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Ver Em Cores

Canção de Liniker e Rashid

Eu quero caber no amor, sem perguntar


Pra seguir a luz do sol e despertar
Ver em cores outra vez, sentir a brisa (cores outra vez)

Um velho nós acena longe pra esse novo nós


Que vive onde todas estações parecem inverno
Programações que a antena sintoniza não trazem poesia
Só notícias para figurões de terno
Quero a vida de volta no analógico
Já que essa liberdade é a de um bicho no zoo–lógico
É que a coisa aqui na Terra tá tão trágica
Que a gente inveja o passarinho no vôo, mágico
Que falta faz um toque, mas não de celular
Quando a humanidade anda em modo silencioso
E as vibrações que hoje se alastram no ar
Não são das que deixariam um rasta orgulhoso
A onda tá em volta dos meus
Aumentando minha coleção de conversas com Deus
Com a beleza de a lua e eu, sai dessa fossa por nós
Pra fazer ser primavera toda vez que ouvir sua voz

Eu quero caber no amor, sem perguntar


Pra seguir a luz do sol e despertar
Ver em cores outra vez, sentir a brisa (sentir a brisa)

Como as folhas que o vento espalha


Quanto mais eu ando mais entendo a grandeza de pertencer
Não há sacrifício que não valha por aqueles que não falham
Em não estragar seu impulso de ser
A fumaça sufoca, mas não toca meu instinto
De atravessar os vales mais sombrios com requinte
Te ver pra levar na lembrança e não no print
Porque essa solidão é tão 2020
Aos domingos quando acordo tarde
O sol que invade a cozinha lembra nosso brilho
E o alaranjado do azulejo remete a viagens e risadas
De verões passados, mó gatilho
Tô pelo novo dia, doutrina, com a mente de Dina
Pra achar a grandeza de Carolina
Só assim pra vencer a distância que te puxa pra baixo
Bem na era do "arrasta pra cima"

Eu quero caber no amor, sem perguntar


Pra seguir a luz do sol e despertar
Ver em cores outra vez, sentir a brisa

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