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Pratica recomendada IBRACON Pele) Call: de edificios de oe | COMITE TECNICO CT-301 ere) Te any [), RATICA RECOMENDADA IBRACON PARA ESTRUTURAS DE EDIFICIOS DE NIVEL 1 ESTRUTURAS DE PEQUENO PORTE PREPARADA PELO COMITE TECNICO CT-301 CONCRETO ESTRUTURAL ——cournponenie es do comité CT-301 Coordenador: Augusto Carlos de Vasconcaios Membros: ANTRANIG Muradian Arthur Luiz PITTA Eugénio Luiz CAUDURO Gabriel Oliva FEITTOSA Joo BOSCO Prado Ferrari José Augusto da Siva GANTE José Martins LAGINHA Neto José RUDLOFF Manns José ZAMARION Ferreira Diniz ‘Sérgio Augusto MANGINI Sydney Avo de ALMEIDA CUNHA Vicente DE STEFANO: WALDEMAR dos Santos Jr. WANDA Vaz dos Santos 0Bs.: Na fase final de elaboracao foram coordenadores 0 ‘eng, Sérgio Augusto Mangini e José Zamarion Ferreira Diniz sah IBRY raat pre esent 'agao, Em todo 0 mundo, as Normas Técnicas, destinadas ao célculo e dimensionamento das estruturas de concreto, tém se tornado cada vez mais complexas. Isto se deve ao desenvolvimento das técnicas de execugao e analise das estruturas, & introdugao de programas para computador, cada vez mais, ppréximos do célculo automatico, enfim, a uma abrangéncia maior do que no pasado, No entanto, as estruturas mais simples so ainda calculadas, em sua maior Parte, através de processes diretos tradicionais, no sendo compensador 0 so de forrameantas de calculo mais sofisticadas. O prot. Arthur Luiz Pitta observou este fato ha mais de dez anos, em palestra realizada na Divisio de Estruturas do institute de Engenharia de S40 Paulo, quando propés a simpliicago do céloulo através de uma normalizago adequada para edicios de pequena altura. Mais recentemente, 0 prot. A. C. R. Laranjeiras, da UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, eaborau um documento de garantia de qualidade para a empresa SUAREZ - “Execugdo de Projotos de Estruturas de Concrato Armado do Edificios’ - que também caminha no sentido da simplicagao, extraindo das Normas Vigentes 0 essencial para a aplicacao visada. 0 IBRACON agracece a estes ilustres técnioos mencionados @ & empresa SUAREZ a autorizagao para uso 6 adaptagdo de suas idéias. ‘Também cabe agradecer a todos participantes do CT-301, bem como aqueles que tém nos enviado suas critices e sugestoes, desde a divulgagao da primeira verso desta Pritica Recomendada, por ocasido da Reuniéio Anual de 1997. As Recomendagées forarn atualizadas de acordo com a titima versao da nova NB+1 em estagio final de elaboracao pelo CB-2 da ABNT e atendem todas as prescrigdes da NBR-6118. © IBRACON espora que esta Prdtica Recomendada venha colaborar para a divulgagao e uso das estruturas de concreto adequadamente projetadas e executadas: ICON IRETORIA pg 03 1. pg oF 2. CLASSIFICAGAO DAS ESTRUTURAS PELA COMPLEXIDADE.... 9 07 as 9 08 4. pg 08 5. pg OF 6. CRITERIOS DE SEGURANCA.. po 10 7. COMBINAGAO DAS ACOES... pg tt 8. ANALISE ESTRUTURAL, py 2 9. TRABALHO CONJUNTO AGO-CONCRETO.... po 20 10. ELU - SOLICITAGOES NORMA pg 28 11. ELU - SOLICITACOES TANGENCIAL........ pg 27 112. ELS - VERIFICAGAO DA FISSURAGAO. po 34 13. ELS - VERIFICACOES DAS DEFORMACOES.... po 35 14. DIMENSOES MINIMAS DAS PECAS..... pg 98 Pr Gficas recomendadas TBRACON Estruturas nivel - 1 reno Estas recomendagées tém a finalidade de fomecer subsidios aos escritorios de projetos de estruturas, a fim de ‘que, na rotina em edtficios de “pequeno porte”, possam exclir, os pormenores da norma oficial NB-1, ainda que de maneira satistatoria ‘Tis recomendagées aplicam-se exclusivamente a3 estruturas oorrentes de edilicios habitacionais (edificagSes em geal, residéncias, escolas etc), ou de escritérios, dentro das limitacSes adiante enumeradas para estruturas de Nivel 1 ee das estruturas pela complexidade Para eteito do uso destas recomendagées, € necessério classificar as estruturas em trés diferentes niveis, de acordo com sua complexidade. Esses niveis serao denominados NIVEL 1, NIVEL 2, NIVEL 3. Aqui serao abor- dados as estruturas de NIVEL 1 ‘Tratam-se de estruturas muito simples até 4 pavimentos, regulares, sem protensdo, submetidas a sobrevergas nunca superiores a 3 kN/mr?, com altura de pllares até 4 m @ vaos ndo excedendo 6 m. Vo maximo de lajes até 4 m ( menor vao) ou 2 m se $e tratar de balangos 0. Nao devem existir empuxos nao equilbrados de terras em faces opostas da estrutura. A consideracdo do efeito do vento podera ser omitida, desde que as prescrigées para dimensionamento dos pilares sejam rigorosamente cbedecidas. Para que isto seja possivel é indispensavel a existéncia de contraventamentos om duas diregies no conjunto estrutural Estruturas situadas em ambientes quimicamente agressives nao devem ser enquadradas no NIVEL 1. Para as estruturas do NIVEL 2, néo abrangidas pelas presentes recomendagoes, as liberdades serdo menores, podendo existr protenso e sendo obrigatéria a consiceragao do efeito do vento, Sdo as chamadas “Estruturas de Porte Intermedirio” ‘A expresso “Porte Intormediio” nao esta relacionada ao tamenho, nem a importancia da estrutura. Um exifclo de grande altura pode ser considerado de porte intermedi, se sua estrulura for simétrica, com pérticos bem delineadies nas duas diregces principais, com vigas entre pares e vaos moderactos. Um parametro para julgamento pode ser 0 coeficionte de ampificacao dos momentos de 1" ordem (Coeficiente y,). Para valores deste parémetro até 1,10. 0s momentos de 1# orem séio ampliados om menos de 10% e essa ampliicago pode ser cispensada, Entrotanto isto nao significa que o efeito do vento posse ser omitco. Cutra condigao para que a estrutura passa ser considerada de porte intermedidrio 6 a grandeza dos vaos. Para feito desta recomendagéo © de forma simpiiicada, um vao é considerado grande cuando a flecha elastioa no 7 estddio 1, sob carga total, superar 1/250 do vao, como condigao preliminar, sem considerar o efeito ao longo do tempo @ sem considerar a existéncia de engastamentos favoréveis, Para as estruluras do NIVEL 8, que nao se encaixam em nenhum dos dois niveis jé descritos, nao podera ser aplicada qualquer simplicagao e deverd ser aplicada integraimente a norma brasileira NBR-61 18 em vigor. () Os valores aqui estabolocidos devem ser considerados com tolerancia de ~10%. 3 _ ; (eferancia normativa NBR 6118 - Projeto ¢ execugao de Obras de Concreto Armado, estando incorporadas algumas das diretrizes da revisdo atualmente em processo de discussio. 4 M ateriais 4.4 Concreto Cam 0 objetivo de atender as condigdes de durabilidade, deve-se utiizar concretos com resisténcia caracteristica ‘@.compressdio minima de 20 MPa (C20 conforme NBR 8953:1992). Dadas as caracteristicas das Estruturas de Nivel 1, admite-se que as classes de resisténcia estarao compreendidas entre 20 e 30 MPa (620 a G30), 4.1.4 Propriedades Mecanicas de Conereto Pode-se adimitir as seguintes propriedades principais para 0 concreto: Resisténcia caracteristica a tragdo: f., = 0,21. (fek)?® (MPa) Resisténcia mécia a tracdo: f,,, = 0,30. (fek)"* (MPa) Médulo de Deformacao Longitudinal Secante: B= 4.700 x V fek (MPa) Os valores de retragdo © do coeficiente de fluéncia podem ser tomados iguais a 0, =2,5 para concrete armado, 20 ar lve; E,,..= 70.25 fo (ou mnv/m) para concreto simples, podendo-se adotar ~ 0.15 %e para concrete armaco com armadura > 1%. 4.2Ag0 Estas Praticas pressupdem a utilizacao dos agos admitidos nas Normas Brasileiras. 