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MIVENCIA CRISTA PLANO DE ESTUDOS DA DISCIPLINA EMENTA Estd Disciplina visa abordar aspectos desejéveis na formacao do cardter cristo. OBJETIVO GERAL Aperfeicoar 0 cardter cristo do aluno, o qual pode ser observado e avaliado através de atitudes, aces e palavras. OBJETIVOS ESPECIFICOS 1. Compreender que toda aco, palavra ou atitude tem resultados e/ou consequéncias. 2. Entender a necessidade da busca constante do aperfeicoamento do cardter segundo o cardter de Deus na vivéncia didria, 3. Identificar atitudes, comportamentos e ages desejveis no dia a dia do cristo, segundo o modelo, Padrao e principios biblicos. 4. Elencar as praticas que devem fazer parte da vivencia crist& do aluno, fundamentando com o texto biblico. 5. Incentivar 0 aluno a refletir a partir dos textos biblicos sobre os conhecimentos adquiridos nas aulas, e aplicd-los. PROGRAMA DA DISCIPLINA CAPITULO 1 - VIVENCIA CRISTA CAPITULO 2 - RELACIONAMENTOS CAPITULO 3 - VIRTUDES CRISTAS CAPITULO 4 - IMITANDO A DEUS CAPITULO 5-0 TEMOR DO SENHOR CAPITULO 6 ~ PERDAO E RECONCILIACAO COC COCCO CCC OD VIVENCIA CRISTA CAPITULO 01 VIVENCIA CRISTA TOPICO 1 - 0 QUE E A VIVENCIA CRISTA? 1 INTRODUCAO Antes de iniciar os estudos desta disciplina, proponho a seguinte reflexao. Se realizada fosse uma enquete no local de trabalho, na escola, naigreja, no seular © uma auto-avaliagio sobre a vida crist’ pratica, pergunto: * Quenota voo# pensa que receberia dos seus colegasde trabalho? * Que nota vocé pensa que receberia. = dos seus colegas de escola? = Que nota vocé pensa que receberia dos irmos da igreja? + Que nota vocé pensa que ‘RO SANATANO FONE Dip om im receberia dos seus familiares? “*ieesson/En 7 x. 2008 + Efinalmente, que nota vocé daria para si mesmo? Responda as perguntas acima e anote as respostas num lugar que no se perca. Aideia é que vocé refaca as mesmas perguntas no final da disciplina até mesmo regularmente, afinal, fomos chamadas para fazer a diferenga e para isto precisamos crescer a cada dia. Bem vindo ao nosso primeiro Capitulo! 2 DEFINICAO Eaarte de viver diariamente tendo como padrio oureferenciala vida de Cristo. Ea pratica didria do aprimoramento do cristdo em dirego a0 alvo estabelecido por Deus para aqueles que o amam (Rm. 8.29). 2.1 PERSONALIDADE X CARATER Para entender como devemos ser afetados pela Palavra e pelo poder de Deus, precisamos compreender o que ¢ Personalidade e o que é Carster. 2.1.1 Personalidade Eo conjunto de caracteristicas psicoldgicas que determinam a individualidade pessoal e social de alguém. A formagio da personalidade é processo gradual, ‘complexo'e Unico. cada individuo, sofrendo influencias decisivas genéticas ou sécio ‘ambientais. O termo vem do latim PERSONA, que significa lteralmente mascara, designando a “personagem’ representada pelos atores no palco'. Podemos afirmar entéo que a Personalidade é a interface do individuo com 0 mundo que o cerca. Embora possa ser dissimulada, a Personalidade revela 0 Cardter de um individuo. ITG — INSTITUTO TEOLOGI 2.1.2 Carater Do grego chrasso, que é igual a imagem, marca, alguém que afia, arranha ou escreve numa pedr2, madeira ou metal. O carster é como uma marca impressa que distingue a pessoa. € uma espécie de “marca registrada” que cada um de nés constéi, a partir de nossas escolhas e atitudes didrias. € o conjunto formado ‘Su determinado pela maneira de agirde cada pessoa. € formado a partir de nossas escolhas, decisbes, atitudes, etc. € aquilo que realmente eu SoU, mas que posso mascarar na Personalidade, principalmente quando se trata de uma qualidade ndo louvével. £ importante compreender que Deus no olha a Personalidade, ou seja, a aparéncia, pelo contrério, temos indmeros exemplosnas Escrituras, onde fica claro que o foco divino esté sempre no interior do homem =|Sm. 16.75 Jo, 224,25; Jo. 3.1-3; Gl. 2.6. Deus olha para 0 Carster. Logo, podemos perceber que o foco da vida cristd auténtica passa pela transformacao interior do homem. Este conceito é muito claro e aparece com frequéncia 20 longo das Escrturas. Veja o que Deus declara a Moisés no livro de Deuteronémio: “Circuncidai, pois, o prepiicio do vosso coragao, endo mais endurecais a vossa cerviz” (Dt 10.16) ‘Aautenticidade nada mais & do que submetermos a nossa Personalidade a0 nosso Caréter e isto me faz Jembrar o titulo de um dos livros de Charles R. Swindoll ~ Viver sem Mascaras. Para isto, porém, precisamos estar ajustados com os padrées biblicos,afinal ninguém quer mostrar ao mundo as suas mazelas. O homem que dissimula o seu interior com “folhas de figueira” engana-se, antes de tudo, a si mesmo. Existem estudos acerca da interpretagdo dos sinais corporais, de sorte que se pode discernir a verdade por trés das palavras e dos atos cde uma pessoa. Se no podemos enganar as pessoas, como pensamos poder enganar a Deus, que tudo vé? Mas podemas mudar 0 nosso Caréter? Sim, podemas. E na medida que esta transformaclo interior acontece, temos seguranca para ver de forma auténtica, sem méscaras, ou mebhor, a nossa mascara, persona, refletiré 0 nosso ser. No tépico a seguir folaremos das duas grandes fortes de poder e graca para a nossa transforma¢ao interior. 3 O PAPEL DA PALAVRA E DO ESPIRITO Este processo de transformaco do cristo é operado por dois elementos insubstituivels: A Palavra de Deus € 0 Espirito Santo. Trata-se de uma justa operacdo que acompanha ofilho de Deus, desde a sua conversdo, até os tiltimos dias de sua vida. No temos como trilhar os caminhos de Deus a nao ser pelos meios que Ele nos deu para que o facamos. 3.1 A ATUACAO DA PALAVRA NA FORMACAO DO CARATER E DA PERSONALIDADE Estamos vivendo uma das maiores crises no seio da Igreja Crist no que diz respeito a relaco dos cristdos com a Palavrade Deus. Sabendo quea Biblia é um dos elementos essenciais ao crescimentona vida crista, ento estamos diante de um fatomuito preocupante. Qual éa sua relag3o coma Palavra de Deus? Em quais momentos do seu dia ela esta presente? ‘A qualidade de nossa espirtualidade, a profundidade de nossas raizes, tudo esté diretamente relacionado com o nivel de ‘envolvimentocomas Escrituras. Nao existe vida crista sem a Biblia, Mas qual o papel das Escrituras no desenvolvimento da vida crist4? Como ela opera em nosso interior? 3.1.1 A Palavra capacita o cristao para a vida crista. Hebreus 4.12 diz: "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a diviséo de alma e espirto, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intencBes do coragao. 3.1.2 A Palavra orienta a vida crista Erneste aspecto que se diz que a Palavra de Deus é luz (Sl, 119.105). Afinal ainda vivemos num ambiente de trevas, uma vez que o mundo jaz no maligno. Paulo, escrevendo a Timéteo, nos dé alguns aspectos acerca da VIVENCIA CRISTA temos uma clara orientac3o para Palavra de Deus. Primeiro, ela & proveitosa para 0 nosso ensino, ou se, reende, nos corrige € todos os seguimentos da vida. Ela influencia profundamente © nosso ser quando nos rep ros instru na justica. Finalmente, ela influencia no nosso fazer, porque nos aperfeigoa e nos prepara de forma perfeita para 0 exercicio das boas obras (II Tm. 3.16). 3.2 A ATUACAO DO ESPIRITO NA FORMACAO DA PERSONALIDADE E DO CARATER ‘ Todo o processo da conversio tem a participagao do Espirito de Deus. Horace Bushnell (180: a seguinte declarac3o acerca da rela¢ao do Espirito Santo e da Palavra: 2-1876) fez “minha propria experiéncia de que a Biblia & enfadonha quando eu préprio estou enfadado. Quando estou realmente vivo e leio 0 texto com disposigao crescente de afinidades vivas, ela se abre, multiplica as descobertas, e revela profundezas de modo ainda mais répido que consigo anoté-las. O espirito do mundo {fecha a Biblia; o Espirito de Deus faz dela uma tocha que pe em foco todos os significados e verdades gloriosas.” 3.2.1 Quais sao as formas como o Espirito age na vida do filho de Deus? * Ele revela a verdade as pessoas. (II Pe. 1.21); * Ele nos capacita a fazer a vontade de Deus (I Co. 12.3); + Ele nos da poder para realizar 0 nosso ministério (At. 1.8); M1Sm, 23.1,2; Mt. 2.12) * Ele nos ajuda a ser, saber e fazer 0 que Deus deseja (Tt. 3. TOPICO 2 CONHECIMENTO DE DEUS 41 INTRODUCAO Numeros 12 narra um episédio conhecido do Velho Testamento. Ardo € Mirid, irmaos de Moisés se sublevam contra o lider do povo de Israel e levantam o seguinte questionamento: Deus no falou somente por meio de Moisés, Deus falou também por meio de nés. 0 texto fala que Deus ouviu as palavras dos dois chamou tanto eles quanto Moisés & porta do Taberndculo. Veja o que Deus responde aos dois revoltosos: “Entdo disse: Ouvi agora as minhas palavras: se entre vés houver profeta, eu, o Senhor, a ele me forei conhecer em vido, em sonhos falarei com ele. Mas nao é assim com o meu servo Moisés, que é fielem toda a minha casa; boca a boca falo com ele, claramente e no em enigmas; pois ele contempla a forma do ‘Senhor. Por que, pois, no temestes falar contra o meu servo, contra Moisés?”~ Nm. 12.6-8 Fica claro neste dislogo que existem nivels diferentes de relacionamento com Deus. Os niveis de relacionamento com Deus estao diretamente relacionados com a profundidade do conhecimento que temos d’Ele. Quanto mais conhecemos uma pessoa, mais aprofundamos o nosso relacionamento com ela e esta regra vale também em relagdo a Deus. 2 DEFINIGAO O diciondrio Michaelis define assim o termo CONHECIMENTO: 1 Ato ou efeito de conhecer. 2 Faculdade de conhecer. 3 Ideia, nogao; informacdo, noticia. 4 Consciéncia da propria existéncia. 5 Ligacdio entre pessoas que tém entre si algumas relacdes, menos estreitas que as de ‘amizade. 6 Pessoa com quem se tem relacdes. TQ - INSTITUTO TEOLOGICO GUADRANGULAR Enfatizamos mais 0 aspecto da informaco sobre um assunto ou pessoa, do que o relacionamento quando usamos a palavra Conhecimento. Diferentemente do que ocorre no Hebraico onde 0 vocdbulo “YADA” tem um significado mais profundo enfatizando 0 relacionamento da pessoa com o objeto ou com outra pessoa. Um exemplo que deixa claro este aspecto do termo Conhecimento na cultura hebraica é Gn 4.1, onde lemos que “..Addo conheceu a sua mulher Eva...” ~ conhecer, portanto, para os hebreus, Conhecer descreve © relacionamento intimo entre um homem e uma mulher. Enneste sentido biblico que abordaremos 0 Conhecimento de Deus, ou seja, 0 relacionamento intimo entre nés € 1nosso Deus, conhecendo-o profundamente e no apenas acumulando informagées sobre Ele. 3 CARACTERISTICAS DO CONHECIMENTO DE DEUS 3.1 E UM ATO CONTINUO (OS. 6.3,6; II PE. 3.18) Comecamos a trilhar o caminho do conhecimento de Deus desde o instante no qual somos tocados pelo Espirito Santo de Deus e nos entregamos a0 nosso Salvador. A conversdo é o nosso primeiro contato, um primeiro encontro. Nosso relacionamento com Deus deve crescer a cada dia e nem mesmo a morte pée fim ao mesmo, porque, depois, dela, ainda permaneceremos com Ele, eternamente. 3.2 EO AGENTE DE NOSSA TRANSFORMACAO (II CO. 3:18) Ficarna presenca de Deus muda a nossa vida, muda onosso carter, muda-nos completamente. Quanto mais me exponho a Deus, mais partiho de sua natureza. E comum observar-se que pessoas que andam muito juntas, tendem ater habitos e comportamento idénticos. Quando andamos com Deus, tornamo-nos parecidos com Ele. 3.3 EANOSSA FORCA E SABEDORIA (DN. 11.32; SL 60.12) Deus partilha conosco sua graca e sabedoria quando andamos com Ele e passamos a conhecé-lo melhor. Podemes contar com seu poder nas horas criticas. Homens e mulheres que conhecem a Deus realizam proezas ‘em todos os sentidos. Temos visto exemplos de homens e mulheres de Deus que mudaram o rumonao somente. de sua vida, mas de muitos. Mudaram a sorte de nac6es inteiras. 