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Métodos de Intervenção Aba Pecs Teacch: Coordenação Pedagógica
Métodos de Intervenção Aba Pecs Teacch: Coordenação Pedagógica
INTERVENÇÃO
ABA PECS
TEACCH
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
MÉTODOS DE INTERVENÇÃO ABA PECS TEACCH
SUMÁRIO
O Autismo...................................................................................................................................... 3
Caracterizando o Autismo ............................................................................................................. 3
Características Clínica: CID e DSM................................................................................................. 7
Critérios de Diagnóstico ................................................................................................................ 8
Métodos de Tratamento ............................................................................................................... 9
ABA – Análise Aplicada do Comportamento ............................................................................... 10
Como ABA é usada para ensinar crianças com autismo? ........................................................... 12
O que é DTT? ............................................................................................................................... 12
Catherine Maurice .......................................................................................... 15
Qual a maneira correta de usar a ABA? ...................................................................................... 15
PECS - Um caminho para a comunicação .................................................................................... 19
FASES DO PECS ............................................................................................................................ 24
Materiais para criar o PECS ......................................................................................................... 31
Criando livros PECS...................................................................................................................... 31
TEACCH ........................................................................................................................................ 32
Referências .................................................................................................................................. 36
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O Autismo
Caracterizando o Autismo
O autismo, inicialmente, foi descrito por Leo Kanner (1943), como Síndrome
O primeiro paciente observado por Leo Kanner foi em 1938. Durante seu trabalho foram
descritas onze crianças, entre meninas e meninos. A partir desse momento o autismo passou a
ser estudado por diversos pesquisadores, com mais frequência. Tendo seu conceito ampliado e,
vida cotidiana, devido as poucas pesquisas sobre o assunto. O autismo ficou, mundialmente,
conhecido através do filme “meu filho, meu mundo”, em 1979, reprisado por diversas vezes na
televisão.
Com os anos o conceito de autismo sofreu diversas modificações. Mas, ainda recebe os
Mesmo assim, hoje, o quadro clínico do autismo é bem definido e caracterizado como um
Wing e Gould (1979) classificaram esses sintomas em 3 grupos denominados como tripé
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Stelzer (2010, p. 7) explica que: O termo tem origem no grego: “autos” que significa
“próprio” (ZAFEIRIOU et al., 2007). Clemens Benda (apud BENDER, 1959) destaca que o termo
“idiotia”, de origem grega tem o mesmo significado de “autismo”, de origem latina, descrevendo
uma pessoa que vive em seu próprio mundo, uma pessoa fechada ou reclusa.
responsáveis por esse quadro clínico. Na época afirmava que o autismo era causado devido o
comportamento frio e obsessivo dos pais em relação aos filhos. No entanto, essa hipótese foi
afastada pela literatura médica, e como citado acima, atualmente, o autismo é considerado
como uma desordem neurológica. Dessa forma, mesmo não existindo uma explicação completa,
causado por condições genéticas e ambientais, que na verdade não é uma condição só, ou seja,
a neurobiologia do autismo não está relacionada a um problema psicológico, mas sim biológico.
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condições são bastante comuns e ao contrário do que se imagina estão presentes em vários
gravidade de conjunto de autismo, pela enorme variedade que ele tem, se você entrar numa
sala cheia de pessoas portadores da síndrome do autista, ficará surpreso com a variedade de
intensidade para cada pessoa, ou seja, um indivíduo pode ter comprometimento mais intenso
Segundo Gauderer (1997) apud SANTOS (2015, p.13) define o autismo: Como sendo
vida. Atribui ao aparecimento do autismo aos três primeiros anos de vida, sendo uma
social.
prejuízo na interação social e comportamentos repetitivos, sem muitos significados, que muitos
parecem ficar realizando sem uma finalidade muito clara. Exemplificando, pessoas com autismo
têm atração por movimentos circulares, podem passar hora fascinada com o giro de um
o “mundo” do autista é aquele que não se modifica, qualquer variação do seu “mundo” lhe traz
desproporcional.
dificuldade de interação social. Para ele o olhar dos outros, os sons, os movimentos e o
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gestos, movimentos e intenções nas expressões faciais das outras pessoas. Eles levam tudo ao
pé da letra.
