Você está na página 1de 182
Siete Let eens) ( Paulo Villani Marques Pi Cem tM ele in PAC ee mel gerd 3° Edicao Atualizada Misr ioe} re a a =e =a Oo i one CAAA AAAMAMMAAAARAAMAAMA AAA AMM MMM MMM / Universdede Federal de Mines Garis ar Cie ae Paulo Villani Marques Paulo José Modenesi Alexandre Queiroz Bracarense SOLDAGEM FUNDAMENTOS E TECNOLOGIA 3° edigdo atualizada 1° reimpresséo BELO HORIZONTE | EDITORA UFMG 2011 OOOO MAA AAA AAA AAA AM AM A MD DM MH MH MH HM / Certo ‘Konus El ae da Muto Ciera deteto Inara ees Fenineramszo Moat rm ae Roo eudncepmar Neat lsc eo snotngirogan Koester eee Sha ‘renga Pa Sonia Famiagoeapi Ware tac Tren gata arena © 205 Pade Wn args Pad ak Motes Nowe ir Bacrese (© 205 ena HG (8200, Bed ceam (© 209, a 221, rage seta capa eno pl sepa nang et oi. 15) Neer SESE STE toe ‘Sea ‘estar ve aro ‘cite as Ce ante ea dhora UFMG het ah 6627 ea Bete Creo ap arpa: GP 127050 te eon 1-953 2440 | Fa 158 068 eg | wag ‘SUMARIO PREFACIO A PRIMEIRA EDICAO PREFACIO A SEGUNDA E TERCEIRA EDIGOES ‘APRESENTAGAO PARTE 1 FUNDAMENTOS DA SOLDAGEM Capitulo 1 Introdugao a Soldagem 1. Métodos de unio dos metsis 2. Definigdo de soldagem 2. Formagéo de ume junta soldade 4, Processos de soldagem 8. Comparago com outros processos de fabricagso 6. Breve histérico de soldegem 7. Exerelcios Coptulo2 Terminologia © Simbologia da Soldagom 1. Introdugo 2. Terminologia da soldagem 3, Simbologia da soldagem 4, Exerclcio Capitulo 3 Principios de Seguranga em Soldagem 1. Introdugao 2. Roupas de protegso 13 4 5 ” 18 19 2 23 Fy a 30 36 a £B 3. Choque elétrico, 44, RadiagBo do arco elétrico 5. Incéndios e explosdes 6. Fumos e gases 7. Outros riscos 8, Recomendagdes finals 9, Exercicios Capitulo 4 0 Arco Elétrico de Soldagem 1. Introdugéo 2, Caracteristicas elétricas do arco 3. Caracteristicas térmicas do arco 4, Caracteristicas magnéticas do arco 5. Exercicios e praticas de laborat6rio Capitulo . Fontes de Energia para Soldagem a Arco 1. Introdugso 2. Requisitos bésicos das fontes 3. Fontes convencionsis 4. Fontes com controle eletrénico 5. Concluséo 6. Exerecios Capitulo 6 Fundamentos da Metalurgia da Soldagem 1. Introdugao 2. Metalurgia fisica dos acos, 3. Fluxo de calor 4, Macroestrutura de soldas por fusso ‘5. Coracteristicas da zona fundida SeseeeEE agga el uy288 79 B8BRE 6. Caracteristicas da zona termicamente afeteda 7. Descontinuidades comuns em soldas 8, Exercicios @ préticas de laboratério, Capitulo 7 ‘Tensées Residuais e Distorgées em Soldagem 1. Introdugo 2. Desenvolvimento de tensdes residuais em soldas 3, Consequéncias das tensdes residuai 4, Distorgoes 5. Controle das tensdes residuals e distorgso 6. Exercicios Capitulo 8 ‘Automagao da Soldagem 1. Fundarentos 2. Equipamentos 3. Programagdo de robds para a soldagem 4, Aplicagées industiais 5. Exercicios Capitulo 9 Normas e Qualificago em Soldagem 1. Introdugso 2. Normas em soldagem 3, Registro e qualificagso de procedimentos e de pessoal 4. Exercicios Capitulo 10 . Determinagao dos Custos de Soldagem 1. Introdugdo 2. Custo da mao de obra 100 12 3 "8 19 121 123 125 127 130 133 134 135 137 139 141 145 151 182 we EEE VE wUEWEUEUU UUW UwU EWE WUwEdUwwY. € € € 3, Custo dos consumiveis 153 3. Consumiveis 188 4, Custo de energie erica 185 4. Tdenica operatria 198 € 5. Custo de depreciagao 185 5. Aplicagées industriais 202 € 6, Custo de manutongéo 186 6. Exercicios e préticas de laboratério. 203 € 7. Custo de outros materials de consumo 186 € 8. Consideragdes finais 188 Capituls 13 € 8. Exempla 157 Soldagem TIG € 10. Exercicio 159 1. Fundamentos 208 € PARTE 2 2. Equipamentos 208 € 3, Consumiveis an € PROCESSOS DE SOLDAGEM E AFINS 1, Tecnica operatia a € 5, AplicagSes industriais 27 € Capitulo 11, 6. Exercicios e praticas de laboratério 27 € Soldagom @ Corte a Gés : eae : ‘Soldagem e Corte a Plasma 1. Fundamentos 161 € 2. Equipamentos 162 A-Sefagem c 3. Consumiveis 167 219 € 4, Técnica operatéria 170 2 € 5. Apicagées industais 173 23. Consumiveis 23 € oe 4.Técnice operatvia 25 € oo - 5. Aplcagdes industriis 2 € 2. Equipamentos 178 € 3. Consumiveis 176 1. Fundamentos 28 4. Téenica operatéria 7 2.Equipamentos 228 5. Aplicagées industriais: 179 3. Consumiveis 230 6. Exercicios e praticas de laboratério 180 4, Técnica operatéria 230 5, Aplicagbes industais 22 Gopitulo 12 6. Exercicios 232 Soldagem com Eletrodos Revestidos 1. Fundamentos 181 2. Equipamentos 183 Capituto 15 - 4, Técnica operatéria 283 5. Apleagdes inst 287 ‘Soldagem MIG/MAG e com Arame Tubular Aelicag sstriais Saag ltt ‘A~ Saldagam MAG/MAR 1. Fundamentos 288 1, Fundamentos 233 2. Equipamentos 289 2. Equipamentos: 244 . 3. Consumiveis 289 3. Consumiveis 248 4, Técnica operatéria 290 4. Técnica operatéria (252 5, AplicagOes industriais 290 5; Aalcagdesindustas 254 eee ma 8 Sle com ae bes 1. Fundamentos (255 Capitulo 18 2. Equipsmentos 256 ‘Soldagem por Resisténcia 23. Consumiveis 257 1. Fundamentos © 89 |. Téenie operat 261 eens = 5. Antcagbs industiis 261 2. Téenlea operat 200 6. Exerios epics de labortério 21 oe. coe 6. Exeretcos 208 Capitulo 16 ‘Soldagem a Arco Submerso Coptuo 19 1. Fundamentos. 263 Processos de Soldagem de Alta Intensidade 2. Equipamentos 285 3. Consumiveis 268 in oo 4. Técnica operatéria 272 |, Fundementos 307 5. Apicagbes industrials zs 2, Equipementos aoe 6. Exercicios e préticas de laboratério 275 8. Técnica operatéria 310 4. Alcagbes insta ar Capitulo 17 B- Soldagem com faixe de eltrons. ‘Soldagem por Eletroescéria e Eletrogas 1. Fundamentos 313 fe 2. Equipamentos 313 ‘A~Seldogem por eetoesciio 3. Técnica operatéria 314 1. Fundaentos am 2318 2. Eqipamentos 79 218 3, Consumes 281 Rr a FN EAN GN FN FN IN NN Am FA) FR (ON FO) FR FOR FI FR AR A A (OR A MH EH LO HR MM / a Capitulo 20, Outros Processos de Soldagem 1, Soldagem por friego convencional 317 PREFACIO A PRIMEIRA EDIGAO 2. VariagBes recentes da soldagem por friegSo 320 ‘3 Soldagem por explosso 323 ‘4, Soldagem por aluminotermia 326 ae Em uma era de constantes mudangas, quebras de peradigmas e crescentevelorizago 5, Soldagem a f ee o capital intelectual, a Universidade, através dos autores de Soldagem — fundementos € 6. Soldagem por uitrassom 330 tecnologia, transcends o conceto de Academia — balvante da cicia pura — disporbil 7. Soldagem por laminagéo 331 7andosbldos emademos conhecimentos na rea de sadagem. A tio cobrads e mencionada Responsabildede Socal esté aqui perfetamente demonstrada no pleno engejemento dos 8. Exercicios 333 autores, pesquisadores renomados, difundindo ricos ensinamentos obtidos 20 longo de anos de estudos @ pesquisas. Capitulo 21 Com este live, busca-se uma forma mais abrangente de divulgagso, acessivel a toda A 2 sociedade. a0 contrério das apostlas, que possuem um piblicolimitado e exclusiva. rasagem ‘A soldagem, tema caracterzado por ata complexdade, porém de importincia@ apfcagio 1. Fundamentos 335 inquestiondvel em todos 0s setores da indistia, 6 aqui tomada féci, de entendimento imediato,e perfetamente ajustada &s auiénticas necessidades dos leitores. A sequencia 2. Equipamentos : a7 ‘apresentada pormite 0 entendimento do tera de forma gradatva e constante, iia se 3. Consumiveis, 338 pelos conceit fundementaiseterminoloias: ntroduzinformagbes drecionadas sobre eee ee {isica do arco elie e eetcidade;defre os equipamentose cispositvos de sldayem, 05 riscos ea forma segura de operagio. A metalurgia da soldagem é apresentaca com uma 5. Aplicagbes industrials 349 linguager clara e objetva, permitindo a assimilagso de sua dinémica. lve concui 8 6. Exercicios 349 ‘esta carina pelos conhecimentesnoassunto com uma arpa abordagem dos processos de soldagem. Todo o contado &enviquecdo com ilustragdes de nitdo