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COLEGAO REINO DE DEUS ORIXAS, CABOCLOS E GUIAS ~ DEU- SES OU DEMONIOS ? (Bispo Macedo) 0 Livro que estava faltando. Elucidativo e pritico, esse livro ndo é somente uma luz que brilha em relago a0 assunto, como também um relatério profundo e esclare: cedor sobre os deménios. ANJOS — SERES MISTERIOSOS DE DEUS (Bispo Macedo) — Quem sJo os anjos, como atuam em sua missao terres tre © qual o tipo de relacionamento que mantém com a humanidade ? Essas ¢ ‘outras perguntas so respondidas com rica base biblica neste Livro RELIGIOES. SEITAS E HERESIAS (1 Cabral) — Obra de extraordindria anise, uz, da Biblia, das Religives, scitas he resias que vém, no decorrer dos séculos, enganando a humanidade, O autor mos ‘a com profundo conhecimento da By bilia, a historia € a falsidade dos ensina smentos que elas transmitem: VIDA COM ABUNDANCIA —(Bispo Macedo) — Aprenda como viver uma vida ‘com abundancia, digna de um verdadeiro filho de Deus. Os segredos para receber de Deus as maiores bénedos para a sua vida Q DESPERTAR DA FE (Dipo Macedo) tor nos dé a receita da fé explosiva, ioe ene que caute. tiza feridas e abrasa deménios, da fé que 86 por sua intensidade jd agride as douti- nas preconceltuosas e tradicionaistas dos ‘que se valem de ta sentimento apenas co- ‘mo roupagem superficial a ser vestida so: clal e eventustmente, 8 por Rewmbolso Post jOUSTAIA E COMERCIO LTDA, LIBERTAGAO DA TEOLOGIA A LIBERTAGAO DA TEOLOGIA BIsPO MACEDO A LIBERTAC AO DA TEOLOGIA COLEGAO REINO DE DEUS Colegdo REINO DE DEUS ALIBERTAGAO DA TEOLOGIA. Editado por: UNIVERSAL PRODUGOES — IND. E COM. Caixa Postal 264 Rio de Janeiro — RU 2 EDICAO — 20.000 Exemplares DIREITOS RESERVADOS INTRODUGAO « --- cariruLo! STIBERTACAO DA TEOLOGIA ccareruto it (08 “ISMOS” DO PENSAMENTO HUMANO .. 19 caPrruto it |AVERDADEIRA NECESSIDADE carirutoiy SUIBERTAGRODOPENSAMENTO ...... 39 capiruto v (OS PERIGOSOS EXTREMOS DA CRENCA.. 49 capiruto vi RELIGIAO, CONFLITO DE IDEIAS ....... $7 caPrTULo vit NADA DE SABEDORIA HUMANA . 65 caprruto vit BIBLIA, UM LIVRO DE EXPERIENCIAS ... 75 capiruLo 1x EXPERIENCIA COM DEUS . ‘caprruto x RELACIONAMENTO COM DEUS caprruto xi ‘AMIZADE COM DEUS . camrUL0 x AVERDADEIRA Lut carrruo xi) INDO O TEMPO. cariruvo xiy DEMONSTRACAO DE PoDER caPtruvo xv ALOUCURA DA PREGACKO CAPITULO xvi RIOS DE AGUA viva PITULO xvi OESPIRITO SANTOE A RELIGIAO un uy 1 in Ass ‘ne INTRODUGAO “pelo que diz: Desperta, tu que dormes ¢ levanta-te dente os mortos, ¢ Cristo te ilumi- nar.” Efésios 5:14. Teologia, mais que “estudo de Deus”, ¢ também “inteligéneia da £8", ou seja, 2 £6 co- Jocada ‘em termos de raciocinio ¢ reflexo. A reflexdo teolégica pode ser considerada uma atividade intelectual, algo como pré-compreen So de uma f6 a ser experimentada, praticada e vivida Nao somente a Igreja Romana, mas tam- bém o protestantismo liberal tem associado 3 Teologia varios termos que a dividem, denomi- nando as divisées de ‘“fungdes”. Assim, estu- dam @ Teologia & luz dos acontecimentos his- toricos e socials, e argumentam que, sem atua- lizagfo, ela 6 uma falsa teologia. © que tem acontecido, inevitavelmente, 6 © desvio do pensamento humano da cause, para o efeito, Estudam-se os efeitos as corren: ‘es, a8 fungdes e as concepgBes e se esquecem a causa principal — Deus. A Teologia que deveria ser 0 “‘estudo de Deus”, tem sido na realidade 0 “estudo dos estudos de Deus”, ¢ o que ndo se pode evitar & ‘que cada vez mais 0 homem vai criando “‘is- mos" e abstracdes, desviando-se totalmente das bases biblicas que revelam Deus. Desta manei- 12.0 “Deus” dos cristos modernos no é mais © Deus da Biblia, mas 0 “Deus” dos teblogos dos conciios ¢ das teses. © leitor pode se lembrar dos primeiros dias ou meses da sua conversio ? Jé observou ‘um novo convertido ?. Sua vida tem um novo sentido; um inexplicével processo de transfor. macao atribuido ao Espirito Santo comeca a acontecer em seu caréter; seus pensamentos, suas palavras e suas agdes se voltam totalmente 4 6 que abracou; sente ardente descjo de par tilhé-la, de levar seus parentes, amigos e seme thantes a abracar a sua crenga, a qual divuloa ‘ou defende com unhas e dentes. ‘Seu prazer esté em comungar com outres pessoas a sua fé e sous planos estio diretamente ligados &s suas atividades dentro da comunide de crist em que vive. Este é um perfil do no- vo-crente, e deveria acompanhi-lo enquanto vi: esse. ‘A verdadeira lgroja de Jesus Cristo preci sa voltar 8s suas origens. J6 se pregaram refor ‘mas, avivamentos, ¢ reavivamentos, mas 2 ne- cessidade da lgreja dos nosso dias é de DES- PERTAMENTO! Despertemos para 0 verdadeiro cristianis- mo, para a verdadeira pregaggo, para a nosse \erdadeira funcSo e para a verdadeira FE! CAPITULO! A LIBERTAGAO DA TEOLOGIA “A TEOLOGIA TRANSFORMA OS: SEGUIDORES DE CRISTO EM CATOLICOS, EVANGELICOS. CARISMATICOS, PENTECOSTAIS, TRADICIONAIS, RENOVADOS, REAVIVADOS, ORTODOXOS, ETC. QUE DESGRACA! A LIBERTACAO DA TEOLOGIA es “Porque Cristo mio me enviou para baticar, mas para pregar o evangeiha; ndo en sabetoria dv polars, pera ky 88 toner it @ crut de Cristo. Visto como na sabetoria de Deus o murnto pola sua sabedoria nv corihe. cou 4 Devs, aorove & Deus sa/sar pela foucu- ra 8a presn'h) 08 que orton. Mas para of que S40 chamiadas tanto judeus come gregos, Cusco. poder de Deus, @ sabedoria de Deus.” TConintios 1317, 20e 24, 0 religioso tenta explicar Deus; 0 cristo compreendé-lo. Da tentativa em explicar Deus. surgiu @ TEOLOGIA, que abrange w= os ramos: dogmatica, moral, ascética, mis tice, sistemdtica, exevetica, pastoral, ete. Todas as formas e todos os ramos da Teologie so fOteis, N3o passam de emaranha- dos de idéias que nads dizem 20 inculto; confundem os simples e iludem os sibios. Neds acrescentam & fé; neda fazem pelo ho- mem sengo talver sumentar sue capecidade de discutir ¢ discordar. Aprofundando-nos no estudo da Teolo- gia, corremos © perigo de discutir o que este ‘Ou squele tediogo pensa acerca de um deter- minado assunto da Biblia, em vez de nds -mesmes nos convencermos acerca do que nds Pensamos. Corremos 0 risco de nos deter mais RO que homens famosos pensam de Deus, do ‘que naquito que Deus pensa de nés. 2 Allis, pensando bem. todas as pessoas tém a tendéncia natural de gostar do teblogo ‘ou do escritor cujas idéias s80 aquelas que clas jd possuem. ‘A Teologia, de um modo geral, enche a mente do homem, porém jamais 0 seu cors: 0. Nao se pode entender Deus através de idéias e argumentos, por mais sélidos ou cien: tificos que possam parecer. Deus € espirito e importa que O adoremos em espirito ¢ em verdade. Os tedlogos criam tantas “verdades” que chegam a confundir aqueles que desejam adorar a Deus. Quem desviou o cristianismo dos seus prineipios nos primeiros séculos? Acaso néo foram 08 tedlogos? Foram eles também quem causaram a reforma protestante e que crieram as grandes divisbes do “cristianismo restau- rado” que deram origem as denominacdes evangélicas que hoje existem. E gragas 20s teblogos que existem hoje milhares de denominacBes evangélices prati camente se degladiando entre si; a propria igreja catélica deve 20s seus tediogos suas divis6es e seus atritos internos. © verdadeiro cristo néo foi chamado para estudar 2 natureza de Deus, mas para rer nEle. O proprio Deus nunca se preocu- pou em explicar 2 Sua natureza; 2 Biblia jd se inicia com Deus criando todas as coisas. Quando Moisés quis saber mais acerca de Deus, Ele apenas the mandou dizer ao faraé do Egito, que era aquele que era, e nada mai A TEOLOGIA £ RADICAL A Teologia, por mais bonita que dentro da sua aplicag80 particular, 6 radical Ela divide os cristdos; divide catblicos de ca- télicos e evangélicos de evangélicos. Ela trans- forma os seguidores de Cristo em catélicos, evangélicos, carisméticos, pentecostais, tradi tionais, renovados, reavivados, liberais, orto: doxos etc. Que desgraral Dentre os membros de uma fam(lia, um pode ser médico, outro poeta e outro operé- fio, mas todos se consideram irmlos, inde- pendentemente de suas atividades ou funcdes ha sociedade. No cristianismo, infelizmente, @ Teologia causa a separacdo. Se um grupo dé uma ou outra aplicagao 2 determinados ensi amentos de Jesus, por exemplo, que seja diferente dos demais, imediatamente passa @ ser criticado, desprezado, condenado. No meio evangélico isso parece ser muito mais grave. Os “tradicionais” nao se dao com os “pentecostais’’; ambos, com os “triun- falistas”, todos trés no gostam dos “aviva- dos’ e de todos divergem os “carisméticos”. E 0 que faz isso? Naturalmente, a Teo- logia. Na realidade, as discordéncias existen- tes se encontram todas no campo das doutri- nas e dos costumes, pois a natureze é a mesma. Todos créem em Deus, em Jesus Cristo e desejam viver eternamente, na outre Vida, na presenga de Deus. As discussdes acaloradas sobre pontos- de-vista, interpretacdes de textos biblicos, exegese ¢ escatologia nada podem produzir 2 de proveitoso quanto 20 cultivo da vida es Ghitual ou quanto & ajude 20s noss0s seme. Pires que estdo caminhando obscuramente pelas estradas da vida por falta de quem thes eve uma palavra de f, de amor. A TAREFA DA IGREJA A lareia de Jesus Cristo foi estabelecicda para ser uma igfeja mundial com a tarefa de_anunciar 0 Evangelho a toda lingua e nagéo. Nzo podemos nos enredar por outros caminhos e nos perder em consideracées que evitem eonsagrarmos nossas vidas @ um em preendimento digno do reino dos eéus. ‘A mensagem crista é de que todos os homens so de um mesmo sangue, e se des tinam todos & eternidade em um reino celes te, Devemos orar diariamente para que pene- tre em nossos corapdes um grande sentimento de fratemidade e amor para com toda ‘aga humana, a despeito de credo, nacionali dade ou raga . ___. AS implicitas deduces e nuances teol6: Sica eolocam a grea em um campo mera pets rea, quando sue principal impor {inci etd maquilo que faz pela vida prética A ireja deve nos dar ideais capazes de Toate Ponto de trangia felicidade. do noe soar ener © porto seguro quan- ae vie alm a dors @ as tempestades noon hg ondet feminta, também os Into fazer-nos socobrar. 24 A igreja & 0 pronto-socorro dos aciden- tados espirituais e a tébua de salvacdo quan. do porventura nossos passos resvalam e conhe- Gemos a derrota do pecado, nos reconquistan- Go com ternura, Ela cré em nés e nos ajuda 4 atingir 0 ideal de Deus para conosco, e em hada disso encontramos lugar para flutua- oes teoldgicas e dissengBes doutrindrias. Nao estamos falando do conhecimento ‘ou da sabedoria, mas das normas, dos precei- tos e dos dogmas doutrinérios que so nocivos 316 e 8 comunhao entre os cristdos e, infeliz~ mente isso é TEOLOGIA. ‘© Novo Testamento, registra uma oca- sio em que os disc(pulos de Jesus buscaram do Mestre uma defini¢do, porque alguns esta- vam expulsando deménios sem contudo per- tencer 20 "‘colégio apostélico”; e a resposta de Jesus foi: "Deixai-os, quem’ néo 6 contra 1nés 6 por nds". Hoje em dia, © mesmo maldito @ fami gerado “"zelo” parece tomar conta dos seaui- dores de Cristo e, em nome desse “‘zelo”, afirmam o contrério. “Quem néo é por nbs, € contra nés! LIBERTACAO DOS PRECONCEITOS © estudo da Teologia até que poderia ser bom se ndo nos legasse os preconceitos, que hoje existem entre os cristos, Deus pre- cisa nos libertar desses preconceitos, desses tabus doutrindrios que nos separam, ras esté esperando, de nossaparte,querermos fazer iss0, 25 eremos tendo honestos v afirmarmo cue em virion setores de loreja jd estd haven Sect itertecfo, mas ternos de admitir que é Bro ume gots d'égue no ocean, pois muita coca anda precise ser fete. Enquanto nos semindrios © nas faculda des de Teoloaia, que cada vez so mais deno- tminecionalistas, mais paticulares, continua rem a ser detendidas teses © doutrinas particu lores em detrimento, muitas vezes, até mesmo 60 proprio ensinamento biblico, estaremos Jonge de alcangar essa libertacio. ‘Uma case dividida nio pode subsistir, ¢ isso se aplica também em relacdo & igreja Ge Cristo, No estamos pregando ecumenis ime, mas unidade; nio estamos incentivendo 4 liberalidade, mas a compreensio, a tole rincia e © amor. CAPITULO I os “ISMOS"” DO PENSAMENTO HUMANO “INFELIZMENTE, A TEOLOGIA TEM PROCURADO NOS “ISMOS” DO PENSAMENTO HUMANO, BASES PARA AS SUAS CONSIDERAGOES