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UFMGMScMarcosNatal AuCuiabaQF 2000BR
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“ MN eIse7 oFOUEFeG odLog oP openyIcus CoFaIOeD BdEN ey EMBL CAO PETROGRAFICA ‘OFBHNO soon] CARACTERIZA¢ LE ISAIN 21897 ogouejeg odi0g eaeino euIN, CAPITULO 4 rants© CAPITULO 4 CARACTERIZACAO PETROGRAFICA 39 Considerando seu posicionamento basal em relagdo as frentes de empurrdo da fase D2 (ver 3.3), © corpo encontra-se extremamente deformado © com secao estratigréfica invertida sendo limitado na capa por metabasaltos alterados (manx) e na lapa por fiito carbonioso (Fg). contato com o metabasalto é normalmente abrupto e regular, localmente desenvolvendo intensa foliagdo com lenticulatizagéio e boudinagem. J 0 contato com o filto carbonoso é marcado por forte cisalhamento e presenga de abundantes veios de quartzo rotacionados elou boudinados, com segmentagaio local dos corpos de minério, Nao rara a presenga de boudins com mais de 2 m de espessura (Prancha 4.1c), ‘Aspecto caracteristico do corpo Balancao é a intensa deformacao de suas rochas. Dentre as felgdes proeminentes destaca-se o desenvolvimento de uma foliagao milonitica nao pervasiva relacionada a fase Ds, representada por zonas de cisalhamento frontais, em padréo anastomosado, paralelas ou transpostas ao bandamento original e a foliagSo S:, Junto as zonas mais deformadas, os corpos de rinério encontram-se rompidos e as vezes verticalizados. O bandamento é parcial ou totalmente obliterado, com desenvolvimento de intensa sulfetagaio e recristaizagao. Corpo Serrotinho © Corpo Serrotinho esta situado na aba sul da Dobra Cuiaba ocupando uma area de 1.855 m? com segao horizontal orientada segundo EW (Figuras 4.1 e 4.4). De maneira (eral, 0 corpo esté pouco deformado sendo, possivel observar as relagdes do bandamento ‘com a foliago, embora localmente possam ocorter pores cisalhadas @ muito dobradas. E comum a presenga de dobras mesoscépicas com eixos variando em torno de 122° /25° (Prancha 4.1a, b). Estas dobras so de dimensbes centimétricas a métricas, podendo ser simétricas ou assimétricas, abertas a isoclinais. As dobras assimétricas variam na escala do centimetro, Normalmente os flancos inversos ou até mesmo os dois flancos encontram- ‘se rompidos e adelgagados. As dobras abertas ou fechadas de dimensbes sub-métricas a ‘métricas apresentam foliagao plano axial paraleta a foliagdo S; e leques de‘OuisA ouoW\oRSes0UN opundos S| __eBojoa0 “opnyse eiseu sopensowe sowed sop ogSeopu WD LE IeAIN ‘ouURaWeS odi05 op opeayidivs o216}086 BEN :P'y BINBI | —_— 8 Z| 8 8 2 G 3 com| 8 a @ Bl zs 8 ° expoapdopemoue enue somnieouns emis ory SE somes ops eng opie SE HL I®AIN ‘oyunoues odio g Crewe A eaeing UI Z| : (poo pane wet EE ; a\ E é 3© CAPITULO 4 CARACTERIZACAO PETROGRAFICA SESS SSSR TSS U SSPE E RE foliagao na regido de chameira Considerando sua posigao estratigréfica normal, o corpo esta limitado na capa por filito carbonoso (Fg) © na lapa por metabasaltos alterados (manx), 0 contato ocorrende de {forma abrupta e regular. ‘Aspecto caractertstico do Corpo Serrotinho no Nivel 11 6 a presenga de formagao ferrifera bandada com magnetita, ocorrendo na capa e abaixo do Flito carbonoso (Fa). A passagem para a formagao ferrfera sulfetada se dé, tanto vertical quanto lateralmente, através do aumento gradativo de sulfeto ao longo das bandas. 