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As partes anteriores deste projeto apresentaram a estrutura de um processador simples. A
parte I apresentou o projeto e na parte II o processador foi conectado a um contador externo e a
uma unidade de memória. Nesta nova etapa serão descritas outras partes do projeto deste
processador.
O primeiro passo é a extensão do processador de maneira que um contador externo não
seja necessário e que e adição da habilidade de realização de operações de leitura e escrita
usando dispositivos de memória. Serão adicionados três novos tipos de instruções ao processador
conforme apresentado na tabela 1. A instrução ld(load) carrega no registrador RX o dado
encontrado na memória na posição encontrada no registrador RY. A instrução st(store) armazena
o dado contido no registrador RX na posição de memória cujo endereço está no registrador RY.
Finalmente, a instrução mvnz(move if not zero) permite que a operação mv seja executada
somente sob a condição de que o conteúdo do registrador G não seja igual à 0.
A figura 1 mostra dois registradores no processador que são usados para transferência de
dados. O registrador ADDR é usado para enviar o endereço à um dispositivo externo como um
módulo de memória, por exemplo, e o registrador DOUT é usado pelo processador para prover
os dados que serão armazenados fora do processador. Um dos usos do registrador ADDR é para
a leitura ou busca de instruções da memória; quando o processador precisa buscar uma instrução,
o conteúdo do PC (R7) é transferido no barramento e carrehado em ADDR. Este endereço é
então provido à memória. Além da busca de instruções, o processador pode ler dados de
qualquer posição de memória através da utilização deste mesmo registrador ADDR. Tanto dados
quanto instruções são recebidos no processador pela entrada DIN. O processador pode escrever
dados em um dispositivo externo através do armazenamento do endereço no registrador ADDR,
do armazenamento dos dados no registrador DOUT e da habilitação do sinal W (write).
A figura 2 ilustra como este processador aprimorado é conectado à memória e a outros
dispositivos. A unidade de memória da figura suporta operações de leitura e escrita, possui
entrada de dados e de endereço e também uma entrada que ative a escrita. Além destes sinais, a
memória possui uma entrada de clock porque os dados são carregados quando há uma borda
ativa do sinal de clock. Este tipo de memória é geralmente chamada de synchronous random
access memory (synchronous RAM). A figura 2 inclui também um registrador de 16-bits que
pode ser usado para armazenar dados vindos do processador e que por sua vez é conectado à um
conjunto de leds que permitem a apresentação dos dados na placa DE2. Para que seja possivel a
seleção da unidade de memória ou do registrador quando ocorre uma operação de escrita, este
circuito inclui algumas portas lógicas que realizam a decodificação do endereço; se as linhas
A15A14A13A12 = 0000 então será escrito na posição de memória dado pelo endereço nas linhas de
indíce mais baixos. A figura 2 apresenta n linhas de endereço conectadas à memória; para este
trabalho uma memória com 128 palavras é suficiente, o que implica que n=7 e que a porta de
endereço da memória é ligada às linhas A6 ... A0. Quando o endereço começado por
A15A14A13A12 = 0001, então os dados escritos no processador serão carregados no registrador
que tem sua saída ligada nos leds.