5 | Jurabilidade 5.1 — Vide tt E 0 patiodo de tempo pré-fixado pelo primeiro proprietario da obra, assessorado pelo projetista, durante © qual, a estrutura exposta a uma condicao ambiental prevista, atende a seus objetivos estéticos @ de seguranca, sem exigir altos custos de manutengéo ou reparos. Para efeito destas Praticas as condigdes de exposicao so as da Tabela 5.1, correspondentes as classes de ‘agressividade ambiental [¢ II, ou soja, fraca ¢ moderada, que resultam em pequeno risco de deterioragao da estrutura, Condigdes de exposigdio mais severas nao so contempiadas aqui Macro clima ee Micro clima Interior das edificagdes Exterior das edificagdes Seco, timid ou ciclos Seco, tmido ou ciclos umidade de molhageme —_umidade de mothagem e relativas65% — seeagem relativa <65% — seeagem Rural 1 1 1 " Urbana 1 u 1 1 Nota: Nos casos de dosagem em volume e produgao do conereto na propria obra recomenda-se a utlizagtio de consumo minimo de cimento 200 kg/m. TABELA 5.1 ~ Classes de agressividade ambiental em fungao das condigbes de exposica0 6.2 ~ Qualidade do conereto ¢ cobrimento ‘As condigdes gerais que conduzem a um projeto adequado do ponto de vista da durabiidade, deve estar asseguradas pelas caracteristicas do concreto, da espessura @ pela qualidade do cobrimento das armaduras. Existe uma forte correspondéncia entre a relacao agua/cimento, resisténcia & compressdo do concreto ¢ sua urablidade. Os requisitos minimos da durabildade estao indicados na Tabela 5.2.1 z Classe de agressividade | Classe de agressividade II Relagio a/c em massa 0,65 < 0,60 Classe do concreto do (NBR 8953) 2C20 2C25 TABELA 6.2.1 - Correspondéncia entre classe de agressividade e qualidade do concreto Para garantir o effcaz cobrimento da armadura, o projato @ a execugao devem considerar 0 cobrimento nominal, que € 0 cobrimento minimo acrescido da toleréncia de execugdo. No caso destas Praticas, foi considerada a 9 10 tolerancia de 10 mm. O cobrimento minimo deve ser maior do que o diémetro }, da barra da armadura, em relago & qual ele estd sendo determinado ¢ maior que 1,2 vezes 0 diametro maximo do agregado usado no concreto da estrutura. Os valores recomendados para o cobrimento so os indicados na Tabela 6.2.2. Os diametros maximos de agreaados, estao indicados na Tabela 5.2.3, Lajes (*) ‘Vigas e pilares 25 - (*) Na face superior de lajes revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais $ec08, do tipo campete ou madeira, com argamassa de revestimento @ acabament tals como pisces. de alto desempenho, pisos cerdmicos € outros tantos, adrmite-S€ Crom =@ @ndo menor do que 1,5 om. TABELA 5.2.2 Valores do cobrimento nominal em om, em correspondéncia com a classe de agressividade. >... (mm) 95 TABELA 5.2.3 - Valores do diametro maximo do agregado gratido 5.3 - Condigées de Concretagem O projeto deveré prever condigdes adequadas de conoretagem, com o fim de evitar ninhos ¢ segregagées, permitindo © correto adensamento do conereto. Na face superior das vigas, por exempio, dave-se prever um espagamento minimo entre baras da armadura de 5 om para introdugo do vibrador; 0 espagamento minimo livre entre_as armaduras, medido no plano da segdo transversal, deverd sar igual ou superior ao maior dos seguintes valores: 1a diregao horizontal: 20 mm; didmetro da barra, do feixe ou da kiva; 1,2 vezes 0 di&metro méximo do agregado. na diregao vertical: 20 mm; didmetro da barra, do fexe ou da kiva; 0,5 vezes o diametro maximo do agregado. Estos valores ndo se aplicam necessariamente as regia de emendas por traspasse das barras. © Citétios de seguran¢ca © projeto deverd ser desenvolvido em atendimento ao Método dos Estados Limites, conforme Normas NBR 8681 (Agdes e Seguranga nas Estruturas) e NBR 6118 (Projeto e Execugao de Obras de Concreto Armado).. Devern ser considerados os seguintes : Estados Limites Uttimos, associados & capacidade resistente da estrutura e relacionados a0 colanso, ou @ qualquer outra forma de ruina estrutural, que determine a paralisagao do uso da estrutura, ©) Estados Limites de Servico, associados ao desempenho da estrutura em servigo, abrangendo pelo menos 08 Estados Limites do Fissuragdio Excessiva e de Deformagéo Excessiva. 6.1 Cooficientes de Ponderagao da Seguranga Os valores de calculo das agdes, das solicitagdes e das resisténcias dos materiais so os valores a serem ‘adotados para 0 calculo nos estados limites. Eles sao obtidos por melo da majoragdo (no caso das agdes e das solicitagdes) ou da minoragao (no caso das resisténcias) dos valores caracteristicos, através dos coeficientes de ponderagdo da seguranga, respectivamente, de forma que: falor de céloulo da agao F, =, F, valor de célculo da resisténcia do material m= £,,/Y, f, Se, para a solicitagao considerada, a resposta da estrutura for linear, o coeficiente ¥Y, podera ser apicado a agao caractoristica ou diretamente a soiicitagao caracteristica: feito de F, = efeito dey, . F, = Y, -efeito de Se, para a solicitagdo considerada, a rosposta da estrutura no for linear (como ocorre, por exemplo, na cconsiderago dos efeitos de 2" ordem, na verficagao da instabilidade de elementos comprimides), 0 coefciente 1, devera ser aplicado & acd carecterstica 8, = efeito de F, = eteito dey, -F, Para o calculo nos estados limites tiltimes (ELU)) ¢ de servigo ( ELS), os seguintes coeficientes de ponderacao deverdo ser aplicados: Ages (Y), 14 10 ‘Conereto (1) id 10 Age (1) 1S: 10 TABELA 6.1 — Coeficientes de Ponderagao da Seguranca ombinagdéo das agées Para o dimensionamento e verticagao dos elementes estruturais, as agdes dovordo ser combinadas de forma a produzir 0 efeito destavoravel na segao considerada, Para as estruturas de NIVEL 1, objeto destas Praticas, as solicitacdes de célculo, decorrentes das combinagdes ‘a serem consideradas poder ser as seguintes: 7.1 Em Estado Limite Ultimo: Nessa expressio, g , q , € representa respecivamiente agoes parmanentes, varidveis @ indiretas (deformagdes impostas, como retragao do concreto e temperatural. ‘Quando existirem agbes variive's de diferentes origens, com pouca probabilidade de ocorréncia simultanea, que causem solcitacdes S.,, > Sy) > Sy, > +, Podera S,._ da expresséio anterior, ser substituida por: Sy + OBS, + Sys + Sy t Nota: Ha casos em que a situagao mais desfavorével de dimensionamento ocorre para combinagbes de agdes de naturezas diferentes; quando isso ooorrer e a carga permanente aluar de modo favordvel ( por ‘exemplo, na flexo-compress4o, com N, ¢ M,), deverd ser verificada a combinagio com y, = 0,9 ¢ 7, = 14 S)=Sy + Sy 48e. Quando existirem agdes varidveis de diferentes origens, com pouca probabilidade de ocorréncia Simultanea, podera a expresso anterior ser substituida por: 7.2 EmEstado Limite de Servigo: 8,407.8, } 40.6.1 Sy. + Sis ue 8 - Zh /\ndlise estrutural 8.1 - Disposigdes Gerais 8.1.1 Caloulo dos Esforgos Solicitantes No céleulo dos esforgos solicitantes, que podem ser efetuades em regime eléstico-inear (a excegdo de casos de instabiidade eléstica), devem ser consideradas a infiuéncia das cargas permanentes e variaveis e de todos 08 agentes que possam produzir esforgos importantes. Estes agentes serdo considerados de acordo com as Normas @ as eventuais condigdes mais rigorosas, peculiares de cada obra, a serem especificadas pelo proprietario, 8.1.2 Cargas Variaveis As cargas variéveis sfc fixadas nas Normas @ deve ser dispostas na posigao desfavordvel para a seoa0 estudada, quando matores do que 3 kN.m®. 8.1.3. Retragdo e Variagao de Temperatura ‘Supde-se, para céloulo, que as variagdes de temperatura sejam uniformes ao longo da estrutura, salve quando a desigualdade dessas variagdes, entre partes diferentes da estrutura, seja muito acentuada. O coeficiente de diiatagao térmica do conereto armacio € considerado igual a 10°/ °C. AA vatiagao de temperatura do concreto causada pela variagao de temperatura sazonal depende do local da obra e deve ser considerada entre + 5°C e = 10°C. O efeito da retrago serd considerado como equivalente a uma queda de temperatura de 15°C . Em pogas permanentemente envolvidas por terra ou agua em todas as faces @ em edificios que tenham, em planta, dimensdo interrompida por junta de dilatagéo néio maior que 30 metros, em geral pode ser dispensado- © calculo da influéncia da retragao e de variacao de temperatura. Esta ultima condicao nao se aplica a muros, Paredes estruturais ou pilares robustos rigidamente ligados as fundagdes. 82 Lajes 8.2.1 Vo Teérico Considera-se vao tedrioo: @) De lee isclada: 0 vao livre acrescido da espessura da tale no meio de vaio. 'b) De laje continua, vao intermediario: a distancia entre os centros dos apoios. ©) De laje continua, vaio extremo: 0 vaio livre acrescido da semi-largura do apoio interno @ da semi-espessura no meio do vaio. 8.2.2 Distribuigéo de Cargas Quando howver cargas concentradas ou parcialmente distrbuidas aplicadas sobre a laje, seus efeitos (momentos fletores, forgas cortantes @ reagbes sobre vigas ou alvenarias } devem ser caloulados sobre larguras colaborantes efetivas. ‘Asreagées das lajes podem ser calouladas pelas charneiras plasticas como simplesmente apoiadas nos contornos ‘onde existitem vigas ou paredes de alvenaria, As reagdes podem sar determinadas através das éreas delimitadas pelas charneiras. No caso de painéis retenguiares apoiacos nas 4 borcas poce-se definir as charneiras por intermédio de finhas do ruptura inclinadas de 45° em relagao aos lads, independentemente da existéncia de engastamentos. No caso de lajes rotangulares do vaos ¢ © L, apoiadas nas 4 bordas, pode-se celcular as reagbes aplicadas nas \igas ou alvenerias, admitindo-as uniformemente distribuidas sobre esses suportes, pelas exoressdes (p representa @ carga total por rr? — permanente + variével — sobre a laje): Cargas atuantes nos lados menores: r, =p /4 5 Cargas atuantes nos lados maiores: R, =(p. (/4).