3.4 EO NOSSO TESOURO (FL. 3.7-11} Nao existe nada mais valioso que possamos adquirir neste mundo que o conhecimento de Deus, 3.5 E A NOSSA SEGURANCA (OS. 4:6) Deus clama por meio do profeta dizendo que o seu povo estava perecendo por falta de conhecimento. Quando no conhecemos a Deus somos facilmente enredados nos lacos do diabo ou das circunstancias. Em Ef. 4.12-16, Paulo aborda a importéncia do conhecimento que nos leva a estatura de vardo perfeito. Quem no conhece a Deus, ndo tem como exercer plena confianca nas horas criticas. 3.6 CONHECER O CORAGAO DE DEUS Conhecer 0 coragdo de Deus pela convivéncia em todos os momentos. $6 através de um relacionamento ‘mais profundo podemos conhecé-LO. 3.7 SEMELHANTES A ELE Somos semelhantes a Deus nos sentimentos, logo podemos nos comunicar com Ele nesse nivel. Somos semelhantes a Ele nos relacionamentos, logo, se praticarmos em relacdo a Deus os mesmos principios, desenvolveremos uma amizade profunda e duradoura. Wve e) Wes LN 4 COMO CONHECER A DEUS? Antes de responder a esta pergunta, permita-me fazer outra que podemos conhecer a Deus é negar as Escrituras.Sim, mas como conhecer a Deus? Da mest forma que conhecemos pessoas ~ relacionando-nos com Ele. Nio existe relacionamento, seja interpessoal, seja com Cavs, sem investimento de tempo e tempo de qualidade. € muito difcil conhecer quem néo esté disposto ® te abrire falar de si mesmo, porém, Deus tem falado constantemente conosco e de diversas formas. Temos 2 fonte principal desta revelacSo que é a Palavra, porém, temos outros mecanismos de cemunicacao, tais 2 smo a natureza e a constiéneia, Deus esté se mostrando o tempo todo e procurando aqueles que deselam conhecé-lo e crescer neste relacionamento. Leia os versiculos abaixo: ainda - € possivel conhecer a Deus? Negar “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte.a favor daqueles cujo coragdo é perfeito para com ele;” (2 Cr 16.99) «0s meus olhos procurardoos fis da terra, para que hobitem comigo;o que andano caminho perfelto esse me serie a (st 101.6) 5 POR QUE CONHECER A DEUS? «Porque Ele tomou a iniciativa de restaurar o relaci mundo, Ignorar este ago divina érejeitar um dos convites mais preciosos que podem: «Porque é vantajoso conhecer a Deus. No lvro de Amés (2.7), lemos que Deus néo fard coisa alguma aarn tes revelar os seus segredos 20s Seus Servos, os profetas. Quando conhecemos a Deus, Ele reparte conosco os seus segredos e seus planos. jonamento com o homem ao enviar seu Filho a este os receber de alguém. « Porque o resultado de conhecer a Deus é garantira vida eterna ao seu lado. 5.1 ELEMENTOS BASICOS Num relacionamento comum podemos aprofunda o conhecimento muituo sem que o didlogo aconteca e didlogo implica em d como emissores e receptores da mensagem. Logo, para que onosso conhecimento de Deus se concretize precisamos cctabelecer uma linha aberta. Precisamos aprender a linguagem de Deus. Precisamos aprender a ouvir a Deus. dizer com muita certeza que 0 elemento basico é 0 didlogo. Nao se fois agentes que se alternam. Falar com Deus é como aprender uma lingua estrangeira.Dificl no primeiro momento, mas 4 medida @-a pratica se faz presente conseguimos nos comunicar. A Palavra fala conosco. Na ‘e nés falamos com Deus. Quando mais tenho contato com a Palavra, quanto mais .em espiritual e ao longo de um tempo, que os estudos avancam oraco Deus fala conosco eu oro, mais os meus sentidos espirituais véo se habituando a linguags cada um tem o seu, comeso a discernir claramente a voz de Deus. TOPICO 3 REVELACAO DAS ESCRITURAS 4 INTRODUCAO intensidade da nossa paixdo por esta Palavra? Dedicamos quanto tempo a ela diariamente? para a Igreja? Parece uma pergunta absurda, esta Qual é a Temos 0 simples habito de levar conosco um exemplar da Biblia ‘entre os alunos de uma escola teolégica existam diversos que j deixaram até mas receio que mesmo formar as nossas vidas. € impossivel ler pratica tdo simples. Mas é a Palavra de Deus e tem poder para transf esta Palavra com 0 coragio aberto e nao ser impactado por ela. 2 LEITURA A simples leitura da Biblia é uma prati ca espiritual indispensavel. “0 Brasil é um pals de “ndo-litores’, firma artigo publicado na prestigiad revista briténica The Economist dda semana passada (16/3/06). O texto é baseado em recente pesquisa sobre assiduidade de leitura, na qual G Brasil ficou em 278 lugar em uma lista de 30 paises. De acordo com o resultado do estudo, os brasileiros dedicam agenas 5,2 horas semanais &leitura de livros corrigido pela Educarao 10 brasileira que somente pode ser a consigo as herangas de Cristo, afinal a membresia carregi fo contra a falta do habito da leitura. Estes dados mostram um quadro grave da populaca ‘emudanca de habitos. Isto evidentemente afeta a lerela culturais do pais, porém, urge que cada cristo mude o quadro lutand 3 O ESTUDO DA PALAVRA Uma das maneiras mais proveitosas para se conhecer a Biblia ¢ estudé-la de forma metédica e continuada, ‘Apenas alguns conselhos para quem desea inidar um estudo efetivo: ‘ou semanal para 0 estudo ~ a regularidade é importante; ‘= Reserve um tempo di ‘embaragos como movimentacdo de pessoas, televisso; # Escolha um local adequado livre de Lépis. Evidentemente pode-se usar o computa = Adquira os materiais basicos de estudo: caderno, caneta, dor para registrar 0s seus estudos. Use 0 que tiver & mao; uitos para uso « Adquira dicionéios biblico e da lingua portuguesa, lembrando que existem materials grat 1a Internet; « Adquira bons comentarios biblicos e livros de apoio. 4.0 PAPEL DA MEDITAGAO A meditagao na palavra de Deus aprofunda o relacionamento com Deus. ‘A Biblia contém uma grande quantidade de textos que falam a resp da MEDITAGAO e este fato jd é o suficiente para que se saiba de sua importancia na vida crist8. Trata-se de uma ativic lade de altissimo nivel, requerendo, portanto, dos seus praticantes fidelidade e disciplina. “A vida de Meditagdo é atenta, receptiva e reage ao que Deus faz em nés e d nossa volta. A pessoa que vive assim pede a Deus que alcance o seu coragaio e permite que Ele 0 toque, apesar de ser prazer ou dor 0 resultado deste toque”.? (o muito claro a natureza daquele que busca contemplar a Deus em todo Ken Gire define assim de modi buscar este estilo ‘0 seu viver e nas coisas que esto a sua volta. Necessitamos desesperadamente voltar ou de vida, fugindo da rotina diéria que nos mergulha em afazeres e nos afasta, ndo somente de Deus, mas das pessoas, mesmo daquelas que amamos. 4.1 IMPORTANCIA Mas qual a importancia desta pratica para vida crist3? A Meditagao ganha importancia na medida em que deseja experimentar a profundidade de um relacionamento mais intimo com Deus. ‘AMeditaco nos leva a viajar com o Espirito por caminhos, as vezes, nunca percortidos por outros, ou mesmo, a percorrer o: mesmos caminhos, mas de uma maneira muito pessoal, como se vocé fosse o primeiro afazé-lo.“E dima prético para os que desejam, com seriedade, ver Deus mais claramente e cuidar dos seus semelhantes Viver em reflextio, ou meditacdo, dé-nos a oportunidade, durante o dia, de avaliar com mais atengdo 0 que nos cerca, os pessoas & nossa volta, nés mesmos e Deus. Quanto, porém, mais répido for 0 ritmo de nossa vida, ‘mais oportunidades perderemos"” 5 MEMORIZACAO Esta é uma disciplina pouco praticada pelos cristdos na atualidade. Um fato importante que os cristos devem ter bem claro em sua mente: todos so capazes de memorizar. © que muda de uma pessoa para outra é a velocidade, a quantidade. Ninguém deve se sentir frustrado por conseguir trabalhar apenas um versiculo por semana. Explore a sua capacidade e seja fiel dentro dela O avango tecnolégico, que leva o homem a uma subutilizagao de sua mente numa escala crescente. Os problemas passam a ser solucionados pelo simples apertar de botdes e coisas assim. As criangas no so incitadas a usar suas mentes, visto que a maioria dos brinquedos modernos é eletr6nica, exigindo pouco em termos de aprendizado e raciocinio. ‘A Memorizacdo nao ¢ importante somente em tempos de crise e nao precisamos esperar pelos mesmos para comegar a praticéla.O cristo que deseja estar acima da média deve praticé-a TOPICO 4 REVELACAO DAS ESCRITURAS 1 INTRODUCAO segundo elemento essencial para o crescimento no conhecimento de Deus é a oragdo. A oracao é a Pratica espiritual que nos eleva ao trono de Deus e que somada as praticas espirituais estudadas nos tdpicos anteriores referentes @ Palavra de Deus, desenvolvem a nossa vida espiritual, 0 nosso relacionamento com Deus e ainda por meio dela, a ungo de Deus flui em nossas vidas. Veja 0 que diz Atos 4.29-31: “Agora, pois, 6 Senhor, olha para as suas ameacas, e concede aos teus servos que falam com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mao para curar e para que se facam sinais e prodigios pelo nome de teu santo Servo Jesus. E, tendo eles orado, tremeu o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espirito Santo, e anunciavam com intrepidez a palavra de Deus.” E poderiamos citar dezenas de outros textos que mostram o efeito da orago na vida pessoal, espiritual e ministerial. Adquirir 0 habito da oracao no é tarefa facil. E uma verdadeira guerra espiritual e esta realidade pode ser observada na frequéncia das reunides de oragdo da maioria das igrejas. A vida de oracao do cristdo ndo pode depender dos momentos ou espacos criados nas igrejas. Paulo nos exorta a orar sem cessar- | Te. 5.17, logo, a oracdo no é uma pratica relegada a alguns momentos, é um estilo de vida do cristdo. Esta vida de oragdo continua deve ter momentos especificos como os que vimos no Livro de Atos, ou seja, a oragao do corpo. Esta vida de oracSo continua deve ter momentos especificos onde eu aro a minha jornada didria para permanecer aos pés de Jesus de Cristo, aos pés do Pai. £ um habito dificil de adquirir? Nao, mas a recompensa é maravilhosa! Somente quem jé experimenta estes momentos com Deus sabe exprimir sua importancia e as delicias que advém do trono sobre nossos coracdes e sobre nossos espiritos. 