carder explcaiva, ‘As quest6es apresentadas 20 final de cada capitulo permitem ao leitr avalar 0 grau de tentendimento e avangaralém do text, inctando-o a expor suas ideias ‘Aadequaco desta obra realidede ézereita, No momento em que. mercado enige, BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR. 361 4e forma contundente, profssionas abertos 20 aprendizado permanente, alerts pars ceptar tendéncis ou inventar téricas apropriadas para contommarriscos © aprovetar 353 ‘oportunidades, Soldagem - fundements @ tecnologia tora-se um recurso inestimdvel {wore aLraBénico pare se atingir um nivel de exceléncia, cumprindo © seu papel de cifundirideias com soene os auTonés 2a en Eng? Hier Avis Novos PREFACIO A SEGUNDA E TERCEIRA EDICOES No momento em que nosso pals discute o Programa de Aceleraco do Crescimento {PAC}, langado pelo Governo Federal, e comeca a trabelhar com a perspectiva de resolver seus graves problemas socisis ancorado no crescimento da economia, é mais {ue oportuno 0 langamento de uma nova edigéo de um livre que traz t8o importantes Contribuigies 20 desenvolvimento cientifico e tecnolégieo. ‘Soldagem & um dos mais importantes processos de fabricagdo e esté presente no dia- -a-dia de todos nés. € parte integrante dos curriculos de cursos de Engenharié Mecdnica, [Nuclear © Metalirgica em praticamente todas as Escolas de Engenharia, aém de ser destacada érea dos cursos técnicos em Mecénica @ Metalugia Os Doutores Paulo Villani Marques, Paulo José Modenesi @ Alexandre Queiroz Bracarense, professores da Escola de Engenharia da UFMG @ pesquisadores de reconhecida compettncia, no Brasil eno exterior, tiveram a louvéveliniciativade produzit um texto didatioo genuinamente brilero para atender as necessidades de estudantes €@ de profissionsis que trabalham nas éreas afins. ° Os conceites 80 apresentados com clareza e de forma didética, permitindo aos leitores um fécil entendimento dos conceitos e uma aprendizagem consisten'e dos mais ‘modemos processos. Além disso, so apresentados 0s equipamentos e consumiveis utllzados através de desenhos de excelente qualidade. (© cuidado dos autores na abordagem ampla e precisa dos diversos aspectos ligados ‘2.€5s0 éree selta 20s olhos. Além dos aspectos técnicos, o iro dedica especial atencdo 208 principles bésioos, 8 hist6ria, 8 terminologia, & seguranca, as normas téonicas @ aos Custos igados & soldager. Os diversos processos contemplados em capitulos especticos so apresentados: de forma simples, direta @ objetiva. A diviséo uniforme dos capitulos em segies ~Fundamentos, Equipamentos, Consumiveis, Técnica Operatéria, Aplicagdesindustiais, Exercicios e Préticas de Laboratério ~ apresente-se como ferramenta de fundamental Jmportincia para o entendimento dos processos, Destacamm-se as préticas laboratoriais ‘© 08 problemas propostos que complementam e criam as habilidades necessérias 20 ‘exerciio desta stvidade. Esta obra retete os esforgos de profissionsis que além da competéncia técnica & ientfica demonstram excepcional espiito piblico e indiscutlveis qualidades didaticas. Nao hé divides de que os litores terBo muito prazer na leiture deste lvro e que indmeros estudantes de Cursos Técnicos de Engenharia se interessardo por esta érea do Cconhecimento. Prot Mario Zin ‘ator Executive - Fund de Desenveheneno da Pesquisa APRESENTACAO Este texto surgiu do desejo e da necessidade de amplareatualizar uma obra anterior, ‘publicada em 1991. Muitos foram os avangos obtidos no campo da soldagem desde entao €, particularmente no Brasil, mutas novidades surgiram com a abertura do mercado, a partir de 1994. A oportunidade foi criada quando a PROGRAD -Pr6-Reitoria de Greduagao {da UFMG lancou um edital para a selecdo de projetos de produgdo de material diddtico ‘para a graduago, em meados de 2003. Contudo, como esta néo seria uma tarefaféci pois soldagem 6 um tema muito abrangente, convidei os colegas da UFMG Prof. Dr. Paulo José Modenesi e Prof. Dr. Alexandre Queiroz Bracarense para dividirem comigo cesta empreitada. ‘Tendo por base o texto de 1991, decidimos que esta nova obra seria divdida em 21 CCapitulos, tendo cada um de nés assumido a produgio de sete deles, O Prof. Modenesi ‘se responsabilizou pelos Capitulos 1.2. 4, §, 8, 7 ¢; 0 Prof. Bracarense pelos Capftulos 8, 16,17, 18, 19, 20621, eeu, pelos demas, isto 8, 0s Captulos 3, 10,11, 12,13, 46 18. Esta visio foi motivada por questbes préticas e de afnidade com os ternas abordados. Entre setembro © novembro de 2003, trabalhamos nos textos individualmente, mas procurando manter uma mesme orientagéo goral, através de reunides periddicas. Os ‘capltulos produzidos foram enviados a técnicos atuentes na drea de soldagem em nivel industrial e académico, para revsso @ erticas, o que fo feito nos meses de dezembro ‘de 2003 e janeiro de 2004. Em fevereio de 2004, apés outras reunibes para ajustes de ‘orientagéo e manuteng3o da unidade de obra, as ctticas e sugestées dos revisores foram incorporadas, chegando-se ao texto final ‘Niém de conhecimentos técnicos atuazados,procuramos colocar no texto experi cias a Bree académice e industrial obtides no nosso trabalho em ensino, pesauise e extensio na UFMG. Tentamos, também, ofereceralguma contribuiglo no que s@ rafere 2 terminologies de soldegem usade no pes, que 6 muites vezes confusa e redundant resultado de tradugdo lve, adogéo e adeptagéo de termos de outes lingua e fata de ‘ormalizagSo nacional eee eee eee ODA MROAMA MAMA ARAAA AAA ARAMA AMM MAA MDM MH Nesta edigto, foram feitas pequenas alteragtes no texto de vérios capitulss, pare tornar mais claros alguns conceites expressos, bem como foram corrigidos os erros da primeira edigdo, na inguagem, figuras e equagées. Muitas pessoas e organizacées contribulram para que se chegasse a este resultado final. Em especial, gredeco aos Profs. Modenesi e Bracarense pela disposicso em dividir © trabalho e pela sua dedicagao a ele; a0 Prof. Dr. Ronaldo Pinheiro da Rocha Paranhos, dda UENF pela contribuigSo nos Capitulos 3 e 10; ao Prof. Modenesi pelasilustragdes @ fotos: aos Profs. Américo Scott e Valtair Ant6nio Ferraresi, da UFU, pelos filmes sobre tranferéncia metélica; 20 Prof. Paranhos, aos Eng*, Carlos Castro, Francisco de Oliveira Filho, Gustavo Alves Pinheiro, Helder Aguiar Neves, José Roberto Domingues e Oder ‘Silva de Paula Jirior ea minha esposa Maria das Victorias de Mello Villani Marques, pela revisdo e sugastées; &s empresas ESAB, RBG e SOLDAGERAIS, pela disponibilizagso de informagées técnicas, fotos © equipamentos; & PROGRAD e a0 DEMEC. da UFMG, pelo supore financeiro € logistco, e @ minha filha Paula de Mello Villani Marques, pele digitagdo. Finalmente, a todos que direta ou indinetamente tomnaram possivel a concluséo deste trabalho, gostaria de manifestar minha gratiddo e agradecimentos @ apresentar ‘minhas desculpas pela incapacidade de citéos nominalmente. Paulo Vitani Marques. PARTE 1 FUNDAMENTOS DA SOLDAGEM capiruLo 1 INTRODUGAO A SOLDAGEM 1, Métodos de Unido dos Metais (Os métodos de unigo dos metais podem ser divididos em duas categorias prn- cipeis, isto ¢, aquoles basesdos na agSo de forgas macrosc6picas entre as partes 2 serem unidas @ aqueles baseados em forgas microscépicas — interatémicas e intermoleculares. No primeiro caso, do qual s8o exemplos a parafusagem ea rebi- tagem, a resisténcia da junta 6 dada pela resisténcia ao cisalhamento do parafuso ‘ou rebite mais as forgas de atrto entre as superficies em contato. No segundo, 8 Unio & conseguida pele aproximagéo dos étomos ou moléculas das pegas a serem Uunidas, ou destes e de um material intermedidro adicionado junta, até distincias suficientemente