(2- f/L) para lajes armacias em 2 diregdes e(p . £/2) para lejes armadas em 1 direcao. No caso de painéis nao retangulares ou de painéis retangulares com reduzido ntimero de apolos ou com apoios fom extensées parciais, exige-se um célculo justificative das chameiras adotadas. 8.2.3 Lajes Continuas Armadas Numa Unica Diregao As lajas continuas armadas numa tiniea diregéio podem ser calculadas como vigas continuas livremente apoiadas, 13 com as seguintes modificagdes: 1) Nao devem ser considerados, nos vaos, momentos positives menores do que os que se obterian se howvesse engastamonto perieito da laje nas extremidades dos referidos vaos. b) Em ediffcios, quando 0 menor vao da laje continua no for inferior a 60% do maior, pode-se calcular oS momentos méximos e minimos, orundos de carga uniformemente distribuida, com a formula M = p*/k, endo k igual a (a 1* coluna refere-se a0 caso de haver misulas com altura sobre © apoio néo inferior a £/30, & a 2* aos demais casos}: ‘Momentos negatives sobre os apcios, havendo mais de dois vaos (no caso de vaos desiguals, ¢ designa ‘a média aritmética dos dois véios adjacentes ao apoio considerado ): ~ Apoios internos dos vaos extremos ~ Demais apcios intermeciérios Idem havendo dois vos ~ Apoio intermediario ‘Momentos positives nos vaios ae - Vos extremos - Vos Intermediérios (Os momentos negatives nos vos, sendo £ 0 vao maior, g a carga permanente e q a carga variavel, podem ser caloulados pela formula: 8.2.4 _Lajes Armadas em Duas Direges ‘As lajes retangulares armadas em duas diregdes podem ser calculadas por um dos seguintes processos: a) Pela Teoria da Elasticidade, em regime eléstico-lnear com V=0.20; b) Em regime de ruptura ( charneiras plasticas ), se a laje tiver espessura uniforme e a armadura em cada direc for distribuida uniformemente, utiizando-se as contiguragdes das linhas de ruptura conhecidas através da teoria classica. Recomenda-so, neste caso, atengao especial aos limites ce deslocamentos (flechas) © fissuragao, 8.2.5 Furos @ Aberturas Em geral, sao admitidas abertures. em lajes com dispensa de verificagao de sua influéncia na resistencia 6 na deformagao, quando sao satisfeitas as soguintes condigoes: 2) 08 furos devem atravossar a laje na diregio de sua espessura; b) as lajes devern ser armadas em duas diregdes; 0) as dimensdes das aberturas nao ultrapassam 0.1.4 (f= menor vao); ) distancia minima entre a abertura e a borda livre da laje igual a 2/4; ©) distancia minima entre aberturas vizinhas igual a £/2; ‘Alem disso, nas faces superior @ inferior da laje, junto &s bordas das aberturas, devem ser dispostas armadures ‘complementares, paralolas aos lados das aberturas e, ao longo de cada lado, armaduras ortogonais aos mesmos. As primeiras ancoradas a partir de h/2 ( h = espessura da laje ) do vértice da abertura; as uitimas, ‘espagadas de 2h < 20 cm e ancoradas para o interior da laje, em diregao oposta 8 abertura. 8.2.6 Lajos Nervuradas As lejes nervuradas, assim consideradas as lajes cuja zona de tragao 6 constitulda por nervuras entre as quais podem ser postos materials inertes, de modo a tornar plana a superficie externa, podem ser calculadas de acordo com os Iens 8.2.1 a 8.2.4 ou como grelha (pode-se neste caso, para cargas uniformes, supé-las divididas em dois quinhdes, agindo cade um sobre as vigas em cada diregio ¢ determinados de modo a haver coincidéncia da flecha maxima das vigas centrais), desde que se observe o seguinte: a) A distancia livre entre nervuras nao deve ultrapassar 100 om.; b) A espessura das nervuras ndo deve ser inferior a 6 cm e a da mesa nao deve ser menor que 4 cm, ou 1/16 da distancia live entre faces das nervuras; ©) Aresisténcia da mesa a flexdo e das nervuras ao cisalhamento deve ser demonstrada sempre que haja carga concenirada, ou que a distancia live entre faces das nervuras supere 60 om. d) O apoio das lajes deve ser feito ao longo de uma nervura; nas lajes armadas numa 96 diregdio, sao necessérias nervuras transversais sempre que haja cargas concentradas a cistribuir, ou quando o véo tebrico for superior a 4'm, devendo existir duas nervuras, no minimo, se esse vo ultrapassar 6 m. @) Nas nervuras com espessura inferior a 8 cm no 6 recomendado colocar armadura de compressao no lado ‘posto a mesa. 8.3 Vigas 8.3.1 Considera-se vo tedrico: 2) De viga isolada: a distancia entre os centros dos apoios, nao se considerando valores maiores que 1,05 £” ( 0" 6a distancia livre entre faces de apoios }. ») De viga continua, vao intermediério: a disténcla entre os centros dos apoios. ¢) De viga continua, vo extremo: o vo livre acrescido da semi-largura do apcio interno e de 0.03 £". 8.3.2 Vigas Parede \Vigas do um tramo com altura maior ou igual & metade do vao tedrico, ou continuas ou em balango com altura maior ou igual a 0,4 do vao teérico, devem ser calculadas como vigas parede. 8.3.3 Vigas Continuas Em edificios, pode-se considerar as vigas continuss sem as ligagées rigidas com os apoios, devendo-se porém. observar 0 seguinte: a) Nao deverao ser considerados momentes positives, nos vos, menores que os que se obteriam se houvesse ‘engastamiento perfeito da vige nas extremidades dos referides vaos. 1b} Sobre os apoios monoliticos, pode-se arreciondar o diagrama clos momentos fietores, tomando para valor maximo do momento negative a média entre o maximo caiculado ¢ a semi-soma dos que se verificam nas faces do pilar. Is ¢) Quando a viga for solidéria com o pilarintermediario e a relacao entre a largura do apoio, medida na diregao da viga, e a altura do pilar for maior que 1:5, deve-se calculé-la como perteitamente engastada nesse apoio. 0) As reagbes das vigas nos pilares devem ser determinadas para carregamento total do pavimento, devendo entrotanto ser considerado o alivio de carregamento no apoio extremio (em consegtiéncia do momento no apoio contiguo) reduzido de 50%, .) Quando nao se fzer © célculo exato da influéncia da solidariedade dos pilares com a viga, deve-se considerar ‘obrigatoriamente que nos apoios extremos atue um momento fietor igual a sendo F =1/L = indice de rigidez 1 = momento de inércia da segao bruta e L = comprimento da pega indice relativo ao pilar inferior indice relativo ao pilar superior indice relativo a viga M = momento fletor de engastamento perfeito da viga no pilar 8.3.4 Plastificagao de Momentos nos Apoios (Osmomentos nas segGes de apoio podem ser ciminuidos mediante uma plastiicagao de 15%, sem necessidade de veriicagdo da capacidade de rotacao da rétula plastica assim formada, mas ¢ obrigatoria a redistribuigao dessa redugao pelos vaos adjacentes, de modo a manter 0 equilibrio entre as agdes externas © os esforgos solictantes resultantes. 8.3.5 Furos e Aberturas Quando houver necessidade de aberturas nas vigas para passagem de tubulagdes , dispensa-se a verificacao de sua influéncia na resisténcia e na deformacao, quando sao satisfeitas as seguintes condigoes’ 2) 0s fures devem atravessar a viga na direao de sua largura’ b) 0s furos se localizam na zona tracionada a uma distancia livre da face do apoio, nao inferior a 2h (h=eltura a viga } ©) existindo varios furos paraleles, a disténcia livre entre eles nao deve ser inferior a 2h; 4) 0 diametro ou a altura do furo nao devern ser superiores a 12. cmnem a 1/3. Além disso, ©) as armaduras da viga ( barras longitudinais e estribos ) nao devem ser seccionados; 4) 08 cobrimentos minimos exigidos devem ser mantidos para todas as barras que circundam 0 furo; 9) deverd ser prevista armadura minima em volta do furo, constituida por pelo menos 2 @ 10 em todo o seu perimetro, 8.4 Pilares Estas Préticas tratam exclusivamnente dos casos de pilares de estruturas ( deslocaveis ou indeslocaveis ) de nds fixos, onde os deslocamentos horizontais dos nés, decorrentes dos efeitos de instabilidade global da estrutura, podem ser desconsiderados, correspondendo a nao mais do que 10 9% dos respectivos esforgos de 1" orden, Para essas estruturas, quando forem conhesidos os momentos fletores nas extremidades A e B de cada trecho do pila, sob a agdo de todos os carregamentos, cada pilar pode ser estudad isoladamente, sob @ agao da forga normal atuante € com diagrama linear de momentos fletores cujos valores nas extremidades sojam cconhecidos. Admite-se implicitamente que néo existam forgas