2 DEFINICAO Mas 0 que € a Oracio? “Oragdo é uma pratica religiosa comum a diversas confissdes religiosas. E vulgarmente designado como uma relacdo, uma conversa ou um ato de reconhecimento e louvor diante de um ser transcendente ou divino!.” Esta é uma definigdo genérica de Orago. Em nosso contexto evidentemente este ser divino € 0 préprio Deus. Mas que fique claro que muitas religibes praticam a oracio e infelizmente, algumas delas, levam isto muito mais a sério que os cristdos, o que é verdadeiramente um vexame jé que a nossa rela¢ao ndo se dé com idolos ou entidades espirituais malignas, antes com o proprio Deus vivo e onipotente ep tere mens cme ees pais Rae events iin, epi wasting bs epic, extranet on ncpip ok de ue ecu heskrcrel lea Mc m 2.1 ASPECTOS DIVERSOS ACERCA DA ORACAO ‘Aoorac3o é momento impar na vida do cristo, mas este momento parece estar perdendo o sentido nos tiltimos dias. A oraco é um aprendizado e aqueles que pretendem aprender e apreender o seu significado deve perseverar nna sua pratica. A oracio deve tomar-se uma necessidade em nossas vidas, algo que sintamos falta como sentimos falta de alimento e 4gua. Mas atingr este nivel é um trabalho Srduo e desgastante. € uma verdadeira guerra espiritual Vocé jé observou que consegue tempo para tudo em sua vida, mas que normalmente um tempo de oracondo ests inserido neste tempo? Oapéstolo Paulo, escrevendo aos efésios, disse: “com toda a orago e suplica orando em todo tempo no Espirito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a : perseveranca e suiplica, por todos os santos,” (Ef 6.18) Observe que neste texto, Paulonos exorta a perseveranca na oracdo ena stplica. Normalmente quando estamos em algum perigo, mantemos os sentidos alertas. Ficamos vigilantes. Ento, precisamos urgentemente perceber 05 perigos que rondam as nossas vidas, rondam as nossasigrejas, rondam as nossas familias enos postarmosfirmemente Contra Satands. € a grande arma da qual dispomos para revidar estes ataques € a ora¢ao. Masa oragdongo é somente isto. A partir do instante que, como vimos anteriormente, a ora¢o é uma das formas de nos comunicarmos com Deus e de ouvir a sua vor, ela se toma imprescindivel na construgio de um conhecimento sélido de Deus e de um relacionamento intimo com o Pai. Precisamos orar 2.2 ALGUNS PONTOS IMPORTANTES SOBRE A ORACAO: 2.2.1 Oracao como submissao, como entrega nas maos de Deus Quando oramos, nos colocamos nas maos de Deus e nos rendemos a Ele. Ao orarmos declaramos 3 nossa dependéncia. 2.2.2 Oracao como um ato de adoracéo Quando nossas oragdes transcendemo simples ato de pedir, ent3o passamos a adorar a Deus e isto pode ser feito tanto coletiva, quanto individualmente. Confianca em Deus, submissio a vontade, adoracio & sua pessoa, louvor as obras divinas, todos estes so elementos da adoracio que se fazem presentes na oracdo. 2.2.3 Oracao como um ato criador Leia 0s textos abaixo: “Portanto, orai vés deste modo: Pai nosso que estds nos céus, santificado seja 0 teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; 0 pao nosso de cada dia nos dé hoje;” Mt. 69-11 “Tendo mandado as multidées que se reclinassem sobre a relva, tomou os cinco paes e os dois peixes €, erguendo os olhos ao céu, os abencoou; e partindo os paes, deu-os aos discipulos, e os discipulos as multidées, Todos comeram e se fartaram; e dos pedacos que sobejaram levantaram doze cestos cheios.” Mt. 14.19,20 Emambos os textos e poderiamos citar muitos outrosno Velho e Novo Testaments destacam o poder crador da Orago. A oragSoalém de criar, pode também modificar elementos e ‘circunstancias ao nosso redor, Satanas conhece muito bem este aspecto criador e modificador da Oraglo, Lembrase de seu primeiro ataquea Jesus na tentag3o do deserto? Manda que estas pedras se transformem em po. VIVENCIA CRISTA 3 ORACAO NO ANTIGO TESTAMENTO, Aorag3o esta presente em todo o Velho Testamento, desde os seus primérdios, visto que mesmo o dislogo de Ado com Deus pode ser considerado uma oragio, alids, uma orago e tanto visto que o didlogo existiu, tendo a participagio ativa do homem e da mulher, ainda que de forma inadequada. Podemos até criticar 05 nossos primeiros pais, mas qual de nés, apés uma falha clamorosa, conseguit falar e ouvir claramente a Deus? Temos exemplos de oracles individuais e coletivas. Temos dezenas de exemplos de oragbes que foram respondidas por Deus. Temos até mesmo modelos de ora¢io estabelecidos por Deus, da mesma forma como Jesus ensinou a oraco no Novo Testamento. 4 ORACAO NO NOVO TESTAMENTO 4.1 0 QUE JESUS ENSINOU SOBRE A ORACAO + Podemos destacar os seguintes pontos nos ensinos do Mestre sobre a Ora¢ao: + Ele destacou a paternidade de Deus, nosso pai bondoso e generoso: Mt. 7.7-11; * Oindividuo se reveste de grande valor perante Deus, que responde as suas oragbes: Mt. 10:30; 6.25sse7.7-11; + A oracdo verdadeira é espiritual e no formal. Uma das caracteristicas do Cristianismo que nos foi legado é a sua tendéncia ao formalismo, &liturgia, em detrimento da manifestacao espontanea ¢ livre do individuo: Mt. 6.5-8; ‘= Aoragzo tem um grande poder: Mc. 11.23; Mt. 7.20; * Aoracao deve ser feita com fé: Mt. 17.20; * Aoracao deve ser perseverante: Le. 18.1-8; * Aoraco deve conter elementos de generosidade e de perdao: Mt. 18.21-35; + Aoracio deve envolver coisas priticas e terrenas: Mt. 6.11; 7.7-13; * Aoracio visa também realidades espirituais: Jo. 17; * Aoracio pode solicitar fortalecimento espiritual: Mt. 6.13; + Aoragio deve visar 0 avanco do reino de Deus sobre a Terra: Mt. 6.10,13; + O préprio Jesus foi um exemplo de oragdo: Le. 5.15; 6.12; Jo. 12.20-28 e 17.6-19), 4.2 0 QUE PAULO ENSINOU SOBRE A ORACAO + ste apéstolo também dedou ensinamentosdversos sobre a Oraao: + Oragbes priticas: CL 13;4.12;Fl.1.4;1Te.12;Rm.1,9eFm.4; + Oragio consste em adoracio individual ecoletiva: 5.19, 0.3.16; + Oracointercessorado Filo: Rm.8:34;do Espo Santo: Rm. 826; + Acrapdorequer perseveran: Rn, 15:30, C.4.12;Ef,.618;ITe.5.7; * Roracdo e agio de gracas: Rm. 1.8; + A oragdo aprofunda nossa comunhio com Deus: Il Co. 12.7; + A oracéo visa o beneficioe crescimento espiritual de outros cristo: Ef. 1.18ss; 3.1355; * Aoracio e a salvacio dos perdidos: Tm. 2.4; + Aoragio deve ser feita no Espirito: Ef. 6.18; “A crago nalguns momentos 6 um dom do Espirito: Co. 14.14-16 TG - INSTITUTO TEOLOGICO GUADRANGULAR 5 TIPOS DE ORACAO ‘Adoracao — Tipo de orac3o mais elevada, na qual nds devemos adorar e admirar 0 cardter de Deus em todas as circunstancias sejam boas ou més. (Jo30 4.23,24; SI. 66.4) Agbes de Graca—Agradecemos pelo que Deus faz, eo que Ele faz sempre é bom. (SI. 69.30; Fp. 4.6; C1. 4.2; Tg. 1:13) Peticdo — Pedir por nés mesmos, por nossas necessidades. (Fp. 4.6; | Jodo 5.1) Confissdo — Orar a Deus pelos pecados, confessando-os. (Ed. 10.11; Rm. 10.10) Intercessio — Orar pelos Outros ou por outras causas e é sempre pelos outros e nijo por nés mesmos. | Tm, 2.;Te.5.16 6 O PAPEL DA ORACAO A oracSo, diferentemente da Palavra, nos proporciona um conhecimento pessoal de Deus. A intimidade com Deus se alcangard na medida em que o cristo perseverar em oracio. 7 COMO ORAR?? Ha uma maneira certa de orar. Para Jesus a oragio inicia quando vocé se desliga do mundo e adentra ‘na presenca do Pai. A oracdo s6 tem significado quando acontece essa interacao do filho com o seu Pai. Eo ensino de Jesus no texto € assire: 7.1 ENTRA NO TEU QUARTO “Tu, porém, quando orardes, entra no teu quarto” (v.6) Essa expressio nos leva a entender que Jesus recomenda um lugar separado para a oracio. Esse sera o ‘seu reflgio, o seu lugar sossegado, 0 seu santudrio e local de encontro com o Pai 7.2 FECHA A PORTA. 0 ENCONTRO E SECRETO “Tu, porém, quando orardes, entra no teu quarto e, fechada a porta, orards a teu Pai que esté em secreto; € teu Pai, que vé em secreto, te recompensara” Porta aberta atrapalha a concentracao e traz preocupacdes desnecessarias. 7.3 CONVERSE COM 0 PAI “..orarés a teu Pai” Agora vocé est no salgo do trono de Deus, o todo-poderoso, o absoluto, o grande e eterno Deus que tem todo poder, fora e majestade. O Deus que é fogo consumidor, que é luz e em quem no hd treva nenhuma, Um Deus total e absolutamente santo. ‘+ Ediante do Pai que vocé poderé reconhecer: + A santidade do Pai — Santificado seja 0 teu nome * Oreinado do Pai — Venha o teu rein + Avontade do Pai Faga-se a tua vontade, assim na terra como no céu * Aprovisio do Pai — O pao nosso de cada dia di-nos hoje * O perdio do Pai — E perdoa-nos as nossas dividas, assim como nés temos perdoado. + Olivramento e a protecao do Pai — E nao nos deixe cair em tentaco, mas livra-nos do mal 2 bepatwwnibacomteptRES AUPE IOC ZODSEPLIAN SOPHO EOS 8OOOOTHTHSTHHVHSEOOEHESOSOHOOOOOHOOS Wien een siLy TOPICO 5 DEVOCIONAL 4 INTRODUCAO Tendo estudado os elementos bisicos para crescerno conhecimento de Deus, a Palava e a Ora¢So, passemos a ‘outro ponto importante: a aplicaco destes elementos de forma pritica na vida didria. Deus nos criou seres dependentes de uma série de elementos vitais: 4.1 ALIMENTO/AGUA Por meio deles 0 corpo nutre-se e a saiide do corpo depende de uma conduta adequada na selegao dos alimentos disponiveis. 1.2AR Mais critica ainda éa dependéncia do oxigénio. Sem ele duramos apenas alguns minutos. Esta dependéncia de alimento, dgua e ox levam a uma praca disria cujo objetivo final 6 prover o que pprecisamos. Vejona vida fisica uma espe de pardbola da vida spiritual, uma sombra da vida que Deus espera que cultivemos diante dE. 2 UMA VIDA DEVOCIONAL Ociclo da vida espiritual deve ter a mesma regularidade da vida fisica. Nosso espirito tem fome e precisa de alimento de agua. Nosso espirito depende da presenca de Deus para permanecer vivo. No podemos sobreviver sem isso. Os alimentos depois de processados pelo organismo dependem do oxigénio para serem. transformados na energia que sustém 0 nosso corpo, ou seja, a respiracdo esté intimamente ligada ao ato de alimentar-se. Da mesma forma, precisamos do Espirito Santo para fazer com a Palavra de transforme no alimento que o nosso espirito necessita. A oracdo é a respiracdo do espirito. E por meio dela que recebemos © Espirito Santo em nossas vidas a todo instante. Esta 6 a forma como devemos visualizar a vida devocional. Um ato de manutengio da vida espiritual que deve ser praticado com a mesma simplicidade, espontaneidade com a qual cuidamos da nossa vida fisica, sabendo que da mesma forma a auséncia de alimentosadequados ou auséncia de alimentos e égua pode nos levar amorte, a auséncia de alimento espiritual e do Espirito pode nos levar a morte espiritual. Nao existe como alguém morrer e continuar perambulando pelas ruas, como se nio tivesse morrido, porém, infelamente o mesmo no é verdade quanto a vida spiritual. Podemos estar mortos e nos enganar pensando que ainda estamos vivos. Espiritualmente falando podem existir muitos mortos vivos caminhando pelas igrejas e | (PALAVRA. EsPIRITO pelo mundo de hoje. DEDEUS SANTO Vimos que a alimentacao ea respiragio renova 0 corpo fisico dos elementos nocivos. O mesmo acontece. com 0 nosso espirito. Quando nos alimentamos, quando oramos, estamos promovendo a renovagdo da vida, spiritual e medida que a Palavra eo Espirito adentram © nosso espirito, todo o mal é expurgado. E 0 processo da santificagao estudado anteriormente. ITQ - INSTITUTO TEOLOGICO GU: 3 DEVOCIONAL DIARIO 0 devocional disio éa dieta balanceada do esprit. Esta dieta inclu a Palavra e Espirito Santo, os quals s30 ‘preparados” por meio da leitura, do estudo, da meditacdo, da memorizacao e da oracdo. 