Talvez, uma característica mais integrante do autista, nos mais variados aspectos, seja
a questão do olhar, para demonstrar o afeto usa-se vários canais, exemplificando toque físico,
tato visual, no entanto, o autista não tem essas habilidades, não gosta do contato, seja físico ou
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do CID incluía o autismo como esquizofrenia, sendo unificada a categoria de psicose infantil na
nona revisão. Atualmente, o CID está na sua décima edição (CID – 10), incluindo o autismo como
Transtornos Globais do Desenvolvimento, havendo concordância com os DSM III e o DSM III-R.,
Transtorno Invasivos do Desenvolvimento (BOSA e COL, 2002). Bosa e Col. (2002 apud SANTOS,
2015, p. 15) afirmam que o Autismo hoje é visto como nos mostra dentro das classificações
atuais, como comprometimento de três áreas principais: Alterações qualitativas das interações
estereotipados e repetitivos.
grupos do tripé, tais como interação, comunicação e uso imaginário, estando presente desde os
primeiros anos de vida das crianças. Nesse sentido, Melo (2004 apud SANTOS, 2015, p. 15)
explica que estas alterações surgem “[...] tipicamente antes dos três anos de idade”.
seja, um indivíduo pode ter comprometimento mais interno de interação do que comunicação.
No entanto, é necessário que exista o comprometimento nos três pés do tripé descrito por Wing
e Gould (1979).
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Critérios de Diagnóstico
variam em grau e gravidade, não existe um exame complementar capaz de afirmar o diagnóstico
autismo.
Segundo AMA (2015) devido os sintomas estarem presentes antes dos 3 anos de idade,
diferença.
Para SANTOS (2015, p. 39) “[...] temos que pensar que o diagnóstico de autista está
contato com o mundo, uma vez que esse não faz uso da linguagem verbal”.
área afetada, as quais serão utilizadas durante toda a sua vida. Para tanto, faz-se necessário um
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Métodos de Tratamento
desespero, todos passam a viver em função da criança, e em tempo integral. Família nenhuma
está preparada para enfrentar essa realidade sem receber orientação especializada.
Cuidar de uma criança com autismo pode ser uma carga imensa, em certos casos o
transtorno impõe certas limitações que um simples passeio no parque torna–se impraticável,
ou seja, o dia a dia se torna sufocante. Os pais chegam a tomar atitudes super protetoras, sem
querer começa a entrar na doença do filho e consequentemente, não aprende a forma correta
possível.
As alterações neurológicas do autismo são mal conhecidas e ainda não existe cura para
este transtorno, contudo, existem inúmeras terapias que promete resultados, algumas sem
comprovação científica.
Uma vez que o espectro do autismo vai daquele que nem consegue falar aos dotados de
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O que é ABA?
termo advindo do campo científico do Behaviorismo, que observa, analisa e explica a associação
Uma vez que um comportamento é analisado, um plano de ação pode ser implementado
do Behaviorismo”.
ocorra no futuro. Em português claro isso significa que, à medida que você vai levando a vida,
vão lhe acontecendo coisas que vão aumentar ou diminuir a probabilidade de que você adote
determinado comportamento no futuro. Por exemplo, se durante seu caminho para o trabalho
você acena e sorri para o motorista do carro ao lado, e ele deixa que você atravesse na sua
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frente, você provavelmente vai tentar a mesma estratégia no dia seguinte. Seu comportamento
de acenar e sorrir ficará mais frequente, porque foi reforçado pelo outro motorista!
através das consequências. Tentamos coisas e elas funcionam; então as fazemos novamente.
Tentamos coisas e elas não funcionam; então é menos provável que as façamos novamente.
Reinforcement) e Modelagem (Shaping). Todos esses conceitos podem ser aplicados para
Educação/
Estresse e
Relaxamento
Ed Especial
Treinamento Comportamento
Aconselhamento de
de Animais Organizacional Casal e Família
ABA é um termo “guarda-chuva”, descreve uma abordagem científica que pode ser
usada para tratar muitas questões diferentes e cobrir muitos tipos diferentes de intervenções.
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Educação, especificamente Educação Especial para crianças com autismo, é uma das aplicações
dessa ciência.
Para ensinar crianças com autismo, ABA é usada como base para instruções intensivas
englobe muitas aplicações, as pessoas usam o termo “ABA” como abreviação, para referir-se
pequena. A intervenção precoce é importante, mas esse tipo de técnica também pode beneficiar
um, e a maioria das intervenções precoces seguem uma agenda de ensino em período integral
intenso envolvimento da família no programa é uma grande contribuição para o seu sucesso.
O que é DTT?
