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RESENHA CRÍTICA
Portanto, de acordo com Ribeiro (2020), desde sua primeira edição, em 1952, o
DSM tem como principal objetivo servir como uma ferramenta para o campo da saúde
mental. No entanto, questionamos se ele está realmente cumprindo essa função. A
primeira edição do DSM incluiu terminologias como "mecanismos de defesa" e
"neurose", refletindo uma abordagem psicanalítica dos fenômenos. A segunda edição,
publicada em 1968, foi influenciada pela teoria comportamental, mas ainda mantinha os
modos de compreensão psicanalítica e a escuta do sujeito como forma principal de
diagnóstico. Em 1980, o DSM-III foi lançado e representou uma revolução na ciência,
substituindo a expressão "doença mental" por "transtorno mental" e adotando um
paradigma médico. A versão atual, o DSM-V, lançada em 2013, é principalmente
classificatória e representa o discurso contemporâneo.
Diante disso tudo, nós nos perguntamos: e como fica os “doentes”? E como fica
a questão da medicação para as pessoas que realmente precisam fazer uso? Como fica as
pessoas que realmente precisam de ajuda dentro desse cenário? Allen Frances (2020)
nos ajuda a pensar essa questão, ele lembra que enquanto se trata em excesso os que não
precisam, se deixa de lado os doentes de verdade. E é otimista em dizer que é preciso
mudar, apertando o sistema, alertando médicos para os riscos e não ficarem somente nos
benefícios, e eliminar as propagandas farmacêuticas como foi feito com a indústria de
tabaco.