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‘Wosi22, 08:33 Lisats Presidéncia da Republica Secretaria-Geral Subchefia para Assuntos Juridicos LEIN® 13.415, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2017. Altera as Leis n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educagao nacional, ¢ 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutengao e Desenvolvimento da Educagao Basica e de \Valorizagao dos Profissionais da Educacao, a Consolidagao das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n* 5.452, de 1° de maio de 1943, ¢ o Decreto-Lei n° 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lein® 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Politica de Fomento a Implementagdo de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, Conversio da Medida Proviséria n° 746, de 2016, © PRESIDENTE DA REPUBLICA Faro saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei At. 1° art. 24 da Lein® 9.394, de 20 de dezembro de 1996., passa a vigorar com as seguintes alteragies “Ant 24, a carga hordria minima anual seré de oltocentas horas para o ensino fundamental @ para 0 ensino médio, distribuidas por um minimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluido o tempo reservado aos exames finais, quando houver, §.1°A carga horéria minima anual de que trata 0 inciso | do caput devera ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, ho prazo maximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga horaria, a partir de 2 de marco de 2017, § 2° Os sistemas de ensino dispordo sobre a oferta de educagao de jovens ¢ adultos @ de ensino notumo regular, adequado as condigdes do educando, conforme o inciso Vi do art. 4°." (NR) Art. 2° O art. 26 da Lein® 9.394, de 20 de dezembro de 1996 , passa a vigorar com as seguintes alteragoes: “Art. 26. §.2°.0 ensino da arte, especialmente em suas expressées regionals, constituira componente curricular obrigatério da educagao basica '§.5°\No curriculo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, sera ofertada a lingua inglesa. §Z°A integralizagao curricular poder incluir, a critério dos sistemas de ensino, projetos e pesquisas envolvendo os temas transversais de que trata o caput $10. A incluso de novos componentes curriculares de cardter obrigatério na Base Nacional Comum Curricular dependera de aprovagao do Conselho Nacional de Educagao e de homologacao pelo Ministro de Estado da Educacao.” (NR) Art. 3° A Loin? 9.394, de 20 de dezembro de 1996 , passa a vigorar acrescida do seguinte art. 35-A: “Art, 35-A_ A Base Nacional Comum Curricular definira direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educagao, nas seguintes reas do conhecimento: | -linguagens e suas tecnologias; ww planato.govbricivil_09)_st02015-2018/2017ei"'3415.him 168 ‘Wosi22, 08:33 Lisats II- matemittica e suas tecnologias; Iil-ciéncias da natureza e suas tecnologias: IV - ciéncias humanas e sociais aplicadas. § 1° A parte diversificada dos curriculos de que trata o caput do art. 26, definida em cada sistema de ensino, devera estar harmonizada @ Base Nacional Comum Curricular e ser articulada a partir do contexto histérico, econdmico, social, ambiental e cultural. § 2° A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio incluiré obrigatoriamente estudos @ praticas de educagdo fisica, arte, sociologia e flosofia. § 3° O ensino da lingua portuguesa e da matematica sera obrigatério nos trés anos do ensino médio, assegurada 4s comunidades indigenas, também, a utilizagao das respectivas linguas matemnas. § 4° Os curriculos do ensino médio incluiréo, obrigatoriamente, 0 estudo da lingua inglesa © poderdo ofertar outras linguas estrangeiras, em caréter optativo, preferencialmente o espanhol, de acordo com a disponibilidade de oferta, locais e hordrios definides pelos sistemas de ensino, § 5° A carga hordria destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum Curricular néo poderé ser superior a mil e oitocentas horas do total da carga horaria do ensino médio, de acordo com a definigao dos sistemas de ensino. § 6° A Unido estabelecera os padres de desempenho esperados para o ensino médio, que sero referéncia nos processos nacionals de avaliagSo, a parlir da Base Nacional Comum Curricular. '§ 7° Os curriculos do ensino médio deverao considerar a formacao integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construgao de seu projeto de vida e para sua formagao nos aspectos