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ongresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais mportancia dos SAF’s na Recuperacao de Areas adadas Bienst Gotsch 'Piraf do Norte, Bahia RO FLORESTA a cultivada, Formacio arborea densa e, quando 1po = extensdio grande de terras nos tr6picos, compostas por grandes floresta niimeros de espécies arbreas, palmiceas, herbdceas, lianas, epifitas te, formando organismos de altissima complexidade, tanto quanto ‘a ocupagio de espago (estrato) por cada uma complementares inter € intra-especificas entre eles. Nilo sio - no sensu stricto - ant6nimos? E, se for assim, ndo seria questiondvel 0 uso como instrumentério as priticas ites ao aspecto AGRO na recuperacdo de dreas degradadas? Sendo que essas imas chegaram, na sua grande maioria neste seu estado de calamidade devido ao to de que a vegetacio natural do local deles, que tinha sido floresta, foi destrufda, inada mediante o uso de priticas deste mesmo género AGRO. E sabemos, que cada dia mais agravados sio os problemas em forma de distirbi- climéticos, falta de Agua, escassez de recursos em geral etc., causados por ages itr6picos. E~ novamente — a maioria dessas ligadas dirctamente ou indiretamente i ridades do mesmo, acima citado género de AGRO. _ Com tudo isso, pacientemente, em todos os locais onde tiver uma ferida na flo- ta, a natureza nos da o exemplo de como proceder para resolver e — se quisésse~ js ~ para evitar esses por nés criados problemas: Vem trazido pelo vento, por nais, ou tinham esperados a sua vez para nascer no local a crescer em forma de smentes ou restos de rizomas, liquenes, musgos, gramineas, ervas, cipés, drvores, meiras, e, em conjunto e com a ajuda de milhares de espécies de bactérias ¢ uungos e uma imensa diversidade de membros do reino animal, insetos, roedores, ives, etc. (dos quais muitos deles estio sendo considerados pelo homem de “noci- "ou “pragas”, eles criam prosperos organismos em que nada falta. Remobilizam ‘em antes por nés achados faltantes minerais: Aumentam, mediante a participagao ‘oo IV Congresso Brasileiro de Sistemas de todos em conjunto a qualidade e quantidade de vida consolidadae conseguem um superdvit energético, tanto no sub-local da intervengdo deles, quanto no macroorganismo planeta terra por inteiro. E desenvolvendo-se, criando condigies ara novas, cada vez outras mais numerosas € mais ricas formas de vida. Agua torna abrotar, purificada, revitalizando os cérregos, rios, ¢ peixes comegam @ aparecer de novo. Cada um dos participantes cumprindo sua prazerosa funeo, que por sua vez resulta em abundancia, num aumento dos tecursos, tanto no local em que eles vivem, quanta no planeta Terra inteira. Um mundo de amor e cooperagio. O fluxo de A nossa arte no consiste no “fazermos’,no “trabalhar a terra’, no ‘adubii-ta” ‘no ittigié- 1a e ‘no controlar pragas e ervas invasoras’- no AGRO - ; senio 1) Saber escolher por espécies - desejadas que produzissem o que nés precisa- ‘mos para viver e outras que as ajudam para cumprir a sua tarefa - que sejam adequadas ao ecossistema a intervir, e; 2) No saber inseri-las harmoniosamente no fluxo de vida da vegeiagio ¢ da «fauna do nosso local, para que, em sincronia ecom efeitos sinergéticos ent ‘eles, no conjunto deles cada um dos participantes ‘possa contribuir da sua ‘melhor forma na concriagio do organismo cuja parte todos eles sio. Posto na pritica na nossa pauta de recuperar dreas degradadas, isto significa que: Em vez de jogar no lixo, intoxicando 0 nosso ambiente, podia transferir todas as sementes de frutas que comemos, incluindo logo aquelas que nao conseguimos co- mer, ¢ as de todas as flores, arvores e palmeiras que plantamos nos lugares em que vivemos ¢ as que as plantas nos caminhos onde andamos nos presenteiam todas, todas para aqueles lugares que jé esto pedindo, que as recebam. E, exemplificado para dreas bastante degradadas em ecossistemas parecidos a0 do local desse nosso congresso: As manivas que sobram no cultivo de mandioca: em vez de apilha-los ¢ seca-los para que néo crescam mais, também as transfere para aqueles lugares. Alias distribua e na sua forma comprida as insere com a parte do pé deles um pouquinho na terra. Sc tivesse umas mudas de abacaxi sobrando, as traz também. Nio precisa, em antes, arar a terra para elas! Basta inseri-las um pouco, usando um ferro de cova. Ou ~ se 0 set tempo for muito pouco ou a confianga nele ‘pequena, a lango pode-se distribui-las também, Para lugares nus, em que nada tem, e que no momento nada eriam, traz umas sementes/mudinhas de piteira ou sisal. E para que clas no sejam sozinhas, e tristes Por isso, as traga umas sementes de macela, de cosméa, de crotalaria, que encontras, nas beiras das estradas, de rompe chibiio, de lantuna e de outros que gostariam de cerescer ali. io se esquece das sementes dos cip6s! Para nossa especifica situagio, a mucuna, ‘ou quando um local muito degradado, 0 feijao bravo do nordeste, vai ser especial, maravilhosos ¢ indispensdveis ajudantes - condicionado que nés saibamos ajuda-los [por ex. traze-las para que eles possam! | ‘Trazidos, distribuidos, todos eles no momento certo, em conjunto com aqueles que ‘o proprio lugar agrega, crescerao. Umas mais répidas, outras mais lentamente. Cobrem solo, melhoram a terra. E j4 comecam trepar 0s feijdes nas manivas e com poucas semanas formario um baldaquim. Para as drvores e palmeiras da nova flores {a, que esta a se desenvolver, um perfeito viveiro, em situ: Autodindmico, at-condici- 1ado, autofertilizador e tmido. E uma cobertura que se eleva na medida que preci- a. O que cresce de gramineas ~e por enquanto pelo homem ainda achados ‘matos’ viram adubo e deixardo as suas sementes. Com um an’, ou menos, ou mais, tendo cumprido a sua fung0 0 nosso viveiro, ele, além de ter melhorado o solo, gestada, protegida e nutrida a nossa chovem floresta, nos criou o material para plantar novos do mesmo modelo dele em outros lugares necessitados. E rafzes, ele nos da, para nés ‘comer manihot utilissima. Tirando esse viveiro, aproveito também, de fazer um pr ‘meiro raleamento na multitude de arvores, deixando—num espagamento denso ainda “= as mais bonitas e podando as outras, — Transformagiio de matéria organica resulta ‘em frutificagio. : Os abacaxizeiros, fortes jd, recebendo nesse momento um pouco mais Tz. come- ‘gario a frutificar. Ap6s da cotheita do abacaxi a nossa rea estd recuperada e cheia vvida, numa préspera, densa e biodiversificada nova floresta. E as nossas frutife- tas, banana da prata, citrico, jaqueira, mangueira, pupunha, agai, cacau, cupuagu, acaba, aragé, ux‘ e intimeras espécies fazem parte orginica desse grande ¢ acolhe- ‘dor organismo. . Conclui-se: De sumo importincia, a serem usados como instrumentério para a -recuperacio de dreas degradadas, sic as estratégins que as prGprias matas seguem na re-ocupagiio de clareiras com similares caracteristicas ds nossas dreas em questic Os significados do termo AGRO sio incomensurdveis com os de FLORESTA. Eo uso das estratégias inerentes ao AGRO como instrumentatio na recuperagio “de solos seria um empreendimento questiondvel

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