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https://www.appliedbehavioranalysisedu.org/how-is-discrete-trial-training-used-in-aba-therapy/
O Ensino por Tentativas Discretas (Discrete Trial Teaching – DTT) é uma das
metodologias de ensino usadas pela ABA. Tem um formato estruturado, comandado pelo
Pense em aprender a jogar futebol – você não começou colocando um uniforme do seu
chutar e controlar a bola com os pés. Então, depois que desenvolveu essas habilidades, começou
a chutar a gol. Se foi sortudo, teve alguém – pai, mãe, um irmão mais velho – que lhe
(“reforçamento positivo!”) e que lhe ajudou a se posicionar corretamente para chutar a bola
É importante notar que apesar do termo “DTT” ser frequentemente usado como
sinônimo de “ABA”, ele não o é. A ABA é muito mais abrangente e inclui muitos tipos diferentes
campo da ABA.
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destas crianças mostraram que, em um grupo de 19 crianças, 47% dos que receberam
faixa do normal e uma performance bem-sucedida na 1ª série de escolas públicas. 40% do grupo
tratado foram depois diagnosticados como portadores de retardo leve e frequentaram classes
(aqueles que não receberam o tratamento de ABA usado por Lovaas), atingiram funcionamento
educacional e intelectuais normais, 45% foram diagnosticados como portadores de retardo leve
Resultados
Estudo de Lovaas – 1987:
Recuperados Razoáveis Ruins
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Esta tabela mostra um resumo dos dados de seguimento de 19 crianças que receberam
intervenção intensiva ABA desenvolvida por Lovaas versus dados de seguimento de 40 crianças
de um grupo controle que não receberam a intervenção ABA desenvolvida por Lovaas.
Behavioral treatment and normal and intellectual functioning in young autistic children. Ivar O.
Lovaas, Journal of Consulting and Clinical Psychology, 1987, v. 55, n.1, p. 3-9.
Catherine Maurice
(“Quero escutar sua voz: a vitória de uma família sobre o autismo” – ainda sem
relato da sua luta para encontrar um tratamento eficaz pra seus dois filhos com
ou indistinguíveis dos seus colegas – inspirou muitos pais a considerar a ABA como opção de
tratamento para seus filhos. Vale a pena ler o livro para entender como ABA funciona dentro de
uma família real. Também é uma boa maneira para ajudar amigos e parentes a entender o que
Apesar de Lovaas ter sido o primeiro a usar as metodologias da ABA para ensinar
crianças com autismo, desde então muitos psicólogos vêm fazendo muitas contribuições e
refinamentos a essa abordagem. Como com qualquer ciência, a ABA continua a evoluir. Muitas
técnicas têm sido descobertas e tornado o ensino de ABA mais eficiente e efetivo ainda. Essas
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Learn”).
metodologias do tipo ABA e cada um tem seu jeito próprio de aplicá-las, mas todos usam os
mesmos conceitos básicos (ou deveriam usar!). A ciência que apóia a intervenção – a Análise do
fazendo uma analogia com tocar piano. Quando você aprende a tocar, pode tocar rock, música
clássica, blues ou jingles. Os sons podem variar, mas todos eles usam a mesma metodologia
comunicação alternativa e aumentativa que treina a criança com autismo a trocar símbolos para
se comunicar.
Pesquisas estão sendo realizadas para comparar PECs a outras formas de AAC, incluindo
Aumente Consultores Educacionais, Inc. Foi estabelecida em 1992 por Andrew Bondy,
Ph.D, Lori Geade , CCC/SLP. Eles e a equipe da Pirâmide, oferecem serviços consultivos em
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professor controle respostas O PECS escrito pela Sra Geada Bondy, vem ajudando milhares de
ambientes que mistura sistemas motivacionais com atividades funcionais e estratégias criativas
de comunicação.
Como pode ver o PECS pode ser um sistema de comunicação muito funcional para as
O PECS imita o desenvolvimento de fala em crianças típicas, também pode ser usado
Como PECS pode ajudar crianças com autismo? A maneira que o PECS ajuda as crianças
Muitas crianças com autismo têm dificuldades com a comunicação verbal, e parte destas
Temos que perceber que a incapacidade em se comunicar com o mundo frustra a criança
- 2001)
CRIANDO O PECS
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Nome da criança
contact
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Linguagem: Onde ir? O que fazer? O que fazer depois? Como fazer? O que escolher? O
➢ Articulação
➢ Expressão vocal
➢ Sintaxe
➢ Semântica
A comunicação envolve:
➢ Estabelecer atenção
➢ Colher informação
➢ Processar informações
➢ Armazenar informação
➢ Cobrar informação
➢ Enviar informação
Sintaxe: parte de gramática que estuda a disposição das palavras na frase e das frases no
discurso, bem como a relação lógica de frases entre si e a correta e a correta construção
gramatical
Semântica: estudo das mudanças ou translações sofridas ,no tempo e no espaço pela
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tese fundamental é que a ideia que temos de um objeto qualquer nada mais é senão a soma de
ideias de todos os efeitos imagináveis atribuídos por nós e que possa ter um efeito prático
qualquer.