pequenas para 2 formagdo de ligagbes quimicas, particularmente ligagBes metalicas @ de Van der Waals. Como exemplo desta categoria citam-so a brasagem, @ soldagem e a colagem. ‘A soldagem 6 0 mais importante processo de unigo de metais utiizado indus- trisimente, Este método de unigo, considerado em conjunto com a brasagem. tern importante aplicagso dascla a indisria microslatrénica até a fabricagdo de navios, 16) tee momcen ~ eoutras estruturas com centenas ou milhares de toneladas de peso. A soldagem & utlizada na fabricagéo de estruturas simples, como grades e portdes, assim como ‘em componentes encontrado em aplicagdes com elevado grau de responsabilidade, como nas indistras quimica, petrolifera e nuclear, @ também na criagio de pegas de artesaneto,joias e de outros objetos de arte, 2. Definigao de Soldagem Um grande nimero de diferentes processos utlizados na fabricagéo e recupe- ragéo de pecas, equipamentos e estruturas 6 abrangido pelo termo “SOLDAGEM". ‘Cassicamente, a soldagem 6 considerada como um processo de unio, porém. na atualidade, muitos processos de soldagem ou variagoes destes sdo usados para a ‘deposigao de material sobre uma superficie, vsando &recuperagdo de pegas desgasta- das ou para. formagéo de um revestimento com caracteristicas especiais. Diterentes processos relacionados com a soldagem sSo usados para corte de pegas metalicas e ‘em muitos aspectos estas operagées se assemelham a operagées de soldagem. Na iteratur, encontram-se algumas tentativas de detinicao da soldagem: + "Processo de unido de metais por fusto.” Devo-se ressaltar que no apenas os metals S80 soldévels e que é possivel se soldar sem fusso. + "Operagso que vise obter a unio de duas ou mais pecas, assegurand na junta 9 continuidade des propriedades fisease qulmicas.” Nessa defniggo, otermo “continuidade" 6 utiizado com um significado similar 20 adotado na matemitica. Isto 6, considera-se que, embora as propriedades possam variar ao longo de uma junta soldada, esta variagdo néo apresente quebras ebruptas ‘como ocorre, por exemplo, em uma junta colada na qual a resisténcia mecénica ‘muda abruptamente entre um componente da junta ea cola + *Processo de unio de meterss usado para obter a coslascbncia (undo) localzada ‘demotais ¢ndo-meais produzda por aquecimento até uma temperatura adequads, ‘com ou sem a uiizacéo de pressio afou material de adigso” Esta defnigo,adotada pela Associagéo Americana de Soldagem American Welding ‘Society AWS], é meramente operacional, nBo contribuindo com 0 aspecto conceitual Finaliza-se com ume titima definigéo, esta baseaida no tipo de forgas responséveis pela unigo dos materiis + “Provesso de unido de materials baseado no estabelecimento do forcas de ligago ‘uimica de natureza similar satuantesno interior dos prprios materi, na regio e liga entre os materais que esto sendo unos.” Esta Gltima definio engloba também a brasagem (Capitulo 21), que pode ser cconsiderada, neste contexto, como um processo de soldager. som SB [19 3. Formagao de uma Junta Soldada De uma forma simplficade, ume pega metdlica pode ser considerada como formads ‘por um giande niémero de étomos dispastos em um arranjo espacial caracterstico (estrutura cristalina). Atomos locaizadas no interior desta estrutura séo carcedos ‘por um niémero de vizinhos mais préximos, posicionados a uma disténciar, na qual 2 energia do sistema é minima, como mostra a Figura 1 Distancia e-as03m Fue ‘tape de energl otencil para um stems compost de dois amos em lunged ‘nce de separegio ene cles [Nesta situagio, cada tomo esté em sua condigSo de energia minima, nBo tenden- {do ase igar com nenhhum étomo extra. Na superficie do sblido, contudo, esta situago ‘io se mantém, pois os Stomos esto ligados a menos vizinhos, possuindo, portanto, 'um maior nivel de energia do que os étomos no seu interior. Esta energia pode ser Feduzida quando os Stomos supericiais se ligam a outros. Assim, aproximando-se oa 280-580 u “ <0 7 a 0-160 10 " ‘rare bul . 160-250 0 2 250-500 10 “ <50 @ 10 Te 7 0-160 ° 2 180-800 0 “ ae “<0 10 7% 500-1000 n 1“ ‘Sd oer cen Ope Epmazaddapatnmnd | Rte eget pane ime <2 4008 Seléegam Maa 2-127 S006 Peseta >a ove ‘we 160 506 Nos anos 1990, surgram méscaras eletrGnicas, baseadas na tecrologia de cristal liquido. Este tipo possui um visor que & claro quando no hé arco aberto e permite ‘enxergar normelmente. Quando um arco ¢ inciado @ hé emissio de radiaglo,o visor ‘escurece em milésimos de segundo, oferecendo assim ums protegéo adequada, sem ‘que haja necessidade de nenhuma acéo do soldador.Existem disponiveis no mercado siferentes modelos deste equipamento que permiter, por exemplo,ajuste manual ou ‘automético do grau de escurecimento do visor, desligamento automitico quando no hd emisso de radiacdo por um certo periodo de tempo ecélula solar para recarga da bateria interna. O custo das mascaras de cristal iqudo ¢ sinda relativamenteelevado, 'mas com tendéncia de queda, com o aumento da demanda, PASAA EAE AAR ARH AHHH 4 BOOHER 5. Incéndios ¢ Explosées Para que se inicie um incéndio so necessérios trés elementos atvando conjuntamente: uma fonte de calor, um material combustvel e oxigério. Na maioria das operagdes de soldagem e corte, o exigénio estaré presente no ‘a que circunde a soda. Além isso, oxigénio puto existird em cilindras ou em ins twlagdes centralizadas de armazenamento deste gs. O arco eltrico, @ chama de ‘soldagem ou 0s respingos atuam como fontes de calor Assim sendo, é fundamental controlar e. se possivel, evita a presena de materais combustiveis préximos & érea de operacio de soldagem para se prevenir incéndios. L._ os ambientes industrias, inimeros so os materiais combustiveis presentes. Estes podem ser sblidos,liquidos ou gasosos. Muitas vezes, materias inflaméveis, ‘como tintas. solventes, graxas e dleos, sBo utlizados nas imediagSes de éreas de Soldagem. Assim, todo 0 cuidado deve ser tomado para manter estes materials em ‘ecipientes adequados, tampados e afestados da rea de soldagem e core. Estopes, panos e papéis embebidos em solventes e outros liquides inflamaveis devem ser fetirados da érea antes de se iniciar qusisquer dessas operages. € evidente que & limpeza e a organizagao da érea de soldagem sio fundamentais para @ segurance. Na soldagem de manutengo de tanques de combustivel ou recipientes que ‘armazenavam combustiveis ou materaisinflamaveis, muitas vezes ha a formagéo {de vapores explosivos. Antes de se inciar@ soldagem ou corte, estas pegas devem ‘er rigorosamente limpas ou lavadas. E recomendavel que sejam preenchides par cialmente com agua de forme convaniente a no prejudicar a soldagem, Na soldagem a gts, pode ocorrer o fenémeno conhecido como “engolimento de ‘chama". que seré visto no Capitulo 11, que também pode ser causa de incéndio ou ‘explosto. Este risco ¢ minimizado pelo uso de vilvulas de fluxo de sentido tnico. 6. Fumos e Gases As operagées de soldagem podem gerarfumos e gases que podem ser prejudiciais ® saide por diversos motivos. Por exemplo, vapores de zinco padem causar dor de ccabega intensa e febre, enquanto que vapores de cédmio podem ser fatzs, Os gases de protegso usados em alguns processos de soldagem (argénio, CO, €e misturs), no sfo téxicos, mas deslocam o ar, pois so mais pesados que este € podem causar asfixia © morte, se forem usados em ambientes fechados, ‘Assim, as operagdes de soldagem e corte deve ser efetuadas em locsis bem ventiados e, se necessério, devem ser usados ventlladores e exaustores. Quendo isto nfo for possivel, 0 soldador deve usar uma méscara contra gases ou equips. rmentos de protegdo respirator, crass convga is | 49 ‘© soldador deve ficaratento pare a diregdo tomade pela coluna de fumos ger durante a soldagem e tentar se posicionar de forma a se manter afastado desta, Sistemas de exaustéo de gases podem ser acoplados as tochas de soldagem, _masisto encarece 0 custo do equipamento e aumenta o peso que o soldador precisa ‘sustentar durante a operacéo. 