fisicos, cognitivos e socioemocionais. § 8° Os contetidos, as metodologias e as formas de avaliagéo processual e formativa serao corganizados nas redes de ensino por meio de atividades teéricas e pralicas, provas orais e escritas, seminarios, projetos e atividades on-line , de tal forma que ao final do ensino médio 0 educando demonstre: | - dominio dos principios cientificos e tecnolégicos que preside a produgao modema; |-conhecimento das formas contemporaneas de linguagem.” Ant. 4° O art. 36 da Lei n® 9.394, de 20 de dezembro de 1996 , passa a vigorar com as seguintes alteragdes: * Art, 36, © curriculo do ensino médio seré composto pela Base Nacional Comum Curricular © por itinerarios formativos, que deveréo ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevancia para o contexto local ¢ a possibilidade dos sistemas de ensino, a saber: Lelinguagens e suas tecnologias; IL matematica e suas tecnologias; iéncias da natureza e suas tecnologias; Wee jéncias humanas e sociais aplicadas; \V-formagéo técnica e profissional. §.1°A organizagao das areas de que trata o caput e das respectivas competéncias e habilidades sera feita de acordo com critérios estabelecidos em cada sistema de ensino. (revogado); IL (revogado); §.3°A critério dos sistemas de ensino, poderd ser composto itinerdrio formative integrado, que se traduz na composigéo de componentes curriculares da Base Nacional Comum Curricular - BNC e dos itinerérios formativos, considerando os incisos | a V do caput ww planato.govbricivil_09)_st02015-2018/2017ei"'3415.him ‘Wosi22, 08:33 Lisats § 5° Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade de vagas na rede, possibilitarao ao aluno concluinte do ensino médio cursar mais um itinerdrio formative de que trata o caput §.6° A caitério dos sistemas de ensino, a oferta de formago com énfase técnica e profssional considerard | -a incluso de vivéncias praticas de trabalho no setor produtivo ou em ambientes de simulago, estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando aplicével, de instrumentos estabelecidos pela legislagdo sobre aprendizagem profissional; II - a possibilidade de concessdo de cerlificados intermediérios de qualificago para o trabalho, quando a formagao for estruturada e organizada em etapas com terminalidade. §.7°A oferta de formagées experimentais relacionadas ao inciso V do caput , em reas que néo constem do Catalogo Nacional dos Cursos Técnicos, depender, para sua continuidade, do reconhecimento pelo respectivo Conselho Estadual de Educagdo, no prazo de trés anos, e da inser¢ao no Catalogo Nacional dos Cursos Técnicos, no prazo de cinco anos, contados da data de oferta inicial a formagao. §.8°A oferta de formagao técnica e profissional a que se refere o inciso V do caput , realizada na prépria instituicéo ou em parceria com outras instituigdes, devera ser aprovada previamente pelo Conselho Estadual de Educagao, homologada pelo Secretario Estadual de Educagao e certificada pelos sistemas de ensino. §9° As instituigdes de ensino emitirao certiicado com validade nacional, que habiltard o concluinte do ensino médio ao prosseguimento dos estudos em nivel superior ou em outros cursos ou formagGes para os quais a conclusao do ensino médio seja etapa obrigatéria, $10. Além das formas de organizacao previstas no art. 23, 0 ensino médio podera ser organizado em médulos e adotar o sistema de créditos com terminalidade especifica. §.11. Para efeito de cumprimento das exigéncias curriculares do ensino médio, os sistemas de ensino poderao reconhecer competéncias e firmar convénios com instituicées de educagao a distancia ‘com notério reconhecimento, mediante as seguintes formas de comprovagao: demonstragao pratica; IL. experiéncia de trabalho supervisionado ou outra experiéncia adquirida fora do ambiente escolar; Ill -atividades de educagao técnica oferecidas em outras instituig6es de ensino credenciadas; IV - cursos oferecidos por centros ou programas ocupacionais: \V- estudos realizados em instituigdes de ensino nacionals ou estrangeiras; VI - cursos realizados por meio de educagéo a distancia ou educagdo presencial mediada por tecnologias. §.12.As escolas deverdo orientar os alunos no proceso de escolha das areas de conhecimento ou de atuagao profissional previstas no caput ." (NR) Art. 5° O art. 44 da Lei n® 9.394, de 20 de dezembro de 1996 , passa a vigorar acrescido do seguinte § 3°: “At 44. §.22.0 processo seletivo referido no inciso Il