Função da comunicação
- Atenção
- Contato visual
- Retornar
Parceiros receptiva
- Frequentemente esquece
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Não importa se são alunos verbais ou não verbais. A maioria dos estudantes são:
- O que acontecerá
- Posso escolher
- Posso trocar
Noção de tempo
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- Definir recompensas
- Definir consequências
- Não use quadros ambíguos nem complexos parta evitar que ocorra um colapso
Estratégias visuais
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A nossa meta é descobrir como usar estratégias que possam apoiar uma comunicação
Com o PECs a criança terá um pool ilimitado de comunicação. Qualquer pessoa que
e que não conseguem realizar sinais, quando utilizado de forma frequente a criança assimila
rapidamente e também rapidamente são generalizados para a vida da criança sem ter que
A figura é o sinal mais importante de um discurso para atender uma criança não verbal,
discurso é um formulário.
FASES DO PECS
Há 6 fases para se ensinar uma criança a utilizar o PECS. Estas fases devem ser ensinadas
comunicação.
Fase 1:
A primeira lição para iniciar o PECS é fazer com que a criança peça de forma espontânea
artigos ou atividades.
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Esta primeira fase requer geralmente duas pessoas, professores ou membros da família
O primeiro adulto deverá estar à frente da criança e manter o contato visual, este adulto
será a pessoa com que nós queremos que a criança se dirija na maioria das vezes.
Quando o primeiro adulto recebe a figura imediatamente o item solicitado pela criança
O mais cedo possível o auxílio físico do segundo adulto dever ser retirado até que a
Objetivo da fase 1:
O objetivo desta faze é que a criança inicie uma comunicação e também para que ela
Pais e profissionais devem resistir ao impulso - “ O que você quer?” Ou outros alertas
verbais. A criança desde o início aprenderá a solicitar seu desejo de dentro para fora.
Fase 2:
desejado, este item de grande valor (reforçador). A criança é incentivada a utilizar esta forma
de comunicação durante o dia inteiro e o item deve ser colocado a uma distância mais longa.
Nesta fase é inserida nova figura, ou seja, mais de um brinquedo, mais de um alimento,
roupas etc... A criança também é incentivada a solicitar itens de sua preferência para os pais,
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Fase 3:
artigos em uma placa, fazendo escolhas a respeito de que item irá querer. O profissional ou pais,
perguntam: “ o que você quer fazer? “Mostrando a placa, mas esta pergunta deverá ser
desvanecida rapidamente assim que a criança consiga de forma espontânea fazer suas escolhas
Deve-se iniciar esta fase com uma disposição pequena, geralmente 2 artigos. Quando a
criança estiver mais segura para escolher um item de seu desejo, um terceiro deve ser
adicionado e assim por diante até que a criança consiga encontrar um item de seu desejo dentro
Fase 4:
Nesta fase a criança consegue com facilidade fazer um pedido para uma variedade de
A criança combinará uma figura “eu quero” com outra figura de seu item de desejo ou
atividade. As duas figuras deverão ser unidas a uma tira da sentença e a tira inteira será entregue
a outra pessoa que a criança está se comunicando e esta deverá entregar pelo item solicitado
.
EX:
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Fase 5:
habilidade da criança pela troca do item. A fase 5 estende a estrutura da sentença começada na
fase.
Os adjetivos e outras podem ser adicionadas ao repertório da criança para ajudar que
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Fase 6:
“ eu escuto”
“ eu sinto “ e etc...
EU QUERO
IR SHOPPING
Quando a pessoa aprende a usar esse vocabulário constrói sua linguagem modificando
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Exemplos da fase 7
comunicação aumentativa.
✓ “O que____? ”
✓ “Onde ____? “
✓ “Quando ___? “
✓ “Quem ____? “
✓ “Porque que ___? “
PÁSSARO AZUL
EU VEJO UM 1
Exemplos da fase 8
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Esta também poderá ser a última fase para indivíduos que não conseguem chegar a fala.
Exemplos da fase 9
Nesta fase chega o momento de substituir figuras por palavras e colocar a fala junto com
A pessoa que está junto deve ajudar a criança a verbalizar junto apontando o indicador
Qualquer som produzido pela criança deve ser reforçado vrblamente “isso” “muito
bem” e etc.
