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  • Helena - 1999 - A Vocação para o Abismo

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    A vocacao para o abismo’ Lucia Helena sive Feder do Rio de iro Universidade Feder Fomine Resume Oersio bac oerretaro mate de sori comand ee com Inger en Cae peu sgoee ma Gen paw ci i taboo cba ites deme oesnita omiema.ct pores preset, Fetch Cire Lipa a meets 0 or, sat “isesoy mn acerptateapaing he oad of apeenson ef he wd nd crenata in rice Lee at ih be aed a cin ‘henner earls ote dete unerin snge, hem mies and rsraen, ewes Crepe meen ‘rent et mado infra ns ia confident mesa nee eons ur tite er! Nia set melo compere {ue nl eps see alge? Prins Ln Em omen? ‘Otac san ia poi pn que ta © ‘fee objeto chao. Hi um enconto mex e ‘des cota vibrando no (-] Das me perc eo que eos deagando sob 0 rad Ge Lge, Ue Sp Vide Eu eu qa quar os oes ag rans € tormsname ne 3 ponte do git serge 08 bv" em dem ‘Ao trtar de"ClriceLispectos,Literatuea€ Cultura” eno por objetiva presenta in- rerpreagio par um velho modo de apreen- so do mundo e de construcio da inguagem, veep pao cbiomo -, cujos recursos ji cexaminsi em Nem Muse, ner Medusa! Itne- sos de Esta em Clare Lirpcie, No liv, mostei que a crise da repr sentagio figueativa ees o principio respon vel pea desesublizacio-a obra de Ligpector. * Camano spec no Deparment dears Ltrs Ltn Compu USP em mao de 129. Para iss, vomei trés questbes a serem inventigadas ado sjeito, ada exrta ea da hist, spicadse eit de Lape de Fa li, dpua Vinee A Hons da Bile ‘Aqui, denomino sua peso cbismo © ‘mda aingaar plo qual nos extos daaut0- sa.a auto-referenildade& 0 recuso util- zado para se refletir robre 0 limite, ‘omiderado um problems narrative Exam naei como se 4 a experncia no deseaho bipartida de uma obra que reine textos apoximives da tadigo representa, como Liga de Fails © 4 Via Crs do Corp, © cutzos que acl se contapem, como Agua ios ¢ Ui Sop de Vid. ‘Compacads epignféde Primo Levi,que are minhes consideraes, a narrativs dt autora tsbalha a lingvagern finginéo no possicsisems sum, Para imac tl eres, busca 4 curmpliciade do leita, eduzindo-0 com epetigio Stemi de ematvas do tipo: "Eu fom atis do peassmento"s! ou “Bseevo sem modelos"? simulando esce- ‘ersem perso que iaconsiente lhe gri- ta. Todas, sex textos obedecem 3 uma rigoros pic ubtecrines El temauachave ‘numa epoca slag com of limite, abs Thados de aconio com alguns procedimen- tos que privilegiam, como ertatépias condatoras, 0 crezamento, 2 repedfio e 2 claculatidade das naretvas e do sentido Denomino de 4 rags par 0 aim 0 pocaimmtdemiroraymeg aon siasialador Atovés del, at nacatiast ene ‘ninham ma diego de um paradral“tean= bordamento para dento", maniferando-se sob 2 forma de um dizer movido pela ‘ompulso de dobrarae sobre msm, ma ™entaia semprefrastada de expt algo «qe sind no foi dita” lA ea yr aime ata avait 2 linhas mestras deste modo de narrac que se aticula 3 experiéncia de deagase dos Limes, parto do prestspoit de aque duas perguntas ~ “por que narra?" © “como narar?”