OU CONCEITOS DE DEUS OU DAS COISAS QUE A ELE ESTAO LIGADAS.” os “isMOS" DO PENSAMENTO HUMANO — Infelizmente, a Teologia tem procurado, nos “ISMOS” do’ pensamento humano, bases para a8 suas consideragbes ou conceitos de Deus ov das coisas que 2 Ele esto ligadas. ‘A grande verdade desta afirmativa esta, principalmente, na propria colocacao que tem E Tealogia no pensamento humano — ela é considerada como um ramo da Filosof ‘A Filosofia, segundo a tradico que re monta a Aristételes, comega historicamente no século VI a.C., nas coldnias gregas da Asia Menor, Entretanto, saberas que o ser huma no comecau 8 filosofar desde que intentou no seu corarao afastar-se de Deus. Infelizmente, 0 pensamento humano, no intuito de descobrir sua natureza, origem e razdo de ser, ter cri do os “ismos”, que na realidade afastam cada vez mais a criatura do seu Criador. ‘A pregacdo apostblica combate ferrea mente a Filosofia ou a sabedoria dos gregos e ensina que a verdadeira sabedoria vem do alto, de Deus, @ nunca de esforcos humanos “Se, porém, algum de wos necessita de sabedoria, peca-a @ Deus que a todos dé ibe ralmento a nada Ihes impropera; @ ser-he-é concedida.”” (Tiago 1.5) Reunimos aqui as escolas de pensamen- 10 filosético mais conhecidas, © a5 suas falsas 29 : jeruito de mostrar 20 leitor uma Sion fos? inti! do homem através sine oe no proposito de adquirr @ sua esa savarao ou redencao, O Mais impor prbpri que esas escolas de pensamento for- necem as falsas religides @ seitas O material macro sua_pregardo. Hé vestigios de uma ou mais filosofias seculares no contexto doutrindrio de cada religido ou seita falsaem Setrimento. das verdades divinas registradas na Palavra de Deus. Um exame cuidadoso e sincero mostrard isso. Agnosticismo — O vocdbulo ing. agnos- ticism foi forjado em 1869 por Thomas H. Huxley calcado, por oposicdo a0 gnosticismo, no adjetivo gr. dgndstos, “‘ignorante, incog riscivel”. Filosofia naturalista e afeita as coi sas € relagées da ciéncia experimental. “E o sistema que ensina que no sabemos nem po: demos saber, se Deus existe ou nao, Dizem: @ mente finita no pode alcangar 0 infinito. ra, no podemos abarcar a terra, mas pode mos tocé-a (I Jogo 1.1). A frase predileta do ‘Agnosticismo 6: "Ndo podemos crer””. Um re ‘sumo de seu ensino € 0 seguinte: 0 ate/smo & absurdo, porque ninguém pode provar que Deus existe, No podemos crer sem provas evidentes. Mentores do Agnosticismo: Huxley. ‘Spencer e outros. Estdo todos puramente en grade. porque Deus ¢ facmente compreen- {irl alma sequosa,honesta constant. Animismo — Uma das c: saractersticas do Pensamento primitivo, que consiste em atri: 320 — buir a todos os seres da natureza uma ou varias almas. Segundo Edward Burnett Tylor (1832-1917) @ também toda a doutrina de indole espiritualista, em oposi¢ao a0 materia jismo. Essa teoria considera a alma como a causa primaria de todos os fatos. Ascetismo — Teoria e pratica de absti néncia e da mortificagao dos sentidos. Tem Como objetivo assegurar a perfeicdo espiritual Submetendo 0 corpo alma, Hé ainda o as etismo natural (busca da perfei¢ao por moti vos independentes das relagBes do homem com Deus que foi praticado pela escola pita- erica. E muito praticada pelas religides e se as orientais. Atefsmo ~ Teoria que nega a existéncia Je umn Deus pessoal. Desde a Renascenca, 0 fermo passou@ indicar a atitude de quem Go admite a existéncia de uma divindade. Chamam-se ateus os que nao admitem a exis: téncia de um ser absoluto, dotado de indivi dualidade e personalidade reais, livre e inte ligente Ceticismo — Caracteriza-e por uma at tude antidogmatica de indagacdo, que torne evidente a inconsisténcia de qualquer post 640, definindo como tnica posicao justa 2 abstenciio de aceité-las, Foi fundada por Pirro, fildsofo grego em 360 a.C. Ensina ave visto que 36 as sensacbes, instavels ou iluso Fias, podem ser a base dos nossos ju/zos sobre a realidade, deve-se praticar 0 repouso men tal em que hé insensibilidade e em que nada se afirma ou se nega, de modo a atingir @ 31 felicidade pelo equilibrio e a tranquilidade. Tais pessoas ndo vivem, vegetam ... Deismo — O deismo distingue-se radical- mente do tefsmo. Para 0 teismo, Deus 6 0 autor do mundo, entidade pessoal revelada ‘a0s homens, dramaticamente, na hist6ria. Para © delsmo, Deus é 0 principio ou causa do mundo, infuso ou difuso na natureza, como 0 arquiteto do universo, Elaborado dentro do contexto da cha mada religiGo, cujos dogmas si0 demonstra dos pela razio, 0 conceito deista de Deus ode confundirse com 0 conceito de uma lei, mo sentido racional-natural do. termo Trata-se do Deus de todas as religibes e seu conceito no esté associado as idéias de pe cado e redencéo, providéncia, perdio ou gra @, considerados “irracionais”. antes um Deus da natureza do que um Deus da huma nidade e, como um eterno gedmetra mantém © universo em funcionamento, como se fosse tum relégio de preciso, © defsmo surgiu dentro do contexto dos primérdios do racionalismo sob a influ éncia de Locke e Newton, Voltaire, um dos imaiores contestadores da Biblia dos siltimos tempos, era desta, Duslismo — Em sentido técnico rigoro- $0, dualismo significa a doutrina ou o sistema losofico que admite a existéncia de dues Substancias, de dois prinetpios ou de duas fealidades como explicacio possivel do mun do ea vida, mas iredutivel entre si, in- sepslutt ineapazes de sintese final ou de ina¢o de um a0 outro. No sentido 32 religioso so também dualistas as religides ou doutrinas que admitem duas divindades sendo uma positiva, principio do bem, e outra, sua foposta, destruidora, negativa, principio do mal, operando na natureza eno homem. Descartes (1596-1650) € quem estabele ce essa doutrina no campo da filosofia mo derma Ecletismo — Sistema filos6fico que pro- cura conciliar teses de sistemas diversos con. forme critérios de verdade determinados. Pro cura aproveitar o que ha de melhor de todos os sistemas. No século XIX 0 ecletismo espi Fitualista, que se preocupava com 0 uso do método introspectivo, deu origem ao chama o espiritualismo contemporaine. Empirismo — Posicdo filos6fica segundo 2 qual todo © conhecimento humano resul: taria da experiéncia (sensacbes exteriores ou interiores) © no da razdo ou do intelecto. Afiema que 0 Unico critério de verdade con- sistiria na experiéncia. E essa a teoria do “ver para crer”. Epicurismo — Nome que recebe a escola filoséfica grega fundada por Epicuro (341-270 2.C.). Afirma o principio do prazer como va lor supremo e finalidade do homem, e pres Creve: 1) aceitar todo prazer que ndo produza dor; 2) evitar toda dor que néo produza pra 2er; 3) evitar o prazer que impega um prazer ainda maior, ou que produza uma dor maior do que este prazer; 4) suportar a dor que afaste uma dor ainda maior ou assegure um razer_maior ainda. Por prazer entende @ Satisfacdo do espirito, proveniente de corpo 33 . le Deus. Buscar prazer os 05 sade no ilecto g satistardooowmge encontrar a verdadeira 6 io ter deseo, de encont forte oes Sema tesco religioso ‘culto, Doutrina secreta s6 comunidada aos ‘ciados. O esoterismo & ocultista e caracte fizese pelo estudo sistematico dos simbolos. Ha simbolos em tudo o que existe © no estu do dessa simbologia 0 homem poder com: reender a5 razdes fundamentais de sua exis encia. Vem a ser uma ramificagio do espi ritismo. - ‘Espiritualismo — Denominacogenérica de doutrinas filos6ficas sequndo as quais 0 esp rito € 0 centro de todas as atividades huma nes, seja este entendido por substéncia psi quica, pensamento puro, consciéncia univer sal, o¥ vontade absoluta. O espirito 8 rea lidade primordial, o bem supremo. Ocspiritualismo é dualista, pluralista, tes ta, pante(sta e agnéstico. E 0 espiritismo com um nome mais sofisticado. E doutrina de de: manios. Aceita @ reencarnacéo e a evolucéo doespirito, Estoicismo — Escola filos6fica grega fun dada por Zendo de Citio (334-262 a.C.), sua doutrina e a de seus seguidores. O nome de riva do gt. stoa (portada) porque Zeno en: sinava no pértico de Pecilo em Atenas. O es: toicismo afirma que a sabedoria e a felicida de derivam da virtude. Essa consiste em viver conforme a razéo, submetendo-se as leis do Universo, a fim de obter-se a imperturbalidade de espirito (ataraxa). E uma forma de pan- 34 teismo empirista que pretende tornar o ho- mem insensivel aos males fisicos pela obs. diéncia irrestrita as leis do universo, Evolucionismo — 0 Evolucionismo & uma filosofia cientifica que ensina que 0 cosmos desenvolveu-se por si mesmo, do nada, bem como 0 homem e os animais que existem por desenvolvimento do imperfeito até chegar 20 presente estado avancado. Tudo por meio de suas préprias forcas. E preciso mais fé para crer nas hipéteses da Evolugio do que para crer nos ensinos da Biblia, isto é, que foi Deus que criou todas as coisas. Génesis 1.1; 1.21, 24, 25, Gnosticismo ~ Do verbo gr. gnéstikés “capaz de conhecer, conhecedor”. Significa, em tese, 0 conhecimento mistico dos segredos divinos por via de uma revelaco, Esse conhe- cimento compreende uma sabedoria sobrena- tural capaz de levar os individuos a um enten- dimento completo e verdadeiro do universo e, dessa forma, a sua salvacio do mundo mau da matéria. Opde-se radicalmente ao mundo € ensina a mortificacao do corpo e a rejeicgo de todo prazer fisico, E panteista e, segundo a tradicao, deve-se a Simo Mago, com o qual © apéstolo Pedro travou polémica em Sa- maria, a sua difusdo no meio cristo. Humanismo — € a filosofia que busca separar 0 homem, e todo o seu relacionamen- to, da idéia de Deus. 0 homem, nessa filoso- fia, 6 0 centro de todas as coisas, 0 centro do Universo e da preocupacao filosofica. O seu surto se verificou no fim do século XVI. Marx 60 fundador do humanismo comunista. 35 iii Liberalismo — € liberdade mental sem reservas. Esse sistema afirma que 0 homem Gm si mesmo € bom, puro e justo. Ngo ha tm inferno literal. © ‘nosso futuro é incerto, 2 Biblia € falivel e Deus & um Pai Universal de todos, [ogo, por criago somos todos seus filhos, tendo nossa felicidade gerantida. ‘Materialismo — Afirma que 2 filosofia deve explicar os fendmenos ndo por meio de mites religiosos, mas pela observacio da pré pria realidede. Ensina que a matéris, incriada @ indestrutivel, a substancia de que todas a coisas se compdem e 8 qual todas se re duzem e que a gerac3o € a corrupcdo das coi: sas obedecom a uma necessidade no sobre- rratural, mas natural, no ao “destino”, mas 2 leis fisicas. Segundo essa filosofia, 2 alma faz parte da naturezs € obedece as mesmes leis que regem seu movimento € 0 homem & matéria, como todas as demais coisas. Monismo — Os sistemas monistas so variados e contraditorios, entretanto tém uma neta comum: & a reducio de todas as coisas € de todos os principios & unidade. ‘A substancia, as leis légicas ou fisices as bases do comportamento se reduzem a tum principio fundamental, cnico ou unitéro, ue tudo explica e tudo contém. Esse prine! plo pode ser chamado de “deus”, “natureza””, "cosmos", “éter” ou qualquer outro nome, Panteismo — Do gr. pas, pan, “tudo, ‘odes as coisas” e théos, “deus”. Como 0 Préprio nome sugere, € a doutrina segundo a ual Deus e 0 nosso mundo formam uma Unidade; so @ mesma coisa, constituindo-se num todo indivisivel. Deus néo é transcenden: te a0 mundo, dele ndo se distingue nem se separa; pelo contrério, Ihe ¢ imanente, con- fundese com ele, dissolve-se nele, manifesta- se nele e nele se realiza como uma s6 reali dade total, substancia. Pietismo — Teve inicio no século XVII através da obra de Phillips Spencer e August Francke, E uma teoria do protestantismo liberal que 48 énfase 8 correcdo doutrindria sem deixar lugar para a experiéncia da £6. Interpreta as doutrinas do Cristianismo apenas & luz da experiéncia sentimental de cada individuo. Puralismo — N&o & bem uma escola de pensamento, mas uma doutrina que aceita a existéncia de varios mundos ou planos habi- tados, oferecendo um Ambito universal para ‘a evolugso do espirito, Naturalmente, para cade "mundo", um tipo de "deus". E a dou- trina desposada pelas filosofias espiritas ou espiritualistas. Politeismo — Crenga em mais de um Deus. As forcas @ elementos da natureza $50 deuses, Ha deuses para os sentimentos, para 1s atividades e até mesmo deuses domésticos. Os hindus tém milhGes de deuses que