17. Outros Riscos ‘Q) Outtosriscos comuns em éreas de sokiagem e operagiesafins so: queda de Sbjetos eferrementas, quando de soldagem acima do nivel do solo, queda de pes- soaltrabalhando em andaimes e platatormas ou locals elevados e movimentacées do cargasno nivel do solo ou elevadas. Capacetes de seguranga devem sempre ser usados nestes casos, ecintos de seguranca so recomendados quando se trabalha ‘em locas elevados. Faguihas particules fries ou aquecidas podem ser langadas durante 0 ‘esmerihamento, mpeza ¢ goivagem em éreas de soldagem. Acesso resto uso de biombes. dculos de segurengs protegéo auricular devem ser imple mentados. : §: Cuidados espacais devem ser tomados como clingros de és. Estes podem conte gases a presséo muito eleva (de at corca de 200 atm), podondo se tornar Projétes pesados caso o és escape de forms descontrolade no caso da rupture de sua vélvula, por exemplo). Apenasclinds contendo 0 gés de protecéo edequado ara processo de soldagem em uso reguladores de pressdo proprios para este 8s e sua presséo devem ser usados, As mangueirase suas conex6es devem ser adequadas para a aplicagdo e estar em boas condigdes de uso. Os ciindres davem ser mantidos em pé e presos a um suporte de forma que néo possam cair. O seu transporte deve ser sempre feito com a protegéo da vélwuie, 8, Recomendagées Finais 0 A seguranca em instalag6es industiais 6 uma tarefa coletive. Todos devem ser ‘engajados na prevenco de acidentes © conscientizados que sé se consegue um {esuitado favordvel na medida em que cada individuo se comprometa efetivamente ‘com a segurange, ‘A maior regra de seguranga contiqua sendo PENSE ANTES DE AGIR E AJA ‘SEMPRE COM BOM SENSO. A perseverance é fundamental. Regras de sepuranca passam 2 ser negliganciadas e relegades @ um segundo plano com o passar do tempo. Somente a ATENCAO e ALERTA constantes podem minimizer 0 risco de acidentes. 3. Exorcicios 8) Que equipamentos de protego indvidual sto recomendados para seguranca do ‘soldadores e operadores de soldegem? 1) Cte medidas de sagurance pare a protegdo de instalartes @ equipamentos de sold gor. 2) Quel a diferenga entre segurenge pessoal ede terceios? 1) Por quo 8 sogurange 6 uma teeta colativa? 1) Por que esforgosindhvidusis so pouco efetivos ne prevenglo de ecidentes? capiruLo 6 (0 ARCO ELETRICO DE SOLDAGEM introdugio arco elétrico 6a fonte de calor mais utlizada na soldagem por fusdo de mate- riais metlicos, pois apresenta uma combinaco étima de caracteristicas,incluindo ‘uma concentragéo adequada de energie pera 8 fuséo localizeds do metal de base, facilidade de controle, baixo custo relativo do equipamento @ um nivel aceitivel de Fiscos & sadide dos seus operadores. Como consequéncia, os procassos de solde- ‘gem a arco tém atualmente uma grande importéncia industrial, sendo utiizados na fabricagdo das mais variados componentes e estruturas metélicas @ na recuperaGo do um grande némero de pogas danficadas ou desgastadas. Este capitulo apresonta, uma descrigdo geral das caracterstcas do arco elético, em particular aquelas impor- ‘antes para a sua aplicagdo em soldagem. A énfase aqui seré nos fendmenos isicos ue controlam a soldagem a arco e ndo nos aspectos tecnolbgicos, industrials ou ‘metalirgicos da soldagem. Apesar de muito estudado, 0 arco elético & bastante ‘complexo @ os conhecimentos obtidos até agora permitem um entendimento apenas. parcial dos fenBmenos envolvidos. Algumas dessas informagées seréo apresentadas. neste capitulo, deforma simpiiicada. (arco elético consiste de uma descarga elétrca, sustentada através de um gés ionizado, e alta temperatura, conhecido como plasma, podendo produzir energia térmica suficiente para ser usado em soldagem, pela fuséo localizada das peces 2 serem unidas. Atrbul-se a primeira observacéo do arco elétrica am condicées ‘controladas a Sir Humphrey Davy, no inicio do século XIX. O terme arco fi aplicado a este fendmeno em fungao de sue forma caracterstca resultante da convecréo dos gases quentes gerados pelo mesmo. O limite superior de corrente em um arco ‘elético no ¢ bem definido, podendo ating dezenas ou centenas de milhares de ampéres em certos crcuitos. Para a soldagem a arco, correntes acima de 1000 A € ¢ € é ¢ é c € ‘ c ¢ ¢ ( c € c < e c ‘ é < ¢ é ‘ é t é € 6 é € é 52) Sttmacneanson io ullizades no processo a arco submarso (Capitulo 16) @ da ordem de 1 A ou inferiores sto usadas na soldagem com microplasma (Capitulo 14), Os valores mais ccomuns, contudo, so da order de 10° 8 108A. Em soldagem, 0 arco, om geral, opera entre um eletrodo plano, ou aproxima- ddamente plano (2 pecal, ¢ outro que se localiza na extremidade de um cilindro (0 arama, vareta ou eletrado), cuja area ¢ muito menor do que a do primeiro. Assim, a ‘maioria dos arcos em soldagem tem um formato aproximadamente c6nico ou "de sino", com 0 diémetro junto da peca maior do que o didmatro préximo do eletrodo (Figura 1), Excegdes padem occrrer nos processos de soldagem a plasma (Capitulo 14) € ¢ arco submerso, No primairo, um bocal de constrigac na tocha restringe © arco, tomnanceva aproximadamente ciindrico. Na saldagem 8 atco submerso, arco ‘ocorre dentro de uma cmara cujes paredes s8o formadas pelo fuxo fundido que se ‘expander ¢ contraam pefiodicaments. Na soltagem com eletrado revestida (Capi- tulo 12}, 0 arco pede se mover répida e de forma erratica na superficie do eletrodo fem associagde com o movimento de liquidos na extremidade deste Inger do oreo elbvco obser ent um olirede de unger eum lac do cbr om luna aurepters de arg. 2, Caracteristicas Elétricas do Arco Eletricamente, 0 arco de soldagem pode ser caracterizado pele diferenca de potencial entre suas extremidadas e pela corente elétrica que circula por este. A ‘quede de potencial ao longo do arco elético no 6 uniforme, distinguindo-se trés regides distintas, como ilustrado na Figura 2 omcoumen fits [53 Sane (E-&) ued ccatsaca e) Distancia Fun? Rogies de um aco de solegom (asquomtiss: (Zone de Queda Cac fo) Couns te hrc (el Zona Ge Quads nade. Compan de Asregides de queds andcica ecat6dice so caracterizadas por elavados gradientes térmicos @ elétricos, da order de 10*=C/mmn @ de 10°a 10° Vim, respectivamente, ‘eas somas das quedas de potencial nessas reaides ¢ aproximadamente constante, ingependentemente das consicoes de operacao do arco, ‘A parte visivel e brilhante do arco constitu a coluna de plasma, que apresenta ‘gradientes térmicos eeléticos bem mais baixos que.asregides anteriores, da ordem de 10°°Cimm e 1 Vimm, respectivamente. A diferenca de potencial nesta regiao varia de forma aproximadamente linger com o comprimento do arco. Assim, para um dado valor de corrente de soldager, a diferenca de potencial entre o eletiodo (© pega é, em uma primeira aproximagto, dada por Iver Figura 2} 4%) +E ore) + F te (ea) -Aciterenga de potencial eno as extromidades do arco, necestéris para mantera éescargaelévia, varia com a sténca entre 08 eletodos,chamada de comprimento {60 arco), cor 3 form, amanho @ matarial dos elerodos, camposiglo e pressio 60 948 na coking da plaama a comanta qua atravassa a aren, entra outros foros [A Figura 3 mostra varagéo ds tensdo.no arco elético com corrente de solda- ‘ger, para tes diferentes compximentos de arco e com outros parBmeos, come 2 composicio do gas de protecéo, mantidos thos. Esta curva é conhecide como "caroctoristica esttca do arco”. A curva caracterltics do arco difere da cue de uma resisténca comum, para @ qual vale a Lal de Ohm (V = A, que tem 9 formato de Luma rota passando pela crigam. Por sua ver, a cura do arco passa por valor minimo = 54) Fito creme de tensio para valores intermedidrios de corrente @ aumenta tanto para maiores, ‘camo menores valores de correntes. O aumento da tensio para os valores elevados: de corrente ¢ similar a0 observado em uma resisténcia comum. O comportamento encontrado para baixos valores de corrente 6 proprio do arco elétricae refete 0 fato de que, neste, 2 condugao da corrente elétrica 6 feita por fons e elétrons gerados por ionizagéo térmica. Quando @ corrente & baba, existe pouca energia disponivel para 0 ‘aquecimento @ ionizagéo do meio om que o arco ocorre, esuitando em ume maior dificuldade para a passagem da corrente e, como consequéncia, em um aumento da tensBo elética do arco. 184 18 14 12 Tenséo (V) 0 50 100 150 200 Corrente (A) owe Cones carctovsensenthicas do ace ene um elatrodo de tungstnio © um anodo do obre per froroscomprimentos de aeo |A Figura 4 mostra esquematicamente ume curva de variagéo da queda de tenséo ‘20 longo do arco com 0 seu-comprimento para dois valores de corrente, Observe-se ‘uma relago aproximadamente linear entre a tensdo e o comprimento do arco e que, ‘quando este ditimo toma-se muito curto, 0 valor da tensio no tende para zero, 0 que est5 de acordo com a equagéo 1. 14 12 10 Tensao (v) 0 2 4 6 Comprimento do Arco (mm) Fours ‘Vario da teronga de petal one as extromiseds do um aco de sold com 9 ‘dulce de soprags env au, pradaromss valde caren dos do gun oto) 0 plasma & constituido por moléculas, étomos, ons @ elétrons. Destes, os dois ‘himos séo 0s responséveis pela passagem da corrente elétrica no arco. Assim, 2 estabilidade do arco ests intimamenteligada &s condigdes de producéo de elétrons fefons, em grande quantidade. Elétrons fons so produzidos, na coluna de plasma, por choques entre os constituintes desta colune que ocorrem nas elevadas tempe- raturas existentes nesta. Contudo, devido & sua massa muito menor, a velocidade dos elétrons tende a ser muito superior dos outros constituintes e mais de 90% da corrente elética do arco de soldagem pode ser transportade pelos elétrons. Desta forma, para manter @ neutralidade elétrica do arco, elétrons adicionais precisam ser ‘gorados junto a0 elotrodo negativo (cétodol, vendo 0 material do cétodo tem um elevedo ponto de fus8o (por exemplo, tungsténio ou carbono). neste pode-se atingir temperatures sufcientemente alas {acime de cerca de 3.500 K} para que ocorra a emissBo termifnica dos eltrons Esta forma de emisséo ¢ caracterizada por uma tensfo de queda catédica (Ve) ‘elativamente bsixa (cerca de 5 Vie por uma regio de contato do arco com 0 letrodo (ponte cat6cico) relaivamente cfusa eestética ‘Quando 0 material do cétodo term ume menor temperature de fus8o (por exem- Plo, ago, sluminio e cobre,a temperatura da regio catécica fica abaio de 3.500 K, sendo insuficiente por gerar uma quantidadesuficiente de elérons por emisso ‘termitnica. Assim, processos alternativos precisam opera. Na soldagem com um 56) ithetse amon toda de material nBo refratéro, o mecanismo msis comum envolve e emissio dos clétrons 2 perir de filmes de éxido existentes na superficie do material, ocorrendo a destruigéo deates fimes com a emissio dos elétrons. Este mecanismo de emisséo {"emissio fro") € caracterizado por uma tenséo de queda catédica maior {entre 10 © 20'V), pela existéncia de maitiplos pontos catédicos que se mover com elevada \elocidade na superficie do cétodo e pelo eteito de limpeza remorao de dxido) desta superficie. Em particular, este efeito de limpoza 6 de importéncia fundamental na soidagem e arco com protegéo gasose de igas de aluminio e magnésio (metais que ppossuarn uma camada de dxido de elevada temperatura de fuséo). {A possibilidade de ocorréncia de diferentes mecanismos de emissao de elétrons junto com diferencas de composigéo, forma @ temperatura dos eletrodos fez com ‘Que @ polaridade dos eletrodos influencie sigificatvamente a estabilidade do arco outras caracteristicas operacionais de um processo de soldagem. A estabilidade importante, ante de pante de vite aperscional quanta da qualidade da soa. Um ‘arco instével & mais ditfil de ser controlado pelo soldador, jé que este precisa ter ‘maior habilidade para mant®-lo operand @ executar a solda de maneire adequade. ‘Além disso, 0 cordae de solda obtido com um arco instével tende a ter ume forma ‘mais regular com dimens6es variéveis @ pode apresentar uma maior quantidade de porasidade, tornando-se muites vezes inaceitével. Caracteristicas Térmicas do Arco (0 arco de soldagem apresenta, em geral, uma elevada eficiéncia para transfor mar a energiaelétrica em energia térmics ¢ transfertla para a peca. O calor gerado ‘hum stco elétrico pode ser estimado, a partir de seus pardmetios eléticos, pela equacéo: Q=Vit €4.2) onde 0 ¢ energia termica gerada, em Joules (ul), Vé 2 queds de potencial no arco, ‘em Volts (VJ @ corrente elética no arco, em Ampéres (i, er € 0 tempo de opera ‘gio, om segundos (3. Pera que a jonizagio do plasma e, portanto. a capacidede deste de conduzir cor- renta nao sojam perdidas, atas temperaturas devem ser mantidas no arco elétrco. [A Figura 5 mestra o perfil térmico de um arco de soldagem estabelecido entre um cletrodo de tungsténie e ura pega de cobre refrigerada a dau, separados por 5mm, ‘em atmostera de argonio. Obviamente, esta distibuigdo de temperatura depende do processo e das condicées de soldagem. Por exempla, um aumento da corrente de soldagem, acasionando ume maior geragio de enorgia no aco, leve ao aparecimanto de temperaturas mais alas além de aumentar as dimans6os do arco. Na soldagem com eletrodo consumivel, ume quantidade de vapor metélico pode ser incorporada 230 arco. Como esse vapor 6, em geral, mais facimente ionizavel que os gases que rnormalmenta formam 0 2¥20 (como 0 argénio « 9 exigénio). a temperatura de arco tonde a se reduzi. wconemeoor Some 87 18,000 K 16.000 15,000 14.000 13,000 12.000 11.000 10.000 ras do um seo sic pce. = 12\| ~ 200A Além de calor, o arco elétrico gera radiagSo eletromagnética de ata intensidade, nas faixas doinfravermelho, visive utraviolete, devendo ser abservado com fitros protetores adequedos. 4, Caracteristicas Magnéticas do Arco O arco de soldagem 6 um condutar gasoso de corrente elétrica. Quando comps: ‘ado com um fio metalico, tonde a ser muito mais consvel&influéneia de eampoe magnéticos. Campos magnéticos so criados por cargas eléticas erm movimento, Desta for ma, om torno de qualquer condutorelético percorrido por uma corrente, existe um ‘campo magnético circular induzido por esta corrente, Por outro lado, se urn condutor de comprimenta |, percorrido por uma corrente ‘elétrica i écolocado em uma regiéo onde exista um carnpo magnético B orientado perpendicularment @ I, ele experimenta uma forga F conhecida como "Forga de Lorentz", que ¢ dads por: Fee Eq.) Aforga Fé perpendicular a ambos, 86, @ 0 seu sentido pode ser obtido aplicendo— -se a "Ragra do Parafuso™, isto 6, imaginave-se um parafuso corvencional que gira no santido de! para BO sentido de F saré aquele de avango do parafuso. As forcas de origem magnética aumentarn corn 2 corrente etrica e, portanto, os seus efeitos tendem a se tomar mas intensos na soldagem cam corrente elevade le 58) ene neanans E de especial importéncia para a soldagem # arco a forgs de compressao que o ‘campo magnético induzido pela corrente que passa por um condutor exerce sobre i préprio, Para um condutorclindrico, esta forca, considerada