4.3, Estrutura, minerografia e texturas ‘A mineralizagao de ouro predominante nos corpos Balancéo e Serrotinho & do tipo stratabound e relacionada a sulfetaggo da formagao fertifera bandada. Os corpos caracterizam-se pela altemancia de bandas carbondticas escuras contendo siderita, ankerita e matéria carbonosa finamente disseminada, bandas quartzo-carbonaticas de cor bege a branca (chert) © bandas mais ou menos continuas de sulfetos de granulagao variada e espessura de alguns millmetros a varios metros, ‘Macroscopicamente, apresentam estrutura macica ou bandada (cf. Toledo 1997), as quais variam em cada corpo em fungdo da atuagio diferenciada dos processos de \deformagao/alteragao hidrotermal (Pranchas 4.1d, 4.1). Esta classiicagao nao é de toda Tigorosa uma vez que so cornum gradagdes entre as estruturas maciga e bandada, ‘Aestrutura maciga, mais comum no CMB, esté associada as porgbes mais deformadas da FFB. A sulfetagao ocorre de forma pervasiva resultando na transgressio e obliteragao do bandamento e na formagao de extensos halos de carbonatagtio e espessas bandas de Suifeto macico, Feigdes marcantes so 0 rompimento e boudinage dos corpos de minério. ‘A estrutura bandada, mais comum no CMS, se restringe as zonas menos deformadas ou fracamente mineralizadas. A sulfetagao 6 do tipo seletiva, ocorrendo normalmente ao.CAPITULO. __CARAGTERIZACAO PETROGRAFICA 2 PRANCHA 41: CARACTERISTICAS DOS CORPOS DE MINERIO. (A) Concentragao de pirrota em chameira de dobra isoclinal do Corpo Serrotinho; (8) Dobramento caracteristico da formagde ferifera bandada do Corpo Serretinho; (C) Aspecto da deformago do Corpo Balancéo mostrando oudinage e segmentagdo da formagao ferrfera bandada; (0) Amostra {de mao do Corpo Serrotinho mostrando a estrutura bandada da formagao feriferasutfetada; | (© Amostra de mao do Corpo BalancSo mostrando a estrutura maciga da formagaoferrifera sulfetada,© cAPITULO 4 CARACTERIZAGAO PETROGRAFICA 43 Jongo das bandas. Nas bandas mais escuras a sulfetapo 6 mais intensa desenvolvendo niveis de sulfeto macigo, enquanto que nas bandas mais claras o sulfeto ocore como messas discretas ou mesmo como cristais isolados. Ao contrério da estrutura maciga, formam leitos com espessura variando de alguns millmetros a varios centimetros. [A transigo entre os corpos de minério e a formagdio ferrifera no mineralizada se dé através do aumento gradativo de sulfetos ao longo das bandas ou pela interdigitacao de formagao ferrifera muito sulfetada com formagao ferifera pobre em sulfetos. Aspecto diverso se observa no CMB onde a delimitagao e individualizagao dos corpos & do tipo tectonica e relacionada a cisalhamentos © boudinage. 43.1, Caractorizagao Minerogrifica 0s sutetos mais impotares que compters & paragtneses mineris dos corpse Balanco e Serrofinho 80: pirta, pirtita, arsenopita e calcopirta, nesta order. Esfalerita © galena ocorrem como fases subordinadas, geralmente associadas a pita e pirrotita, Magnetita e hematita ocorrem isoladamente no CMS constituindd fases importantes associadas a pirta, Os minerais principais da ganga sao quartzo e carbonato ‘que, em conjunto, compdem cerca de 90% em volume, Os restantes 10% correspondem a lotta, serictae residuos de matéria carbonosa, Pirita A pirita (FeS.), 0 mais comum e mais abundante sulfeto da cresta terrestre, normalmente ‘constitu o principal mineral metélico dos depésitos minerais (Craig & Vokes 1993) Algumas de suas caracteristicas fisicas sao: tendéncia marcante a se comportar de forma ‘pti! durante a deformagto e o metamorfismo (Vokes 1989, 1971, Sarkar ef al. 1980, Cox 1987), coesto interna das ligagSes na rede cristalogréfica e propenstio a formar cristais idiomérficos (Craig & Vokes 1993). Ao microscépio, € facilmente identificada por seu sistema cristalino isométrico, habito cibico, isotropia & luz polarizada e cor amarela palida. Trata-se do sulfeto dominante nos corpos estudados, constitvindo de 45% a 95% em Volure dos minerais metalicos no CMB (média de 87%) @ 5 a 65% em volume