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POMBO AZUL

Estou triste.
Tenho tristeza em mim.
Tenho saudades dos dias verdes e alegres.
Escrevo, sentado, numa escola triste.
A única alegria é este sol pintado
que deixou na parede, mas está velho.
Tem as suas pernas partidas,
a sua cara tapada.
Perdi a única amiga.
Tenho apenas tristeza.
Vejo as paredes do meu coração
cheias de musgo.
Gosto da alegria, mas nunca mais a encontrei.
Fugiu na boca do nosso pombo azul.
Não poderei fazer mais poemas.
Este é o último da minha vida.
Sinto que morro de tristeza.

Victor Barroca Moreira


(na ocasião em que escreveu esse poema, ele tinha 11 anos)

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