ne forma de press4o (0). € dade por: (9.4) onde p, €a prassto atmostérca, u,(dr.10? Him] é a permeabilidade megnétice do ‘éeun, Bo rain do condutor @£ 6 @ distancie ao centro do condutor (r< R). Con- Siderando 08 valores comuns de corrente em soldagem, pode-se mostrar que esta pressio é muito pequena para causar qualquer efeito importante em um condutor ‘sélido, mas que seus afeites podem ser considerdveis no arco ou no metal fundiao na ponta de um eletrodo durante a soldagem. No arco eléricn, est presso desempenha um papel importante devido a0 for- ‘mato eGnico usual do arco (Figura 1). Devido a este formato, 0 valor de R junto 20 cletrodo & menor do que o seu valor junto da peca, onde, pertanto, p & manor. Esta diferenga de pressao induz. no arco. um intenso fluxo de aés do eletrodo pare a poca que éindependente da polaridade edo tipo de corrente usados e & conhecido ‘como “Jato de Plasma", Figura 6 Figura Representa esquomstic a foimagdo do jt de plasma 0 jato de plasme direciona os gases quentes do arce cortra a pega, sendo, assim, um dos mecanismes responsdveis pela penetvaglo da colds. Adm diezo, fle garante ao arco eléttico uma cera rigidez (o arco 6 um jato de gases) ¢ afeta a ‘ransferéncia de metal do elatrodo pars 2 poga de fusdo (soldagem com eletrodos consumes), oa eno aes [58 ‘As mesmas forgas magnéticas que atuam no arco e causam a formagao do jato do plasma exercem uma influéncia similar na extremidade fundide de eletro- dos consumiveis. Estas forgas tendem a estrangulat, ou apertar ("pinch"), 0 metal liquido na regio em que o seu diametro & menor e, desta forma, podem contribuir para separélo do fo sélido (Figura 7). Este ofeito, particularmente para valores do Corrente de soldagem elevados, pode exercer um papel direto ne transferéncia de ‘metal do eletrodo para 2 pega Eletrodo, awe, lot Pine (enquonsice) Um outro efeito importante deoriger magnética na soldagem a arco é0 chemado “sopro magnético", que consiste de um desvio do arco de sua posigSo nermal de operagio e que tende a ocorrer de uma forme intermitente e similat a uma chara sendo sopraci. O sopro magnétice resulta de uma dstibuigso assimétrice docampo ‘magnético em tomo do arco, o que causa o aparecimento de forcas radials atuando sobre o arco @ evando &alteragio de sua posicao. Esta distribuigdo assimétrica do ‘campo magnético pode ser causada por variagdes bruscas na direcio da corrente elétrica (Figure 8) e/ou por um arranjo assimétrico de material ferromagnético em torno do arco, como mostrado esquematicamente nas Figuras &- (extremidades des pecas) ec iporas de diferentes espessuras). roesnener Si (61 0 50| es nana t f c ¢ c € c é < € ‘ < c ' t < € € < < € € < ‘ ‘ € € ‘ 0 sopr0 magnética é quase sempre indesejavel na soldagem, pois orienta o arco para diregées que, em geral prejudicam a penetragao @ unifarmidade do cordéo de solda, além de causar a instabilidade do arco e dficuktar @ operacéo. 0 sopro magnético pode ser minimizado ou eliminado através de algumes me- didas simples, entre elas + Inclina oelotrodo para o lado nar © qual e@ rige 0 arco @ + soldat com arco mals curt: + usar mais de uma conexdo de corrente na pegs, visand balancesa em rolago ao + usar corronte de soldagom mais baba, quando possivel © + usar corentaaterada, pos © eteito do sopra & menor. 5. Exarcicase Pratcas de Laborstoio a} Porque. rco etic €2 Fonte de calor mals usade, hoje em da, para solfagem por tusio? &) ‘Como épossivel determinar experimentalmente a soma das quedas de potencial nas "concanagso de inhes de camps rages anéaics eeatécies? ©) Porque. corrente de soldagem 6 ransporada peincipalmente por eitrans? fy {ue proporese da correnteeltica ro arco ¢ trenspotada por eons? € por ions positwos? Caleule quartos elévons @ fons sto necesséros para transporar uma corerte de 160A 4). Expique coma cad uma des modidescitadas no texto pode miniizar © sopro mag nético, 4} Estabolega um arco elétrico de soldagem IG sobre um bleco de cobre refrigerado @ digua. com o eletrodo lgade a0 pole nego de fonte de enegia Maga a queda ce tensio no arc para vias correntes de soldagem, mantende faos a comprimanta do © 2700. ngulo da ponta do eletrodo. Mega a tensio no eto para diferentes com ‘mentes, com a corrente #0 Angulo da pontafxos. Repita as experiéncas anteriores para ciferntos Engulos da ponts do eltrodo, Trace gréfices Vx e Vx para cada Cause do sopro magni enquemstin:(s] madanga brute da tego 6a cron nu Angulo. Exlique o resultado das experincis, [sagem do ere pra 9 pep: eancartreo co campo magesico ns bot da ura uta ‘Semanal feremagnstese 6 oreanvaGao do compo redo menos expesso deur junta n ‘domasme tipo demote Fou Discuta qual éo significado sco da tangente 8 cue Vx, | Discura quel €0 significado fsic do angente& cura Vx |} Determine 2 soma dos quedas de testo anédica @catécce, CAPITULO 5 FONTES DE ENERGIA PARA SOLDAGEM A ARCO 1. Introdugao A soldagem a arco utliza uma fonte de energia (ou maquina de soldagem) pro- jetada espesticamente para esta aplicacdo o capaz de fornecer tense e corrente, fom goral, ne feixe de 10 2 40 V e 10.2 1.200 A, respectivamente, Nas citimas trés sécadas, ocorreu um grande desenvolvimento no projato e construgéo de fortes Para soldagem com a introdugao de sistemas de controle eletnicas nestes equipo mentos, Atvalmonte, pode-se encontrar ne mercado tanto méquinas convencionais, ‘uja tecnologia bésica vern das décadas de 1950 ¢ 1960, como méquinas “eletréni- cas", de desenvolvimento mais recente (décadas de 1970, 1980 e 1990). No Bresil, 2 grande msioris das fontes fabricadas ainda S40 convencionais. Em pases do pri ‘meiro mundo, a situagao 6 bastante diferente, No Japéo, Europa e Estados Unidos, ‘2 maior parte dos equipamentos fabricados para alguns processos de Soldagem a atco so elerOnicos, 2, Requisitos Bésicos das Fontes Uma fonte de energia para soldagem a arco deve atender a tts requistos bésicos: + produtir sidas de corentee tersio com caactristicas adequadas para um ou mais prosessos de soldagem; 00000000088 OOOO 00099F599098889899899089 (4) Fer nene + permit oajuste dos valores ce cortente eou tensdo para aplicagdes especiions © + contol durante soldagem. 2 variagio dos nves de corentee tensfo de corde com o¢ requisites do processo @apicagio. Adicionaimente, 0 projeto da fonte precisa considerar os seguintes requisitos adicionais: + estar em conformidade com exigéncies de normas » cédigos relacionados com a seguranga @ funcionslidade: + apresontarresisténeie edurebidado om ambientos fais, com instalagto eoperacéo simples e segura + ter controlesintertace de fécl uso e compreensto pars 0 usulrio: © + quando necessério, tar interface ou saida para sistemas de automagdo, 3. Fontes Convencionais 3.1 — Caracteristicas estiticas e dinfimicas © funcionemento de ums fonte de energia depende fundamentaimente de suas, ccaracteristicas estéticas e dinémicas. Ambas afetam a esteblidade do arco e splice: bilidade da fonte pars um dado proceso de soldagem, mas de uma forma diferent. Caracteristicas estéticas se relacionam com os valores médios de corrento ten de seida da fonte come resultado da apiicacéo de uma carga resistiva ‘As coracteristicas dinémicas envolvem variagdes transientes de corrente e ‘ensao fornecidas pola fonte em respasta @ mudancas durante a soldagem. Estas vatiagdes envolvem, em geral, intervalos de tempo muito curtos, da ordem de 10° s fou menos, sendo de caracterizagdo ras dificil que es caractersticas estéticas. AS ‘caracteristicas dindmicas s80 importantes, em particular. (1| na aberture do arco. (2), durante mudangas répides de comprimento do arco, (3) durante a transferéncia de metal