no CMS.CAPITULO 4 CARACTERIZACAO PETROGRAFI (média de 52%). Varia amplamente tanto em abundancia como no tamanho e na forma dos gros, ocorrendo como agregados macigos ou de forma disseminada na formagao ferrifera. E sem duvida o principal hospedeiro dos grdios de ouro, Da andlise granulométrica sto identificadas trés populagdes de pitta: pirta fina com cristais de até 300 um, pirita grossa variando de 300 um a 1,0 cme pirita muito grossa porfiroblastica com cristais acima de 1, 0 om (Prancha 4.2). Pirta fina - ocorre em agregados ou massas de cristais idioblésticos com granulagao média de 120 pm. Nas porgdes escuras da formacao ferrifera forma bandas sulfetadas continuas e bem definidas enquanto que nas porgdes mais claras ou niveis de chert corre como idioblastos isolados na matriz quartzo-carbonatica. 05 limites dos graos so retos, formando &s vezes cubos perfeitos, contudo, em zonas de cisaihamento, como no CMB, s80 comuns gros idiomérficos com faces cortoidas © textura porosa. ‘As inclus6es so raras no CMB e mais comuns no CMS restrigindo-se normalmente a0 niicleo dos cristais. Os minerais inclusos mais comuns s8o quartzo, carbonato e pirrotta. raramente so encontrados nédulos de arsenopirita ou gras submicroscopicas de calcopirita e ouro. Pinta grossa - ocorre como cristais idiobldsticos a xenoblésticos com granulagao média de 600 jum. Forma-se alravés da recrstalizagao da pirta fina ou através da aglutinagao e amélgama de agregados piritosos. Esté normalmente associada a pirita fina, mas pode ocorrer como agregados mono-a Poliminerdlicos associados & massas de pirrotita, exibir padres de intercrescimento complexos com a matriz quartzo-carbondtica ou ainda ocorter como ciistais individuais iSolados na matriz.PRANCHA 4.2: TIPOS DE PIRITA. Folomicrografias A, 8, ©, D,E em luz refit. (A) Banda de pirta fina em matrz quertzocarbondtea (CU11S-8);, (@) Agregados de pita arsenicalbordejando borda de crescimentoeinclusdes de pro enoblasica com inclusbes de calcopirta hematta nas bordas (CUTIS-9) (E) Porfroblasto de pinta faturado com inclusBes de quartzo (GUT1E-), () Nudleagae de porfroblasios de pinta na FFE (CUTIE-8). Py - pia, Pyas ~ pita frsenical Po-pirotta, Asp-arsenopinta, Ccp-calcopinta, em-hematta, i-quartzo,CARACTERIZACAO PETROGRAFICA ‘Quando idioblasticos, os gros desenvolvem faces rotilineas formando cubos perfeitos. {Quando hipidioblésticos a xenoblésticos, exibem faces serilhadas, lobadas © em ctispide, ocorrendo também como cristais alongados paralelamente a foliagzo, Aspecto notavel € 0 desenvolvimento de textura poiguloblastica com niicleos ricos em inclusées © bordas de crescimento limpidas. Nas regides menos deformadas, onde os ctistais $80 pouco tensionados, observam-se zonamentos perfeitos enquanto que nas regides sujeltas a deformacao cisalhante, 6 comum a ocorréncia de bordas de crescimento ‘com textura porosa, vértices arredondados e faces irregulares (serrilhadas ou lobadas), Os padrbes de inclusdes na pirita grossa so de forma e composigao variada podendo ser agrupadas em és categorias: (1) aleatoria, (2) semicircular ¢ (3) orientada (Prancha 4.34, 2, . © padrao aleatério é encontrado nos cristals idlomérficos @ xenomérficos enquanto que o padrao semicircular & muito comum nos grdos com textura poiquiloblastica bordas: de crescimento. Alguns gros de pirita contém inclustes orientadas de forma coneordante 04 discordante em relacao a foliagdo da rocha hospedeira. ‘As inclusées mais comuns so de ganga, com largo predominio de quartzo. Seguem-se inclusées de pirrotita, arsenopirita, calcopirta, ouro e mais raramente esfalerita e galena. HA de se notar que a abundancia destes minerais como incusdes € normalmente compativel com sua abundancia na matriz, Os habitos mais comuns relacionados as inclus6es de ganga sao arredondados, angulosos (pontiagudos), embainhados ou dispostos segundo uma direedo preferencial ‘As inclusdes de pirotita e calcopirita sao arredondadas ou lobadas enquanto que as de arsenopirita tendem a formar cristais idiomérficos (romboedros). Alguns cristais de pirita no CMB e principalmente no CMS apresentam, a0 micriscépio 6tico, manchas imegulares de composico arsenical. Estas podem evoluir para inclusSes idiomérficas ou substitu parcial ou totalmente os cristais de pirta, Neste trabalho, graos de pirita com estas caracteristicas so definidos como pirita arsenical (Prancha 4.38).SSSR S SITS S TES GAPITULO4 __CARACTERIZAGAO PETROGRAFICA PRANCHA 4.3: CARACTERISTICAS DA PIRITA. Fotomicrografa luz efltida. (A) Pinta arsenical. Substiuicdo pseudomérica de pitta por arsenopiita (CUN1B-5b): (B) & (C)Agregacos de pista cimentados om massas pirtosas (lextura amlgama) (CU11B-1), (©) Padrao concenivco de incus6es em pita, As incusses nas bordas sao de hematta, (CUTIS-<8):(E) Padrao orientado de inclusdes em pita grossa (CU1B-10),(F) Pacrao irregular de incusdes om pla grossa (CUTIES). Py - pita, Po - piri, Asp = arsenopiia, Cop-Calcopirta,Hem-hematita,Qt-quarza 47CAPITULO 4 CARACTERIZAGAO PETROGRAFICA 48 Nuitos gros de pirita mostram inclusdes polimetilicas. As associagdes mais comuns S80 pirotita + calcopirita, pirotita + arsenopirita, piotita + ouro e arsenopirita + ouro. Pirte porfroblastica - ocorre tanto no CMB como no CMS. Aparentementte nao se observa renhuma distribuigao definida dentro dos corpos de minérios, ocorrendo como bandas ou lentes de até 20 om de espessura. 0s cistais so idioblésticos embora localmente se observem formas hipidioblésticas ou xenoblésticas, Quando abundantes, tendem a desenvolver suturas ou fraturas devido a interferéncias mituas durante o crescimento ou a deformagao. Quando isolados, tendem a formar cubos perfeitos. Da mesma forma que na pirlta grossa, a textura poiquiloblastica € muito comum, com bordas de crescimento muito limpas e faces bem terminadas. Os padres de inclustes também sao semelhantes aos da pirita grossa sendo mais comuns 0s padrées alealsrio e semicircular. As inclusdes mais comuns sdo de quartzo, carbonates, pirrotita, arsenopirita, calcopirta e ouro. Esfalerita e calcopirta ocorrem como rmicro-inclusées, preenchendo fissuras ou nos intersticios dos gracs. Pirrotita A Pirrotita (Fe1,8) € um mineral muito comum nos depésitos vulcanogénicos de sulfeto macigo, ocorrendo também em muitos depésitos auriferos como parte integrante dos minerais de minério. Ao microsc6pio, suas caracteristicas marcantes so 0 médio a baixo poder refletor, a anisotropia a luz polarizada e a cor marrom palida, No sistema Fe-S a pirrotita apresenta composi¢ao e estrutura que variam em fungao da temperatura e da porcentagem atémica em ferro, sendo reconhecidas as formas hexagonal e monoclinica. A pirrotita hexagonal é estavel em temperaturas acima de 250°, ‘com 47,3% de Fe em peso atémico. Ja a pirrotita monoctinica ¢ estavel a temperaturas mais baixas e apresenta 46,9% de Fe em peso atdmico (Yund & Hall 1969, Kissin & Scott 1982).CARACTERIZAGAO PETROGRAFICA __ 49 CAPITULO 4 ‘Trata-se do segundo sulfeto mais comum nos corpos estudados, constituindo de 1 a 50% fem volume dos minerais metalicos no CMB (média de 9,7%) e de 3 a 90% em volume no (OMS (media de 40,5%), De maneira geral, forma massas monominerdlicas de cristais xenoblasticos por vezes intercrescidos com os demais sulfetos. Ocorre de forma dominante em zonas deVocê também pode gostar
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