3.1 AHORA CERTA Do mesmo mado que temos horérios para aalimentagdo fisica, devemos ter horétios para aalimentacso spiritual. € a hora de reunio com o Pai. Diante do exposto acima fica clara a importancia do devocional. E uma questio de vida e morte. A escolha do local, do hordrio e do periodo do devotional é de suma importancia Devemos buscar tranquilidade, quietude e privacidade nestas horas. O pastor Luciano Subiré, falando sobre © devocional diério, conclu assim os seus pensamentos: 4 ELABORANDO 0 DEVOCIONAL DIARIO Aclaboraco de um didrio devocional deve ser elaborada de acordo com cada cristo, da mesma forma que as necessidades de alimentacio fisica so peculiares a cada individuo. Embora alguns aspectos sejam comuns a todos, 0 contetido certamente variaré de um para outro. A disciplina Métodos de Estudo Biblico dar prosseguimento a este assunto, e apresentard todas as diretrizes para a elaborago do devocional diario, VIVENCIA CRISTA CAPITULO 02 RELACIONAMENTOS TOPICO 1 - RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS 41 INTRODUCAO A vida crista é uma vida que se vive em comunidade, tanto que uma das adverténcias da Carta aos Hebreus é: consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ag amor es boas obras, noo abandonando a nossa congregagio, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns {205 outros; e tanto mais, RLACOMMENTS FONE Open cna 1 6 quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” (Hb. 10.24,25) A Igreja é 0 local onde iniciamos a nossa vida cristé, porém, evidentemente, nao se limita a ela uma vez os cristos esto inseridos no mundo onde trabalham, estudam, moram, compram, vendem, enfim, vivem, todasas situages normais de um cidadao comum. No meio desta sociedade, na qual sabemos predominam principios avessos ao Cristianismo, 0 cristo é e deve ser um referencial para 0s que o cercam. Fl. 2.15, Agora compare a declaragao de Jesus em Jo, 13,34,35 com At. 2.44-47, os textos estdo abaixo, na sequencia: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vés, que também vés vos ames uns aos outros. Nisto conhecerdo todos que sois meus discipulos, se tiverdes amor uns aos outros.” “Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unGnimes todos os dias no templo, e partindo o pao em casa, comiam com alegria e singeleza de coragdd, louvando a Deus, e caindo na graca de todo 0 povo. E cada dia ‘ocrescentava-Ihes 0 Senhor os que iam sendo salvos.” Percebe? O que Jesus estabelece como um principio maior para que 65 incrédulos sejam atraidos 8 f& cristd, se cumpre cabalmente na lereia de Jerusalém do primeiro século, Logo, podemos concluir com muita clareza que a vida cristé é algo que deve ser desenvolvido nao somente nas questées espirituais, mas nos relacionamentos e a importancia de se perseguir este ITQ - INSTITUTO TEOLOGICO GUADRANGULAR objetivo transcende o bem estar pessoal de todos 0s cristios, afetando toda comunidade onde esté inserida 2 lgreja, todo nicho social onde esta inserido um cristo. A licdo é muito clara: a pratica e nd o discurso faz 3 diferenca. Sabendo, pois, daimportancia do desenvolvimento dos relacionamentos na vida crst,resta-nos saber comoviver e desenvolverrelacionamentos saudaves, dentro efora dalgrela, sem, contudo, perder aidentidade crists 2 UM PRINCIPIO BASICO © Velho Testamento estabelece um principio imprescindivel para que possamos desenvolver relacionamentos saudvels e este principio foi ratificado por Jesus: “"Néo te vingards nem guardards ira contra os filos do teu povo; mas amardis 0 teu préximo como a timesmo. Eu sou 0 Senhor.”(Wv. 19.18), “No te vingards nem guardarés ira contra os flhos do teu povo; mas amardso teu préximo como ati mesmo. Eussouo Senhor." (Mt. 22.38,39) ‘Note que a ordenanga — amartis ao teu préximo como a ti mesmo — ja fazia parte dos principios e mandamentos divinos deste o Sinai, porém, ganha notoriedade com o advento e ensinamentos de Cristo. Para que eu possa me relacionarde forma equilibrada com os meus semelhantes, urge que omeu auto-relacionamento sejasadio e adequado. 3 AIMPORTANCIA DO AUTOCONHECIMENTO : ‘A jornada do autoconhecimento é muito mais complexa e desafiante do que a maioria das pessoas que iniciam 0 proceso pode sequer imaginar. ‘Amaior causa de aborrecimentos do ser humano € outro ser humano. Entdo para 0 nosso devemios aperfeigoar as nossas capacidades de convivéncia com nosso semelhante. ‘Ao falar sobre a capacidade de nossos semelhantes em nos aborrecer estamos falando das frustracdes, mégoas ¢ irritabilidade que nossos semelhantes podem produzir em nds. Podemos dizer, sem medo de errar que nossas frustragSes, mégoas e irritabilidade, so proporcionals aquilo que esperamos dos outros; quanto mais esperamos, mais sofremos. Fomos dotados de um atributo muito especial: somos capazes de mudar Essa € a atitude mais sensata, principalmente porque no se pode mudar o outro € nem querer que 0 outro mude para nos satisfazer. bem-viver emocional 3.1 APRENDA A OLHAR PARA DENTRO DE SI E BUSCAR RESPOSTAS INTERNAS har para dentro de si mesmo é uma das maiores dficuldades do ser humano. As vezes a fuga de simesmo decorre do medo de olhar para dentro de sie descobrir algo negativo e ruim ‘Todos temos a capacidade para alcangar nossos objetivos e sermos o que quisermos, desde que tenhamos consciéncia do que desejamos. Uma boa receita para se conhecer mais é saber exatamente aquilo que quer, quais os objetivos que se esta epost a buscar, os riscos que se esti dspostoacorreretihar o melhor caminho para so, Também éimprescindivel libertarse da necessidade constante da aprovagao dos outros econscientizar-se que qualquer coisa que deva ser felta sera melhor se depender de seus proprios esforgos e méritos, Vocé pode comecar examinando sua vida como um observador. Pergunte-se: vocé estd onde go: comas pessoas que gosta, sente-se bem com o que faz, se tem tomado decisdes de acordo com sua vontade' CObservando este texto 8 luz da Palavra de Deus podemos concluir que Biblia é sempre relevante e pode afetar a vida do homem em qualquer época. Um cristo que conheca a Palavra de Deus e a estude com VIVENCIA CRISTA sinceridade e perseveranca, pode perfeitamente ajudar a todos os que esto ao seu redor, porque possui a sabedoria de Deus e os principios eternos por Ele legado a nés. A partir do t6pico 1 comecaremos a detalhar ‘um pouco acerca dos relacionamentos e as diversas éreas onde, diariamente, precisamos interagir com pessoas. Esta sesso da disciplina é um étimo momento para reflexdes acerca da qualidade dos relacionamentos que experimentamos e também para restaurar lacos que porventura tenhamos quebrado por alguma razio. ‘Abuse de nosso estudo sobre reladonamentosserd otexto de2Rs. 41-7: “Oroumadentreas mulheres dos filhos dos profetas clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao Senhor. Agora acaba de chegar o credor para levar-me os meus dois filhos para serem escravos. Perguntou-lhe Eliseu: Que te hei de fazer? Dize-me o que tens em casa. E ela disse: Tua serva ndo tem nada em casa, sendo uma botija de azeite. Disse-lhe ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, néo poucas. Depois entra, e fecha a porta sobre tie sobre teus filhos; deita azeite em todas essas vasilhas, e pde 4 parte a que estiver cheia. Entdo ela se apartou dele. Depois, fechada a porta sobre sie sobre seus filhos, estes Ihe chegavam as vasilhas, e ela as enchia. Cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Chega-me ainda uma vasilha. Mas ele respondeu: Nao hé mais vasilha nenhuma. EntGo o azeite parou. Veio ela, pois, e o fez saber ao homem de Deus. Disse-lhe ele: Val, vende o azeite, e pago a tua divida; e tu e teus filhos vivei do resto.” Este texto, t30 usado em pregacées que tem como tema a provisio divina, hoje nos ensinard algo sobre os relacionamentos, uma provisio divina para a nossa satide espiritual e emocional. 4 UMA LICAO SOBRE RELACIONAMENTOS 4.1 RELACIONAMENTOS DEVEM SER MANTIDOS Oegrande desafio nos dias de hoje é a manutenc3o dos relacionamentos e isto em todos os nivels. Percebe-se hoje um crescimento exacerbado no ntimero de divércios. Homens e mulheres perderam a disposicao ao dilogo, ‘a negociagao. Ninguém quer abrir mao do seu ponto de vista. € isto ndo acontece somente entre cAnjuges. Ocorre entre pais filhos, entre os irmos em casa ena igreja, entre patrdes e empregados. E“divOrcios” esto acontecendo em todo o lugar, a todo instante. Mas de quem é a responsabilidade pela manutenco dos relacionamentos: MINHA. Manter um relacionamento é como defender uma cidade durante uma batalha. Sofreremos reveses, com certeza, mas quando a vit6ria for consumada, o passado vira histéria e experiéncia. Quando perdemos um relacionamento, perdemos uma parte de nés. Os riscos aos quais nos expomos quando entramos num relacionamento, so infinitamente menores que as bénc3os que podemos desfrutar ao lado das pessoas. Quando nos fechamos em nés mesmos, privamo-nos a nés mesmos e aos que poderiam ser abencoados de alguma maneira pelas nossas vidas. 4.1.1 O nosso reino nao é deste mundo Um principio que precisa ficar muito claro em nossas mentes é a diferenca clara que existe entre os que servem a Deus e 0s que noo servem. Paulo deixa claro em Ef. 2.1-5 que o curso deste mundo est dominado pelos poderes das trevas, logo, fundamentar vidas e relacionamentos nesta base corrompida e perversa, traré para ambos a influéncia que vem do inferno endo do Espirito Santo. Assim, os inimigos do bom relacionamento certamente no vém do alto, mas do mundo. Analisemos tai inimigos com a lente critica voltada para 0 nosso interior. 0 caminho da mudanca é a auto-andlise, endo o julgamento dos que nos cercam, 4.2 INIMIGOS DOS BONS RELACIONAMENTOS. 4.2.1 Espirito de Critica Este é um ponto que considero muito interessante e muito mal compreendido, 3s vezes. Acritica em si 1ndo é algo ruim. Ruim so os coracdes e a disposi¢ao com a qual alguns se dispem a criticar. Existe quem ITQ - INSTITUTO.TEOLOGICO QUADRANGULAR nunca se satisfaca com 0 que o outro faz ou diz, sempre reprovando de alguma forma o que recebem Segundo a Psicologia, estas pessoas so amargas. Uma coisa é certa: cedo ou tarde aqueles que esto perto deste critico mordaz se cansardo se colocardo & distancia. Tiago 2.13 diz: “Porque 0 juizo seré sem misericérdia para aquele que nGo usou de misericérdia; a misericérdia triunfa sobre 0 juizo.” Este espirito de critica pode manifestar-se de diversas formas como: * Observagdes descaridosas ou negativas; * Olhares de censura ou condenacio. 4.2.2 Intolerancia Paulo, escrevendo aos efésios, diz: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis como é digno da vocagdo com que fostes chamados, com toda a humildade e mansiddo, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando diligentemente guardar a unidade do Espirito no vinculo da paz.” ‘Observe que somos estimulados a “suportar-nos uns aos outros”. Basta este texto para que compreendamos que todos somos integralmente falhos e imperfeitos. Logo, deveriamos ser mais tolerantes com’as falhas alheias. Porém, os ciscos nos olhos de outros sempre parecem enormes aos nossos olhos. Alguém disse certa vez com ‘muita propriedade: “Usamos lupas para analisar as falhas dos outros e microscépios para ver as nossa. 4.2.3 Sofisticacéo Embora este vocébulo tenha muitos significados, nos interessa aqui os seguintes: ato ou efeito de fraudar, enganar; falsificagdo, fraude; a coisa ou substéncia falsificada; excessiva sutileza; falta de naturalidade; afetac3o?. Relacionamento algum sobrevive onde no existe afeto, onde predomina a falsidade. 4.2.4 Suspeitas Uma das caracteristicas do amor{1 Co 13.5d) é “néo suspeita mal”. 4.2.5 Cinismo O cinismo é “a atitude ou cardter de pessoa que revela descaso pelas convengées sociais e pela moral vigente; impudéncia, desfacatez, descaramento”. A vida cristd, como visto no inicio deste tépico, é distinta dos padrées seculares, logo, ndo admite e nao pode admitir quem despreze os seus valores e jocoso se faca ‘em relaglo ao que se cré ser a regra de conduta e filosofia de vida ideal para o ser humano. 