horizontals aplicadas entre os oxtrornos A e B. Uma estrutura pode ser considerada de nds fixos se seu parametro de instabllidade 0. for menor do que &,, ‘como definido a seguir: com: a=, JIN TEI) 0, =02+0,1n para ns3 = 06 para n24 onde: 1 numero de nivels de barras horizontals (andares) acima da fundagéo ou de um nivel pouco deslocavel do subsoio; Hy altura tolal da estrutura, medida @ partir do topo da fundagao ou de um nivel pouso desiocdvel do subsolo; EN, - somatéria de todas as cargas verticais atuantes na estrutura (a partir do nivel considerado para 0 céloulo de H,,), om sou valor caracteristico; F, I, ~ somatoria da rigidez de todos os pilares na dirego considerada. No caso de estruturas de porticas com pilares de rigidez variével a0 longo da altura, pode-se considerar © produto de rigidez E, I de um pilar em balango equivalonte, de sogiio constante @ de mesma altura Hq. (isto &, que para um dado caregamento oxzontal, aoresente 0 mesmo deslocamenta da estrutura no topo, para 0 mesmo cerregamento). Os pilares sao calculados sob a agao do carregamento vertical total (sem desconto de carga varidvel) resultante do célculo das vigas por eles suportados, ¢ das excentricidades decorrentes desses carragamentos (efeitos de 1? orciem), de desvios nao intencionais de construgéo (exeentricidades construtivas) e das provocadas por instabildade eléstica (excentricidades de 2° ordem), E possivel determinar de forma aproximada 0 coeficiente ¥y, de majoragao dos estorgos globais finais com relagdo aos de 1? ordem. Essa avaliacdo é efetuada a partir dos resultados de uma andlise near de 1° ordem, adotando-se os valores de rigidez dados por (EI),.. = 0.7 EI, para vigas e pares que compoem a estrutura de contraventamento valor de ¥, ¢ dado por: Considera-se que a estrutura é de nds fixos se for obedecicda a condigdo: : M,,,36 0 momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas as forgas horizontals, com sous valores de célculo, em relaglo base da estrutura. aw @ SOMA dos produtos de todas as forgas verticals atuantes na estrutura, com seus valores de caleulo, pelos deslocamentos horizontals de seus respectivos pontos de aplicagao, obtidos da andiise de 1* ordem. ” 8.4.1 Efelto do Vento Nao se dispensa a consideragao do vento em galpes. No caso de edificagdes correntes, que possam ser caracterizadas como NIVEL 1 e portanto abrangidas por estas Praticas, em geral pode-se dispensar 0 cdlculo da ago do vento, quando forem atendidas simultaneamente as seguintes condigoes: a) a altura maxima de cada andar nao exceder 4,00 metros; ) os pares fore contraventados em ambas as extremidades, em diregdes perpendiculares entre si; 0) na dirego considerada, a altura ve do pilar nao exceder 0 dobro da largura de construcao. 8.4.2 Momentos de 1* Ordem. Na falta de caiculo rigoroso, podem ser consideradas em geral as seguintes simpiticagdes, nas estruturas ‘comuns de editicios, indeslocéveis @ de nés fixes: a) Ressalvado 0 disposto em 8.3.3 , as agdes das vigas sobre pilares intermedisrios, decorrentes do carregamento vertical, podem ser supostas centradas ( isto €, sem ocorréncia de momentos fletores de 1* ‘order ), desde que os momentos devidos a excentricidades reais de locagao em planta possam ser desprezados, ou resistidos por travamientos paralelos ao plano em que atuam esses momentos, Esses pilares intermediarios devem ser verificados & flexio composta, consideradas as excentricidades ‘construtivas € de 2° ordem ou, nao existindo esta tiltima, a compressao axial por processo simplificado que considere a primeira. b) Nos nés dos pilares extremos, que deve sempre ser verificados a flexdo composta, nas estruturas contraventadas de nés fixes de edificios, os momentos de 1° orciem nas extremidades A e B de pilares que do pertengam a estrutura de contraventamento (portanto no suieitos a estorcos horizontals), decorrentes: de suas ligagdes com vigas submetidas a cargas uniformemente distribuidas p, podem ser avaliados como segue: sendo: Lg Lp = comprimento do pir 1 vo da viga que se apoia em pilar extremo inércia da viga inércia do pilar k1 = 1 para pilares extremos de cobertura € 0,5 para pilares extremos de andares intermediarios 8.4.3 Excentricidade Construtiva e Momento Minimo Nas estruturas reticuladas usuais admite-se que 0 efeito das imperfeigdes locais esteja atendido se for respeitado 20 em que h 6 a altura da sago na diregao considerada e V=N/(A£,) © momento total maximo no pilar deve ser calculado pela expresséo: +n, fet M 10 >Mua COM Magy 2 Mian (8-4.3) € M,,,, definido em (6.4.4 a) a ‘Trabalho conjunto ago-concreto 9.1 Ancoragens por Aderéncia 9.1.1 Tensao de Aderéncia entre Concreto e Armadura A tensao de aderéncia, de célculo, entre armadura € concreto, ¢ dada por: em que: . 7), 6 um fator que depende da conformacao superficial da barra, valendo 1 para barras lisas, 1,4 para barras entalhades @ 2,25 para barras nervuradas; 1), depende da situacao via barra quanto a aderéncia, adotando-se 1,0 para regides favoraveis de concretagem e 0,7 para regides desfavoraveis; Fy €@ resisténcia de célculo @ tragao do conereto. 9.1.2 Comprimento de Ancoragem Reta por Aderéncia (O comprimento de ancoragem reta de uma bara isolada de diémetro ¢ 6 calculado por (ver tabela 9.1): Esse comprimento pode ser reduzido para em que: ET IAGO CA 25 (barras lisas; 7), = 1) a3 CA 50 (barras nervuradas; 1), 38 CA 60 (barras entathadas; 1, = 1,4) 87 n 65 TABELA 9.1 - Valores da relagéo /, / ¢ para concretos C20 a C30 @ agos CA 26, CA 50 e CA 60 Para melhorar condigdes de concretagem, pode-se utiizar feixes de barras justapostas. Quando se trater de {fee de 2 barras de iametro @ , pode-se considera-o como barra Unica de iametro equivaiente 20 qual aplicam-se as expressbes anteriores e a tabela 9.1, desde que diametro equivalonte ©, nao exceda 25 mm. Além disso, as barras constituintes de feixes, assim como barras comprimidas, devern ter ancoragem reta, ‘sam gancho. ‘A anooragem dos estribos deve necessariamente ser garantida por meio de ganchos. 9.1.3 Armadura Transversal na Ancoragem ‘Ao longo do comprimento de ancoragem das armaduras longitudinais, deverd ser prevista armadura transversal capaz de resistir a 25% do esforgo ancorado pela barra de maior ciémetro. Quando se tratar de barras comprimidas, pelo menos uma das barras constituintes da armadura transversal devera situar-se a uma distancia igual a4 diametros (da barra ancorada) além da extremidade da barra. 9.2 Emendas por Traspasse Este tipo de emenda nao 6 recomendado para barras de bitola maior que 25, nem para tirantes e pendurais (pecas lineares de se¢ao inteiramente tracionada) 9.2.1 Comprimento de traspasse de barras tracionadas, isoladas ‘A distancia livre entre barras emendadas deve estar compreendida entre 0 e 4% , 0 comprimento do trecho de traspasse para barras tracionadas ser oe 4 race = * ox min ‘em que: 4, = coeficionte fungao da porcentagom de barras emendadas na mesma seczo, conforme tabela 9.2.1; Exam =Maior valor entre 0,3 046 f . 159 © 200mm. 320% 25% 33% 50% >50% 12 14 16 18 20 TABELA 9.2.1 - Valores do coeficiente o, Nota: Gonskleram-se como na mesma sogdio transversal as emendas que se superpdem ou cujas extreridacies mais proximas estojam afastadas de menos que 20% do comprimento do trecho de traspasse. Quando as barras 16m diameitos diferentes, o comprimento de traspasse deve ser caloulado pela barra de maior dlametro, iqfor> Coe A proporgao maxima de barras tracionadas da armadura principal emendadas por traspasse na mesma Seg40 transversal da peca esté indicada na Tabela 9.2.2. Quando se tratar de armadura permanentemente comprimida ou de distribuicao, todas as barras poderao ser emendadas na mesma seco, Em uma camada 100 one Em mais de uma camada 30 rf $< 16mm 50 vee 6216 mm 25 (*) Validas apenas para carregamentos nao dindmicos. TABELA 9.2.2 - Porcentagens Maximas de Barras Emendadas na Mesma Segao (Cargas Estéticas) 9.2.2 Comprimento por traspasse de barras comprimidas, isoladas Quando as barras estiverem comprimidas, bee COM Ey. an = MaAlor valor entre 0,6 f,, 15 © 200mm. 9.2.3 Armadura transversal nas emendas por traspasse, em barras isoladas a) Emendas de barras tracionadas da armadura principal. Quando @ < 16 mm ou a proporgao de barras emendadas na mesma Sega for moncr que 25%, a armadura transversal deverd satistazer 9.1.3 Nos casos em que 6 2 16 mm ou quando a proporgao de barras emendadas na mesma sogdo for mator ou igual a 25%, a armadura transversal deverd concentrar-se nos tergos extremos