EU VEJO ÔNIBUS
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Exemplos da fase 10
Este é o momento da retirada do PEC para indivíduo que contruíram uma linguagem
O PECS não deve ser retirado em sua totalidade mas de forma gradual.
✓ Bordmakers
✓ Desenho próprio
Os livros de seleção dos símbolos utilizados no PECS apresenta, uma variedade enorme
de finalidades. Os livros de figuras baseados em atividades. Assim uma criança pode ter um livro
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que organize todos os símbolos que precisar usar: no carro; na casa da vovó; na escola; no
TEACCH
Handicapped Children) foi especialmente concebido para trabalhar com crianças afetadas pelas
Espetro do Autismo conduz a uma incapacidade de resolver problemas. Desta forma, torna-se
filhos autistas.
desta patologia.
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aplicado através do modelo TEACCH e em Portugal faz-se uso deste modelo desde 1996,
tentando dar-se uma resposta alternativa aos alunos com Perturbações do Espetro do Autismo
em escolas do ensino regular, promovendo desta forma a tão aclamada inclusão. Foi na década
de setenta, na Carolina do Norte (Estados Unidos da América), que Eric Schopler e os seus
como objetivo ensinar aos pais algumas técnicas comportamentais e métodos de educação
especial que fossem de encontro às necessidades dos seus filhos portadores das Perturbações
do Espectro do Autismo. O Modelo TEACCH tem como base principal poder ajudar as crianças
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• Processamento visual;
• Interesses especiais.
Este modelo pode adaptar-se às necessidades específicas de cada criança, bem como a
encontrar as estratégias mais adequadas, podendo desta forma responder mais assertivamente
às necessidades individuais, podendo desta forma minimizar muitos problemas que perseguem
estas crianças, tornando o seu dia-a-dia mais previsível e confuso. Este programa permite
portadores das Perturbações do Espetro do Autismo padecem de falta de estrutura, o que por
sua vez aumenta a falta de objetivo na ação e no comportamento estereotipado. Posto isto, é
de primordial importância a interação entre pais, terapeutas e professores, com o propósito de,
aprendizagens devem ser realizadas. A organização do Modelo TEACCH, tem vindo a facilitar os
comportamento.
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O Modelo TEACCH assenta num conjunto de princípios e estratégias, que passam pela
atividades, permitindo que as crianças que frequentam este espaço se organizem internamente
e facilita-lhes deste modo os processos de aprendizagem e de autonomia, o que por sua vez se
• Promoção da autonomia;
educativo.
A criança autista não tem estrutura mental que lhe permita organizar-se, através deste
minoradas, a criança sente-se mais segura e confiante. Neste modelo também se trabalha no
sentido de fomentar a independência, preparando assim as crianças autistas para a vida adulta,
pois é feito um grande investimento na sua autonomia. A criança tem muitos ganhos ao nível da
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Referências
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Disponível em:<http://www.ama.org.br/site/tratamento.html>. Acesso em: 13 mai. 2015.
AMIRALIAN, M. L. T. M. Psicologia do excepcional. São Paulo: EPU, 1986.
Classificação de Transtornos Mentais CID – X. Porto Alegre: Artmed, 1993.
KANNER, L. Autistic Disturbances of Affective Contact. Nervous Child, 2, 217150, 1943.
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SANTIAGO, J. A.; TOLEZANI, M. Encorajando a criança a desenvolver habilidades sociais no
Programa Son-Rise. In.: Revista Autismo: informação gerando ação. São Paulo, ano 1, v. 1, p. 14-
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SANTOS, I. M. S. C. dos; SOUSA, P. M. L. de. Como intervir na Perturbação Autista. Disponível
em: < http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0262.pdf>. Acesso em: 30 mai. 2015.
SANTOS, M. F. R. dos. Dialogando com o Autista. 2015. Artigo não publicado.
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MÉTODOS DE INTERVENÇÃO ABA PECS TEACCH
SCHWARTZMAN, J. S. 1 em 110 crianças nascidas nos Estados Unidos está no espectro autístico.
E aqui? In: Revista Autismo. Ano I, nº 0, setembro de 2010.
STELZER, F. G. Uma pequena história do autismo. In: Caderno Pandorga de Autismo, vol. 1, junho
2010.
TOLEZANI, M. Son-Rise uma abordagem inovadora. In.: Revista Autismo: informação gerando
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VARELLA, D. Autismo (primeira parte). 2011. Disponível em:
<http://drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo-primeira-parte/>. Acesso em 09 mai. 2015.
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