4.2.6 Preconceitos 0 tipo mais ccmum de preconceito conhecido € o racial, porém, existe 0 relgioso, 0 étnico. As nossas opinides cdevem ser embasadas em conhecimento aprofundado das situacdes, sem precipitagées. Certascircunstancias noslevam 2 formar uma opiniso geral e nos permitimos nivelar a todos dentro desta dtica que sempre revela miope. 4.2.7 Reacées Rancorosas Este inimigo tem destruido no somente relacionamentos, mas ja destruiu muitas vidas. Algumas foram ceifadas e outras se tornaram assassins. Um dos casos mais antigosé Caim e Abel. 0 rancor de Caim transformou-o num assassino. VIVENCIA CRISTA, 42.8 Orgulho principio de todos os pecados? Se tomarmas como base a queda de Lifer, pademas pensar que sim. O orguho {store a nossa percepeio do real e somos levadosa pensar mais do que convém acerca de nds mesmos,cntrariando os ersinamentos da Carta aos Romanos 12:3}, 4.2.9 Atitudes de Rejeicdo Uma das piores situacdes que um ser humano pode ser submetido. Magoa profundamente. Ninguém quer levar o estigma do patinho felo ou ovelha negra. Aceitaglo é diferente de aprovacio. 4.2.10 Atitude Fechada, Inacessivel {As pessoas tém facilidade para aproximar-se de vocé? Qual é 0 seu nivel de acessibilidade? As vezes, nos posicionamos de uma maneira tal que, ninguém se atreve a se aproximar. Delxamos claro por meio de atitudes ‘0u palavras que nio desejamos ninguém por perto. Ndo queremos relacionamento. Estes so apenas alguns dos inimigos dos relacionamentos saudéveis. Existem muitos outros. Mas se conseguir lutar e vencer os que foram lstados acima, certamente experimentars outro nivel de relacionamento com 0 préximo. Concluida esta visdo geral, voltaremos ao texto dé 2 Reis. 5 APLICACOES PRATICAS GUANTO AOS RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS 5.1 RELACIONAMENTOS PODEM SER ROMPIDOS: Meu marido, teu servo, morreu; (1Rs, 4.16) A primeira aplicacao pratica é que relacionamentos duradouros podem terminar abruptamente. Relacionamentos podem terminar? Sim, mas nés no devemos ser a causa do rompimento, Na realidade, quando a relaco de amizade e companheirismo se desenvolve e termina por circunstdncias diversas positivas endo negativas, podemos afirmar que este relacionamento apenas muda a sua intensidade e frequéncia, mas io se extingue. 5.2 RELACIONAMENTOS DEIXAM HERANCAS fe velo o credor..” (1 Rs. 4.1¢) Evidentemente ndo sabemos quais eram as condigGes sécio-econémicas daquele casal, mas ica claro que dividas ficaram e precisavam ser saudadas. Relacionamentos deixam herancas na vida daqueles com passamos algum tempo. Estas herangas podem ser positivas ou negativas, Existem herancas mais importantes que simplesmente recursos. Estes podem acabar, mas o legado spiritual fica para sempre. 5.3 RELACIONAMENTOS CONFLITANTES *.1¢ veio 0 credor, para levar os meus dois filhos para serem servos.” (1/85. 4.1¢) Paulo, falando acerca da relacio de filhos de Deus com aqueles que ainda no foram iluminados pela gléria ddo Evangelho diz categoricamente que nio ha comunhao entre a luz eas trevas. Existem relacionamentos que provocam sérios conflits na vida do cristdo. Aquela mulher se ve diante de alguém com quem certamente no queria ter contato, Estava a ponto de perder os filhos. Aqui a ligio é muito interessante. Relacionamentos Q - INSTITUTO TEOLOGICO GUADRANGULAR onflitantes com a vida crist@ nos roubam o que hé de melhor e mais precioso. 0 credor estava ali para levar 95 seus flhos. Além disso, ao levar os filhos, o credor estava estabelecendo a cessac3o da historia daquela mulher. Relacionamentos conflitantes com a vida crist3 roubam a nossa continuidade. Um exemplo classico € a historia de Sans3o. 0 relacionamento com uma mulher estranha ao seu povo, roubou de Sanséo 0 que le tinha de melhor, a ungo de Deus e roubou a sua continuidade porque cedo fol interrompido o plano que Deus tinha na vida daquele homem. TOPICO 2 . AFAMILIA 1 INTRODUCAO , Um dos circulos mais importantes e mais dificeis nos relacionamentos é 0 circulo familar. Esta importdncia Pode ser percebida quando encontramos entre os requisitos estabelecidos por Paulo para o exercicio ministerial ~ bispos e didconos ~ 0 sucesso na administracao familiar. 2 RELACIONAMENTOS FAMILIARES Neste topico, ainda baseado no texto 2 Reis, o tema seré o relacionamento familiar, A familia tem sido alvo de ataque sistematizado pels forcas das trevas. atido sobre esta instituic3o bésica para uma sociedade equilibrada. A familia de acordo com padrao biblico, estabelecida por Deus, tem sido descaracterizada de diversas formas. Intercesso é um dos tipos de orardo, como estudado anteriormente. Precisamos praticé-la incessantemente pelas familias da nossa igreja e do nosso baitro. 3 UM PRINCIPIO INTERESSANTE Paulo escreve sua primeira carta ao jovem lider Timéteo e dentre as muitas questées abordadas, o tema relacionamento aparece no capitulo 5.1-17. Dentre as orientagbes enviadas ao pastor de Efeso, chama a tengo os versiculos 1 e 2: “Néo repreendas asperamente a um velho, mas admoesta-o como a um pai; aos mogos, como a irméos; as ‘mulheres idosas, como a mies; as mocas, como a irmas, com toda a pureza.” Qual 0 critério usado por Paulo para orientar os relacionamentos na Igreja de Efeso? Os relacionamentos familiares. Em outras palavras é como se dissesse: Relacionem-se na Igreja da mesma forma que se relacionam em asa. A pergunta 6? Seré que os relacionamentos familiares dos cristos hoje podem ser usados como parametro Para outros relacionamentos? Quais so os principios de relacionamentos familiares que certamente predominavam nna familia de Timéteo? Esta ¢ a pergunta que procuraremos responder neste tpico. Mais uma vez temos a ‘oportunidade de avaliar 0s nossos relacionamentos familiares & luz da Palavra de Deus. 4 UMA CONDICAO DE SUCESSO Voltando ao nosso texto base, vimos que a mulher procurou o profetae expés-the a situago que estava vivendo. Depois de ouvir a mulher e colher algumas informagGes o profeta dé a seguinte ordem: “Disse-the ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, ndo poucas. Depois entra, e fecha a porta sobre tie sobre teus filhos; deita azeite em todas essas vasilhas, e pée & parte 0 que estiver cheia. Entdo ela se apartou dele. Depois, fechada a porta sobre si e sobre seus filhos, estes Ihe chegavam as vasilhas, e ela as enchia. Cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Chega-me ainda uma vasilha. Mas ele respondeu: Nao hd mais vasilha nenhuma” ‘Asolugio para aquela crise familar se deu em vrio passos, porém a etapa principal, onde Deus agiude forma sobrenatural em favor deles, aconteceu no seio da familia. Mie efilhos trabalharam lado a lado na construcao de fm © 0 0 000 0000000000000 OOOO OOOOH AAOAAAN VIVENCIA CRISTA ‘uma resposta. Juntos viram a gloria de Deus se manifestare juntos poderiam agora desfrutar orestante de suas vidas ‘em paz. Uma ligdo de relacionamentos de confianca e cooperac3o. Mas temios exemplos biblicos de outras familias, ‘queimplodiram, como por exemplo, a familia de Saul. Certamente bons e maus exemplos esto presentes a0 nosso redor hoje. Mas qual a importancia da manutencao dos relacionamentos familiares? Estudaremos isto a seguir. 5 A MANUTENCAO DOS RELACIONAMENTOS FAMILIARES 5.1 “Nenhum sucesso na vida compensa o fracasso ne lar” Saberios que o mundo tem aviltado os valores familiares, porém, os ristos que desejarn 0 sucesso pessoal, profisional ou ministerial no podem incorrer no mesmo erro, sob pena de edificar uma carrera frégile efémera Anda na Primeira Epistola a Timéteo encontramos os requisitos bésicos para o exercicio do ministério dos bispos edidconos. Estes requisitos esto distribuidos em trés grupos: qualifica¢o moral, qualifcacdo espiritual e qualificaso FAMILIAR. Em relago a este citimo, o qual nos interessa nesta disciplina,veja o texto biblico abaixo: :marido ce uma sé mulher...que governe bem a sua prépria casa, tendo seus filhos em sujeicao, com todo 0 respelto (po's, se alguém ndo sabe governar a sua prépria casa, como cuidaré da igreja de Deus?)...0s diéconos sejam maridos cde uma sé mulher, e governem bem a seus fihos e suas préprias casos.”-1Tm.3.2b, 4,512 Este texto estabelece um padrdo de relacionamentos familiares para os lideres cristos e evidentemente no se limita somente aos bispos e TOPICO 3 RELACIONAMENTOS COM A LIDERANCA 1 INTRODUCAO Neste tépico estudaremos alguns principios de relacionamento com alideranca, ainda embasados no texto de 2 Reis 4.1-7. Uma leitura atenta do texto revela alguns pontos interessantes a ser analisados nesta sesso. “Ora uma dentre as mulheres dos filhos dos profetas clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao Senhor. Agora acaba de chegar o credor para levar-me os meus dois filhos para serem ‘escravos. Perguntou-ihe Eiseu: Que te hei de fazer? Dize-me o que tens em casa. F ela disse: Tua serva nao tem nada ‘em casa, sendo uma botja de azeite.Disse-he ele: Vai, pede emprestadas vasilhas todos os teus vizinhos, vasihas vvazias, ndo poucas. Depois entra, fecha a porta sobre tie sobre teusfilhos; deita azeite em todas essas vasihas, € 1pOe & parte a que estiver cheia. Entdo ela se apartou dele. Depois,fechoda a porta sobre sie sobre seus filhos, estes Ihe ‘chegavam as vasilhas,e ela. as enchia. Cheias que foram as vasilhas,cisse a seu filho: Chega-me ainda uma vasilha. ‘Mas ele respondeu: Ngo hé mais vasitha nenhuma. Entéo o azeite parou. Veio ela, pols, eo fez saber ao homem de Deus. Disse-the ele: Val, vende o azeite, e paga a tua divida;e tue teus filhos vivei do resto.” Abordaremos dois aspectos da Lideranca: a lideranca eclesistica e a lideranca secular, visto que estamos Sujeitos tanto a um como a outro, e falhar em relacdo a qualquer uma destas dreas gerard conflitos para a nossa vida. Estudaremos quatro principios basicos de Lideranga 2 COBERTURA Estar sob 0s culdados de uma liderana é estar sob a cobertura da mesma e isto tanto na lideranca secular quanto na eclesidstica, So coberturas diferentes, mas que se regem por principios semelhantes. A cobertura FOS ons at Cat ITQ - INSTITUTO TEOLOGICO GUADRANGULAR da autoridade civil esta ligada a nossa vida secular e se traduz em oferecer aos cidadios sob seus cuidados 0 bem estar fisico, seguranca e educacdo, dentre outras coisas. Vamos estudé-las em separado para fins de melhor compreensio, 2.1 Lideranca Civil As relagSes politcas do cristo com a sociedade é assunto da Cidadania, onde o tema seré amplamente discttido, Cabe aqui algumas consideragdes apenas sobre nosso relacionamento com 0s governos e autoridades 0s quais estamos sujeitos, tendo direitos e deveres para com os mesmos. Jesus, Paulo e Pedro nos apresentam ensinos praticos para regulamentar esta relagiio que pode ser conflituosa ‘em determinados momentos. Vamos analisar em separado os principios apresentados por eles, comecando com “opprincipal, Jesus Cristo, 2.1.1 Jesus e as autoridades Jesus nao fazia disting3o entre autoridades civis e eclesidsticas, considerando que tudo o que envolve a Vida do cristdo esté, em ultima instancia, relacionado a Deus, como se vé no conceito paulino quanto as autoridades civis que estudaremos mais adiante. Champlin define o pensamento de Jesus de uma forma bem clara destacando-se os seguintes pontos: 1, Jesus no esté defendendo aqui uma separacdo entre lgreja e estado, 0 que era um conceito inteiramente estranho para qualquer judeu 2. Jesus ensinou um tipo de separacdo de obrigagées, estabelecendo prioridades; 3. A obediéncia ao estado também é uma exigéncia espiritual, embora se situe em escalées menos importante 4. 