da emonda, b) Emendas de barras comprimidas. Mantém-se 08 critétios do caso anterior, com pelo menos uma barra de armadura transversal posicionada 4 além das extreridades da emenda. ©) Emendas de barras de armaduras secundarias ‘A armadura transversal, nesses casos, deve obedecer ao item 9.1.3 EA)? BAL EA? ay sisonm [| £1500 t = | I Jian) ae, ary Te shy "Is we «ht barras tracionadas barras comprimidas 9.2.4 Emendas por traspasse de feixes de barras ‘As emendas por traspasse em feixes de barras devem ser efetuadas emendando-se as barras constituintes do ‘eixe, uma de cada vez, sem que em qualquer seca do feixe emendado, resultem mais de 4 barras. Além disso, ‘as emendas de cada barra deverdo ser defasadas, entre si, de 1,3 vezes o comprimento de emenda individual de cada uma. = [t- solicitagoes normais 10.1 Deformagées e Distribuigéio de Tenses na Segdo Transversal Para os dimensionamentos e veriicagbes das pegas em Estado Limite Utimo, a deformada da segao deve tender aos Dominios de DeformagGes Relativas classics indicados na figura, com deformagbes maximas no ‘concreto vatendo do 35 %e a2 Se alongamentos | encurtamentos > 0,002 0,0035 ——— Fi. 0,01 Ey © diagrama real de tensdes de compressa no concrete pode ser substituido: @) pelo ciagrama parabola-retangulo cléssico, com tensao maxima de compressao no conereto igual a 0,85.f,, para 0,002 < ¢, $0,095; ) por um diagrama retangular equivalente, com tenséo uniforme igual a. (Ot, real da linha neutra, medida a partir da borda mais comprimida da segéo. © valor de ot, pode ser tomado igual a 0,85 quando a largura da sego no diminui da finha neutra & borda comprimida da secao @ 0,80 em caso contrétio. #4) € altura igual a 80% da altura %.fed 10.2 Pegas Submetidas & Tragdo ou Predominantemente a Flexéo 10.2.1 Condigées de Dimensionamento CConsideram-se pegas sub-armadas aquelas que apresentam comportamento ducti, proporcionando ruinas ‘com aviso, por meio de deformagtes ou fissuragéo exoessivas antes da ruptura, Caso contrario, as pegas sao consideradas superarmadas. © dimensionamento de pagas submetidas a tragéo, combinada ou ndo com flexao, a flexéo simples ou ‘compressdo com grande excentricidade, deve sempre atender & condigao de pega sub-armada, que é atingida quando, por ocasiao da ruptura da segdo, a armadura apresenta grandes deformagbes. Essa condigéio pode ser considerada satisfeita quando, em ELU: a) Para armaduras constituidas por agos tipo A ( CA 25 @ CA 50), 0 ago atinge deformacao maior ou igual a €,,; b) Para armaduras constituidas por agos tipo B (e.g. GA 60 ), 0 ago atinge deformagéio maior ou igual a 3 %e, ©) Para vigas continuas ou constituintes de pérticos, além das condigdes anteriores, a relagao x/, entre a altura da linha neutra @ a altura util da segéo, no exceda 0,50 A condigao ( c ) pode ser obtida por meio de dimensionamento com armadura de compresséo famadura ‘dupla). 10.2.2 Armaduras Minimas * a) Na Flexao ‘Quando a solcitagao de célcuio resuitar menor do que a corespondente a resisténcia do conereto simples, € preciso dispor de armaduras minimas que garantam rupturas com aviso. Essas armaduras 80 em geral determinadas impondo a qualquer sego transversal uma solicitagao tltima ppelo menos igual aquela que corresponderia & resisténcia da sego de conoreto simples. Portanto, a armadura minima de flexdo, segundo esse crtério, deve ser calculada para, acmitidas as hip6teses de ruina ( estédlo III), resistir a um momento M, dado pelo produto entre a resisténcia a tragao na flexZo e 0 médulo de resisténcia a tracdo da sagao bruta de concrete. Chamando f,,, a resisténcia a tragdo na flextio do concreto e W,, 0 modulo de resistencia a tragéio da segdio em estéaio I, tem-se: M, Hiss M mi dimensionamento para M ,.,,,@ considerado atendido se forem respeitadas as taxas minimas de armadura da tabela 10.2.2. Forma de segiio a Retangular 0,035 0,150 0,150 0,173 ‘T( mesa comprimida) 0,024 0,150 0,150, 0,150 ‘T(mesa tracionada) 0,031 0,150 0,150 0,183 Tabela 10.2.2 - Taxas Minimas de Armaduras de Flexao para Vigas Os valores de p,,,, caloulados na tabela prossupde ago CA-5O. 7, = 1.4 € Y, diferentes, p,,., deve sor recalculado com base no valor de @,,, dado. Nas so96es tipo T, a drea da segdo a ser considerada deve ser aquela caracterizada pela alma acrescida da |. 15. Caso esses fatores sejam representada pela mesa colaborante. Em pogas euperdimensionadas pode ser utiizada armadura menor que a minima, com valor obtide a partir de um momento flotor igual ao dobro do M, ,_,. A determinago dos estorgos solicitantes deve neste caso considerar de forma rigorosa todas as combinagdes possivels de cetregamento, assim como os efeitos de temperatura, de deformagdes diferidas @ recalques de apoio, Deve-se ter ainda especial cuidado com o diameiro e espagamento das armaduras de limitagdo de fissuragao. b) Ammadura de Tragéo Junto aos Apoios Junto 20s apoies de vigas simples ou continuas, deve ser previsia armadura que satisfaca & mais desfavoravel das sequintes condigdes: bt} no caso de ocorréncia de momentos, as armaduras obtidas através do dimensionamento da segao; b2) em apoios extremes, para garantir ancoragem da diagonal de compresséo, armadura posttiva capaz de {esisti a uma forga de tracdo R,, = (a, /d)- V, +N, , onde V, € forga cortante no apoio e N, € a forga de tregao. ‘eveniualmente existente; 'b.3) em apoios extremnos e intermediérios, por prolongamento de uma parte da armadura de tragao do va0 (A, .,), correspendente ao méximo momento positive do tramo (M,,,) de modo que: Ayu? 1B(A,.,.) 8°M,,,, for mulo ou negative ¢ de valor absoluto | M,,,, | 0.5 M,,, BAe? VACA, ..) 52M, for negative e de valor absotuto |M,,,.,1> 0.5 Mu, + Quando se tratar do caso (b.1) anterior, as ancoragens deverfio obedecer aos critérios usuais de detalhamento; para os 02808 (b.2) ¢ (8), as barras dessas armaduras deveréo ser ancoradas a partir «a face do apoio, com comprimentos iguais cu superiores ao maior dos seguintes valores: 1B om apoios extremos: fe COMFOTME 9.1.2 (r+ 5,5 6) em que ré 0 raio de curvatura interno do gancho: 60mm, Nota: se howver cobrimento da barra no trecho de gancho, medido normalmente ao plano do gancho, de pelo menos 70 mm @ as ag6es acidentais no ocorrerem com grande freqiiénc’a com seu valor maximo, © primeiro dos trés valores anteriores pode ser desconsiderado, prevalecendo as duas condigdes restantes. om apoios intermediavios: 10 @ , desde que ndo haja qualquer possibilidade da ocorréncia de momentos positives nessa regido, provocados por situacSes imprevistas, particularmente, por efeitos de vento e eventuais recalques. Quando essa possibildade existi, as barras deverdo ser continuas ou emendades sobre o apoio. 25 0) Armadura de Pele Em vigas cuja altura seja maior ou igual a 60 om, deve-se dispar em cada face lateral uma armadura distribuida, Qespagamento maximo das barras dessa armadura néo deve ser maior do que 300 mm nem do que 0 dobro dada por da largura da pega, nao se colocande menos do que duas barras em cada face, 10.3 Elementos Submetidos Predominantemente a Compresséio Os elementos estruturais submetidos predominantemente a compress devem atender as recomendagdes incicadas no Capitulo 8.4. 10.3.1 Protege contra Flambagem das Barras. ‘Sempre que howver possibilidade de flamibagem das barras da armadura, situadas junto a superficie da peca, deve-se dispor de estribos poligonais que garantam a integridade da camada de cobrimento do concreto. Esses estribos sao tao eficazes contra a flamibagem das barras longitudinals situadas em suas quinas, como das barras por eles abrangidas e situadas no méximo a disténcia de 20 ¢ da quina (p = diametre do estribo), 88 nesse trecho de comprimento 20 , no houver mais de duas barras, néio contando a da quina. Quando houver mais de duas barras nesse trecho ou barra fora dele, devera haver estribos suplementares que, se forem poligonais, a eles se aplioa a mesma regra anterior. No caso de estribos curvilineos, cuja concavidade esteja voltada para 0 interior do conoreto, nao haverd necessidade de estribos suplementares; se as sagdes das barras longitudinais se situarem em uma curva de coneavidade vottada para fora do concreto, cada barra longitudinal sera ancorada pelo gancho de um estribo reto ou pela quina de um estribo poligonal, nao podendo o lado deste estribo abranger mais de duas barras: longitudinais. 