consideraré as competéncias e as habildades definidas na Base Nacional Comum Curricular.” (NR) Art. 6° O art, 61 da Lei n® 2,394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com as seguintes alteragdes: “An. 61 IV profissionais com notétio saber reconhecido pelos respective sistemas de ensino, para ministrar contetidos de areas afins a sua formagao ou experiéncia profissional, atestados por titulagao especifica ou pratica de ensino em unidades educacionais da rede publica ou privada ou das corporagées privadas em que tenham atuado, exclusivamente para atender ao inciso V do caput do art. 36; ww planato.govbricivil_09)_st02015-2018/2017ei"'3415.him ‘Wosi22, 08:33 Lisats \V = profissionais graduados que tenham feito complementagao pedagégica, conforme disposto pelo Conselho Nacional de Educagao, + (NR) At. 7° © art. 62 da Lei’ 9,394, de 20 de dezembro de 1996 , passa a vigorar com as seguintes alteragdes: “ Ari, 62.. A formagéo de docentes para aluar na educagéo basica far-se-a em nivel superior, em curso de licenciatura piena, admitida, como formagao minima para 0 exercicio do magistério na educagao infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nivel médio, na modalidade normal. §.8° Os curriculos dos cursos de formago de docentes terdo por referéncia a Base Nacional ‘Comum Curricular.” (NR) de 1943 , passa a vigorar com a seguinte redagao: * Art, 318 , O professor poderd lecionar em um mesmo estabelecimento por mais de um tuo, desde que nao ultrapasse a jomada de trabalho semanal estabelecida legalmente, assegurado e nao computado o intervalo para refeigao.” (NR) Art. 9° © caput do art. 10 da Lei n® 11,494, de 20 de junho de 2007 , passa a vigorar acrescido do seguinte inciso xvill “Art. 10. .XVIIL- formagiio técnica e profissional prevista no inciso V do cay 20 de dezembro de 1996 .” (NR) Art. 10. 0 art. 16 do Decreto-Lel n? 236, de 28 de fevereiro de 1967 , passa a vigorar com as seguintes alteragSes: “Art. 16. §_2° Os programas educacionais obrigatérios deveréo ser transmitidos em hordrios compreendidos entre as sete ¢ as vinte e uma horas. § 3° 0 Ministério da Educagao podera celebrar convénios com entidades representativas do setor de radiodifusdo, que visem ao cumprimento do disposto no caput , para a divulgagao gratuita dos programas e agées educacionais do Ministério da Educacio, bem como a definicéo da forma de distribuigao dos programas relativos a educagao basica, profissional, tecnolégica © superior © a outras matérias de interesse da educagao, '§ 4° As insergdes previstas no caput destinam-se exclusivamente a veiculagao de mensagens do Ministério da Educaco, com cardter de utiidade publica ou de divulgagdo de programas e acées ‘educacionais,” (NR) Art. 11. © disposto no § 8° do art_62 da Lei n* 9.394. de 20 de dezembro de 1996 , devera ser implementado no prazo de dois anos, contado da publicacao da Base Nacional Comum Curricular. Art. 12. Os sistemas de ensino deverdo estabelecer cronograma de implementagao das alteragdes na Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 , conforme os arts. 2°, 3° e 4° desta Lei, no primeiro ano letivo subsequente & data de Publicagéo da Base Nacional Comum Curricular, e iniciar 0 processo de implementagao, conforme o referido cronograma, a parlir do segundo ano letivo subsequente a data de homologagao da Base Nacional Comum Curricular. Art. 13, Fica instituida, no ambito do Ministério da Educagao, a Politica de Fomento a Implementagao de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral Pargrafo Unico. A Politica de Fomento de que trata o caput prevé o repasse de recursos do Ministério da Educagao para os Estados e para o Distrito Federal pelo prazo de dez anos por escola, contado da data de inicio da implementagao do ensino médio integral na respectiva escola, de acordo com termo de compromisso a ser formalizado entre as partes, que deverd conter, no minimo: ww planato.govbricivil_09)_st02015-2018/2017ei"'3415.him 416, ‘Wosi22, 08:33 Lisats | - identificagdo e delimitagdo das ages a serem financiadas; |= metas quantitativas; IIL- cronograma de execugao fisico-financeira; IV - previstio de inicio e fim de execugo das agdes e da conclusdo das etapas ou fases programadas. Art. 14, So obrigatérias as transferéncias de recursos da Uniéo aos Estados e ao Distrito Federal, desde que cumpridos os critérios de elegibilidade estabelecidos nesta Lei ¢ no regulamento, com a finalidade de prestar