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Auditoria No Sistema Único de Saúde: Aula 2
Auditoria No Sistema Único de Saúde: Aula 2
CONTEXTUALIZANDO
O sr. Luiz, paciente de uma cidade do interior, busca atendimento
ambulatorial, e é atendido na Unidade Básica de Saúde. O médico solicita alguns
exames, aos quais o sr. Luiz se submete e retorna com os resultados à unidade
de saúde. Ao analisar os resultados, o médico observa a necessidade de
atendimento especializado e exames mais específicos para o diagnóstico,
tratamento e possível internação. Os exames e o atendimento especializado
necessários não estão disponíveis no município. Como o sr. Luiz vai resolver o
seu problema já que ele não tem condições financeiras de custear as despesas?
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O SUS é um sistema de saúde, regionalizado e hierarquizado, que integra o
conjunto das ações de saúde da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, onde
cada parte cumpre funções e competências específicas, porém articuladas entre si,
o que caracteriza os níveis de gestão do SUS nas três esferas governamentais.
Ou seja, cada uma das três esferas do SUS – federal, estadual e municipal
– é definida por um representante: ministro da saúde, secretário estadual e
secretário municipal da saúde.
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Vídeo
Assista ao vídeo “Simpósio acadêmico em saúde – São Paulo com Dr. Arthur
Chioro Reis”. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=sJui3nLrfdU&list=PLGSJM4lvyfwg9xzdNi
fOqCMc9PduXJqKb>.
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I - Elaboração de decretos, normas e portarias que dizem respeito às funções de
gestão;
II - Planejamento, Financiamento e Fiscalização de Sistemas de Saúde;
III - Controle Social e Ouvidoria em Saúde;
IV - Vigilância Sanitária e Epidemiológica;
V - Regulação da Saúde Suplementar;
VI - Auditoria Assistencial ou Clínica; e
VII - Avaliação e Incorporação de Tecnologias em Saúde.
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e protocolos pactuados. A regulação das referências intermunicipais é
responsabilidade do gestor estadual, expressa na coordenação do processo de
construção da programação pactuada e integrada da atenção em saúde, do
processo de regionalização, do desenho das redes.
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b. organizar a oferta de ações e serviços de saúde e adequá-la às necessidades e
demandas da população;
c. oferecer a melhor alternativa assistencial disponível para as demandas dos
usuários, considerando a disponibilidade assistencial do momento;
d. otimizar a utilização dos recursos disponíveis;
e. subsidiar o processo de controle e avaliação;
f. subsidiar o processo da Programação Pactuada e Integrada (PPI).
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de regulação de urgência, que age nos casos de intervenção imediata que
necessitem de atendimento ambulatorial ou de internação.
Existe a Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade (CNRAC)
que busca atender os usuários em serviços não oferecidos em seu município ou
estado. O atendimento realizado por estados diferentes da origem do usuário é
financiado pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec).
FINALIZANDO
Com a regulação, o SUS permite que os usuários sejam atendidos de
acordo com seus princípios e diretrizes, ou seja, universalidade, integralidade e
equidade. Todos os níveis de atendimento são unificados para oferecer
qualidade em serviço contratada desde o primeiro atendimento, seja na Undade
Básica ou na Unidade de Urgência/Emergência, até o internamento e
procedimentos de alta complexidade, tudo sob monitoramento em todas as fases
e esferas envolvidas.
NA PRÁTICA
Vamos retornar ao relato apresentado na seção “Contextualizando”, no
início desta aula:
“O sr. Luiz, paciente de uma cidade do interior, busca atendimento
ambulatorial, e é atendido na Unidade Básica de Saúde. O médico solicita alguns
exames, aos quais o sr. Luiz se submete e retorna com os resultados à unidade
de saúde. Ao analisar os resultados, o médico observa a necessidade de
atendimento especializado e exames mais específicos para o diagnóstico,
tratamento e possível internação. Os exames e o atendimento especializado
necessários não estão disponíveis no município”.
Como o sr. Luiz vai resolver o seu problema já que ele não tem condições
financeiras de custear as despesas? Assinale a alternativa correta.
(As respostas com comentários estão na próxima página).
1. O sr. Luiz deve conversar com o médico e pedir para que este o trate em sua
cidade mesmo, pois não tem condições de buscar atendimento especializado em
outro município.
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2. O sr. Luiz desiste do atendimento, afinal de contas já está idoso e não acredita
que possa haver solução para o seu problema. Mesmo assim, busca se informar
sobre o atendimento, e o posto de saúde o atende, porém, não dá muita atenção,
afinal, ele mesmo disse que acha que não adianta.
3. O sr. Luiz, após conversar com o médico, é instruído pelos atendentes do
posto de saúde a aguardar informações sobre sua consulta. O médico faz uma
solicitação, a qual é encaminhada à Central de Regulação, que procura qual
município oferece os exames e o atendimento especializado. Os procedimentos
são agendados e o sr. Luiz é levado por condução da prefeitura para realizar seu
tratamento.
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Respostas
Comentários:
1. Resposta incorreta. De acordo com a Constituição Federal “saúde é direito de todos e dever
do Estado”, o município tem obrigação de atender o sr. Luiz em suas necessidades de saúde.
Podemos ainda nos basear em algumas diretrizes do SUS: a universalidade de acesso aos
serviços de saúde em todos os níveis de assistência, e a integralidade de assistência, que
engloba ações de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Deve haver um contrato com a Secretaria Estadual de Saúde para encaminhamento, via
Central de Regulação, para outros estabelecimentos de saúde que possam oferecer apoio
diagnóstico e terapêutico ao sr. Luiz.
2. Resposta incorreta. Novamente citamos a Constituição Federal: “saúde é direito de todos e
dever do Estado”, o município tem obrigação de atender o Sr. Luiz nas suas necessidades de
saúde.
3. Resposta correta. O município, por meio da Central de Regulação, irá buscar locais que
possam atender o sr. Luiz a fim de oferecer apoio diagnóstico e terapêutico.
REFERÊNCIAS
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<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/curso_regulacao_SUS_1ed_eletro
nica.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2017.
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