através do arco @ (4, no caso de soldagem com cortente altemade, durante a ‘extingdo e reabertura do arco a cada meio ciolo de corrente. As caracteristicas din’ ‘micas das fontes sio afetadas por: (1]dispositivos para armazenamento tomporério dde energie, como bancos de capacitores ou bobinas, (2) controles retroaimentados. tem sistemas regulados autornaticamente e (3) mudangas na forma de aida da font. ‘As duas utimas formas de controle das caracieristices dinimices néo séo usedos ‘em fontes convencionais, sendo tipicas de fontes com controle eletrico. ’As caracteristicas estéticas da fonte sdo indicadas na forms de curvas earacte- risticas, obtidas através de testes com cargas resistivas, e que so, muitas vezes, ‘publicedas pelo fabricante ds fonte no sou manusl. Com base ne forma de sua curva oars oemanine soma cs [65 ‘caractaristicn, uma fonte pode ser classificada como de corrente constante(CT)ou de ‘tenséo constante (CV). A Figura 1 ilusra os diferentes tipos de curva caracterstic, Esta Figuraainda mostra, sobrepostas as curvas das méquinas, curves caracteristicas {do arca (Capitulo 3} o panto de operagao resultante das duas. Foust ‘nas caacaisteas de fortes mosvsdasusaments com una cure fneoretea do bce [a sarete constants (ones costnte As fontes de corrente constante apresentam uma tenséo em vazio (tenséo na auséncia de qualquer carga) relativamente elevada (entre cerca de 85 e 85 Vi. Na presenca de uma carga, esta nso cai rapidamente. A inclinagao ("slope") da curva caracteristice tende a varar ao longo da cura, mas, na regio de operagéo do arco, situasse entre cercs de 0,26 1,0 VIA para fontes corvencionais de Cl. Emcontraste, ‘miquinas modarnas com sada de C! podem ter uma inclinagéo qusse infnta, isto 6, uma salda quase vertical na faixa de tensbes de trabalho Fontes de corrente constante permiter que, durante soldagem,o comprimento {do arco varie sem que a corrente de soldagem sofra grandes alteracOes. Eventuals ccurtos-circuitos do eletrodo com o metal de base nfo causam, também, uma eleva- ‘¢20 importante da corrente, Este tipo de equipamento é empregado em processos de soldagem menuat, nos quais 0 soldador controla manualmente o comprimento do arco (SMAW, GTAW e PAW, ver Capitulos 12, 13 @ 14, respectivamentel, em processos mecanizados de soldagem com eletrodo ndo consumivel (PAW © GTAW) «em alguns casos, em processos semiautométicos, mecanizados ou autornaticos ‘com eletrodo consumivel, quando © equipamento apresenta algum mecanismo especial de controle do comprimento do arco. eee 66| Fine nomen Fontes de tensio constante fornecem besicemente a mesma tensao em toda @ sua faba de operagaa. A inolinagdo deste tipo de fontesitua-se entre cerce de 0,01 € 0.04 VIA. Estes fortes permitem grandes variagbes de corrente durante 2 soldagem ‘quando o comprimento do af0o varia ou ocorte um curtoricuit. Este comportement permite 0 controle do comprimento do arco por variagbes da corrente de soldagem (2 ual controle a velocidade de fusio do arame) em processos de soldagem nos quais, fo arame é alimentado com uma velocidade constante (por exemplo, nos processos GMAW e SAW, ver Capitulos 15 ¢ 16, respectivamente). Adicionalmente, o grande ‘aumento de corrente, quo ocorre quando o eletrodo toca o metal de base, fecilita 3 abertura do arco e possibile a transferéncia do metal de acigio do eletrodo para a poga de fusio durante o curto-cicuito. Alguns processes de soldecem a arco, como @ soldagem a arco submerso (ver Capitulo 16), podem utilizar mais de um arame. Nesta situagio, os arames podem ser ‘energizados pela mesma forte ou por fontes separadas, Quando se trabalha com corrente ‘altcrnada, uma diferente fase da mesma fonte pode ser usada para cada arame. 3.2~ Ciclo de trabalho (Os componentes internos de uma fonte do energia tendem a se aquecer pela passagem da corrente elétrica durante ume operacio de soldagem (Figura 2). Por ut Iado, quando 0 arco néo esti operand, o equipamento tende 2 se restrar panicularmente quando este apresenta ventladores internos. Assim, em uma fonto ‘operando continuamente por um perfodo longo de tempo, a sua temperatura interna pode se tomar muito elevads. Caso ela ultrapasse um valor crtico, dependente das Ceracteristicas construtivas, 0 equipamento poderd ser danificado pele queime de ‘algum comgonente ou pela rupture do isolarmento do trensformador, ou poderé ter sua vide iti grandemente reduzida Temperatura (Clos de entcimantoe reseamont tema curate 3 operate de ura fonts rs (O cicte de trabalho (ou fator de trabalna) 6 definido coma a relaggo entre o tempo de opera 80 ltaqco] ermitide durante um intervelo de teste espacticado (ar. OM ‘eral, igual 8 10 minutos), sto é: 1 = 14800 «190% ea.) ‘reste ‘Assim, por exemplo, uma fonte com Ct = 60% pode operar por até seis minutos fem cada intervalo de 10 minutos. Para uma dada fonte, o valor do ciclo de trabalho vem geralmente especificedo para um ou mais nveis de corrente de trabalho. importante ndo utilizar uma fonte acima de seu ciclo de trabalho de forma a evitar o aquecimento excassivo de seu transformador e de outros componentes. O ciclo de trabalho é um fator detorminante do tino de servigo para o qual uma dada fonte é projetads. Unidades industiais, ‘para a soldagom manus so, em geral, especticadas com Ct de 60% ne corrente de trabalho. Para processos semiautomsticos, mecanizados ou autométicos, um Ctde 100% 6 mais adequado. Fontes de pequena capacidade, de uso doméstico ‘ou am pequenas oficinas, podem ter um ciclo de trabalho de 20%, Pare se estimar 0 fator de trabalho de ums fonte pare correntes de soldagem diferentes das especificadas pelo fabricante, pode-se utilizar a férmula absixo: Ct. = Ch. 2 (€.2) onde 0 C's e's s80 08 ciclos de trabalho e as correntes nas condigbes 1 € 2. 3.3—Classificagéo Fontes de energis convancionais para soldagem podem ser cassificadas de diversas maneiras. A Figure 3 mostra uma classificagso apresentada por Cary no livto Modern Wielding Technology. Nesta, 3s fontes slo separadas em dois grupos principais (1) fontes que geram a energia elérica no préprio local de soldagem pola conversio de uma dada forma de energia em energia mectniea ea converso desta em energia elérica e (2) fontes que convertem a energia elétrica da rede de distribuigdo om uma forma adequada para a soldagem. Em ambos os casos, ‘a corrente elética pode ser fornecida para soldagem na forma altemnada (CA) ou ‘continua (CC). [er SOOO AO OOOO 4A8OOOF8 8998890998988 8 oe dase end Chasteago de ones een connie saldogeen ‘Outra forma de classificacéo 4 pela sua curva caracteristica de saida: fontes de ccorrente.constante (Ce fontes Ge tensao constante (CV) Fontes, ainda, podem ser Clessiicadas de acordo com @ suas ceracteristicas construtives ou operacioncis como, por exemplo, méquinas rotativas, unidades moto-geradoras, maquinas. etéticas, rensformadores, transformadores-rtificadores, fontes para um operador, fontes para varios operadores etc. Aspectos adicionals importantes para a clessii- ‘cago e selec de fontes de energia s40 a sua capacidade ou corrente nominal © ‘0 seu ciclo de trabalho (item 3.2) 3.4 ~ Construgo e métodos de controle de fontes convencionais estaticas Fontes convencionais que ulizam dietarentea energia eética da rede s80 forma ‘dae basicamente de um transformador, um dispositivo de controle da saida da fonte fe um banco de reificadores (em equipamentos de corrente continua). Figura 4 ee me / = bee - ‘lspems de born de ums fone convercora sic 0 transformador é um dispositive que tansfere energiaelévica de um circuit de corrante altornada pare outro através de um campo magnético sem modifcar 8 