apoio financeiro para o atendimento de escolas publicas de ensino médio em tempo integral cadastradas no Censo Escolar da Educagao Basica, e que: | - tenham iniciado a oferta de atendimento em tempo integral a partir da vigencia desta Lei de acorda com os critérios de elegibilidade no ambito da Politica de Fomento, devendo ser dada prioridade as regides com menores indices de desenvolvimento humano e com resultados mais baixos nos processos nacionais de avaliagéo do ensino médio; e II- tenham projeto politico-pedagégico que obedega ao disposto no art, 36 da Lei no 9.394, de 20 dezembro de 1996 § 1° A transferéncia de recursos de que trata o caput sera realizada com base no niimero de matriculas cadastradas pelos Estados © pelo Distrito Federal no Censo Escolar da Educagao Basica, desde que tenham sido atendidos, de forma cumulativa, os requisitos dos incisos | e II do caput § 2° A transferéncia de recursos sera realizada anualmente, a partir de valor Unico por aluno, respeltada a disponibilidade orcamentaria para atendimento, a ser definida por ato do Ministro de Estado da Educacdo. § 3° Os recursos transferidos nos termas do caput poderdo ser aplicados nas despesas de manutencéo e desenvolvimento previstas nos incisos |, lIl, Ve Vill do caput do art, 70 da Lei n® 9,394, de 20 de dezembro de 1996, das escolas pilblicas participantes da Politica de Fomento. § 4° Na hipdtese de o Distrito Federal ou de 0 Estado ter, no momento do repasse do apoio financeiro suplementar de que trata © caput , saldo em conta de recursos repassados anteriormente, esse montante, a ser verificado no ultimo dia do més anterior ao do repasse, sera subtraido do valor a ser repassado como apoio financeiro suplementar do exercicio corrente. § 5° Serao desconsiderados do desconto previsto no § 4° os recursos referentes ao apoio financeiro suplementar, de que trata o caput , transferidos nos iltimos doze meses. Art. 18. Os recursos de que trata o paragrafo Unico do art. 13 sero transferidos pelo Ministério da Educagio 20 Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educagao - FNDE, independentemente da celebracao de termo especfico Art. 16, Ato do Ministro de Estado da Educagao dispora sobre o acompanhamento da implementagao do apoio financeiro suplementar de que trata o paragrafo Unico do art. 13. Art. 17. A transferéncia de recursos financeiros prevista no paragrafo Unico do art. 13 sera efetivada automaticamente pelo FNDE, dispensada a celebragao de convénio, acordo, contrat ou instrumento congénere, mediante depésitos em conta-corrente especfica Paragrafo tinico. O Conselho Deliberative do FNDE dispord, em ato proprio, sobre condigées, critérios ‘operacionais de distribuicdo, repasse, execugao e prestagao de contas simplificada do apoio financeiro. Art. 18. Os Estados e 0 Distrito Federal deverao fomecer, sempre que solicitados, a documentagao relativa a execugdo dos recursos recebidos com base no paragrafo Unico do art. 13 ao Tribunal de Contas da Unido, ao FNDE, aos, ‘érgaos de controle interno do Poder Executive federal e aos conselhos de acompanhamento e controle social Art. 19. O acompanhamento e o controle social sobre a transferéncia e a aplicagao dos recursos repassados com base no pargrafo Unico do art. 13 serdo exercidos no Ambito dos Estados e do Distrito Federal pelos respectivos conselhos previstos no art, 24 da Lei n® 11,494, de 20 de junho de 2007. Paragrafo unico. Os conselhos a que se refere o caput analisardo as prestagées de contas dos recursos repassados no 4mbito desta Lei, formulardo parecer conclusivo acerca da aplicagdo desses recursos e 0 encaminharao ao FNDE, Art. 20. Os recursos financeiros correspondentes ao apoio financeiro de que trata o paragrafo Unico do art. 13 correrdo a conta de dotago consignada nos orgamentos do FNDE e do Ministério da Educacdo, observados os limites de movimentagao, de empenho e de pagamento da programacao orgamentaria e financeira anual. Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicacdo. Art. 22. Fica revogada a Lei n® 11.161, de 5 de agosto de 2005 ww planato.govbricivil_09)_st02015-2018/2017ei"'3415.him 56 ‘Wosi22, 08:33 Lisats Brasilia, 16 de fevereiro de 2017; 196° da Independéncia e 129° da Republica. MICHEL TEMER José Mendonga Bezerra Filho Este texto nao substitui o publicado no DOU de 17.2,2017 ww planato.govbricivil_09)_st02015-2018/2017ei"'3415.him

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