asso: ciam as suas diversas religides. Positivismo — Doutrina tilos6fica prega: da por Augusto Comte (1798-1857), que foi inspirada a criar uma religido da humanidade. Em 1848 fundou @ Sociedade Positivista, da qual se originou a lgreja Positivista. © positivismo religioso ensina que nada ha de sobrenatural ou transcendente. Suas 37 crencas sio todas baseadas na ciéncia, com cultos, templos e préticas litirgicas. € 0 cul 10 as coisas criadas em lugar do Criador Racionalismo — A expresso racionalis- mo deriva do substantivo razao e, como indica 0 proprio termo, é a filosofia que sustenta a primazia da razio, da capacidade’de pensar. Considera a razio como a esséncia do real, tanto natural quanto histérico. Ensina que ‘nfo se pode crer naquilo que a razio des ‘conhece ou néo pode esquadrinhe. Unitarismo — Fundado na Itélia por Lélio e Fausto Socino, Segue a linha raciona: lista de Erasmo de Rotterdan, Filosofia reli giosa que nega a divindade de Jesus Cristo, embora 0 venere. € uma filosofia criada den: tro do protestantismo que afirma, dentre ou: tras coisas, a salvacdo de todos. Nao cré em toda a Biblia, no pecado nem na Trindade. Semethante 20 Universalismo, Universalismo — Pensamento.religioso da Idade Média que estendia a salvacdo ou redengo a todo género humano. €, talvez, 0 precursor do movimento ecuménico moderno. centro da histéria é 0 povo judeu, por sua wa com Deus e, depois, a lgreja crista Afirma que a redencdo 6 universalmente im posta a todas as criaturas CAPITULO III A VERDADEIRA NECESSIDADE “AS IGREJAS NECESSITAM DEIXAR DE SER LEVITICAS OU SACERDOTAIS PARA SEREM SAMARITANAS.” A VERDADEIRA NECESSIDADE “E um deles, intérprete da lei, experi- ‘mentando-o, Ihe perguntou: Mestre, qual 6 0 grande mandamento na lei? Respondeu-the Jesus: Amards 0 Senhor teu Deus de todo o tev coracio, de toda a tua alma, e de todo © teu entendimento”. Mateus 22.35-37 ‘Nessa afirmativa de Jesus, encontramos a esséncia da vontade de Deus para as nossas vidas. Todos os mandamentos do cristianismo se cumprem automaticamente na vida daquele que ama, e 0 amor, por ser to importante, é a verdadeira necessidade do mundo atual. Religides, filosofias, seitas, preceitos eru- ditos, lindas formas de culto, belos templos © catedrais, so dispensdveis a0 amor, pois ele no necessita de aparatos exteriores. O ‘amor opera em coragdes e ndo nas mentes; € instintivo e espiritual, mas nunca material, intelectual. Todas as coisas no mundo passam, tudo tem fim, menos o amor. Estamos vivendo num mundo revolucio nério e reaciondrio, onde 0 poder é buscado or todas as formas disponiveis € a “lei do mais forte” parece ser a mais aplicada em nos sa sociedade, inclusive, em detrimento & ou- tra lei muito aplicada também, “a de quem sabe mais”. a Inner ej enous on ‘texto. As comunidades da igreja primitiva lu- ae fee a as da igreja moderna esto lutando por “poder mais” ou “saber mais”. Inegavelmente, isso é falta de amor, pois wie Butane 90 mundo de dissecam e tém prazer em discut/-las. - a2 ee mais doutrinas ¢ ensinamentos, mais conten- das e iras. O Senhor Jesus Cristo tem sido empurrado pela igreja e rejeitado pela socie- dade © 2 culpa esté naqueles que pregam erradamente e véem no Evangelho, no 0 amor de Deus, mas uma mensagem puramen- te social ou religiosa. 0 BOM SAMARITANO A hist6ria do samaritano, de acordo com Lucas 10.25-37, foi contada por Jesus a um intérprete da lei. Aquele homem queria, se- gundo a Biblia, provar a Jesus, e acho muito importante saber em que ele queria prové-lo. Em primeiro lugar, creio que ele desejava prové-lo em relacdo ao seu conhecimento da lei. Naturalmente desejava que Jesus Ihe res- pondesse acerca da vida eterna, pelos conhe- cimentos biblicos e particularmente das. ce- riménias. mosaicas. Em segundo lugar, aquele homem po- deria estar querendo provar a Jesus quanto 3 sua identificacgo com a tradigio dos an ios, uma coleténea de interpretagées radi- muito apreciadas pelos fariseus. Em terceiro lugar, a prova que ele dese- java ter de Jesus poderia ser quanto & sua integridade ou ao seu carder. Essa suposi¢g0, pode ter apoio na pergunta “Quem é 0 meu réximo?" feita por ele ao reconhecer que Jesus tinha interpretado corretamente a lei. Mais uma vez, Jesus no se ateve a dis: cussdes filos6ficas’ nem abordou problemas 43 religiosos para dar um grande ensinamento; simplesmente contou-lhe a historia do sama: riteno que atendeu a um necessitado usando de total misericérdia, depois de este ter sido deixado a0 largo por um levita e por um sacerdote. O levita, representando 0 conhecimento da lei, a santidade a0 nivel dos homens, mos. tra que a formacio teoldgica de alguém no the capacita com misericérdia para fazer a obra de Deus. © sacerdote, representando a rel giosidade e o ritualismo, nos leva a reconhe er que também a religio ou as ceriménias eclesiésticas em si nao sio produtores de mi sericérdia, arma importante que deve carac terizar 0 verdadeiro amor. Quanto 20 samaritano, homem conside- rado impuro e pagio pelos judeus, por n3o thes pertencer & raca, representa nessa histo: © homem comum, sem titulos, sem diplo: ‘mas, sem cursos, mas com o coraco trans. bordando de amor, pronto para atender as pessoas necessitadas sacrificando inclusive a si proprio. Este sim, no conhecia a lei escri ta, mas a possula lapidada no seu coracdo Nao sabia como realizar os rituais religiosos judaicos, mas sabia perfeitamente como mani festar 0 seu amor para com 0 seu préximo. As igrejas necessitam incorporar este e xemplo e deixar de ser menos leviticas ou sa cerdotais para serem samaritanas. O amor a0 Préximo deve ser artigo de primeira necessi dade nas suas dispensas. A verdadeira necessidade da igreja n3o € verba para missdes, nem homens prepara 44 1m cursos especificos, nem templos bo- dos, ner progroras evanglisticos bem fr- Trulados, mas de AMOR, vestido com roupa Je trabalho, @ que se pode dar 0 nome de RICORDIA! ME necessidade € da igreja, mas o que é a jgreja sendo a congregaco, os membros, eu ‘e vocé! Sim leitor, voce é a igreja e no deve fazer como muitos que dizem: “A mensagem die hoje foi muito importante para a igreia”, stm que voce mesmo se coloque como recep Diga: "A mensagem foi muito importan- we para mim’. Aceite humildemente aquilo ue Deus tem falado para voce e coloqueo tinediatamente em prética na sua propria vida Se todos of cristdos procederem assim, 0 mundo dentro de muito pouco tempo conhe- Gerd a verdadeira igreja de Jesus. tor. COMO ELE NOS AMOU Porque 0 amor tudo sofre, tudo espera, tudo Fé... entretanto, jamsis acaba. Este & © objetivo de Deus para conosco. E claro que nunca poderemos amar uns aos outros sem antes experimentar 0 amor de Deus, por isso € que, em primeiro lugar, temos. que amar a Deus com todas as nossas foreas, de tado © nosso entendimento, pois que, uma vez experimentando amar a Deus de fato, também somos imbuidos do Seu misterioso amor e entio podemos comecar @ amar uns ‘aos outros, da mesma forma com que Ele nos amou! Isto ndo é fécil, porque em pri 45 ‘meiro lugar temos que abrir mio da nossa propria vida, isto 6, nada de poder pessoal ‘com 0 intuito de prevalecer sobre os mais fracos, nada de interesses préprios, nada de pensar em nés mesmos, senio no melhor para aqueles que esto diante dos nossos olhos diariamente. Somente poderemos viver como agrada @ Deus quando tivermos compreendido © aplicado aos nossos coracées estes ensina ‘mentos do Senhor Jesus. A verdadeira neces Sidade humana esté nisto: que nos amemos Uns aos outros, como Ele nos amoul CAPITULO IV A LIBERTACAO DO PENSAMENTO “O CRISTAO QUE AMAA JESUS E ESTA INTERESSADO EM FAZER A OBRA DE DEUS, PRECISA SE LIBERTAR DO JUGO RELIGIOSO E DAS FANTASIAS VISIONARIAS, E COLOCAR SUA FE EM ACA.” A LiBeRTAGAO D0 PENSAMENTO “£ nfo vos conformeis com este mundo, mas transformaivos pela renovaeio do vosso pntendimento ...”” Romanos 12:2 ‘A reforma religiosa do século XV, tendo ‘em Lutero e Calvino seus principais articula- dores, foi motivada principalmente pela von- tade ‘dos cristos de se libertarem do jugo ideol6gico catdlico-romano que thes privava rejeitarem determinados dogmas teolégicos 4a lareja e Ihes tachava de hereges, bruxos ou traidores, se expusessem, em algum momer to, seus pensamentos acerca de algum ponto outrinério, que discordasse do que ensina- vain 05 te6logos cat6licos. Mesmo que se prendam os homens, se ‘hes acorrentem os pés, se Ihes amarrem as ‘mos, se thes emordacem a boca e se Ihes vendem 0s olhos, contudo no se thes pode- ‘0 prender © pensamento. Assim, mais cedo ‘ou mais tarde, eclodiré como um vulcdo e Suas larvas se espargirdo. Essa é uma expe: Fléncia historiea que os tiranos da sociedade Ou das mentes gostariam que ndo existiss no entanto, 3 ela no podem fugir. ao £21 388im @ reforma religiosa, uma eclo- ‘0 mundial do pensamento. humane e, parti latmente, cristo, Cristos que ndo concor 49 davam com os dogmas e preceitos, muitas, veres absurdos, criados pela concepcao reli- giosa de uns poucos e que, finalmente, en: contrara condigdes para que seu entendimen- to fosse renovado. LIBERDADE PARA INTERPRETAR Os evangélicos, de um modo geral, con: denam o pensamento cristdo da igreja cat lica, porque esta julga ter através do clero a verdadeira interpretacdo da Biblia e o verda deiro conhecimento de Deus. De fato, para 98 catélicos, no ha liberdade de pensamen to e a interpretacio biblica cabe somente 20 apa, @ quem consideram o “vigério de Cris 10", tachando de hereges a todos of que dele liscordam. No catolicismo-romeno, discordar do papa ou de algum dogma da igreja é ser digno de excomunhio, atualmente, porque 1a Idade Média o discordante podia ser quel mado vivo na fogueira, pela"‘Santa Inquisicao" O movimento protestante triunfou, prin cipalmente porque dava aos seus sequidores total liberdade para intorpretar @ Biblia iss0 explica em parte a existéncia das diver sas denominacdes evangélicas No meio evangélico, embora se afirme uma dependéncia quase que total do Espirito Santo para o entendimento das Escrituras, e se ropague isso como um dos mais importantes Pontos de nossa fé, na prétice, tal coisa ndo tem acontecido. Criou-se uma TEOLOGIA PROTESTAN- TE, defendida ardorosamente pelos egoistas 50 que usam 0 apelido farissico de “Conserva- dores” @ quem, em algum ponto doutriné tio dessa “TEOLOGIA”, subtrai, acrescenta fou destoa, recebe, com’a mesma veeméncia do clero cat6lico-‘romano, 0 selo de herege, anticristo ou falso profeta. E degradante observar 0 quadro em que viver 0s evangélicos, principalmente no Bra: sil, pais onde o Evangelho tem um grande campo de aco. Quantos livros e folhetos ‘tém sido escritos por grupos evangélicos para criticar, discordar ou até mesmo zombar de outros grupos também evangélicos? Tenho em minha mesa vérios livros evan- gélicos onde seus escritores criticam grupos ‘também evangélicos, simplesmente por darem énfase a determinado aspecto da pregaco crista. Eo pior de tudo, creio, ¢ a terfivel discriminac3o que se faz por causa disso. Por exemplo, se voc? é membro de uma igraja evangélica e deseja se filiar a uma igreja Ba- tista, tem de ser batizado novamente; em Outras palavras, 0 Gnico batismo certo, para 0s batistas, 6 ‘0 delest ‘Se vocé é pentecostal, pertencente a uma igreja que dé énfase a0 revestimento com 0 Espirito Santo e 20s dons espirituais, por causa dessa “blasfémia' dificilmente seré ocei to em uma comunidade presbiteriana, angl cana, ou outta “*Tradicional’. Mesmo’que 0 Fecebam como “‘irmao”, jamais terd acesso 20 plpito e seré sempre olhado com “cuide- dos especiais”. Por outro lado se voc’ er na cura di- vina ou enfatiza sua ago na libertacSo de 51 pessoas possesses de demdnios, af entéo a coisa fica pior ainda, pois corre 0 risco de nio ser aceito nem entre os "tradicionsis" fem entre 0s “petencostais” e acima de tude ser considerado por eles como um marginal do Evangelho. Em todos esses casos, a teer roca também é verdadeira, : Dentro de sua prépria d acd lenominacio, dis. cordar de uma doutrina ou de uma colocagie que seja escatolégica, é dogmas, presos a pre. ceitos € filosofias humanas, presos a conceltos teolégicos, presos 8 Teologia? Como ja afirmamos, nao se pode prender ‘© pensamento. Por isso mesmo, surgem a vada dia, em nossos tempos, mais’ denominacdes