0 fato de ser menos importante n3o nos desobriga de cumpri-las cabalmente, sem esquivas.? A figura do imposto é muito clara para qualquer pessoa. ‘Termos obrigagles financeiraspara coms govemas edesissticas ecivse estas devem ser cumpridassob penadesofrermos ssanges de alguma natureza e mais, manchar 0 nosso testemunho diante da sociedade. 2.1.2 Paulo e as autoridades Outro personagem biblico que passou por diversas situacdes de relacionamento com autoridades civis e ‘eligiosas foi o apéstolo Paulo. Em suas epistolas ou mesmo na livro de Atos podemos encontrar ensinamentos diretos, onde o apéstolo nos instrui quando as autoridades ou indireto, quando podemos aprender com o seu ‘exemplo como reagir em situagdes que envolva as autoridades civis. 2.1.3 Direitos A primeira situago a ser analisada é At. 16,20-40, a prisio de Paulo Silas. Ambos eram cidados romanos € foram alvo de um tratamento injusto e ilegal por parte dos magistrados de Filipos. Quando os magistrados, sem saber do erro que haviam cometido, mandaram solté-los, Paulo no deixou por menos. Exigiu a presenca dos tals para sua soltura. Outra situacdo que o apéstolo usa os seus direitos de cidado esta registrada em ‘Atos 25.11, quando, em meio ao seu julgamento em Cesareia, reivindica ser julgado em Roma. Temos deveres, mas também temos direitos e Paulo fez valer os seus em Filipos. 2.1.4 Deveres Em relagio aos deveres dos cristdos em relago as autoridades civs, Paulo nos ensina a importancia da orego pelos que estdo investidos de autoridade. 1 Tm 2.1-4, Observe que Paulo cita diversos tipos de orac3o VIVENCIA CRISTA que devem ser usados em nossos clamores pelas autoridades. Para relembrar os tipos de ora¢a0, consulte Capitulo 1, Tépico 3. ‘Mas o principal texto de Paulo sobre as autoridades esté registrado em Rm. 13.1 slo destacados: ‘onde 0s seguintes principios ‘= Toda autoridade é uma instituigo divina; * Resistir a uma autoridade ¢ resistir 3 uma ordenacdo divina e traz condenac3o para quem assim age; * ‘+ As autoridades sdo agentes de manutenciio da lei; + Devemos nos sujeitar &s autoridades pelo fato de isto ser agradével a Deus e no apenas pelo temor da condenags ‘© A obriga30 do pagamento de tributos é ratificada, 2.1.5 Pedro e as autoridades Este € 0 ultimo personagem em nosso estudo acerca do relacionamento do cristo com as autoridades civis. Porém, antes dos conflitos, vejamos o que Pedro nos ensina acerca do relacionamento com as autoridades civ: “Sujeitai-vos a toda autoridade humana por amor do Senhor, quer ao rel, como soberano, quer aos governadores, como por ele enviades para castigo des maffeitores, e para louvor dos que fazem o bem.” (2 Pe. 2.1314) Observe que os principios ensinados por Pedro nesta epistola assemelham-se ao que Paulo ala em Romanos 13, 3 O LIMITE DAS AUTORIDADES CIVIS E RELIGIOSAS “NGo vos admoestamos expressamente que ndo ensindsseis nesse nome? e eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina e quereis lancar sobre nés 0 sangue desse homem. Respondendo Pedro e os apéstolos, disseram: Importa antes obedecer a Deus que aos homens.” (At. 5.28,29) Pedro nos ensina aqui o limite da autoridade civil e religiosa ~a autoridade divina. Nenhuma autoridade humana pode sobrepor a autoridade divina. Temos nas Escrituras diversos exemplos de conflitos onde autoridades civis ou religiosas extrapolaram os seus limites. Um deles se encontra em Dn. 3.15: “Agora, pois, se estaisprontos, quando ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da harpa, da citara, do satério, da goita de foles, ede toda a sorte de miisica, para vos prestrardes e adorardes a estétua que fz, bom é; mas, se ndo a ‘edorardes, sereis gados, na mesma hora, dentro duma fornatha de fogo ardente; e quem & esse deus que vos poder livrar das minhas méos?” CConhecemos final da istéria, Poderemnos ainda lemibrar-se de Daniele 0 episédio na cova dos ledes. Em todos estes casos vimos ques conflts surgram quando autoridadesagram com injustca exigindo uma posturadefidelidade dos envolvidos no problema, € importante lembrar que no conflito com autoridades, ainda que esta se porte de forma injusta, sofreremos retaliagdes, podendo Deus nos livrar ou no das consequénias Nestas horas espera-se dos filhos dde Deus, que vivem uma vida crsté auténtica, uma resposta do tipo que Sadraque, Mesaque e Abdenego deram a Nabucodonesor (On. 316-18) 4 LIDERANCA ECLESIASTICA Diferentemente da cobertura da autoridade civil, a cobertura da autoridade eclesidstica é uma cobertura spiritual, mas que apresenta certa similaridade com aquela visto que a cobertura espiritual deve proporcionar 20 filho de Deus bem estar espiritual, seguranga e educago, num outro contexto. Para entendermos alguns dos principis dorelacionamento do cisto coma autoridade edesiastica precisamos voltar ‘20 nosso texto base, 2 Reis 4, Observe que é natdo naquela familia que o sacerdate da casa mantinha uma relacSo saucdivel ITG - INSTITUTO TEOLOGICO GUADRANGULAR como profeta antes de sua morte e esta relago era conhecda de todos na fama principalmente da esposa, que ndo teve dvidas a quem apelar numa situagdo de crise. Seja no Velho, Sela no Novo Testamento somos ensinados ater uma atitude de respeito e submisso quanto a lideranca edlesidstica, Mas para estar debaixo de uma cobertura espiritual so nevessdrias algumas atitudes principals, estudadas a seguir: 4.1 OBEDIENCIA Nao se pode estar debaixo de uma cobertura espiritual se nao existe obediéncia. Aquela mulher procurou © profeta e recebeu orientagdes e diretrizes claras sobre o que fazer, quando fazer, para obter uma solucao paraa crise na qual se encontrava. Observe que ela atendeu exatamente a tudo 0 que o profeta recomendou, obtendo como resultado algo inesperado. ‘Vela 0 que o autor de Hebreus fala acerca do relacionamento do rebanho com os seus pastores: “Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos falaram a palavra de Deus, e, atentando para o éxito da sua carreira, imitai-thes a fé...bedecei a vossos 2guias, sendo-Ihes submissos; porque velam por vossas almas como quem hé de prestar contas delas; para que o facam com alegria e ndo gemendo, porque isso ndo vos seria titi.” (Hb, 13.7, 17) Evidentemente temos inimeras situagbes de pastores que extrapolam o limite sua autoridade e muitos se sentem no direito de agir ou falar contra os tais. Temos um exemplo notério e conhecido de todos que é o de Davi Ungido rei por Samuel, teve que fugir de diante de Saul e o fez por uma tinica razdo, para nao estender a sua mao Contra o ungido do Senhor. Lembremo-nos de Paulo quando declara que nao existe autoridade alguma que rio seja instituida por Deus, logo, independentemente da qualidade de carter um ungido de Deus 0 € até que Deus odestitua do cargo. Qualquer outra ago que no a de Deus é temeréria e resultard em condenacdo para quem o faca. Diante dde um conflito é melhor fugir do que correro risco de perecer por afrontar alguém que foi ungido por Deus. 4.2 PRESTACAO DE CONTAS ‘Além da obediéncia temos ainda a prestac3o de contas e esta é to critica quanto a primeira. A prestacdo de contas soa para muitos como uma invasio e por isto ndo querem dar contas & sua lideranca. ‘Aquela mulher, tendo obedecido ao profeta, se vé diante de uma pequena fortuna em azeite. O que devo fazer agora? Talvez tenha pensado. Ela volta ao profeta e relata 0 ocorrido. A prestagSo de contas é boa para quem faz, mas é étima para quem recebe. £ uma oportunidade de ser confortada 20 ver confirmada a palavra que saiu de sua boca, de ver ratificado a sua condicao de profeta de Deus. O profeta orienta 0 que fazer com a aquilo que Deus Ihe dera e ela se vai. Cobertura espiritual, obediéncia e prestaco de contas, um trio de sucesso no relacionamento com a lideranca eclesidstica. 4.3 SUBMISSAO Todo este processo na vida daquela mulher resume-se numa nica palavra ~ submissdo. Esta qualidade de cardter é uma necessidade na vida de todo cristao, e precisa ser desenvolvida no lar entre pais efilhos, cénjuges; nasigrejas entre liderese liderados; nas empresas entre patrBes ou lideres e empregados; enfim, em todo o lugar em todo o tempo devemos submissio a alguém e todos, em ultima instancia, a Deus. Mas 0 que é submissio? “disposi¢ao para obedecer, para aceitar uma situagdo de subordinacéo; docilidade, obediéncia, subalternidade"? {A submiss3o é um ato voluntario onde escolhemos submeter a nossa vontade em busca da realizacio de um objetivo maior. Nao se trata de uma obediéncia cega, antes uma atitude de espirito que mesmo nos momentos de conflito, procura resolver 0 impasse de forma adequada, com espirito de docilidade. € um elemento essencial para o bom relacionamento. 7 a ne ge ends eel ht ere et loner eran ne ima 20s, (APU feta Oe Hse pt wT Sia Cnt 1 32 > Deedtass Lg VIVENCIA CRISTA TOPICO 4 RELACIONAMENTOS PROFISSIONAIS. 4 INTRODUGAO A vida profissional dos cristaos ¢ algo muito importante para a expansio do Reino de Deus visto que desta advém os recursos para a manutenco da igreja por meio de dizimos e ofertas. Porém, este assunto & pouco ventilado nas pregagbes ou até mesmo nos estudos biblicos. Precisamos atentar mais para esta area da vida crist3, sabendo que o relacionamento correto com os colegas de trabalho, com os superiores, com os subordinados e com os empregadores podem fazer grande diferenga para 0 sucesso profissional, além de ser uma parte da seara onde o testemunho pessoal fala muito alto. (Como os meus colegas dettrabalho me veemi? Como os meus superiores me veem? Como os meus subordinados, me vem? Como os meus empregadores me vem? O seu emprego atual é fruto de uma indicago de alguém? Quantas pessoas vocé indicou com sucesso para preencher vagas em sua empresa? Estas e outras perguntas deve permanecer frescas em nossas mentes enquanto estudamos este tépico e mais uma vez, a auto-anilise & importante se queremos corrigir 0 curso de nossas agGes no ambiente de trabalho. O ambiente de trabalho em algumas empresas, mesmo cristas, éinsuportével pelo fato daqueles que deveriam promover o bem estar, serem © primeiros a estar contaminados pelos inimigos do bom relacionamento, Relembrando, s3o eles: * Espirito de Critica '* Orgulho * Intolerancia ‘* Atitudes de Rejeigdo * Sofisticagao ‘* Atitude Fechada, Inacessivel * Suspeitas *Cinismo + Preconceitos + Reages Rancorosas 2 TRABALHO SOB A OTICA BIBLICA 2.1 A ORIGEM DO TRABALHO Em Gn. 2.15 lemos o seguinte: “Tomou, pois, 0 Senhor Deus 0 homem, e o pés no jardim do Eden para o lavrar e guardar” Champlin faz o seguinte comentario acerca deste versiculo: “Na ocasido 0 homem recebeu um trabalho para fazer. Nao foi deixado no cio. A tarefa do homem era cultivar e tomar conta do jardim que Deus havia preparads, Isso posto, o trabalho era feito para Deus, um servico divino, Cada individuo tem o seu préprio jardim para cultivar e proteger, 0 que, sem divida, é uma 2s lisdes espirituais sugeridas neste texto. Idealmente, cada ser humano tem uma missdo impar a cumprir. Sua vida deveria ser vivida de tal maneira que ele descobrisse essa missGo e entdo a cumprisse.”