).
Os autores (XXX, ano X) contextualizam o capital econômico e o capital
cultural como medidas determinantes para a construção do espaço social em que o
sujeito está inserido e sua posição da sociedade. É a partir dessa atual realidade
excludente e contextualizada que podemos observar, segundo Canclini (1990), a
construção de novos espaços alternativos que vão na contramão ao modelo globalizador,
resultando em novos meios de ser e fazer e de novas identidades sociais híbridas.
conectivo
A posição de qualquer indivíduo, grupo ou instituição no
espaço social pode então localizar-se mediante duas
coordenadas: o volume total e a composição do capital que
detém. Uma terceira coordenada, a variação no tempo deste
volume e dessa composição, registra sua trajetória através do
espaço social e fornece pistas inestimáveis sobre seus hábitos,
revelando a maneira e o caminho pelo qual alcançaram a
posição que ocupam hoje (WACQUANT, 2005, p. 63).
O estudo aborda que o sujeito informacional se manifesta através de seus
contextos econômicos e culturais, ocupando e contestando os espaços sociais, além de
determinar múltiplas articulações informacionais e políticas nos espaços informacionais
em que estão inseridos para resolver problemas coletivos. Entende-se que é por meio da
apropriação da informação e do conhecimento que o sujeito deve organizar-se a favor
da transformação da realidade social e em prevenção da desordem. Torna-se
responsabilidade dos profissionais da informação, conhecer as comunidades afundo,
gerenciar e organizar a informação documental produzida.
Diante dessa reflexão, fica o questionamento de como e com quais ferramentas o
indivíduo pode se prevenir das dificuldades ao acesso às informações e como se blindar
da distribuição de informações falsas e manipuladas mediante o atual contexto
informacional E como os profissionais da informação devem exercer e aprofundar seu
compromisso com a verdade atingindo todas as camadas sociais no cenário brasileiro¿
- Papel do sujeito na produção da informação e do conhecimento
- Impacto da tecnologia digital na vida das pessoas
- Papel do profissional da informação na gestão e preservação de documentos
digitais
Referências bibliográficas:
RENDÓN-ROJAS, M. Á.; GARCÍA CERVANTES, A. L. El sujeto
informacional en el contexto contemporâneo: un análisis desde la epistemología de la
identidad comunitariainformacional. Encontros Bibli: revista eletrônica de
biblioteconomia e ciência da informação, Florianópolis, v. 17, n. 33, p. 30-45, jan./abr.
2012.
CRUZ, R. C.; ARAÚJO, C. A. Á. Sujeito informacional, conceito em
emergência: uma revisão teórico-conceitual de periódicos Ibero-
Americanos. Informação & Sociedade: Estudos, v.30, n.1, 2020.

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