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Não me identifique, meu bem.

Apenas me amplifique em suas margens melancólicas.


Me ouça mais do que posso falar. E calarei tua boca com aquilo que tu mais deseja.
Anestesie meus lábios de tanto beijar, não serei fluido seu, serei apenas eu.
Por isso, amor meu, me crave em teu peito, e me reduza até aquilo que tu chamas de amor.
E depois, me salve, não me permita cair mais uma vez em lábios que não sejam os seus.

Mesmo com meus erros, fiz meu reduto de amor.


Te amo em silêncio, de mansinho, feito gatinho a ronronar.
Te quero até meu silêncio gritar, te quero mais do que possa imaginar.
E quando fores bolero meu, eu te quero mais e mais. Até que meu “te amo” seja pontinho
de luz nas trevas do seu dia, meu amor.

E quando eu for eu, que eu seja assim, mansinho feito o voo de passarinho.
Que eu escale as paredes feito gato procurando passarinho,
Que eu berre feito cão a observar o gatinho.
Que eu seja mansinho feito a carrocinha a capturar o cãozinho.
E que eu, finalmente, voe feito passarinho.

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