evangélicas, mais grupos dissidentes dentro das irejas, ‘mais divisées, pois quando ume das partes nao cede, a separaco ¢ inevitavel Onde vamos chegar com isso? Devemos nos conformar com esse estado de coisas, con solando-nos com a afirmacio de que estamos no “fim dos tempos” e temos de conviver com isso? E claro que nao. Os verdadeiros crristZos devem tomar sua posi¢do; que a nossa guerra nao seja ideoldgica e dentro das nossas igrejas; que convivamos em unio e unidade independentemente das énfases a certos ensi namentos cristdos; que o amor de Cristo nos 52 J, 20 invés dos sna cada vez mais © que, 20 inv una cae os tanto com a “defesa do Evan een” nos preocupemos com o ataque ao ane be suas forges, libertando os oprimi dos e salvando-os da perdi¢ao. LIBERDADE PARA AGIR Da diferenga entre evangelismo e evange- lizacdo, pode'se entender o cardter de muitas igrejas quanto a0 cumprimento da ordem de Jesus. “Ide por todo 0 mundo, pregai o evan- gelho a toda criatura; estes’ sinais seguiréo 40s que orerem ..." (Marcos 16.15) Evangelismo € mais um “ismo”. E 0 es- tudo @ 2 teoria da evangelizago. Sei de igrejas ue fazem cursos, palestras, conferéncias, es- ‘udos, seminérios e encontros de “‘evangelis- mo". Nessas ocasiBes, fala-se das necessidades nacionais @ mundiais, mostram-se gréficos, mapas, fotos, recortes de jornais, etc. Griam-se grupos, fazem-se debates e até apresentam teses e conclusées, mas, na reali- Gade, tudo ficgdo, tudo brincadeiras de “faz. Geconta", porque depois desses “abencoados dias’ onde se chega a gastar fortunas com (nalacbes, material, passagens e hospedagens (muitas vezes até para ""missionérioy” de ou, ‘0S pases), tudo continua no mesmo. jf futilidade parece ser um dos maiores Recados dos nossos tempos, principalmente Bon O85 ROSAS igrejas. Existem até associa. ‘688 preocupadas com a teoria do evangelis- 53 ‘mo, que so verdadeiras indistrias faturando em cima desse assunto. Evangelismo pessoal, fevangelsmo em massa, evangelismo em pro fundidade, discipulado, evangelismo por cor. respondéncia, evangelismo de criangas e outros tipos de “evangelismo” tém sido ensinados e difundidos em nosso meio. Muitos tém apren: fangelizar” somente com dido até mesmo a" a oferta, com dinheiro, na base do " ‘Bo posso fazer, financio quem a2" Tudo iss0 € bonito, promove confrater: nizagéo, camaradager, ‘intercmbio cristo etc, ‘mas funciona? € claro que nio! O ceristao que ama a Jesus e esté interes sado em fazer a obra de Deus nfo pode e nem deve ficar preso a estas coisas. Precisa se li bertar do jugo religioso e das fantesis visio nérias, e colocar sua fé em aczo! ‘Ao contrério de evangelismo, evangelize gio & pritica; é 0 Evangelho colocado em ado; é 0 cumprimento simples e ingénuo dos mandamentos de Jesus. € anunciar as pessoas as boas noticias. E dizer-hes que Jesus veio ara desfazer as obras do diabo, que vei salvar os que estavam perdidos, que veio dar vida com abundéncia para aqueles que nEle confiam e que todas as promessas de Deus se cumprem nEle, nas vidas dos que procuram fazer a Sua vontade. Evangelizacio é consagracio de vide; & Barticipagéo direta na obra de Deus; é agir em nome de Jesus, isto é como representante Ele, no lugar dEle. Milhares e milhares de pessoas esto cle- ‘mando por uma oragdo, por um gesto de 54 que ‘amor, enquanto outros milhares de cristos esto’ se preocupando com teorias de seus se- minérios. Se o leitor é um verdadeiro cristo, precisa compreender essa verdade, comecar a ‘gir, agora mesmo. Peca ao Senhor Jesus, nes- te momento, que comece com a sua vida uma grande revolucdo espiritual que venha aben- oar as pessoas necessitadas e aflitas. Comece agora! Voce ESTA APTO Qualquer pessoa que esteja realmente preocupada em ser usada por Deus para levar {s pessoas necessitadas uma palavra de fé, de esperanea, e anunciar que Jesus quer abencoar 8 suas vidas, esté apta para fazer isso, mas unca 0 faré se ndo comegar. Dé o primeiro asso, atuel A oragio, a comunhio constante com Deus e a leitura da Biblia, aliada a uma vida de pureza e integridade crist8, so imprescin- Giveis a quem deseja fazer a vontade de Deus, ® essas coisas devem ser aliadas & vontade de fealizar algo de concreto para a gloria de Deus € 0 desprendimento espiritual, ingre- dientes daqueles que tém se tornado os gran- ‘des Ifderes cristos da nossa ers 55 ee teal CAPITULO V os PERIGOSOS EXTREMOS DA CRENGA QUANDO OS CRISTAOS ENTENDEREM ‘QUE CRISTIANISMO E PRATICA DA FE, E QUE SABEDORIA DE PALAVRAS ANULA 0 SACRIFICIO DE JESUS, CERTAMENTE A IGREJA TERA O SEU RUMO MUDADO.” os pERIGOSOS EXTREMOS DA CRENGA jt edem sinal, “pois, enquanto os judeus pé «as gregos buscam sabedoria, nds pregamos @ Grsto crucificado, que & escdndalo para os judeus, e loucura para os gregos”. 1 Corfntios 1.22, 23, © extremismo 6 uma das piores coisas que podem advir sobre o cristo. Tem sido muito dificil (e a historia dos grandes grupos religiosos nos mostra) aos grupos cristdos man- terem uma posi¢go, sem partir para um dos dois extremos da crenga — 0 formalismo ou © fanatismo. ‘Ambos so prejudiciais e, pode parecer Stanho, ambos surgem da preoeupagso com muito fécil tender pare desses exttemos, porque er partida 4 M contrapartida é diffcil Sauilfbrio; aliés, na e bem orientada, ora aparecerdo 0s “mais santos”, ora os de "mente mais aberta”, que tentaro a todo custo ou fazé-le mudar de igreja, ou inclui-la em “grupos especiais” ‘onde suas idéias sero partilhadas, como tre- mendo fermento cuje finalidade sera levedar toda @ massa FORMALISMO © formalismo & © pensamento reigioso bbaseado na idéia de que Deus nos criou; somos Seus filhos e nada mais temos com 0 que nos Preocupar. Assim, 0 cristo formal € aquele ue dé muito pouca ou quase nenhuma impor tancia & sua vida cristé. No se preocupa com sua devocdo particular, com o servieo cristo propriamente dito ou com os padres morais eespirituais da sua f6. Pensa, erradamente, que © simples fato de ter compreendido intelec tualmente o Evangelho de Jesus pode © vai levé-lo a vida eterna, 0 formalismo ¢ irmio gémeo do libera lismo, que é a liberdade mental sem reservas & Esse sistema afirma que o homem em si mes mo € bom, puro e justo; e que todas as coisas Slo incertas; que ninguém & 0 dono da verda- de; que Deus ¢ um Pai universal e certamente garante a felicidade a todos, etc. © cristdo que parte para esse lado certa mente esté em dificuldades. A vida crista é luma vide de lutas e vitérias, de certezas, de Fawario @ de fé, sobre todas as coisas. O eine de Deus & alcancado por esforco & a salvacSo, pela f6; sio duas premissas bésicas as quais no podemos fugir. ‘A apatia de cristdos dessa estirpe trans- mite a idéia de um Deus pobre, opaco pessoal, 0 que difere totalmente daquilo que @ propria Palavra de Deus, a Biblia, ensina, FANATISMO Fanatismo é crenga cega, sem raciocfnio, sem \égica e sem bom senso. De um modo geral, 0 fandtico acredita que apenas ele est com a razo, e defende suas teses a unhas € dentes, em detrimento das verdades biblicas. Do fanatismo vém as heresias, que s80 distorgdes; contrasensos, e até mesmo doutti nas que contrariam principios da fé crista. Nao muito dificil para 0 cristdo sincero identificar_ uma heresia. Existem alguns as- pectos bésicos que observador mostraréo a moderna estratégia do diabo, que é a con- quista das mentes. A batalha encetada no momento em todo o mundo é uma batalha mental, onde as falsas ideologias, falsas filo- sofias e falsas crencas subestimam a Palavra de Desu. 1. Desarmonia com a Biblia ~ No trato com as doutrinas da Biblia, podemos dividir F argumentos da seguinte maneira: @. Argumento btblico: b. Argumento extrab(blico; ©. Argumento antib blico; © argumento biblico & aquele extrafdo da Biblia, em uma interpretagao correta € \égica. Foi o argumento usado por Jesus em ‘uma sinagoga em Nazaré acerca de sua miss&o. 0 argumento extrabiblico 6 0 argumento que no tem base na Biblia, entretanto no se choca com os seus ensinamentos. Muitos regadores usam argumentos extrab iblicos pa: ra transmitir seus sermbes; isso deve ser feito com muita cautela e & necessério uma certa dose de seguranca por parte de quem o esté usando, © argumento antibibiico € aquele que fere, torce, subtrai, acrescenta ou se choc ‘com as verdades enunciadas na Palavra de Deus. Aqui encontramos as heresias que si antibiblicas, desarmonizam-se com os ensina mentos do’ cristianismo. Algumas vezes sio fundamentadas em um versiculo ou ume ex pressdo isolada da Biblia, quando baste um equeno conhecimento dos principios aux! liares de hermenéutica para retuté-as 2, Unilateratide de apreciacéo doutr: dria ~ Em muitos casos a heresia ¢ caracte Tizada pelo fato de “escolher” uma doutrina para nela descarregar suas atengbes em detr mento das outras. Afirma-se, por exemplo, 2 divindede de Cristo, abandonando-se sua hu manidade ou vice-versa; dé-se énfase & unide de de Deus e se obscurece @ doutrina do Trindade; preocupe-se com 0 corpo do ho~ mem e $2 esquece da sua alma ou do seu expirito, a 3. Contradigéo com os fatos — Historias doutrinas baseadas em fatos que néo for necem base para tal; incredulidade para com ensinamentos baseados em fatos reais, bibli- es biblicas. Infelizmente ox, ca ton 16m sido engenados POF coisas re gréncia l6gica — Nada impede que ots nao. razbo sejam usados em Ma 9, bom seneiso. A maioria das heresias do teria 3 (imconfronto 16gico com a histéria, ress @ piplia ou com a religido propriamen ier A Biblia prevé o surgimento @ a eVO~ te eae heresias como um sinal dos tempos. CRISTIANISMO PRATICO Infelizmente, ambos os extremos tém sido encontrados por aqueles que, a0 invés de procurar viver o cristianismo, tém se enre- dado no mundo das idéias. Deixam de pra- ticar a #6 para estudé-la. Da prética da fé Surgem as obras, mas do estudo da f6, infeliz- mente, © que tem surgido so as heresias, que tém levado 0s eristos ristZos para um ou par extremo de sua crenca, loeb Quando os cristéos entenderem que cris- (Potaue a patavra da cruz & deveras lou. ‘cura para os qi epee ‘mas para nés, que i i 7 63 nearer ‘somos salvos, é 0 poder de Deus.” | Corintios 1.18. No se entende poder sem acio; sem expresso. Cristianismo, portanto, € a opera: 80 do poder de Deus na vida das pessoas as Quais a Deus aprouve salvar pela “loucura da pregaco", (Os homens tém procurado compreender ‘as coisas de Deus partindo dos seus conheci- mentos naturais, e nisto laboram em grande erro. O conhecimento de todas as ciéncias no passa de fumaca: a sabedoria dos homens serve de obstéculo para eles mesmos, e tentar compreender a Deus partindo do conhecimen- to humano é estupidez. ‘Agostinho dizia: “Creio, a fim de que possa compreender”. Os tedlagos modernos arecem ensinar: “compreenda, a fim de que possa crer”. O resultado da segunda afirma: ‘go tem sido um desastre para os cristios. O entendimento de Deus se da primeiramente pela fé e enquanto os homens no abando- am 0 campo tenebroso das diividas e da in credulidade, ndo receberdo esse conhecimento, ‘A primeira coisa que 0 homem deve fa zer para compreender a Deus € crer. Por isso, insistimos.em dizer que fé é uma questdo de pratica, e nunca de estudos; ela deve ser vivi- da, e no mentalizada. Experimente o leitor fazer isso, e viva em uma nova dimensio, na presenca de Deus. CAPITULO VI RELIGIAO, CONFLITO DE IDEIAS “A RELIGIOSIDADE ATRAPALHA OCRISTAO. OS DOGMAS, AS DOUTRINAS E AS REGRAS ESTABELECIDAS PELAS IGREJAS, ‘TEM LEVADO 0 HOMEM A SER RELIGIOSO, E NAO CRISTAO.” RELIGIAO, CONFLITO DE IDEIAS SS Como te roguei, quando partia para a Macedonia, que ficasses em Efeso, para ad- vertires a alguns que né0 ensinassem doutri- nas diversa, nem se preocupassem com fabu- (9s ou genealogias ‘intermindveis, pois que produzem antes discussées que’ edificagdo para com Deus, que se funda na fé. Mes 0 fim desta admoestaco é 0 amor que procede de um coracéo puro, de uma boa conscién- cia, e de uma fé néo fingida, | Timéteo 1.37 Uma das coisas que mais tem atrapalha- do © homem na sua comunhgo com Deus, Por mais incrivel que possa parecer, & a RELIGIAO. De um modo geral, religido € um conjun- to de doutrinas, normas e regras estabelecidas Por um grupo social que se dispde a realizar uma determinada obra de apostolado. A Sido crista praticamente no existe, pois den- tre aqueles que se denominam cristos exis- tem grandes divisdes e sub-divisdes, de modo ue cada uma dessas ramificagSes, dado as Srandes divergéncias que possuem, passa a sr uma religido. ‘A muito popular expresso “eu no dis. Cuto religiéo” vem mostrar quo complexo 6 esse assunto, Religido, ao invés de ser simples- 67 ee Ae cree eee eeeeseaeeeeeeeseaceaes sma de comunhio entre 0 ho mane wna fortenou a ser um contlito de Ta eae uta mals de ideotogia do que sees tialiueme convert! a Cristo tenho ristdos existe uma ver notado que entre os cristdos e dadeira guerra ideol6gico-religioso que os se- para cada vez mais. Aliés, até mesmo entre os grupos que dizem ter “a mesma fée pratica slo to grandes as divergéncias que se sub: dividem e se esfacelam com tanta normalida: de que chega a assustar. CRISTAO SIM, RELIGIOSO NAO\ Pode alguém ser cristo sem ser religio: so? ~ & a pergunta que na certa o leitor esta 14 fazendo. Este & 0 ideal, respondemos A religiosidade atrapalha 0 cristo. Os dogmas, as doutrinas e as regras estabelecidas pelas igrejas tém levado 0 homem a ser religio 59, endo cristdo. Ser cristdo é ser sequidor de Cristo, e no adepto dessa ou daquela seita crist. Mas 0 que fazer se queremos ser cristdos e pertence- mos a uma igreja que nos ensina a ser reli- iosos? Simplesmente, vivamos a nossa 16 € ‘morramos para a religiosidade! A religiéo, no aspecto individual, bitola 0 m. ProibigSes, dogmas e aficcionismos, na maioria das vezes baseados em ma interpre- deegce t2%t08 biblicos, tém levado milhares ss08s 20 fanatismo, que & crenca cega, @ ‘ausado grandes males, inclusive a sociedade. 