* Existem aqueles que associam o trabalho a queda e maldicdo do homem por causa do pecado, porém, fica evidente pelo texto acima que este é um pensamento equivocado. O trabalho foi afetado pela queda, mas no dveio dela. 0 trabalho é uma instituicdo tio divina quanto a familia, quanto 0 casamento e 6 o meio nos dado Por Deus para a obtencdo do sustento didrio pessoal e familiar. O trabalho abencoa o individuo e as pessoas 20 seu redor, 2.2 DEUS NO AMBIENTE DE TRABALHO. Podemos, a exemplo de Champlin, comparar o nosso trabalho como sendo ojardim que nos foi confiado por Deus. Devemos lavrar, ou soja, criar as condigBes para que ele seja produtivo. Devemos guardar, ou seja, evitar TEOLOGICO que elementos nocivos prejudiquem o mesmo, impedindo a sua fecundidade. Certamente, um dos principals tnelos de tornaro nosso trabalho produtivo e fecundo, érelacionamento.O primeiro relacionamento, portant, ‘que deve ser preservado no ambiente de trabalho é com o Senhor, aquele que nos dé 0 trabalho. Enquanto estivermos na sua presenca, significa que ele mesmo cuidaré do nosso ambiente de trabalho, garantindo que teremos os resultados necessérios para a nossa sobrevivéncia, Se permitirmos que o pecado entre em nossae Vidas, certamente isto afetard também as condigées do lugar onde labutamos pelo nosso sustento ¢ teremos ‘espinhos e cardos para nos acrescentar aflicdes. Veja 0 quadro comparativo abaixo: A a presega de Das Lege da presega de Des Tera abengnada Teramnala ; Aire de tratao abengsato Abie detatabo analigoato _| Teo para lz, aerardo € | Mas tempo e estrus enpeeedos para esemehient epi blr osisterto Tanta agadivel Su, cansiga Fos arse abotioe Resta gars Reside pejadcades ‘foment via ngs ‘opotomarés i Via peserada Vita dteriata A presenga de Deus em nossas vidas égarnta de bens no ambiente de trabalho 2.3 VINCULOS PROFISSIONAIS NA BIBLIA ‘Uma breve visio sobre os tipos de vinculo profissional que podem ser localizados nas Escrituras: 2.3.1 Servos e Escravos ‘Aescravidio e a servido eram comuns nos tempos antigos e podemos encontrar tanto no Velho quanto no Novo Testamento, diversas citagbes sobre estas situacées. Importante notar que nenhum texto das Escrituras entra no mérito da legalidade da pratica, porém, em toda a Escritura encontramos principios regulamentadores do relacionamento servo e senhor. 2.3.2 Empregados Outro tipo de relagéo profissional, muito semelhante 20 que temos atualmente, era a relacio de emprego O termo “servos no Antigo Testamento nem sempre estavaligado'a questo de escravdo ou mesmo servido voluntiro. Em virios lugares era um termo sinénimo para empregado. Um exemplo claro ¢a relacio de Jac6 ¢ Esa. Embora Jacé se reporte como servo de Labio, na realidade havia um salirio estipulado, configurando o-emprego (Gn. 29.15; 30.28-34; 31.8, 41). Este termo aparece tanto no Velho quanto no Nove Testamento (0t 24.16; Pu 16.26; Ec.3.9; 5.12; Ml. 3.5; Mt. 10.10; Mc. 1.20; Lc: 15.17, 19; Tg. 5.4). Sabendo da importincia de se manter a presenca de Deus viva em nosso ambiente de trabalho e dos tipos de relagdes profisionais que aparecem nas Esrituras,passemos eno a uma vsBo sobre os prncipios que devem nortear os relacionamentos profssonais. 3 DIREITOS E DEVERES DOS EMPREGADORES Primeiramente vamos analisar os relacionamentos profissionals do ponto de vista daqueles que sios os ‘empreendedores e que para atingir suas metas pessoais necessitam de profissionais que so contratados mediante o pagamento de salarios. VIVENCIA CRISTA 3.11 DIREITOS 3.14 Sobre o tempo contratado O Empregador tem direito a receber do trabalhador os servigos por todo o periodo de tempo para o qual foi contratado (Gn. 29.20, 30; Mt. 20.14) 31.2 Sobre as habilidades contratadas Além do tempo, o empregador contrata um determinado empregado por causa das habilidades que o ‘mesmo comprovou possuir (I Sm. 16.14-21) 3.2 DEVERES 3.2. Respeito © Velho e Novo Testamentos prevém diretrizes diversas tanto para os senhores, quanto para os ‘empregadores, no sentido de tratarem com humanidade os seus servos ou empregados. Estes no deveriam ser oprimidos (Dt. 24.14), no deveriam ser ameacados (EF. 6.9). 3.2.2 Salarios Os empregadores so exortados a no defraudar os salérios dos empregados (MI. 3.5; | Tm. 5.18; Tg. 5.4) sob pena de atraira ira de Deus sobre si. A justica deve prevalecer na vida dos empregadores na hora de remunerar 0s seus colaboradores. Temos muitos cristos nesta condicao e responsabilidade pesa sobre os seus ombros, tanto perante as instituicBes governamentais, quanto para os que deles dependem para obter 0 Seu sustento, Tributos e injusticas governamentais no so justificativas para agir indevidamente em qualquer rea profissional enquanto empregador. + 4 DIREITOS E DEVERES DOS EMPREGADOS Analisemos agora os relacionamentos profissionais do ponto de vista daqueles que sos os empregados ou Servos € que para atingir suas metas pessoais necessitam de uma empresa que contrate os seus servicos profissionais mediante o pagamento de salérios, 4.1 DIREITOS 414 Sobre o tempo contratado (© Empregado tem direito de conceder os seus servicos pelo periodo de tempo para o qual foi contratado (Gn. 29.20, 30; Mt. 20.14). Este direito, porém, se mal utilizado pode reverter contra © préprio empregado, caso no seja flexivel e procure entender que pode ocorrer necessidades nao previstas e que o empregador necessite dos seus préstimos por mais algum tempo além da jornada combinada. Saber lidar com situacdes como esta pode ser um fator determinante para 0 sucesso profissional © empregado ocioso durante a jornada de trabalho est defraudando aquele que o contratou, Arela¢3o profissional pode ser rescindida caso este o empregado insista nesta prética. A “enrolacdo” € uma pratica que no pode fazer-se presente na vida de trabalhadores cristos. Seria agir de forma desonesta. € um mau testemunho. Infelizmente, temos visto muitos adotam esta atitude que acaba por manchar a vida profissional € prejudicar os empregadores. IQ - INSTITUTO TEOLOGICO GUADRANGULAR 4.1.2 Sobre as habilidades contratadas Ashabilidades devem ser usadas na integra pelo empregad na consecugdo dos objetivos propostos Para 2548 fungio (Re. 5.6-9), lembrando que onosso trabalho é jardim que fo colocado sob os nossos cuidados, entd0 uo fo que estiver em nossas mos fazer para que ele sea bem lavrado e preservado, deve ser realizado (Ec. 9:10) ‘Alem disso, o empregado que deseja crescer na vida profissional deve investr em si mesmo, aperfeicoando-se cada vez mais e com isto, garantindo que suas habilidades sempre serio necessérias para alguém 4.2 DEVERES 4.2.1 Respeito 7 (0 Vetho e Novo Testamentos prevém diretrzes diversas tant para os servos, quanto para os empregados, quanto ao tratamento para comos senhores e empregadores (Ef. 6 5-8) Sendo otrabalho algo realizado para Deus, crecuté-lo é ume forme de servr a Deus. Destratar os superiores ou empregadores é sublevar-se contra Deus. Vimos acina que Deus just e Ele mesmo trataré das injustigascometidas contra os rabalhadores quando estes amorema tl. Por outro lado existem meios legas de sereclamar umaijusicae que nso configura desrespelto ou afronta a terceiros. 4.2.2 Salarios Se aos empregadores pesa a exortacso de nio defraud: Tg. 5.4) sob pena de atrair a ira de Deus sobre si, sobre estes pesa a responsabilidade de faz vencimentos. As duas formas de justificar o seu salario foram apresentadas acima —tempo e habilidades. lar os salérios dos empregados (MI. 3.5;1Tm. 5.18; er jus 205 seus Vimos também que temos muitos cristdos na condigdo de empregadores e 6 comum verificar-se problemas ‘quando crist3os trabalham para cristdos. Os cristos empregados tendem a confundir relacionamento fraternal com relacionamento profissional eo inverso também ocorre. A maturidade precisa estar presente tanto na vida do empregador cristo, quanto na vida do empregado cristdo, sabendo que a cessaco de um relacionamento profissional n3o precisa causar conflitos em outras esferas da vida. ©00OCCHOOOH OOOO OO © O © O-O-O:09 © eel Wes ry CAPITULO 03 VIRTUDES CRISTAS TOPICO 1 - OBRAS DA CARNE 4 INTRODUCAO “Uma crianga de 4 angs foi atacada por sua pantera de estimagdo. 0 ‘menino teve 0 calcanhar arrancado numa mordida, sofreu ferimentos no rosto e perdeu 0 dedo indicador. O fato ocorreu em Dallas, no Texas.” 'No periodo de 13 de janeiro de 1996 a 16 de agosto de 2001, cinco anos, portanto, ocorreram cerca de 90 ataques de felinos domesticados a treinadores, turistas ou proprietérios dos animais.’ Estas ocorréncias mostram que tals felinos apesar de aparentemente estar domesticados, guardavam latente em si,o instinto selvagem. Basta uma pequena oportunidade e o dano acontece. Em alguns casos ocorreu a morte da pessoa envolvida. Mas o que tem isso com as obras da carne? Estes eventos so uma pardbola do que ocorre na vida cristé quando tentamos conviver com o pecado. Desfrutamos de sua presenga e dos prazeres que proporciona e pensamos ter dominio sobre a situac3o para que no extravase. Praticamos atos pecaminosos devidamente camuflados em diversos lugares e de diversos modos e tudo aparentemente vai bem até que. John Ortberg ministrando no Summit 2008 abordou 0 tema O Maior Temor de um Lider, onde procurou mostrar o risco de uma vida pecaminosa vivida ‘em secreto, Todos nds temos uma missio auténtica, delegada por Deus, porém, corremos o risco desta misso ser substituida por uma missdo oculta, ‘nascida em nossa natureza carnal e pecaminasa e que tente a nos levar cada vez mais longe de Deus e o fim de sua jornada é 0 inferno. Este é 0 caminho das obras da carne. 