10.3.2 Armaduras Longitudinais em Pilares Quando todas as berras estiverem comprimidas, a taxa geométrica de armadura, representada pelo quociente entre a area total de armadura e a area da segao de conereto, deverd situar-se no intervalo 0.06 respeitado o Imite superior inclusive nos trechos de emenda por traspasse. 0 diametro das barras longitucinats nao devera ser inferior @ 10 mm. 10.8.2.1 Arranjo transversal. Espagamentos entre armaduras. As armaduras longitudinais devem ser dispostas na segao transversal de forma a garantir a adequada resisténcia da pega. Em seg6es poligonais, deve existir pelo menos uma barra em cada vértice; em segdes circulares, NO minimo seis barras distribuidas ao longo do perimetro. O espagamento minimo live entre as armaduras, medido no plano da segao transversal, incluidas as regides de emendas, dever ser igual ou superior a0 maior dos sequintes valores: © 20m (8) didmetro da barra, do feike ou da luva: © 1,2 vezes 0 diémetro maximo do agregado. Quando o plano de concretagem prever adensamento através de abertura lateral na face da forma, o espagamento das armaduras deve ser suficiente para permitir a passagem do vibrador. Qespagamento maximo entre eixos das barras, ou de centros de feixes de barras, deverd ser menor ou igual 2 veres a largura da se¢ao no trecho considerado, sem exoeder 400 mm. 10.3.3 Armaduras Transversais Asarmaduras transversais de pilares, constituidas por estribos e, quando for o caso, por grampos suplementares, everd ser calouiada e cisposta de forma a: 1 garantir 0 posicionamento @ impecir a flambagem das berras longitudinais; IN resist aos esforgos de tragao decorentes de: - mudangas de dregao ou de emencias dessas mesmas barras; - efeitos localizados de cargas apicadas parclalmente & sect; - forgas cortantes — nas segdes em que V, > 0,5 V,, — e de momentos torsores aplicados. (Odametro dos estribos em pilares no deverd ser inferior a 5 mm nom a 1/4 do diametro da barra isolada ou do iametro equivalente do feixe que constitul a armadura longitudinal O espacarnento longitudinal entre estribos, medido na dirego do eixo co pilar, devera ser igual ou inferior a0 ‘menor dos seguintes valores: 1 12 vezes 0 diémetro da barra longitudinal; 1B menor dimenséio da sepao; © 300mm MY) - solicitagées tangenciais Solcitagdes tangonciais, aplicadas a elementos estruturals provocam tensdes principais de compressio e de tragdo, cuja distribuicao permite associar o comportamento desses elementos, quando fissurados, a treligas planas (quando combinados com flexi ‘elementos comprimidos sao constituidos peles partes integras de concreto (em elementos solcitados a flexdo. ‘banzo comprimido por flexéo e diagonais de compressao) 0 os tracionados por armaduras (banzo tracionado e diagonals de tragao). ‘Os modelos de célculo usuais considera que o mecanismo de treliga se forma a partir de fissuras de flexao, perpenciculares & dirego da atmadura de tragdo, que progridem ao longo da altura da pega com inclinagéo . No caso de forga cortante) ou espaciais (no caso de torgao). Nelas, os a \ariével em fungao da rigidez do banzo tracionado, Admitem analogias de trelicas de banzos paralelos, de forma que efeitos de forgas normais néo afetam diretamente os estorgos sobre as diagonais mas, quando de compressao, podem retardar a formacao da primeira fissura de flexéo e consaqtientemente do mecanismo de treliga, com fissuras © diagonais inclinadas; assim, as diagonais de tragao ( armaduras transvorsais ) em pegas ‘submetidas @ flexo-compresséio sao mobilzadas para esforgos maiores do que as correspondentes em pegas. solictadas 4 flexao simples ou flexo-tragao. (Os elomentos estruturais devem ser veriicacis e dimensionados principalmente quanto: resisténcia do concreto em relagao as tensdes principais de compressao ; A resisténcia da armadura em relagao as tensdes principais de tragao. ‘As expressdes de resistencia, que se referem ao equilforio interno de esforgos, sao usualmente transformadas ce reduzidas 20 termo V/(b, d) , com dimensao e forma de tenséo de cisalnamento que, 0 caso, ndo apresentam. realidade fisica; S80, portanto, tensdes convencionais de cisalhamento. 11.1 Forga Cortante em Elementos Lineares (Vigas e Pilares) 11.1.1 Condigées Gerais @) A excegao dos casos indicados em (b), os elementos lineares submeticos a forga cortante deverao conter uma armadura transversal minima constituida por estribos perpendiculares ao eixo longitudinal do elemento, com taxa volumétrica Nessa expresso, A,, representa a drea da segao transversal dos estribos, s seu espacamento medio segundo Co eixo longitudinal da peca, b a largura média da alma, medida ao longo da altura uti da seca, ,,, a resistencia média & tragdo do concreto ef, tensdo de escoamento da armadura, imitada a 600 MPa. b)Pode-se prescingir da armadura minima indicada em (@) para: vigas com b, > 5d, em que d é a altura iftl segao; esses casos devem sor tratados como lajes; ‘as nervuras de lajes nervuradas, quando espagadas de menos de 50 cm, que também devern ser tratadas ‘como lajes: dispensa-se a armadura transversal $6 $6 V, $0.7 Vy, ? Vai = Tus) Dy sd (ver 11.2.1) ‘08 pilares submetidos predorinantemente & compressao que atendam simultaneamente, na combinagao mais destavordvel das agdes om estado limite dltimo, calculada a seqao em estado I, ds condigoos saguintes: em nenhum ponto seja ullrapassada a tenséo fy), € = nos quas V,€ V, ‘) A armadura transversal (A.,) pode ser constituida por estribos (fechados na regiao de apoio des diagonals, envolendo a armadura longitudinal ou pela composigao de estribos e barras dobradas. Quando forem utiizades barras dobradas, a estas nao deverd caber mais do que 60% do esforco total resistido pela armadura e, para las, no se devera considera’ f,., > 0.7.6. respeitado 0 limite de 450 MPa. 11.1.2 Verificagéo da Diagonal de Compressao Nota: Junto acs apoios, a seo de referéncia para esta verificagao 6 a face do apoio. Condigao de resisténcia: com: ‘1,4 tensdo de cisalhamento convencional, de céloulo = V, / (bd): 'b, = menor largura da segao, compreendida ao longo da attura ti altura util da secdo, igual @ distancia da borda comprimida ao centro de gravidade da armadura de tragao. fensao de cisalhamento convencional, titima = 0.27.04, f,. com o, = (I - £,/250) , fem MPa. 11.1.3 Célculo da Armadura Transversal Nota: Junto aos apoios, a segao de referéncia para esta vertficagao é a face do apoio quando ele for indireto ou a 'sego dela distante de h/2 (h = altura da pega ) quand ele for direto. Mantida a notago de (11.1.1), a armadura transversal necesséria para resistir aos asforgos de tragao decorrentes das tensdes principais incinadas 6 dada por: LUG —t)-by com: 1, = Unas pecas tracionadas quando a linha neutra se situa fora da segéo: 11, = 0,6.f,,,na flexao simples e na flexo-tragao com a linha neutra cortando a seco; 1,=0,6f,,,(1+M/M,,,,.) na flexo-compressao,com (14M JM...) $2: Nestas expressoes, Hl £82 resistencia de cdlculo a tragao do concreto; HM, 60 valor do momento fletor que anula a tenso normal de compressdo na borda da se¢ao |tracionada por M,.,,.s provocada pelas forcas normais de diversas origens concoritantes com V.,. sendo essa tenséo am? calculada com valores de ‘f igual a 0,9. Os momentos correspondentes a essas forgas normais nao devem ser considerados no céloulo dessa tensao; IH My... €0 momento fletor de célculo maximo no trecho em andiise. Por simplcidade @ a favor da seguranca, Mya, 2008 ser tomado como 0 maior valor do semi-tramo considerado, 11.1.4 Deslocamento do Diagrama de Momentos Fietores ‘Apossibildade de fissuracao inclinada exige que a resisténcia a fiexao seja veriicada ao longo da seg fssurada, ‘obliqua em relagéo ao eixo da pega. Quando a armadura longitudinal de trago for determinada através do 29 30 equilibro de esforgos na se¢ao normal ao exo da pega, essa verificagdo € atencida por meio um ceslocamento do diagrama de momentos fletores, paralclo ao oxo da pega, dado por 11.1.5 Espagamento dos Estribos espacamento minimo entre estribos, medio segundo 0 exo longitudinal da pega, deverd ser suficiente para permitir com folga @ passagem do vibrador — portanto da ordem de 10 cm, garantindo um bom adensamento da massa. © espagamento maximo néo deveré exceder os seguintes valores: se T,, $0.67 T, , ent8o 5,,, = 0.6 d $300 m seT,, > 0,67 , , onto 5,,,, = 0,3 d $200 mm . © espagamento transversal entre ramos sucessivos da armadura constituida por estribos, por sua vez, devera ser inferior a 0,6.d , sem exceder 350 mm. 11.2 Forga Cortante em Lajes 11.2.1 Lajes sem Armadura Transversal a) Caso de Flextio Simples Pode-se prescindir da armadura