68 A religifo fanatiza e faz com que o homem viva mais para ela do que para Deus. Observe com cuidado os religiosos e notars que se preocupam muito mais com os aspectos de sua religiio, como templos, cerimanias, dou. trinas, aparatos, cultos, etc, do que com o “sequir os passos de Jesus” Jesus disse: “Vinde apés mim e vos farei pescadores de homens”. Os religiosos do nos- so temo interpreta: “Vinde apés mim e vos. farei construtores de templos, maestros de corais, bacharéis em Teologia e professores da Escola Dominica”, TUDO E LICITO, MAS NEM TUDO CONVEM © apastolo Paulo disse certa vez: “Todas a8 coisas me séo licitas, mas nem todas me convém"’. Embora os religiosos apliquem essa expresso apenas as coisas proibidas, ela também se aplica no outro lado da moeda, E icito cerimonias, festas, aparatos e coisas desse tipo em relacdo a religigo, mas ser que essas coisas convém ao verdadeiro cristo? Enguanto muitos grupos gastam rios de Ginheiro para, em outras palavras, “discutir 0 8x0 dos anjos”, milhares de pessoas estdo ca- minhando para a perdigo por nfo terem tido ® oportunidade de conhecer a Jesus. Seré que convém aos verdadeiros cristéos % trancarem em quatro luxuossas paredes © se deliciarem em grandes banquetes espi ee —s—te tunis, enquanto Id fora seus semelhantes esto rmorrendo a mingua? ‘Convém aos cristos darem um pontapé raqueles que desejam percorrer 0 caminho, fas, no encontrando forgas, caem entra Oe picioas do seu comin e dando thes um “certificado de condenacao eterna no fogo do inferno"? Convém discutir dogmas e doutrinas muitas vezes trazendo os nervos 8 flor da pele, trazendo divisBes, separaces e dissensées, quando Jesus nos ensina @ amar 0 nosso pro. ximo? Convém criticar, zombar ou escamecer, de alguém, pelo fato de este alguém nio pro: pagar nosses crencas da mesma maneira que 0 fazemos? 0 religioso faz essas coisas, € © pior, acha que ele © 0 seu grupo so os Unicos certos, Creio que 2 religido tem se tornado em grande mal para aqueles que desejam ser sinceros seguidores de Cristo © Cristao tem a mente de Cristo. Sua Preocupagio néo é “o que os outros esto Pensando”, mas “oque Cristo esté pensando”. Ser Cristo é estar sempre pronto # cola borar com Cristo; & no viver no mundo das idtias, ois estas so conflitantes, mas colocar (em pritica a sua fé. Ser cristdo é pensar e agir muito mais om © préximo do que consigo mesmo; é ar mais atenglo & {6 do que as doutrinas; 8 Prética do que a teoria. — 0 religioso tenta explicar Deus; 0 cris: ‘ao, entendé.Lo, 70 — 0 religioso discute a 6; 0 cristdo vive até. — 0 religioso cultua a Deus; 0 cristo O adora. = 0 religioso dé a receita; 0 cristo, 0 remédio, —0 religioso fala de Deus; 0 cristo, por Deus. =O religioso prega: “Jesus disse; Jesus fez ..."; 0 cristo afirma: “Jesus diz; Jesus faz...” = religioso carrega a Biblia debsixo do braco; 0 cristdo a carrega no co- rag, A LIBERTAGAO DA RELIGIAO © homem precisa se libertar ugentemen- te da religio. Ela, como soberana senhora das muitas vidas, tem atrapalhado, criado barre ras, dividido e separado os cristos, particu: larmente, destruindo a unidade da loreje de Jesus Cristo, interessante & que 0 proprio Jesus no fundou uma religido. Ele pregou uma f8, uma esperanga, que abrange a todos os homens. ‘Sua mensagem é simples e abrange a todas as pessoas. O rico e usurpador Zaqueu, a prosti- tuta Maria Madalena e 0 perigoso ladrao na cruz ouviram dos labios de Jesus palavras co ‘mo: “Hoje me convém pousar na tua casa”, “Nem eu também te condeno” e “Hoje mes- ™mo estars comigo no paraiso"! Ao cago de nascenca, Jesus cuspiu no ‘chao; fez lodo com sua saliva; passou-a em n oD Pho recorty Sats cera oa casi Soe ere ramcroseen pee magn Rangel (Dhan tna ern vai ok sbee eah resmungavam; “E 0 principe dos demanios”: Sa ee TG doadedemendon sense Sweincu sim cert arm Te abo bl cance acess Bis dcintos nix preciosa en os tna evonauyns ees 3s eee Dentre eles néo houve manuais de doutrina, tn conoenon ae Too cine An san are proc eae ‘turas”, e morreram fazendo isso. 72 CAPITULO VII NADA DE SABEDORIA HUMANA “A SIMPLICIDADE DAS PALAVRAS DE JESUS NAO SOMENTE ENCONTROU ECO NOS SEUS CONTEMPORANEOS, MAS TAMBEM ATE HOJE TEM TIDO INIGUALAVEL PODER PARA MUDAR A VIDA DAQUELE QUE A OBSERVA.” NADA DE SABEDORIA HUMANA, ———————— “Porque a nossa gloria é esta: o teste- munho da nossa consciéncia, de que com sinceridede de Deus, n5o com sabedoria carnal, mas na graca de Deus, temos vivido no mundo, @ maiormente convosco”. \\ Cortntios 1.12 Nao somente nesta passagem, como em muites outras dos escritos de Paulo, inferimos que hé duas espécies de sabedoria — aquela que & pura e simplesmente a elogiiéncia da filosofia, onde conceitos de homens eminen: tes € instruidos so dissecados — e a simples verdade literal da Palavra de Deus, colocada em prética com sinceridade Toma-se facil compreender as palavras de Paulo quando se refere a dois tipos de sabedoria, quando as comparamos com as idéias do tempo em que viveu. Os gregos haviam deificado @ sabedoria. Para eles, 0 conhecimento era o deus supremo e acha- vam que @ sua civilizagao estava no pinéculo da gloria, porque seus estadistas, poetas e lasses distintas eram demasiado versados nas {ilosofias da época. Orgulhavar-se da sabedo- ria que lhes fora legada por homens como Socrates, Platéo e Aristételes. A linguagem de Paulo, no entanto, é que no devemos cultuar @ sabedoria, mas Cristo! 75 IDOLATRIA DO CONHECIMENTO Nenhum bom cristo pode ignorar que a idolatria do conhecimento ou da sabedoria que existe hoje, no mundo moderno, entrou também nas igrejas eno ambito da religiéo. Homens de toda a parte curvam-se 20 génio e 20 talento. A personalidade eo pres tigio se tém tomado a medida do éxito do homem. Isto tem se torado habil armaditha em nosios esforcos para promover o Evange- tho de Jesus Cristo. ‘Sempre que Um pregador do Evangelho ou 0 povo que 0 escuta sZ0 desviados de Deus por elogientes sofismas a Seu respeito, 0 pe Tigo estd evidente. Um pregador que por de trés de um pilpito solta para 0 auditério pa lavras e frases cativantes em sua fluéncia e habilidade de estabelecer contatos, que de monstra, pelos conceitos que apresenta, gran: de conhecimento e erudi¢’o teolégica, pode levar 0 povo a dizer: “Que pregador!”” em vez de ter colaborado para que ecoasse fundo nos coragies dos ouvintes: “Oh, que Salvador!” Pastores e pregadores, em toda a parte do mundo, t8m sido admirados e honrados, ‘no por enaltecerem 0 nomé e 0 poder de Jesus Cristo, mas por serem cultos e habi ddosos em suas prédicas. Hoje em dia, conhecer profundamente 2 excolas filoséficas, os problemas socials ¢ @ Politica, tem sido mais importante para 0s Pregadores do que conhecer a graca de Deus. ., Para_um observador atento, torna:se fécil notar que existe um certo temor por parte 76 do rs cnt ems se tomar riculos se forem simples; de no = ey els fren simp en ngo conquistarem as pessoas se no Ihes falar Por isso, infelizmente, existe hoje tam- bém dentro das igrejas uma idolatria acentua- da da sabedoria. Os livros que falam acerca da Biblia so mais lidos do que a propria Biblia; os pregadores falam 80 ou mais por ‘cento, em suas pregagSes, dos problemas so- ciais, de politica, de filosofia ou de si mesmos e quase nada, ou nada, de Deus ou de Cristo. A tealidade é que esto formando uma gera so de cristdos formais e incrédulos. Quando Cristo caminhava pelas estradas Posirentas da Palestina, era um Mestre de grande influéncia; homens que ocupavam importantes posigdes sociais O procuravam © seus ensinamentos chegaram a preocupar 208 influentes religiosos da época; entretan- to, suas palavras citadas nos Evangelhos s80 demasiadamente simples e sem fantasiosos adomos, Nao se pode dizer que Cristo foi um Pregador erudito e que seus sermées esto além do alcance de qualquer pessoa que ueira conhecer a salvac3o. A simplicidade das palavras de Jesus no somente encontrou eco nos seus contempo- Faneos, mas também até hoje tem tido inigua- lavel poder para mudar a vida daquele que @ observa, n a VIVER NO MUNDO Hé pessoas que vivem fora do mundo, embora estejam nele. No obstante seja im: portante viver assim, quando mundo se refere 420 estado pecaminoso em que vive a human dade, no devemos esquecer que uma das glorias do apéstolo Paulo era a de viver no mando juntamente com aqueles para quem Pregava. ‘A sabedoria humana, com seus dogmas e conceitos, parece ignorar 0 mundo. Os sabios @ 0 tedlogos de um modo geral, vivem de abstragées, no mundo das idéias, e nao no mundo fisico propriamente dito. Os pregado. res de gabinete, cujas atividades so exercidas atrés de uma mesa de escritério, de onde saem direto para os pulpitos das igrejas, ndo podem afirmar com seguranca: “temos vivido no mundo"! Viver no mundo é compartilhar com as pessoas os seus problemas, as suas ansiedades, ‘a sua maneira de crer. E viver 0 diaa-dia com a pessoas, procurando entendé-las © ajudé las. E aprender que cada caso é um caso dife rente e que receitas premoldadas pela psico logia, psicoterapia ou psicoquaisquer que exis tem por af, ndo resolvem os problemas. Quem vive assim, sente a mesma necessidade que 0 ‘apéstolo Paulo sentiu — a de viver ndo com sabedoria_ carnal, natural, humana, mas na GRACA DE DEUS. A Teologia moderna pensa estar dando lum grande passo pelo fato de estar se preocu- Pando com os problemas do homem. A igre Ja Catélica e as igrejas protestantes liberais 78 esto se mancomunando no sentido de fan algo em prol da sociedade, conan combate 208 males socials ¢ penetando Coe, ez mais no campo das ideologias que rao mudaro mundo”. nn we Pode ( grande erro é que embora o homem viva em sociedade, 0 seu maior problema est Gentro de si. Pode-s ter todos os males socials extinguidos; pode © homem nao estar submis. 50 a nenhum sistema politico e, consequen: temente, no ser oprimido por nenhum go vernante; pode o homem viver sob a mais perfeita das. ideologias humanas e mesmo assim ser infeliz e viver afastado de Deus. ‘A. sabedoria humana’ leva 0. homem (quando 0 faz) a buscar a melhor manelra de ® relacionar com Deus. Ela diz a0 homem ‘voc’ deve fazer isso e isso, que talvez rade 20 Criador ..””. Foi este tipo de sebedoria que teve Caim quando raciocinou que dando 0s melhores frutos da terra, que tinha colhi- do, irie agradar a Deus, 0 que nao acontece. A sabedoria a qual podemos chamar de divine € aquela bem simples de ser aplicada © homem que deseja realmente se relacionar com Deus, deve dizer: “vou ver na Palavra de Deus o que Ele quer que eu faca pare que Se agrade de mim ..” Encontramos nesses exemplos a raiz de todos os males que levam o homem as afar tar de Deus. Ao invés de procurar saber © que Ele quer que seja feito, o homem tem procu- do fazer primeiramente 2s coisa, para depois apresentivlas a Deus, eaidEle se no x agradar! 