~ tomaram-se, progressiva © versicalmerte, 0 tema central de textor que ppouco peuco solapam o sistema narstivo e tradigie Sigurtiva realist e naturals, ainda vigente em Laje de Familia © A Vie (Chua do Corpo. Obras que adotavam téeni- cat insrospectiva de narra, como 0 axo ds conscifacia, elas ainda se basesvam no desenvolvimento de um tema e nio chega~ ‘vam a diluirtadicalmente 3 categorise 10- manescas de peronagem, enredo, empo € ‘epayo,como ocorce em Apua Vi, texto que se despoja dos preceitos consagrades na fr- mul horacana do a pian poerig.na qual 22 reserva ao liteciioafangio de esborar,como 1a pinta, um quase rettato do mundo. Assim, discutie o vigor es consegitn cis da ostensiva vociio pare 6 amo que, 105 textos da autora, mobiiza peculiar ex periéncia com a demareago de froateias © suscit a articulago de quatro eixos 3 serem cexaminados que, por or, asim envncior 1} © olhar, a dentidades 2} A desmedida: 0s Timites,o estrangeto, oesteanho;3) A cruz © © novela; «, por iltim, 4) Os espelhos, 2 representa. Para nomeat tio engendrada forma nar~ rativa, apenas aparentemente uma nau sem ‘uma, lembro-me do cto de wm liv da ‘scritors Matia Gabriela Uansol: Contos do ‘Mal Eran assim consdeeo que, na esri- ta em que e manifesta a vocjdo pa ahi, como um mal que estende seus tenciculos 4e contigio, nenhuma baliza prmanece em seguranga.A légia da compasicio da autora = que se bassin no eruzamento, na repeticio «no abalo das linhas demareadorss gerindo 1 Chie pecan, Un Sep de Vide Pala Rio de re Nov ti, 978 p72, 2 Idem p81 3 Test ddnan."A Reta da Sco en Chie Lec Topo Basin, Rio de ac joa 1997, 128 pp ES, 2 ‘Wea Satate 419 ateragdes fete or nieossemdnt- or de que pate = sapere um ema els- code onto cel i como vino, a inate expei- ancia do mite em Cari Lapetor Maté- fin de ecto adh are e fecha s ambigso Ge touldade ue pals em seu textos 62 partir de sts mead sla © vier, fro incandescéncia, vai leno se fon- dem confundem De tl mado 1 deseabitar nti aus,em A rstaio ds Rosso ponto Ya Zio ¢orsiveimente marvilhao dentro de Tua” detente ese! independenci capan de prem rca paiva inero da petsomgem mgs elio matrimonial ue mantém como maida notve! ogo de acharse © perder e a rede de cto © scot que se sm, cortelacionndo Lau, Sous ¢0 Cristo Em confit, diviidsen- tte tengo de etegarsc 0 que 2 ti ¢ 2 oberg de comprie paps determic nados pels conven soci Lavra procs Tvmarse tao ca os faminoms, mile plasno mes al) quant do Ce fs tengo) Erétias ¢ilominaday, a roa 0m outa Lara que la oder, domi © tmatom.n30 pode set Note de Lipton, Cs fonts tendem stenoses, end om qu Lats (seo) earn (0 obo {o)secontamineme permater pape, ss ‘ago deconsesbibade ede anigulamen- to da vontade, Como o congo pode vies ‘er morta ao penetra a tertaerichio d9 imsgincio e do dein, Lama perde m2 lina ler loucama qué a fear em cass como sen tem que pati Le sombra, gros eetrincis.0 mat as ine so cements reineidentey nm Imbente gue, de modo progresive, vise tormndo wine paiagem-mental, pela introrpecrio que perpts os textos. Ana, no conto “Amor”, de Laas de Familia, dese a rir firme das coisss, 0 que Ihe & dado por sex las, 0 fopio e seus filhos ainda que, de sibitoao ver 0 cego parado no meio da rua ‘mascando chicletes, fig equlbriointe- rior se desstabilize: “estar nam bonde ora uum fio partido" Do mesmo modo, par- tems 0s ovos que Ana carregava na sacola. Eo ovo, na obra de Clarice Lispector, ji se sige: simulaneamente geral e pardcula, Interior (alma on clar/ gems) exterior (Cor- 0 ov esi) Tempo e etecnidade, ‘ovo por fenquanto ser sempre revolucionério"? No traamento do tempo também eeper ‘ute earto-icuito dos limites A tendéncia de submeter-

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