transversal para resistir aos estorgos de tragio oriundos da forga cortante quando a tensdo convencional de cisalhamento em que: ‘Vy = forga cortante de céloulo, considerados 08 efeitos docorrentes da variagao de altura da pega: Ten = Yer (+ 500¢) (1.6 - dag (MPa) < 1,0 MPa com: gq = coaficiente que depende do tipo e da natureza de carregamento, como segue: 4g = 0,097 para cargas tineares paralclas a0 apoio, acmitindo-se 2 redugao, na proporgao a/3d, da parcola Ge forga cortante decorrante de cargas diretas cujo afastamento ado eixo do apoio seja inferior a0 triplo da altura util d. (iq = 0.14 / (I~ 34/L) para cargas distriouas, podendo adotar-se Og = menor vo tedrico das lajas apoiadas ou 0 dobro do comprimento tedrico do balang’ 17 quando dé L/20, sendo Lo © (1,6 - d) = 1, sendo d a altura ttl da pega expressa em metros; (+50 pp) S2,em que py éataxa geométrica de armadura longitudinal aderente a uma distancia 2d da face do apoio, considerando-se as barras do vao efetivamente ancoradas no apoio. b) Lajos submetidas & flexo-tragao. Aplicam-se os limites anteriores calculados com (1,6 - d) = 1. ndo se levando em conta a influéncia de espessura da pega. ©) Lajes submetidas a tlexo-compressio Aplicam-se os limites de (a), majorados pelo fator, onde M,e M,,,,, $0 determinados conforme 11.1.3 41.2.2 Lajes com Armadura Transversal ‘St0\Vdlidos os critérios adotados para olomentos lneares, com as seguintes consideragées: WH aresisténcia maxima dos estribos f,, = 435 MPa pode ser utilzada para lajes com espessuras supencres a35.cm; para lajes com espessura até 15 cm essa resisténcia deve ser limitada @ 250 MPa, sendo preferivel, contudo, utlizar barras dobradas: Hl para espessuras compreendidas entre 15 @ 36 om, pode-se interpolar Iinearmente © valor de f,,. 11.3 Torgo Uniforme em Elementos Lineares 11.3.1 Condigdes Gerais a]/Os efeitos de torgiio devem ser considerados sempre que ola for de equi, isto 6, imprescindivel para a @tablidade da pega. Eles podem ser desprezadios quando houver torgaio de compatibilidade, resultante apenas dalcompatiblidade de deformagbes entre elementos estruturais mas nao necessaria 20 equilibrio de quaisquer esses elementos: nesse caso, 0s efeitos de tore num dado elemento tornam-se reduzides por ocasiéo da fissuragdo da pega — em razéo da grande reducéo da rigidez a torgéo em pegas fissuradas, de mais de seis vezes em relagao @ paca nao fiscurada — @ sao substituides naturaimente por mecanismos alternatives de flexdo em outros elementos a oie ligados. Deve-se considerar, contudo, que existem casos em que a rigidez & torgao de um elemento ¢ to maior que a do flexo em cutro (ao qual caberia abssorver, por flaxao, 0s efeitos da torgéo no primeiro) que, mesmo com dréstica redugo da rigidez a torgao, essa transferéncia apenas ocorreria & custa de fissuragdo excessiva no primeir. Nesses casos, convém efetuar andiise mais elaborada sobre a distribuicao de esforgos. b) Sempre que a torgao for de equilbriv, deverd existir armadura destinada a resistir aos esforges de tragao ‘oriundas da torgao. Essa armadura devera ser constituida por estribos verticals normais ao exo da pega & bbarras longitucinais distribuidas ao longo do perimetro da sagao resistente, calculada como indicada a seguir © com a taxa mecénica minima dada por: @ No que segue, as condigSes fixacias por estas priticas pressupdem um modelo resistente constituido por Iteliga espacial, cuja incinagao ¢ igual a 45°. 31 11.3.2 Geometria da Segdo Resistente @) Seg6es Poligonais Convexas Cheias O dimensionamento & toreao uniforme deve ser efetuado sobre uma segao vazadla fictcia, cuja espessura h, poderd ser adotada iqual ao quociente entre a area da se¢ao transversal e 0 perimetro da sagho, néo se adotando, contudo, espessuras da parede fctioia menores do que duas vezes @ menor distancia c, do oixo da barra longitudinal de canto & face mais proxima da sega, medida nas diegdes paralelas aos lados. No caso de sages retangulares isoladas, quando a razio dos lados do retangulo nao estiver entre 1/3 e 3, deverd ser considerado apenas 0 trecho central desse reténgulo, de modo a fazer cam que a relagdo fique dentro destes limites. Quando se tratar de segdes compostas por retngulos (segdes T, | etc), o momento de torgao total pode ser distribuido entre os reténgulos proporoionalmente ao produto (a*.b), em que a é © menor © b o maior lado de cada retangulo. Cada retdngub i deve ser veriicado isoladamente com sua propria secao equivalente, submetico 0 seguinte momento de torgao: b) Segdes Vazadas No caso de segdes vazadas devera ser considerada a menor espessura entre a espessura real da parede e a espessura ficticia calculada como se a segao fosse cheia. 11.3.3 Verificagaéo da diagonal de compressao 11.3.3.1 Na Torgdo Pura. A condigao de resisténcia das dlagonais comprimidas estara satisteita quando a ating ws Ss ‘T,, = tensio de cisalhamento de célculo devide a torgéo, no ponto considerado; T,, = momento de torgao de céloulo, na segéio considerada; A, = Area limitada pela linha média da parede vazacia, real ou fcticia, inckiindo a parte vazada; h, = espessura ficticia da parede vazada, real ou ficticia, no ponto considerado; 1, = tensd0 limite de cisalhamento a toreéo, igual a 0.22.6... 11.8.3.2 Na Torgéio Combinada com Flexfio e Cortante. 2) Quando a se¢ao for suibmetida a esforgos combinados de torgao e cortante, deve-se ter: Bay tut cy Ty Tw bb) No banzo comprimido por flexdo, nas segdes em que a tor¢ao atu simultaneamente com solicitagoes normals intensas, que reduzem excessivamente a profundidade da linha neutra, particularmente em vigas de sega ‘celular, o valor de calculo da tensao principal de compressao ndio deve superar o valor 0,85 fog, Esta tenstio principal deve ser caicuiada como em um estado plano de tensdes, a partir da tense normal média que age no banzo comprimido de flexdo @ da tensao tangencial detoreéo. t= T,/(2 Ah) 11.3.4, Célculo das armaduras 11.8.4.1 Na Torgao Pura Consideram-se efetivas as armadiuras contidas na area correspondente a parede fictioia, a) Os estribos, normais 20 exo da pega, deverdo ser calculados pela expresso em que, [Aj = drea da seco transversal do nimero de ramos de um estribo, contides na parede ficticia, no ponto considerado; = afastamento entre eixos dos estribos, medido segundo 0 eixo longitudinal da peg resisténcia de célculo do ago da armadura passiva, limitada a 435 MPa. s five b) As armaduras longitudinais, paralelas 2o eixo da pega, pela expresso emaque: A= soma das areas das secdes das barras longitudinais; u_ = porimetro de A, . ‘A armadura longitudinal de torgao de érea total A, deveré ter arranjo distribuido proporcionaimente ao ‘comprimento dos lados da segao. 1.3.4.2 Na Combinagéo com Flexéo Nas pegas submetidas a torgao e flexao simples ou composta, as verificagoes podem ser efetuadas ‘separadamente para a torgao e para as solicitagdes normais, somando-se as armaduras correspondentes, em ‘suas respectivas posigoes. 11.8.5. Distribuigéo das Armaduras Avamnadura destinada a resistir aos esforgos de tragao transversal deve ser adequadamente ancorada, de forma @ garantir essa resisténcia @ proporcionar apoio eficiente as diagonais comprimidas de concreto, na ligagao com a armadura longitudinal. Os estribos para torgao deve ser fechados em todo © seu contomo, 33 34 envolvendo as barras das armaduras longtudinais de tracdo, @ com as extremidades adequadamente ancoradas por meio de ganchos em anguio de 45° ou através de emendas. Os espacamentos dos estribes destinados a resistir aos esforgos de torgao nao devem exceder a motade da altura da viga nem 30 om. Os espagamentos das barres longitudinais nao devem exceder 26 om. Em cada \vértice dos estribos de torgo, deve ser colocada pelo menos uma barra longitudinal de diametro igual ou superior a 10 mm. n= a z : 2 PES - verifica¢gao da fissuragao Nos casos em que 0 carregamento proveca tensGes que ultrapassam o estado limite de formag&o de fissuras, a verifioagao da abertura de fissuras 6 efetuada om estacio II, que admite comportamento linear dos materials e desproza a resisténcia & tracao do concreto, Para essa verficagito, pode-se considerar a relagaio ot, entre os médulos de elasticidade do ago e do conoreto igual a 15. © valor da abertura de fissures para cada barra tracionada, w, pode ser estimado pelo menor dentre os obtidos pelas duas expressdes seguintes Pn w= menor entre Gs 365 | 72m; -0,75° Es” fae Sendo 6, . di, Esi, p,, definidos para cada area de envoWimento em exame, como segue ©, = diémetro da barra que protege a regio de envovimento considerada; , = 6 2 tenso de tragao no centro de gravidade da armadura considerada, calculada no estado IT; p, = taxa de armadura em relagdo a érea da regio de envolvimento = (A, /A.,) |A.,, =étea da regido de envolvimento protegida pela barra, , considerada com um bieco de segao quacrada de lado 15 ©, com centro no exo da barra. Desprezam-se as partes desse bloco ndo contidas na segao traneversal, @ quando houver superposicao de blocos, consideram-se as barras contidas em um bloco unico, olinido pelo perimetro externo dos bloces superpostos; E,, = médulo de elasticidade do ago ‘7, = Coeficiente de confomacao superficial da armadura considerada, igual 2 1,5 para baas de alta aderéncia 1 para barras lisas f..4= fesisténcia média do conereto & tragdio, adrmiida igual a 0,3.