79 SINCERIDADE DE DEUS © apéstolo Paulo, no texto que encabeca este capitulo, afirma que vivia no mundo, néo com sabedoria carnal, mas com sinceridade de Deus, e por isso s2 gloriava com a lareja Estdo 0s religiosos do nosso tempo vi vendo também com “'sinceridade de Deus"? So as igrejas de hoje dirigidas por lideres que colocam a graca de Deus acima da sabe doria carnal? Deixemos que os seus frutos falem das suas obras, mas no descuidamos em afirmar que a sinceridade de Deus de que fala 0 apéstolo no texto citado € exatamente © oposto a prética da sabedoria carnal, da Teologia pasteurizada tdo vendida nos super- mercados religiosos. ‘A busca do saber por parte do homem é comhecida teoricamente por FILOSOFIA, de philos, “amigo”, amante”’ e sophia, “conhe: cimento”, “saber”, formado do adjetivo substantivo grego philésophos, “que ama ‘© saber”, “amigo do conhecimento”. A Filosofia, segundo a tradico que re monta a Arist6teles, comeca historicamente no século VI a.C. nas colonias gregas da Asia Menor; entretanto, sabernos que o ser humano comecou 4 filosofar desde que intentou no seu coragio afastar-se de Deus. Infelizmente © pensamento humano, no intuito de desco- brit ou redescobrir a sua natureza, origem ou ‘azo de ser, tem criado os “ismos” que na ‘ealidade afastam cada vez mais a criatura do su Criador. eH a A pregaco apostélica combate ferrenha- mente a filosofia humana, mesmo que este op preocupe em explicar a Deus, o que € pier finda, A verdadeira sabedoria vem do alte ae Deus, ¢ nunca de esforgos humanos: ‘Se, porém, algum de vés necesita de sabedorie, peca-a a Deus que 2 todos 4 Ibe. ralmente € nada Ihes impropera; @ sershed concedida.”” Tiago 1.5 Ser sincero para com Deus, & praticar 0 que Ele diz som duvidar ou desconfiar de que nfo vai dar certo. E n&o procurar outros rmeios para fazer aquilo que Ele manda, quan do Ele mesmo jd estabeleceu aqueles que dese- ja que usemos Abel foi sincero para com Deus. Talvez no agradasse a si préprio fazer um sacrificio de animal, mas agradaria a Deus e esse era 0 meio estabelecido pelo proprio Deus para as Ofertas; por isso Se agradou dela. A sincer- ade, portanto, para com Deus, consiste em FAZER AQUILO QUE ELE QUER QUE FAGA, sem tentar mudar os meios que Ele estabeleceu para fazé-lo. Moisés era um homem letrado na sabedo- fia egipcia, mas deixoua de lado e passou cerca de quarenta anos no deserto despindo-se de toda a sabedoria que acumulou nos seus Primeiros quarenta anos de vida, para apren- der com Deus, Aprendeu e foi sincero. Colo- fou em pratica exatamente aquilo que Deus havia the ensinado e sempre que tinha duvi- das, em lugar de aplicar seus conhecimentos, Consultava a0 Criador, que o orientava acerca 81 daquilo que haveria de fazer. Por isso Ihe valeu_a honra de ser o libertador de Israel. ‘Salomfo foi criado na corte do Rei Davi, preparando-se para ser 0 futuro Rei de Israel Nenhuma outra crianga do seu tempo teve uma educago mais refinada; era um homem, aulto e preparado para reinar, mas quando Deus the apareceu em sonho e mandou que pedisse qualquer coisa que Ihe seria dada, ele pediu sabedoria. Salomio foi sincero com Deus e 0 seu reino foi muitissimo abencoado. Da mesma maneira 0 foram Abréao, Isaque, Jacé e todos os herdis da fé citados na Biblia. Eles faziam exatamente aquilo que Deus queria que fizes- sem, sem discutir, sem duvidar, sem desacre- nies CAPITULO VIII BIBLIA, uM LIVRO DE EXPERIENCIAS ie StS a a BIBLIA, UM LIVRO DE EXPERIENCIAS ————— “Rogo-vos, pois, irméos, pelas miseri- cérdias de deus que apresenteis os vossos corpos por sacrificios vivo, santo e agradével @ Deus, que 6 0 vosso culto racional.... Roma- nos 12.1 Poder-se-ia dizer que vemos no Antigo “AS TEORIAS E FILOSOFIAS Testamento, a experiéncia religiosa de um CONSEGUIRAM EMPANAR O BRILHO DE povo, yar nos: pay ria seta bg ligiosa de Jesus; nos Atos, a experiéncia reli. CRISTO; AS DISCUSSOES TEOLOGICAS E iosa dos apéstolos; e nas Epistoles, 2 expe- JUXERAM A IGREJA AO riéncia religiosa da Igreja. O Livro do Apo- REPIGIOGAS TAO! M calipse seria ent 0 ditimo capitulo da LABIRINTO QUE SE ENCONTRA EI experiéncia religiosa da humanidade.. NOSSOS DIAS.” NO ANTIGO TESTAMENTO Um estudo sério e meticuloso no Antigo Testament mostraré que Deus no se preo- Cupou com dogmas religiosos na Sua relaco : com Jsrael. Queria apenas uma coisa: OBE- DIENCIA. Néo aconselhou a Adio, Noé, Abra, Isaque, Jacé ou Moisés que fizessem &xames acerca da Sua Palavra, Néo deu idéias ‘ebstratas @ Moisés para que libertasse seu povo 0 Egito. Sua ordem era direta, Moisés, que éstudava na corte egipcia e deveria ser homem de grande cultura e sabedoria, inquiriu a Deus i rca dos seus panos, © resposta fo ime So? “Die que 0 EU SOU te mandou da sagdo 8 maneira de agir com 0 fara6, Beve nfo educou 0 Molads de modo que este fase ter condigdes de argumenta filos6 fics ou teologicamente. com’ fara6 para a fiertgBo do povo de Iseel, Moists, por cer tor teria tentado obter de Deut todas as ex pllagdes ¢ quem sabe até aulas de “psicolo gia” para conversar com o opressor de seu Povo. Tine, medo de executar to misio, {ahez por néo sr um bom apologist; entre tanto, Deus mostrou que tudo daria certo fom um simples ato, uma simples experiencia, Depois disso, Motsésndo perguntou mais nada; rem mesmo se preocupou com explica (es meta isicas para 0 fendmeno. Nao dis tatu, nao argumentou, nem fllosofou. ape tas abedeceut NO ENSINO DE CRISTO Jesus, no seu ministério terrestre, sempre evitou dogmatizar suas idéias e seus ensina- mentos eram diretos e préticos. Nada disse ‘Que pudesse comprometer a fé de alguém. Foi sempre direto nos seus assuntos e nunca se baseou em teorias; toda a sua vida era alicer- gada em experiéncias e através delas minis- ‘rava seus ensinamentos. Ao conversar com 4 mulher samaritana que the perguntou acerca do lugar correto de adoragao, se no monte Gerizim, em Samaria, onde havia um templo ‘Semelhante a0 dos judeus, ou em Jerusalém, respondeu que nem em Jerusalém, nem no monte Gerizim. Falou mulher que o Pai & Espirito © importava que seus adoradores O adorassem em Espirito € Verdade. Descobriu sobre toda a vida daquela mulher, descobriy © seu pecado, falou-lhe ao coraglo e ela foi transformadal Um “bom religioso”", no lugar de Jesus, diria: “E claro que o lugar correto de ado: ragio & Jerusalém, pois antes mesmo de ‘Abredo, Melquisedeque jé habitava naquela cidade ¢ ..." Coitado! Poderia dar aulas e mais aulas aquela mulher e no resolveria seu pro- blema. Ngo era conhecimento aquilo de que precisava, mas de experiéncia espiritual. e 2 tevel NOS EVANGELHOS Os te6logos modernos tém-se preocupa- do muito mais com a interpretagao histéri dos Evangelhios do que com a interpretig:3c evangélica da historia. A segunda preocupagao deveria estar em maior evidéncia nas Facul- dades e nos Semindrios de Teologia, pois a lareja ganharia muito mais se pudesse lembrar onde caiu: “Lembra-te, pois, onde caiste, arrepen- dete, e volta a pratica das primeiras obras; «© se nio, venho a ti e moverei do seu lugar 0 teu candeeiro, caso néo te arrependas”. Apocalipse 2.5 A admoestaco para lembrar 0 lugar de ‘onde caiu, segue'se a de voltar a prética das Primeiras obras. Por que voltar 8s primeiras 87 obras? E disso que a Igreja moderna estd pre- cisando. As teorias e filosofias conseguiram ‘empanar o brilho de Cristo; as discussbes teo- logicas e religiosas trouxeram a lgreja a0 labirinto que se encontra em nossos dias, Uma pessoa sincera, que deseja seguir a Cris to, se ainda néo estiver “iniciada’” por uma izagbes eclesiasticas existentes, ter’ dade em “escolher” aquela na qual vai trithar a sua vida cristé. Viverios num mundo tecnolégico, meca nico e desumano, em um mundo ondeo homem néo € 0 centro, onde somos apenas instrumen: tos ou pecas do grande complexo cosmol6: gico. Em situagdo semelhante estavam os gre 90s quando o Evangelho apareceu, c este encontrou nos gregos grande aceitac’o, espe mente porque sua filosofia leve o homer’ de volta as suas origens e & contemplagao de si mesmo. O Evangelho € sobretudo ativo, algo que faz com que o homem volte & sua nature- za ea complete. E humano, fala aos sentidos, as emogdes e & alma. Hd uma tendéncia muito forte e até ‘mesmo muito natural no homem moderno em intelectualizar ou filosofar 0 Evangelho. Nao foi assim que Cristo agiu. Os maiores ontos de discussSes teolégicas no esto nos Evangelhos, Jesus, com os milagres e a palavra simples, trouxe, nos seus ensinamentos, 0 homem a sua condi¢o normal. NOS ATOS © Livro de Atos, no Novo Testamento, 6 a historia da Igreja primitiva. Ai vemos a¢ primeiras converses, as primeiras experién. cias_carismaticas, a primeira assembléia da lgreja, os primeiros mértires e as primeiras igrejas. Convém notar que nesse livro no se encontram “dogmas”, regras ou normas, Tudo 6 prético, tudo € dindmico. Nao hé estruturas eclesidsticas; no hd hierarquia, ndo ha idéias abstratas. Os primeiros apéstolos e disc{pulos ex- erimentavam a vida crist em vez de estudar © ccristianismo. Hoje, ensina-se a estudar o cristianismo e poucos s80 aqueles que vivem verdadeiramente a vida cristd. A lgreja nasceu da pratica do Evangelho, cresceu na prética do Evangelho e quase morreu quando o homem deixou de praticar o cristianismo para simples- mente estudé-to, Lutero, Wesley, Withefield, Spurgeon e ue poderiam causar grandes problemas se Quisessem “‘uniformizar” a Igreja, entendiam © Evangelho dos museus, das universidades das bibliotecas e colocaramno em prética Oh! Deus, dé-nos homens como estes em nos- S08 tempos! Faz com que o Evangelho dos Atos dos Apostolos seja pregado em nossos dias, Substitui Senhor, 0 evangelho de labo- ratorio pelo Evangelho popular, o verdadeiro Evangetho de Cristo. NAS EPISTOLAS Nota-se om todas as ep stolas,sojam elas eclesisticas individuais, coletivas ou univer ‘ais, 0 cuidado de Deus, por intermédio de tus escritores, na no preocupacdo com o dogmatismo. Para cada caso, havia a solueo propria da comunidade. Em’ relago 20s cos tumes, Paulo e outros escritores invocavam (08 costumes locals, Nao uniformizaram nem nificaram ensinamentos a ndo ser os que se referiam a Deus e as coisas espirituais. Sabiam que poderiam causar grandes problemes s° Quisessem “uniformizar.. 2 Igreja; entendiam ‘ue unidade € diferente de unitormiza¢z0; aliés, muitos erram nese ponto, querendo uniformizar a lgreja eos crentes, em conse giiéncia. Os homens nao sio iguais; os estados € 08 pafses tém costumes diferentes. O que to dos tém em comum & uma alma carente da ‘comunhgo cor Deus, e esse sempre foi 0 principal ponio na’ pregargo apostélica A falta de entendimento dessas verde des como a apresentam nas epistolas tem levado muitos lideres religiosos ao fanatismo @ 80 dogmatismo, com prejuizo tanto para a sua comunhgo quanto para aqueles que, com sinceridade, esto procurando uma experién ia com Deus, CAPITULO IX EXPERIENCIA com DEUS “A GRANDE MAIORIA DOS HOMENS DA NOSSA CONTROVERTIDA GERACAO SE ATREVE A PENSAR QUE DEUS TEM DE OS ACEITAR COMO SAO, AO INVES DE SE AMOLDAREM AQUILO QUE DEUS DESEJA QUE SEJAM.” EXPERIENCIA com DEUS SS 'E andou enoque com Deus; @ néo se via mais, porquanto Deus para si o tomou”. Genesis 5:24 Em toda a historia humana sempre hou- ve dois tipos de religiosos: aquele que sim- plesmente se amolda a uma religigo, e aquele Que tem uma verdadeira experiéncia com Deus. Nao se fala na Biblia de um Enoque ‘eligioso, te6logo, cerimonioso ou coisas assim, ‘mas apenas que ele andou com Deus e, como ‘resultado, se reuniu a Ele de maneira miste- risa, Os homens, no decorrer da histéria, sempre foram mais religiosos do que antes. Vemos na historia religiosa das nagdes um rofundo desejo dos homens em se comunicar com Deus ou com os “‘deuses”, ¢ 0 desenvol- vimento desta ansiedade gerou a idéia geral de lum Deus, um ser superior, capaz de todas as Coisas, imensurével, todo-poderoso, oniscien- *e, onipotente e onipresente. Na tentativa de se entender a Deus © achar 0 caminho que leva e Ele, a cada dia se iam mais seitas, religibes,filosofiase escolas teolégicas. Enigmaticamente, isto tem deixa- doo homem cada vez mais