2 A BATALHA DE TODO SER HUMANO © proceso de crescimento e aperfeicoamento ndo é algo que se adquira facilmente, pelo contrério, €0 resultado de uma batalha que se trava diariamente em nosso ser, um confronto entre a carne e 0 espirito e quem decide 0 vencedor desta luta sou eu, € voce. Desde muito cedo na histéria da raca humana, o homem adquiriu a consciéncia que existe um conflito enorme na em sua alma. No Novo Testamento encontramos este conflito descrito com muita propriedade por Paulo em Gl. 5.17 e Rm. 7.22,23. Antes mesmo dos escritos neotestamentarios, entre osjudeus a via ohhomem como que possuidor de duas naturezas, uma boa e uma mé e cada qual tentando atrair 0 homem em sua direcSo. Esta tensio também ocupava o pensamento rego, podendo ser encontrado em diversos escritos, como por exemplo, 0 mito de Pedro. (© Evangelho nos liberta do poder do pecado, porém, néo da natureza carnal. Logo, apés a converso passamos a viver este conflito na alma e no corpo. O homem natural no tem a defesa contra 0 pecado, muito embora tenha mecanismos de defesa como a consciéncia e 0s valores morais para ajudé-lo na sua vida. Os cristos assam a contar com o poder do Espirito Santo regenerador, que os fortalece e os ajudar a andar em vit6ria. Temos ainda a natureza humana, carnal, ela ndo estd convertida e nem serd, mas podemos dominé-la, subjugs la ea Palavra é uma das principais armas espirituais com a qual podemos conta. O estudo das obras da carne e do fruto Espirito, portanto, é o estudo deste confronto e deste conflito que vivemos diariamente. Um olhar na carne e outro no Espirito. Um olhar no que pode ser a morte e outro no que é a vida, e vida em abundancia. Com este pensamento, prossigamos. Poder . operante Areas . estimuladas Resultados 3 GUALIDADES CRISTAS A vida cristd apresenta uma série de qualidades, as quais devem buscadas por todos os filhos de Deus, a fim de conformarem suas vidas aos padres estabelecidos por Deus, Somos exortados varias vezes nas Escrituras a esta busca pela perfeicdo. € algo que n3o pode ser negligenciado pelos filhos de Deus. Hebreus 5.11-6.3 diz: “Sobre isso temos muito que dizer, mas de dificil interpretagGo, porquanto vos tornastes tardios em ouvir Porque, devendo jé ser mestres em razéo do tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os principios ‘elementares dos oréculos de Deus, e vos haveis feito tais que precisais de lite, e ndo de alimento sdlido. Ora, qualquer que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justica, pois é crianca; mas 0 alimento sélido & para os adultos, os quais tém, pela prética, as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal. Pelo que deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeicdo, ndo langando de novo 0 fundamento de arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e o ensino sobre batismos e imposicdo de ‘dos, e sobre ressurreicao de mortos e juizo eterno. E sso faremos, se Deus 0 permit.” Para experimentar 0 fruto do Espirito e as qualidades de cardter adequadas a um verdadeiro cristo, capacitado e amadurecido, é necessério atentar para os defeitos de cardter que precisam ser substituidos em nossas vidas. A base do nosso estudo neste capitulo é Gdlatas 5.19-23, onde Paulo aborda as obras da carne 0 fruto do Espirito. Iniciaremos o estudo pelas obras da carne, analisando quais s3o os principais inimigos da virtude crist’. Tiago diz o seguinte acerca da Palavra: “Entretanto aquele que atenta bern para a lei perfeita, «da liberdade,e nela persevera, ndo sendo ouvinte esquecido, n executor da obra, este serd bemr-aventurado no que fizer.”. Tg. 1.25 Ele compara a Palavra a um espelho que reflete a imagem do rosto que esté diante de dele. Todos nés, ou quase todos, pela manhi temoso habito de parar diante do espelho. Alipenteamos os nossos cabelos, ajeltamos C0000 CCHOCCOCOLOOOOEHOHOECO e COKCOE OOS VIVENCIA CRISTA ‘3s roupas, enfim, colocamos em ordem tudo o que esté fora do padrao adequado. As mulheres que digam. Assim 62 Palavra de Deus. Quando olhamos para ela com sinceridade, ela nos mostra o que precisa ser corrigido e nos conduz a0 padréo estabelecido por Deus para os seus filhos. Estudar as obras da carne e o fruto do Espirito & ‘uma oportunidade deste olhar revelador, que muda, que transforma, que corrige. 4 AS OBRAS DA CARNE EM SI © vocdbulo obras no grego ergs, que verde EGOS, que significa trabalho, esforgo humano. Logo, asobras da carme so produrdas pelo homem e ndo tem nenhuma rela com a operago de Deus ou do Espino Santo Estas obras originam-se em primeira insténcia na vontade da carne e dos pensamentos (Ef 2.1-5), sendo evidentemente estimulados e usados pelas forcas espirtuais da maldade no sentido de destruir aqueles que foram ctiados a semelhanca da imagem de Deus. Paulo fala que tals obras “..sd0 manifestas..”, ou seja, sdo de conhecimento de todos. Ohomem natural as, conhece devido ao senso critico, consciéncia que todos possuem. A experiéncia humana também demonstra Por meio de resultados, as consequéncias destas aces, tanto individual, quanto coletivamente. Fora tudo isto, como se observa neste t6pico, a propria Palavra de Deus explana abundantemente este assunto, tanto ‘no Velho quanto no Novo Testamento. Na Epistola aos Gélatas no esto presentes todos os vicios ligados a natureza carnal, porém, constituem-se na base todas as demais vicissitudes carnais e espirituais. 4.1 PROSTITUICAO: gr. porneia Taduzidas em outras versées como fornicago, imoralidade sexual, imoralidade, pensamentos impuros. Refere-se as relacdes ou relacionamentos sexuais lictos ou imorais Embora algumas tradugBes como ARC e ARA prefiram o vocébulo prostituigao; e outras fornicacao, o melhor seria IMORALIDADE, visto que a prostituic3o resume-se aos pecados sexuais relativos a0 sexo praticado por ganhos e fornicago se resuma ao sexo praticado antes do casamento, no sendo, portanto, termos abrangentes sobre a area sexual e pecados relacionados. Mas qual é 0 padrio de sexualidade que Deus estabeleceu para que 0 homem viva bem e de acordo com a sua Palavra? 4.1.1 Monogamia (Mc 10.7,8; | Co 6.16) O sexo é bom e foi criado pelo préprio Deus, para ser desfrutado pelo ser humano de acordo com os principios estabelecidos pela Palavra de Deus. A restricao do sexo 20 casamento no é uma atbitrariedade, antes, uma salvaguarda por causa de todos os problemas decorrentes de sua degeneracdo, tal qual temos visto no mundo (Gn. 2.24; Hb. 13.4). A Poligamia, sempre foi uma prética paga (Gn. 4.23). Deus a prolbiu aos lideres (Dt 17.17). Os ‘que aderiram a poligamia colheram os frutos amargos desta prética (| Rs. 11.2). 4.2 IMPUREZA: gr. akatharsia Segundo 0 original grego significa, falta de pureza nas intengBes, pensamentos impuros, vidas impuras, desejos imundos. 4.3 LASCIVIA gr. aselgeia Significa no originallibertinagem, sensualidade, acGes indecentes, ansiedade pelo prazer carnal. Ohomem lascivo é aquele que atingiu o seu climax no que se referem as trés primeiras obras da carne. Este estado espiritual e moral no acontece de forma repentina. € a consequéncia de uma vida onde os pecados so encobertos e estimulados, provocando o endurecimento dos sentidos espirituais daqueles que assim se comportam (Hb. 3.12-19). Estas trés primeiras obras da carne citadas constituem-se numa perversio do instinto sexual, criado por Deus para ser uma béncao para a homem e para a mulher. ITG - INSTITUTO TEOLOGICO GUA! 4.4 |IDOLATRIA: gr. eidololatria De acordo com o original significa culto aos falsos deuses, adoragao a idolos. A adoraco aos idolos ou a falsos deuses ¢ lista como sendo uma das obras da carne e, de acordo com os judeus, este pecado é motivo bdsico da corrupcao do homem, aquele que aliena o homem de Deus, servindo, desta forma, de alicerce para todos os demais pecados’. Evidentemente, falar de idolatria entre cristos parece ser um tanto estranho, porém, o conceito de idolatria ganha um novo sentido no Novo Testamento nas palavras de Paulo. Veja o que diz Efésios 5.5: ; “Porque bem sabeis sto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idélatra, tem heranca no reino de Cristo e de Deus.” ‘Aavarera é coloca em pé de igualdade com a idolatria. A avareza pode ser definida da seguiste forma: “Que ou aquele que alimenta a paixdo de juntar dinheiro. (Sin.: avaro, forreta, harpagdo, mdo-de-finado, pao- duro, seguro, somitico, s6rdido, sorrelfa, sovina, unha-de-fome, usurério.” Outro aspecto a ser ressaltado acerca da idolatria ¢ a sua intima conexio com as forgas demoniacas, conforme Paulo em | Co. 10.19-21. Logo, qualquer tipo de pratica idélatra, seja direta ou indireta, é uma associagdo com demonios, 0 que certamente é avesso 8s melhores priticas da vida crista. A Idolatria € a perversio da adoragao a Deus. x 4.5 FEITICARIA: gr. farmakeia * No original palavra é magia. Aspraticas de magia efeticaria eram comuns nos dias de Paulo. Tai prticas eram muito semelhantes 20 que observamos no mundo de hoje, onde o que se busca € atingir a vida de outros de alguma rmaneira ou até mesmo beneficios préprios. Configura-se como pecado por diversas raz6es. Primeiro porque se busca tum poder que é contrério a Deus, ja que as forcas que operam na magia ou feitigaria so demoniacas e enganosas. Segundo, porque é ébvio que se busco o mal de outros no estou agindo bem e corretamente. Tercero, ainda que esteja buscando benesses pessoais, estou ofendendo ao Deus que me criou e que é mantenedor da vida, 20 confiar nas trevase no no poder de Deus. 4.6 INIMIZADES: gr. Echthrai De acordo com o original significa inimizades, édio, brigas, hostilidade, inimizade tradicional entre familias, Inimizade mitua, elementos conflitantes. Uma disposicio totalmente contréria a0 amor, uma vez que busca prejudicar 0 préximo, procurando destrul-lo. As inimizades geram hostilidades de todo o tipo. 4.7 CONTENDAS: gr. eris ‘So contendas, rixas, luta, dissens30, debates. ‘As contendas tendem a ser o resultado das inimizades, estudada no item anterior, ou seja, as inimizades acontecem no cora¢o dos homens e produzem no mundo visivel as porfias ou contendas. 4.8 CIUMES: gr. zelos De acordo com 0 original significa climes, emulagées, rivalidade. Embora este vocdbulo seja utilizado em alguns momentos com sentido positivo, aqui, porém, certamente esté em vista 0 aspecto negativo que norteia uma pessoa a obter vantagem por meio da degradacao das realiza¢des e qualidades dos outros. € 0 sentimento de quem quer algo somente para si, sem levar em conta 0 {que o préximo precisa ou possui. Nao se alegra com o sucesso alheio. € um sinal de inseguranca, uma mostra ‘lara de um sentimento de inferioridade. Se ndo tratado degenera-se no sentimento doentio da inveja. VIVENCIA CRISTA 4.9 IRAS: gr. thumof Significa raiva, crises de fii , mau genio. Este sentimento € inverso da demonstragio de bondade, que ¢ um fruto do Espirito. As explos6es de ira geram confltos einimizades entre aqueles que deveriam amar-se. Paulo, escrevendo aos Efésios sobre a ir, ensina uma aparente contradico 20 afirmar evesooee “Trai-vos, e ndo pequeis; no se ponha o sol sobre a vossa ira; ném dels lugar ao Diabo.” (Ef. 4.26,27) “e Mas se a ira € uma obra da came, como posso irar-me e no pecar? A ira, como obra da came, ¢a ira ou crises de flriainjustas e baseadas no egoismo. A ira justa é aquele se arde contra 0 pecado, contra as injusticas. Porém, ‘mesmo esta ira justa pode transformar-se em ressentimento contre um irmao ou contra um lider. Por exemplo, Davi ppoderia ter se magoado profundamente com a atitude de Saul, mas sua indignagao demonstrada numa das falas com, ‘© préprio Saul no era um pecado em si. Logo, o que Paulo nos exorta é que, mesmo estando cénscios da justica de nossa indigna¢So, devemos ta sob controle e no finalizar 0 dia sem uma reflexo sobre assunto em busca de possiveis resquicios de magos e ressentimentos. weede 4.10 FACCOES: gr. eritheiai ‘Quando podemos saber o significado do termo no original grego tudo fica mais claro, aqui significa faccBes, pelejas, discdrdias. O espirto de partidarismo é 0 que est4 em mente neste vocébulo. ° ° e e e 4.11 DISSENSOES: gr. dichostasiai Significa discérdia, desavengas. As desavencas ou querelas entre os irmdos normalmente so geradas por pessoas que servem a si mesmas e no 20 corpo de Cristo. Este pecado fere a unidade do corpo, minando- Ihesa forca 4.12 PARTIDOS: gr. hairéseis No originalo termo éheresias.O vocébulo heresias no sentido usado atualmente orgina-se de hairéseis, porém, 1s dias de Paulo esta palavra estava mais igada as escolhas que uma pessoa pode fazer e ganhou um sentido negativo de partidarismo, ou seja, a formacio de grupos ou as chamadas “panelas” no seio da lgreja. Jesus deixou uma adverténcia clara quanto ao destino de um reino dividido contra si mesmo - ele ndo subsiste (Mt. 12.25). A consciéncia de corpo tem se perdido entre os crstos, mas é tarefa de cada um atuarna restauragdo

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