(Fek)"* 12.1. Controle da fissuragéio sem a verificagao da abertura de fissures A pega deve atender ao estado limite de fissuracao sem a avaliagdo da grandeza da abertura da fissura, ‘quando determinadas condigSes de cobrimento, de didmetro @ de taxa de armadura forem respeitacas. ‘Acmite-se que @ estrutura tom um bom desempenho (aberturas maximas esperadas da ordem de 0.3 mm |Pava oconereto armado) quando as restrigées da tabela 21, quanto ao didmetro, 6,,,.. @ espagamento maximo, Sys forom atendidas © forem respeitadas as armaduras minimas do item 10.2.2. ‘AitensAo'@, deve ser determinada no estadio I. S - verificagées das deformagdes 18.1 Casos em que a Verificagao de Flechas 6 Dispensavel Para carregamentos usuais em edificios, em geral pode-se dispensar a venticagao de flechas quando a relagao ‘Ed (comprimento do vao/ altura util da sega) nao exceder os valores apresentados na Tabela 13.1 . ae a ESS as BE SG 14 AS 16 17 20 , -s simplesmente apoiadas 2:Vii0s extremos de vigas/lajes (1 dir.) continuas 18. 19 20 21 25 18 19 20 21 25 20 22 24 26 28 5 5 5 5 8 Elementos em concreto armado, em fiexéo simples ‘Ago GA'50 (para outros agos, muttipicar os valores por (500/yK), com fyk em MPa ‘Segdes retanguiares ou T com bi/bw S 3 (para relagdes maiores, multiplicar os valores por 0,8) ‘Tabela valida para vaos até 7 metros; no caso de vaos maiores, muttiplicar 08 valores por (7/6) TABELA 13.1 - Valores de //d méximos para dispensa de verificagéo de flechas 13.2 Valores Limites de Flechas Nos casos correntes de edificios, admite-se que para @ combinagao quase-permanente de agdes (cargas 35 36 permanentes acrescidas de 0,4 vezes as cargas variéveis) a flecha total ao longo do tempo nao deva exceder L/280 (_L = vo do elemento estrutural. Para compensar parte das deformagées, pode-se especificar contrallechas; estas contudo, ido devem ser superiores a 1/350. Devem ser ainda observadas as seguintes limitagées: Forros ou pisos ligados a elementos Ligaedo com 3 ocorridos aps aligago com rio estruturais danificdveis, Paredes 1/480. o clemento nfo esiutral Forros ou pisos ligados aclementos —_Revestimentos Os ocorridos apés a ligagaio com: niio estruturais niio danificaveis _colados 1860 Oe mento nab eseutaad Superficies que devem drenar dgua(*) Coberturas 1/250 Deslocamento total (*) As superficies devem ter inciinagao suficiente para permit o escoameento da agua. TABELA 13.2 - Valores limites para verificagao de flechas 13.3 Célculo de Flechas 13.3.1 Deformagao Instantanea a) Elementos Estruturais Nao Fissurados Afiecha imediata, ouinstantanea, pode ser calculada com as expresses cldssicas da Resisténcia dos Materials, a, = C/(E, 1), considerando a seco bruta de concreto, com médulo de elasticidade secante, aos 28 dias. b) Elementos Estruturais Fissurados A flecha imediata 6 determinada por: a, =CKBAD em que a. 6 a flecha calculada com as express6es cléssicas da Resistencia dos Materizis, com E, = E,,, , adotando-se um momento de inércia efetivo dado por: © = 1M, M+ 1, 104M, M1 SI, onde: 1, = momento de inércia efetivo. No caso de elementos simplesmente apoiados, calculado para a segao do yao; quando se tratar de balango, calculado para a sag3o do apoio, Quando se tratar elementos continuos, para calcul de flecha no tramo, pode-se adotar a média dos valores obtides para 0 vao ¢ para os apoios; M,, = momento de fissuragao da sego, dado por G,,,.. W,,. &m que Gy, = 0,63V fek (MPa) © W, ,0 médulo de resistencia da seco, correspondent & parte tracionada na segao considerada, calculado em estado nao fissurado (estédio N; 'M, =méximo momento, para a condicao de carregamento em que a flecha esta sendo calculada. Eo momento atuante no tramo considerado, quando se tratar de vigas ou lajes apoiadas ou continuas, ou no apoio, quando se tratar de balango: 1, = momento de inércia da secao bruta de concreto, sem consideragao da armadura; 1,, = momento de inércia da segao em estadio IT Quando 'se¢ tratar de secdes retangulares com armadura simples, a relagao 1,/I, pode ser obtida do gratico abaixo, no qual 0: € a relagao entre os médulos de elasticidade do ago e do concreto: wT HA AAK Figura 13.1 ~ Relagdo entre I, ¢ I, - Seco Retangular 18.8.2 Flecha ao Longo do Tempo ‘@) Elementos Estruturais Nao Fissurados O termo adicional a deformacao instanténea pode ser calculade por Aa) (ta) emque 6 (t,,) 0 Coeficiente de fluéncia da pega, entre os instantes t considerado @ 1, este de aplicagao da carga, Quando nao se fizer uma anélise mais rigorosa dos efeitos das armaduras sobre a deformacéo por flu@ncia, pode-se adotar @ (e°,t,) = 2,5 +b) Elementos Estruturais Fissurados Ditermo adicional a deformagao instanténea, decorrente dos efeitos de fluéncia e retragéo do conoreto, entre 08 instantes t t, pode ser calculado por: Aa(t) = a, [A(t )/1+50.9')) Nessa expressao, 1 4,6 alflecha imediata para as agdes de longa duracao (por ex.: combina¢ao quase-permanente) que atuam sobre 0 elemento estrutural considerado: BH Ag(eH) = Gt) - §(t,) , em oue § 6 0 coeficiente que leva em conta o aumento da deformagao, fungao da ‘duragao da carga, conforme figura 13.2; 1 (1+50.p") €0 fator que considera a redugdo da deformagao pela presenga de armadura de compressao; \_/(b,d) = valor da taxa de armadura de compressao, considerada no tramo para elementos simplesmente 37 38 apoiados ou continuos, € no apoio para elementos em balango, Valores de = s(t) t= tempo do duragio da carga 2005; LES 189 ae if | 0.60 0.00 '* , 0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 Nota: & pode ser caloulado pela expresso aproximada § (1) Figura 13.2 - Variagéio do Coeficiente & no Tempo )338.In() + 0,564 , com tem meses. 145. “ s [Dimensdes minimas das pecas 14.1 LAJES ‘As espessuras das lajes macigas nao devem ser inferiores aos sequintes limites: 2) Lajes de cobertura: 5 om ») Lajes de piso: 7 om ©) Lajes de garagem, para sobrecargas de até 3,0 kN/m* (correspondent @ automéveis © veiculos utitarios leves): 10cm 4d) Mesas de Iajes nervuradas: 4 om (sem tubulagSes embuticas) ‘Nas lajes nervuradas com espagos vazios preenchidos com elementos inertes, a distancia livre entre nervuras nao pode ultrapassar 60 cm, Para distancias maiores deve-se calcular a mesa como lale macica apciada nas nervuras. Para mesas em balango sobre as nervuras, a espessura ndo deve ser inferior a 5 cm. Para cumprro disposto om 6,2 pode ser necessirio especiicar 0 6, do agregado gratido contorme Tabela 6.2.3 As lajes macigas sem carregamento direto de alvenaria, deverao ter altura util minima d conforme: 2, = vo maior L = menor dos dois valores £, ¢ 0,67 fy 3,4, = somatéria dos comprimentos dos lados engastaddos yerimetro da laje = 2. ( &, + fy) No caso de lajes em balango: d= ( 2 fy.) . 0,028 Para laies nervuradas apicam-se as mesmes f6rmulas multipicadas por 1,6. 14.2 VIGAS As larguras das vigas em contato com o solo ( vigas baldrames ) nao deve ser inferiores a 15 om ‘Quando nao é feita a veriicagao de flechas, para carregamentos usuals, a altura des vigas nao deveré ser inferior aos valores dados na Tabela 13.1 14.3 PILARES De um modo geral, com os coeficientes usuais de majoragdo de aoSes no séo permitidas larguras interores a 20 cm nos pares. Para que sejam permitidas cimens6es ineriores a 20 cm na seco transversal, 0 pilar deverd ‘ser calculado para cargas (axia's ¢ transversals) superiores as reais, o que corresponde a aumentar 0 cosficiente ‘fg 8 majoracao de todos os esforgos solicitantes, pelo fator 7, dado por Néo recomendével, mesmo com esta majoragdo, adotar dimensao inferior a 12 cm. Nesse caso, a maior ‘dimensao nao pode ultrapassar 60 om.

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