separado de Deus, Pois, percorrendo caminhos tracados pela sua propria inteligéncia, 0 homem esti se em brenhando mais fundo no erro e na igno- rancia. Quando vejo o cristianismo, por exem: plo, retalhado e dividido, transformado ora em religio de sdbios, ora em religigo lege: lista ou fetichista, sinto uma tremenda angus tia em minha alma, pois tenho visto milhares de pessoas sendo destruidas e caminhando 3 largos passos para a condenacio eterna. A falta de uma experiéncia real com Deus causa a religiosidade e promove discus: Bes vazias e sem objetividade. Aqueles que ppassam por essa experiéncia, no sao simples crentes ou membros de igreja, mas transfor mam-se imediatamente em grandes pescado: res de almas, colocando sua vida no altar. Um grande exemplo de conversio, con forme a Biblia nos apresenta, ¢ 0 do aposto: lo Paulo. Ele era um grande perseguidor dos cristdos e possuia uma cultura invejével para a sua época, Entretanto, a0 ter uma verdadei ra experiéncia com Jesus, transformou-se totalmente, chegando a passar da posigiio de persequidor a perseguido, dado @ intrepidez ‘com que anunciava a sua nova f6 EXPERIENCIA E TRANSFORMACAO Um dos aspectos importantes da conver ‘fo de Paulo € 0 fato de ele ndo ter tentado adaptar seus conceitos judaicos ao cristianis- ‘mo, como seria até certo ponto légico para lum homem com sua envergadura cultural Paulo, 20 contrério' do que muitos pro- curam fazer, despojou-se completamente da ‘sua bagagem (e teve de fazer muita forca para isso), pasando a usufruir simplesmente dos frutos da sua experiénci E claro; a sua inteligéncia, a sua cultura e 0 seu tirocinio foram muito usados por Deus, tanto que ele ¢ 0 maior escritor biblico fem quantidade de ‘livros, nos legando uma grande soma de informagdes e ensinamentos cevangélicos, mas ndo verios nos seus escritos evidéncias do ritualismo judaico ou doutrinas rabinicas to comuns a0 farisaismo a que pertencia ‘A experiéncia de Paulo gerou sua trans- formago total e completa e, se podemos definir, afirmamos que a transformacao. & sempre fruto de uma experiéncia e nunca de estudos, pesquisas ou pratica de religido. EXPERIENCIA CONTINUA Creio no estar errado ao afirmar que a {ansformacao 6 um fruto da experiéncia com Baus € desejo acrescentar que um outro fruto '@ experiéneia 6, inequi nte, 0 8 ae requivocamente, o Seu A experiéncia crist, embora possa acon ‘ecer em um ato ou em um momento, ndo & Emplesmente um ato ou acontecimento de eaperomento, E © comeeo de uma vido, 0 uma £6, ae © a revelacio de uma wer cen oxperiéncia cristi & continua e deve * cultivada, pois quem um dia teve um en 95 ‘contro com Jesus Cristo ndo deve deixé-Lo, ‘mas viver com Ele e andar com Ele. Gosto de comparar Enoque a Paulo. Enoque, no Antigo Testamento, era um ho- mem que andava com Deus, que vivia com Deus, e nada mais. Paulo, apds seu encontro com Jesus, se identificou' de tal maneira com Ele que che gou a convocar 0s cristios a serem seus imi tadores, da mesma maneira como ele era imi tador de Cristo. No podemos, creio eu, nos abster de vi ver uma vida de constante experiéncia com 0 senhor, para ficarmos apenas nos guiando pelos seus mandamentes © preceitos, quase sempre torcidos pela mentalidade humana Como poderia alguém ter Cristo como 0 alvo de suas atencBes, abandonar tudo ou qua: tudo para fazer a Sua vontade e ndo gozar da Sua presenca? Nao seria légico crer em Cristo, fazer estudos acerca dEle, ser perseguido por Sua ‘causa e por esta sofrer zombarias e escérnics, sem experimentar Sua companhia Jé me senti assim. Era religioso, tinha sede de Deus, fazia meus negécios com Ele, cantava para Ele e gostava de ouvir os sermées ‘que falavam dEle. Todavia néo podia dizer ‘que tinha uma experiéncia com Ele. Houve um dia em que Ihe entreguei 0 talmente @ minha vida; eu O encontrei AO VIVO! Nao eram apenas suas mensagens que me Satisfaziam mais, mas a Sua propria pes ‘©2. Posso afirmar agora que 6 impossivel ser lum verdadeiro cristdo sem ter tido ou sem ter tido ou sem viver em experiéncia com o Senhor Jesus Cristo. Como poderia eu seguir alguém que ndo conhego pessoalmente? Isso 6 posstvel para os seguidores dessas religi6es orientais que estdo por al, e essa 6 a grande diferenca entre o feligioso e o cristo. O religioso cré em al- guém a quem ngo v8, no conhece e nem gente, mas o cristo segue a quem conhece & vive no seu coragao, EXPERIENCIA E FRUTOS A vida crista € essencialmente uma vida de producio de frutos. Jesus disse no episé- dio da figueira, que a amaldicoou por néo ter encontrado frutos em seus galhos. ‘Aquela Figueira nao estava em tempo de dar 08 seus frutos, e, por isso, alguém poderia argumentar que Jesus no tinha razBes para ‘ecé-la. O ensinamento de Jesus, na ocasilo, foi © sequinte: “Vooés devem dar frutos @ todo tempo, e nfo fazer como essa figuei ue s6 0 faz em tempos determinados ticos SSM: 98 frutos 80 0s resultados pré- icos ¢ logicos da experiéncia com Deus. A Hoods 72, 2° @ iareja modema estar mo: (Dunda ¢ @ falta de cristdos que tenham tido ladeira experiéncia de conversio e que a apliquem no seu diaa-dia, cristianismo dos nossos dias é muito eolégico que espiritual; muito mais de cia do que de fatos, muito mais antro- rico do que teoséntrico. mais id aparén Posen 97 fande maioria dos homens da nossa ad at melt ie Toca aa Beus tem de os aceitar como sf0, a0 inwés de se amoldarem aquilo que Deus deseja que fejam. Hé jovens e velhos que encetam uma Shra cristf desse tipo € que vive ostentando {uma vida totalmente hipdecrita ‘Asiistir 2 conferéncias religiosos, ouvir sermes de famosos homens de Deus e até fesmo tomar parte em trabalhos de evange {izag0, nao dé a ninguém imunidade contra o farisalsmo. E dificil entender como uma pessoa pode estudar a Biblia, participar da comunho de uma igreja e assim mesmo nao ter uma vida na presenca de Cristo — mas isto pode acontecer, pois "Enganoso ¢ 0 cora G20, mais do que todas as coisas, e perverso; quem 0 poderé conhecer?” ‘A experiéncia com Deus nos leva a pro dugio de frutos. Veja, nos Atos dos Apésto los, como isso era real nas vidas dos novos convertidos. Cada convertido sentia @ respon: sabilidade de transformar-se radicalmente em tum seguidor de Jesus Cristo, e, consequente mente, um ganhador de almas para 0 Reino de Deus. ‘A experiéncia com Deus é um estado de Vida, e $6 pode ser adquirida quando hé uma entrega real e total, sequida do auténtico desejo de salvar aqueles que ainda esto per didos, Essa experiéncia € operada pelo Esp rito Santo, e fataimente leva aquele que @ experimentou as seguintes atitudes : 1.UMA VIDA EXEMPLAR — A vida de Jesus Cristo € 0 modelo para as nossas vvidas. Moral, pureza e sinceridade slo algumas dessas caracter(sticas pessoais que o cristo deve ter. 2. UMA VIDA DE ORAGAO — A luta do cristéo ¢ especialmente contra as hostes ddas trevas, cuja vitéria depende exclusivamen- te do Espirito Santo. A oragio é 0 meio pelo qual Deus comunica esse poder. 3. MEDITACAO — E necessério se- parar tempo para pensar em Deus e para dis- cernir os impulsos do coracéo, Alguns minu- tos a sos com Deus valem mais que muitas horas de estudo e ceriménias dirigidas a Ele, 4.0 AMOR A IGREJA — Cristo nio ‘teve um templo a que chamasse “sua igreja"’; também no encontramos evidéncias disso no movimento apostélico do Livro de Atos, masse 08 primeiros discipulos nao tinham ‘greias, pelo menos as estavam preparando. Apés a converséo, aquele que teve uma verdadeira experiéncia com Deus sente o dese- Jo de agregar-se a uma igreja e ali comparti: thar a sua fé, vivendo experiénci iar @ a eriéncias profundas go AS,mais modernas correntes da Teologia Fao Pregam uma vida crist baseada na expe- riéncia com Deus, mas nas preocupagdes so. Gas, Pollticas ou meramente eclesidsticas, © destas coisas a ign is GENTEMe ne Ol Precisa se libertar. UR. CAPITULO X RELACIONAMENTO COM DEUS “A VERDADEIRA FE NAO E ANTIINTELECTUAL OU ANTICULTURAL, MAS COLOCA AS COISAS NO SEU DEVIDO LUGAR. DA A CESAR 0 QUE E DE CESAR E A DEUS 0 QUE E DE DEUS.” RELACIONAMENTO COM DEUS ———— “Jé no vos chamo servos, porque o ser- vo ndo sabe 0 quo faz 0 seu senhor: mas te- nho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ‘ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.”” Jodo 15.15) © grande segredo para uma vida na pre- senga de Deus encontra-se no entendimento ¢ pritica de uma coisa: RELACIONAMENTO! Relacionamento com Deus no é um es force religioso por meio de formas, rituais, leis, regras, doutrinas e coisas desse tipo, para fazerem com que o homem se aproxime de Deus. Nao ¢ a atitude do homem em oferecer coisas a Deus para que Ele as aceite, ms: sua atitude no sentido de aceitar aquilo que Deus ihe estd oferecendo. Como jé afirmamos, @ Teologia gera re- Uigiosidade © religiosidade, dogmatizaczo e BretensSes religiosas que fazem com que as Pessoas se satis facam com estudos, palestras, 08 entretenimentos a que © 0s quais se entregam, domingos. uma fé apoiada meramente reunides e outr chamam “igreja”” Principalmente aos. resultado é cado espiritual que pouco acrescentam a Quem busca ui ima experiéncia_ com Deus. 103 Leis, obrigagSes, regras religiosas ou ‘dias humanas, bitolam 0 homem e fazem Deus ou grande e distante demais de modo ‘que ngo pode ser bem compreendido ou al ‘cancado, ou O fazem 180 pequeno que deixam '& pessoas muito “acima” das verdades reve. ladas na B lia, a Palavra de Deus, deixando-as incrédulas cada vez mais distantes. ‘A verdadeira f6 no 6 antiintelectual ou anticultural, mas coloca as coisas no seu de vido lugar. D4 a César o que & de César ea Deus 0 que & de Deus, DEUS OU RELIGIAO Infelizmente, a base da pregaco de mui tas igrejas no tem sido Deus. Pregam muito mais 0 valor da religigo e os seus compromis- 05, do que a busca de um relacionamento pessoal com 0 Criador. Os convites para “accitar @ Jesus" ou “"mudar de vida" na realidade encerram muito mais um comprometimento religioso do que ‘uma entrega pessoal, uma mudanca de mente ‘ou de coracio, 0 que faz com que Deus fique dependendo da religido para poder se relacio- ‘nar com 0 homem, e vice-versa © homem que tem um encontro real com Deus encontra nas préticas religiosas muito mais obstéculos para o seu relaciona mento com 0 Criador do que facilidade para encontré-Lo, compreendé-Lo e viver a sua fé. A temética religiosa dos nossos dias ¢ ‘sobre “COISAS QUE VOCE NAO PODE OU 104 NAO DEVE FAZER". Asim, 0 homer reli i0s0 do nosso tempo se preocupa muito com © temor, 0 zelo © com a cega obediéncia 3 doutrinas religiosas, € no tem vivido em rela cionamento amigo e fraterno com Deus. Imagine que vocé tenha um filo que se apresente sempre a voc? como um soldado: que fale com vocé na posi¢zo de “sentido” que cumpra a rigor as suas ordens com um sisudo “sim senhor”, e que mantenha sempre de vocé uma hierdrquica distancia, com medo de uma eventual punigao. Imagine esse filho seu lendo livros e ma- ruais como “COMO AGRADAR O PA “REGRAS DE OBEDIENCIA PATERNA”: “CUIDADOS FILIAIS"; e coisas desse tipo De tal procedimento do seu filho, voc®, na turalmente, teria 0 reflexo do seu cardter de pai; no cas0, um pai ditador, legalista, carras 6, autoritério, sem alma e sem amor. Infelizmente, esse tem sido um quadro muito real no relacionamento entre Deus © o& homens, preconizado pelas igrejas cristas. de lum modo geral. E essa, tenho absoluta certe- 2a, no € a posi¢go de Deus no que toca a esse assunto. Um dos grandes males da reli {180 ¢ 0 de estabelecer métodos para tal re- Reignamento. Cristianismo do 6 religito; POs, 980 € um chete religioso. Cristianismo vida e nos apresenta Deus como um Pai gue, muito alm do que possamos imaginar, ‘se)a assumir também essa posigo em rela. 80 ds nossas vides, 105 AMIGOS DE DEUS Somos, mais que filhos, amigos de Deus, Essa amizade € bilateral. Da mesma forma como desejamos dar a Deus a nossa amizade, Deus também deseja nos der 0 seu carinho, seu afeto e sua ajuda. Ele 6 0 bom amigo do homem, 0 verdadeiro amigo. Quem nlc confia e nEle deposita o seu amor, natural mente pode contar com @ retribuicao Os grandes homens de fé dos quais nos fala a Biblia foram, acima de tudo, ami 90s de Deus. O proprio Jesus, quando na Ter ra, fez dos seus discipulos, amigos, Andava com eles, comia com eles, dormia com eles, orava com eles, Esse