frequéncie, mas, depandendo de sua construcdo, ievande a um aumento ou re dugdo da tensio. Em lishes gerais, um transformador é composto de um ndcleo de chapas de ago sobrepostas e enrolado por dais segmentos de fio que formar (05 enrolamentos primério (de entrads) © secundsrio (de seida). Desprezando-se as perdas de eneigiae a eficiéncia do transformador [que padem ter um efeite consi dorével, panicularmente quando uma carga estéligada 20 transformador, a razdo entre as tensées de entrada e saida (V1 © V2) do transformador é igual 8 razBo entre ‘os ndmeros de espiras nos enrolamentos primatio e sacundério (N1 e N2 aah %% 4.3) Diodas, representados por f=, s4o componentes eletrOnicos retficadores ue apresentam valores de resisténcia elévica diferentes, dependenco do sentido de fluxo da corrent, isto 6, a resisténcia é muito menor em ur sentido do que em ‘utr, Assim, am um cxcuto de correnteatermada, este cispositvo permite bloquear 0 fluxo de earrente em um sentido e, desta forma, ratficar a corrents. Para tornar este processo mais eficiente, ur nimero de reiicadores si0.colocados em arranios espe- Cais ponte, Fgura. Acorrente continua resuitante da etficagso apresenta futuagbes remanescentes. Estas ftuagbes podem ser reduzidas pelo uso de circuitostriftésicos fede bancos de capacitores ou indutores que atuam como fitros da corrente, Entrada (CA) Saida (cc) Feuas Panta revteadra do onda completa para um crete manotisice 0 dispositivo para o controle da saida das fontes convencionais 6, om geval, do ‘acionamento mecénico ou elético, existindo diversas formes destes. Duss formas simples e muito comuns em fontes convencionais so 0 uso de transformadores com “taps” e 0 de transformedores de bobina mével Transformadores com virios “taps” sia no priméro selano secundétio do transfor. ‘mador, permite um ajuste dascontinus das condigbes de soldagem pela vatiagdo da relagdo entre0o nimero de espiras no primério e secundiro do transtormador(iguras 667). Fontes mais simples epresentam, em seu painal, virios bomes, es condigoes de soldagem sao selecionadas pela contexo do cabo ao bome adequado (Figura 70) Em sistemas um pouco mais sofisticados, a selagao da condigo de soldagem pode ser fota através do uma chave de vériasposigSes. Estaformade controle émais usada 70) Ftieeeenoooun fem sisternes pequenos e de baixo custo © no permite controle remoto ou ajuste ‘continuo, Um sistera similar, mas que permite ums variagao continue da seida do ‘equipamento, ¢ 0 uso de sapatas ou contatos mévels (em gerade carvéo) que, 20, serem deslocados sobre a superticie de uma bobina do transformacor, permite & vatiagho das relagéo de espiras de forma relativamente continua, Corrente Corrente (b) [Aste as condi de sokagem por “tas: ont de comer constant, (fort de "Bornes Entrada ar Bice) Alimentagao_ (a) (b) ous? [2] Diagears de ums font tipo sanstomado em ate de sale por“aps et desenho (saves de ume one desi po © controle por bobina mévelé baseado no uso de um transformador, cujo ndcleo 6 alongado de forma a permitr © movimento de uma bobina (normaimente o prima- tio) em relagio & outa. Como @ disténcia entre as bobinas controla 0 acoplamento magnético dastas, quanto mais afastadas as bobinas forem colocadas, menor seré a side da fonte, isto 6, mais inelinade fica a sua curva caracteristica (igure 8) rosevwn one nelis [71 Tenet Fowes ‘Ajeste do uma fon tip ansfomader de bobina él para sald de core, {ehminen to) mdse Cus erctrstes resuantos 3.5 —Fontes tipo gerador ‘© gerador de soldagem (ou motor gerador)& um dos tipas mais antigos de fonte {de energia pare soldagem a arco e 6, ainda hoje, uma das mais verséteis.Eles poder ser projetados para gerar qualquer tipo de curva caracterstica e, embora geralmen- te produzam corrente continua, existem equipamentos de corrente alternade cule frequéncia pode ser diferente da frequéncia da rede, Fontas deste tipo so constituidas de um motor que gers energia moctinica s qual 6 trengmitida através de ur eixo ou por um sistema de correla e polias ao geredor de ‘energiaelétrica (Figura 9). O motor pode ser elérico ou de combustio interna, tendo, como combustivel, gasoline, éleo disse, gés natural eto. Este tipo de equipamanta & ‘mais comuumente utiizado na soldagern com eletrodo revestido no campo, particular mente em locals onde o acesso & rede de cistribuicdo de eletrcidace & complicado, ‘So, por outro lado, equipamentos mais pesados, barulhentos @ de manutengéo mais complicada do que as fontes estéticas convencionai, Gasoina BB ( Motor Oleo diesel, etc. Fgura Dagiema esquonsiten oun meter geredor i ee0e0e080 eee eeeoe30a2ean4e30a2ee20e008° eeeeneen oe ee 72 Fee 4, Fontes com Controle Eletrénico readers) ‘nas esta (rosfomadore anatase‘ contanda Steen rectico oy olacos pa Oconee sure Jes = 2Srctonn os muro noses ures Et casero En tev gerl um orate va cova cacti, veda ce expestaba(de ouen iw iowt sentos Que OCOTFEM No arco & as con crn een eer Rovers de met lide serom ded ravage rh tie ee 80 apa, enn ce 15D 2 Seon jtos foram introduzidos no projeto e fabricagao de fontes de energi qrrslaagon Eons concotos om om comune de epeatios el Cte: muto mas weston eres gu 10, pro sone ca anid forte hte ico de orders na ac lice # tequci de contle seetno pas de Tomes smd Ua om ogo pubic nvr Tan fhe MA) evans tos de fonts senna nciona, as fontes com controle eletronico Em comperagto com es fontes conve ‘fo caracterizadas por Desempenho supericr: apresentam resposta dinémica © reprodutbiidede superiores fs fortes convencionsis. somnstcHeros em suacknaes [73 * Fungbes mbes: poder possuir métples cuvas earacterstes, ‘locidade de rosposta permite © mudanga, durante 9 operagdo, de ca 24, mesmo, de sua curve earactersticn, ‘esteiem ecorrando na arco. 2 clevads 1d da fonts ‘sequende-s, por exembi0, a eventos que CConexéo mis féil com equi 4a: 0 controle eatnico pen recstbelecides para a selec de par Pociom ser armazenades em aiguma form ‘efi 2 operapio do equipamente, imetios de soliagem 8 de memériaeletOnica © usedas pare Peds de peso edimensdes: intdugso, na décade de 1860 de ontes iversores (ver aba) levou sume grande redugdo nas dnenstes do vansformedot deve as us0 content alternada deta requénca. Como o venstermador apa volume da uma fonte convencionel. st da font. emaior 10 Doris ums grande redugéo no tamaning * Moior custo © manutengéo mais complexe, Existem diferentes projetos de fontes, ue podem ser classificades come de ‘comando eletrinico. As formas mais cont lecidas sda: + fonts tristorisades * foniestansistoicadas em série ("Series regulators") + fontestonsistorizedas chaveads (*Choppars") + Fontes inversoras (hwerters*) 4.1 —Fontes tistorizadas ‘Tiistor, ou “rtiicador controlado de silcio” (SCR), ‘um tipo de diado chaveado. A condugéo de corrente nk elétrica do SCR sé se inicia quando urn pequeno si ‘dicional do dispositive que atue como um gatitho, U ‘continua a conduzira corrente até queesta se anulao podem ser usados ery substituigéo aos retficadores comuns apés 0 translormaes Se uma fonte de corrente continua, Pare regular a ealda desta fonte, omomonte de Spar do gatiho &controlado acadamei ciclo de corrente Figura 11) Assim, pore Se cbtar uma corrente elativamente pequeria com aste sistema, énecessdro revrdor Gispare do gatio, «que pode tomar a seida da fonte disorcida. Este problema 6 minimizado pelo uso de alimentagao titésica € de fitros na forma de capactores ou indutores. Estes uimos reduzem a velocidade de resposta de fonte ode ser considerado como 1 sentido de baixaresisténcia inl é enviado a uma conexéo Ima vez disparado, ocispositva © seu sentido seinverta, SCAS

Você também pode gostar