relacionamento trouxe a és a gratificante certeza de que é assim que Deus nos vé e dessa mancira que deseja ‘conviver convosco, © mundo esté confuso acerca do que sja realmente CRISTIANISMO. A razio disso esté no fato de muitos cristéos viverem um cristianismo completamente dissociado dos padres estabelecidos pelo proprio Cristo. A igreja primitiva nos da, na vida de al: guns dos seus membros, um modelo do efei to da mensagem cristd nas vidas das pessoas. Naquela época, a0 se converterem ao Senhor Jesus, as pessoas abandonavam totalmente os us estilos de vida e se transformavam ver dadeiramente em novas criaturas. Tudo s° fazia novo em suas vidas; havia_nos sem blantes e nas palavras de cada cristo um bri tho que dificilmente deixava de ser notado, inclusive pelos seus opositores; suas vidas 106 exatamente um misto de humildade ¢ amor ue sinceramente os transformavam em vere deiros representantes de Cristo, Perguntamos: Acontece © mesmo hoje, em nossas igrejas? E claro que nBo!'O eye mo, a vaidade © 0 amor proprio pareey ‘obscurecer @ imagem de Cristo e, embora Ele continue © mesmo, a imagem que fazem dEle tem produzido um cristianismo barato, ft, Preconceituoso e meramente social, que wansforma o homem em mero membro ‘de ‘greja, ao invés de transformé-to em amigo de Deus VIDA! Jesus afirmou ter vindo vida com abundancia, e nunca uma nova re- ligido preceituosa e dogmética tal qual muitos fem feito de seus ensinamentos. Quando Filipe desceu a Samaria, néo o fer para fundar uma igreja “filipina”, e embora tenha tido alguns obstéculos entre seus itmdos judeus, ele transmitiu aos samaritanos a vida Ge Jesus. O resultado foi imediato! Os doentes foram curados, os paraliticos andaram, os ce- $98 viram, os endemoninhados eram libertos g.houve grande conversio daquele povo a0 Senhor Jesus. Ndo a Filipe, mas a Jesus, ¢ & "SS que tem que acontecer em nossos dias, Da mesma maneira como Deus usou ilipe, deseja usar vooé hoje, amigo leitor, Chega de tradigao, abaixo os preconcsites, “vamos cristianismo hoje como ele foi 107 ra dar vida e vivido pelos cristos primitivos; cheios de 16 @ coragem, sem medo, sabendo que aquele ‘que nos chamou das trevas para a Sua maravi thosa luz estd conosco e no abrira mio de és para fazermos a Sua obra, Cristianismo jamais foi religiSo, eristia riismo ¢ vida, e vida com abundancia! Se voce rndo esta vivendo a {é cristd como esta deve ser vivida, sua vida é um verdadeiro desastre e podemos garantir que o Senhar Jesus nio esta vivendo em voce CHAMADOS PARA CHAMAR Fomos salvos para salvar, chamados para chamar e abencoados para abencoar; logo, 1ndo podemos nos dar 20 iuxo de nos aprisio arms em nossas igrejas em detrimento da queles que ainda no foram alcancados, Certa ocasio, em uma festa, ouvi um ilustre pregador dizer: “Irméos, precisamos entrar no santo dos santos e oferecer a0 nosso Deus 0 verdadeiro incenso de louvor Naquele ambiente festivo, o povo, comovido, ppassou a chorar e rir a0 mesmo tempo. Glo: Fificando @ Deus. Era uma festa dos santos; um momento de comunhdo entre os santos & 0 Santo. Tudo bem, tudo muito bonito, mas tenho certeza de que, como eu, muitos mis turavam a alegria do momento com a triste za de saber que, Ié fora, milhares estavam so frendo por desconhecer aquele a quem esté vamos “incensando”. 108 Os santos deveriam considerar que no 4 maior louvor para Deus do que apresentar- Lhe almas salvas e dispostas a uma nova vida. Jesus veio para salvar 0 que se havia perdido ‘22 Biblia afirma que aquele que ganha almas, sibio 6, e ainda que sdo formosos os pés da- queles que anunciam as boas-novas. Devemos nos cuidar do espirito pura mente social e teolégico que muitos impri- mem 0 Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, esquecendo-se da sua verdadeira mis- So, que é a de trazer para o Santo-dos-santos © verdadeiro perfume que agrada a Deus — almas redimides pelo sangue do Cordeiro. 109 CAPITULO XI AMIZADE COM DEUS “\ DIGNIDADE E A BELEZA DE UM CULTO RELIGIOSO, COM SUAS CERIMONIAS, SEUS SERMOES E SEUS APARATOS, DE MODO ALGUM SIGNIFICA QUE AQUELES QUE 0 FAZEM \VIVEM EM COMPANHEIRISMO PESSOAL COM DEUS. ELES 0 SAUDAM, MAS NAO LHE FALAM.”” AMIZADE com DEUS ee “vés sereis meus amigos, se fizerdes 0 que eu vos mando.” Joao 15.14 Acerca de Voltaire, filésofo e escritor francés do século dezoito, contase que numa erta ocatiéo ole parou e tirou 0 chapéu, ‘quando ume procissdo com a imagem de Jesus ia passando. Um amigo que 0 acompanhava, surpre: s0 com 0 fato, comentou: “Como! Acaso te reconciliastes com Deus?” Voltaire respondeu com a ironia que Ihe era peculiar: “Nés nos seudamos, mas ngo nos falamos.”” Muitos créem que, por serem membros de uma igreja e porque esta faz bem a humani- dade e 20 mundo social em nome de Deus, estdo bem relacionados com 0 Criador. A dig. nidade e a beleza de um culto religioso, com ‘suas ceriménias, seus sermées e seus aparatos, de modo algum significa que aqueles que o fazem vivem em companheirismo pessoal com Deus. Eles O satidam, mas no Lhe falam Uma pequena palavra deixa claro o rel geammento que agrada a Deus —~ fé! Sem a mpossivel agradar a Deus e é ela a base de toda a nossa vida erista, sicas ye mendentemente das definigdes teolé- teria ny POTS dizer que ela se carac. vida da pessoa pela confianca, amor, 113 alte fidelidede e tealdade que ela tem para com Deus, tendo-O como um companheiro e ami (© fiel, com quem sempre conta. AMIGOS DE JESUS ‘Amizade € uma palavra que se encaixa muito bem no relacionamento entre o homem, e Deus. Ele é e quer ser nosso amigo; e nos re lacionamos com Ele, aceitando-O em Jesus, Isso nos transforma e satistaz todas as nossas, necessidades. (© que deve chamar a nossa atengao, de modo especial, é 2 base estabelecida por Je ‘ais, para que venhamos @ ser seus amigos: fazer aquilo que Ele manda! O Mestre deixou claro que a nossa participacdo efetiva e pré tioa na Sua obra é 0 que existe de mais im portante e se torna a base de nossa amizade para com Ele. Ele no disse que serfamos seus amigos se 0 aprecidssemos, se 0 louvéssemos; se 0 adordssemos; se estuddssemos profundamente (08 seus ensinos ou se constru issemos para Ele bonitos templos e monumentos. ‘A maior prova do amor de um homem para com Jesus ver a ser, portanto, a parti: Cipagao no Seu ministério, fazendo aquilo que Ele manda, ‘A maior necessidade do mundo é a de ouvir a Palavra de Deus e praticé-le. Os ho- mens estéo, a cada dia que se passa, mais céticos, mais materialistas, mais incrédulos ©, consequentemente, mais sofridos, mais 14 doentes, mais oprimidos e mais desorien- tados. Jesus precisa de amigos, que estejam dis- postos a fazer 0 que Ele mandou, Creio que 2 lgreja € uma reuniéo daqueles que $30 amigos de Jesus; naturalmente, os planos das igrejas e dos cristos deveriam ser, basica mente, cumprir as Suas ordens, mas, infeliz- mente, isso ndo acontece. As separacies e divergéneias “doutriné- vias" existentes impedem que haja uma uni- dade necesséria & jun¢o de esforgos para a conquista do mundo. ‘As denominagSes existentes se enclausu- ram, se particularizam e defendem de unhas e dentes seus “principios” de modo a néo ‘terem uma viséo global daquilo que tem de sr feito, ‘Asim, mandamentos como “Pregar o Evangelho @ todas as criaturas’; “Curar os enfermos"; “Expulsar os demdnios”; “En- sinar @ guardar todas as coisas que Jesus man- dou"; “Amar © préximo como @ si mesmo”, etc, tém sido muito mais estudados e disse. cados em livros e apostilas do que colocados em prética pelos cristéos. “Jesus “O08 © estudo dos mandamentos de lesus, pela obediéncia aos mesmos; perdem- Fanos € anos estudando o que Jesus mandou cisesees eemelos, nos semindrios e nas fa- fiudades de teologia, enquanto nossos some *estéo caminhando a passos largos para 3 erdicdo © esto sofrendo por falta de al- guém que th Core ai, hes fale de Jesus e que os ajude 15 INTIMIDADE COM DEUS ‘Amizade implica em intimidade e ambas 12s coisas falam de perticipacgo. Se somos am gos de Deus, obrigatoriamente temos part ipagdo direta nos Seus planos e na Sua obra Deus revela na Sua palavra 0 desejo de manter intimidade com a criatura humana e fazé-la participante de todos os Seus propésitos. Existem coisas que esti muito mais além da nossa cultura ou da nossa inteligén tia. Com Deus, nem sempre 0 que racional funciona; entre amigos, os sentimentos e os lagos fraternos estao além da logica ou da razéo. Lembro-me do caso de Maria, a pecado: ra, quando partiu um vidro de precioso un gilento e 0 derramou aos pés de Jesus. Esse precioso perfume era de grande custo, Seu valor era muito grande e bem poderia ser vehdido em favor de pessoas necessitadas, ‘como alguém sugeriu. Alguns julgaram aquele ato mal-pensado, se indignaram © passaram a Giticar aquele gesto. O Mestre, entretento no concordou. Considerou belo 0 gesto de ‘uela jovem. Hoje, so muitos os que criticarn os pe quenos ¢ talvez ‘‘mal-pensados" gestos def. Alguns acham que palavras vazias e promo- 96es calculadas de obras de beneficéncia cer- tamente serdo de maior proveito para nossa humanidade materialista e comercial. O ato de Maria estava acima de tudo isso, em uma dimenso que muitos no podem compreender. Foi um ato de apreciagio, de 116 respeitdvel culto, brotado da plenitude de seu ‘coracao. Foi um gesto de sublime belezae de inocente paixdo, ligando a que dava ao que recebia num grande sentimento. Os mestres religiosos da época, bem como alguns discipulos descuidados, tiveram dificuldades para compreender aquele gesto, mas 0 sentimento de Maria estava acima de qualquer explicagio eserituristica, Jesus gostou, € © mais importante é que aquela mu: Iher certamente fazia parte do grupo que, ‘mais tarde, muito fez na propagacao do Evan: gelho. EM MEMORIA Muitas igrejas so muito mais um clube, onde pessoas que tém algo em comum se einem com a finalidade de participar suas ex- Perincias, do que um local de reunigo onde um grupo se organiza para execucgo de um grande trabalho. ‘Assim, muitos se renem “em memé- Fia’" de Jesus, Falam de sua morte, relembram 08 fatos de sua vida @ enaltecem’ as suas vir: tudes, como fariam por qualquer fundador de uma instituiedo, A isso, sequem-se almocos, antares, ceriménias e festas. Tem chamado @ is80 de Igreja, Que léstima! de ngentuanto @ mentalidade dos religiosos le Nossa época continuar assim, o mundo nd podera receber o impacto do Evangelho de Jesus. Evangelho ¢ poder, aco, batalha, con. Suistal Nossa luta no é'contra a came nem "7 cee fo sangue; é contra as potestades, 0 diabo e seus anjos, e contra a sua atuacdo na vida dos homens. O verdadeiro cristo nao pode es. quecer que sua vida deve ser dedicada a esta luta. ele vive na batalha! Fazer 0 que Jesus manda é estar inte. grado nesta luta e s6 € amigo de Jesus quem esté na frente de batalha, pois Ele esté e dela nfo s¢ aparta; logo, para ter intimidade com Ele, no hd outro lugar para encontré-Lo, Nao devemos viver “em meméria” de Jesus, mas estar com Ele, ativamente, na fren: te de batalha, dando a nossa vide pelo Seu ideal. 18 CAPITULO XII A VERDADEIRA LUTA! “SE A IGREJA ATUAL NAO AGIR CONTRA OS DEMONIOS, ELES COMECARAO A AGIR DENTRO DAS IGREJAS, SE JA NAO O ESTAO FAZENDO.” A VERDADEIRA LUTA — “Porque néo temos de lutar contra @ carne @ 0 sangue, mas sim contra os princi: pados, contra as potestades, contra os prin. Cipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.”” Efésios 6.12 Vivemos em plena era do demonismo. O espiritismo esté, sob as suas mais diversas ra- mificagées, dominando @ mente das pessoas. As religi6es orientais, regadas a demdnios, esto, sob capa crist ou no, invadindo o mundo, entrando nos sales de festas e coa- bitando nos casebres das favelas com os ho- mens. Com vasta distribuicdo de literatura e pregacio distarcada, esto por toda a parte disseminando a prética do demonism: A Igreja atual tem que agir. Jé vivemos 0 clima da pregacdo protestante com Lutero, © da pregagdo avivalista com Jogo Wesley agora temos de sair da mera pregacao caris- mética, que esté na moda, para a pregacdo lena. Temos de sair por ai dizendo que Jesus Cristo salva, batiza com 0 Espiriito Santo, mas também, e antes de tudo, que liberta as essoas que esto oprimidas pelo diabo e us anjos. 121

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