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Peer ee et eee e GeO ee eet ey Cree ee eee eet ts Coe enon ee ey Cree ees See aT) Coe ete cn Cee at ere Co ee ere en od Feet eet tet Cee ee aoe SO Cc eee) Ce eet ent ISBN: 85-15.00309-1 HUN) Arisiételes e a Educagao Antoine Hourdakis Antoine Hourdokis ARISTOTELES e a educacdo ‘Titulo original: Arisiote et Véducation © Presses Universitaires de France. 199% 108, boulevard Saint-Germain, 75006 Paris ISBN; 2-13-049379-3 Preparasio Albertina Pereira Leite Piva Diagramagio Fetma dos Santos Cust Retisio Mauricio 8. Leal Ealigies Loyola Rus 1822 n° 347 ~ Ipiranga (04216.000 Sio Paulo, SP” (Caixa Postal 42.335 ~ 04299-970 ~ Sto Paulo, SP 40°11) 6914-1922 a (O*F11) 6163-4275, Home page e vendas: www loyota.com.br Editorial: loyola@loyola.com br Vendas: vendas@loyola com.be Todos os des reservados. Nenhuma parte desta obra ade ter reprodicida ou tansmiida por quar format fo qusequer mews elerinco ou mete inclind? otocepiae grave) ou arguvada om gulguer stoma fw banco de dados tem permiado eer da Eons ISBN: £5.15.02309-1 © EDIGOES LOYOLA, Sio Paulo, Brasil. 2001 Sumario lori de Nestle Inrodugio A -poltoloia” 083 “telco” educagto Relaes entre eucngo ecidade-stodo Rolagaes entre educago e familia na Sociedade O currculo escolar da educago-ontentaies goes & ‘método dite -etloga da eas im supremo: “eudemonisme (Condo indispensivel-a “familardade” com 2 vitade 4 “twoncogia" da edveagio \dimensio “postca |S prailogt ds elucasio ‘Nedueago como "movimento Teacos representation Usrol vo? isto isto 10 » in nr te the i S i Biografia de Aristételes noe Sade (384322 oC) to stu sone Atte e edacagi = 384 «Cs Nascimento de Ariseételes em Estagi ra, na Calcidia, Seu pai, Nieémaco, era @ médieo do rei da Macedonia, mintas II, que foi 0 avd de Mexan: dre Magno. = 367/6 a.C: Estabelecimento de ristételes em Atenas ¢ ingresso na Academia de Plato, aos 18 anos de idade. Viveu ali durante vinte anos, seu mestre, em 37 a. — HTH aC: Aristételes foge de Menas © se instala em .\ssos, na Troade, por causa de Espeusipo, que sucedeu Plato na diregio da Academia, mas tam: | bém por razies po Em Assos, funda a Escola, como anexo da Ac plats de exercer influéneia sobre Hérmi Ataréia, e de conseguir aplicar @ politica platénica que lhe fora ensinada. Ali, desposou a sobrinha de Hérmias, Pitias. — HA-HI2 u.Cs Estabelecimento de Aristétele fem Mitilene, Lesbos, onde se ligow a Teofrasto, sew : morte de Boycto aluno € herdeiro mais notério. Em Lesbos dedicou-se a pesquisa biologic: = HIBHIN aC: Professor de Alexandre Magno em Pela, na Macedinia, « convite do rei da Macedonia, Filipe II, pai de Alexandre, — 3954 aC Retorno de Arist6teles a Menas ¢ fo de sua escola, sob o nome de Liceu, Aristé- teles a dirigiu durante doze anos. Nesse periodo morre Pitias, com quem tivera um iilho, Niedmaco, e ele desposa Herfilis, de Estagiea 323 aCe Aristételes 6 expulso de Atenas, em virtude do espirito antimacedOnico que passou a reinar novamente na cidade, devido & morte de Alexandre, 323-322 a.C.: Estabelecimento de Arist6teles em Caéleis, nas terras de sua mi = 322 aC: Morte de Arist6teles. em conseqiién: cia de doenga, aos 62 anos de idade Introdugéo Arist6teles nada ignorou de tudo o que se conhecia Gpoca. Foi pesquisador, tlésoio e fundador de numerosis ciGneias. Seu lado de pedagogo se explica por meio de dois fatos importantes: fot professor & fundador de uma escola. Infelizmente, sua teoria sobre 1 educagao nos chegou em forma de fragmentos, de ‘modo que pouco sabemos sobre 0 Aristételes pedago- 0. De acordo com as listas de suas obras que se con- servaram desde a Antiguidade, parece que Aristoteles esereveu um tratado intitulado Sobre « edueagdio, que desapareceu. Assim, se quisermos estudar sua teoria pedagigica, teremos de nos apoiar prineipalmente em duas fontes: a Btica a Nicdmaco e a Politica Na Btica a Nicémaco, Aristételes fala dos prinet- 40 do cidadio e menciona o ensino Politica, desenvolve mais sua teoria, examinando de modo mais demorado 0 ensino dos jovens, sobretudo pablico © para todos. Ora, no final da Politica, 0 texto se interrompe bruseamente, talvez zna passagem mais decisiva, ou seja, um pouco antes ° so whcae dlo exame das letras, assim como ni passagem em que se experava que ele discutisse os prineipais problemas Jpresentados pelo ingresso do adolescente na comun dade politi © ponto de vista de alguns pesquisidores, como Hel. Marrou', segundo 0 qual a obra pedagiiea de AAristételes no apresenta o cariter de originalidade friativa de Platao © de Iséerates, deverd ser revist. tima ver que esse ponto de vista € nitidamente rest tado da supervalorizagio da contribuigio desses dois hofhens para o ambito edueativo, em comparagio com a eontribuigao de Arstéweles para a reflexdo peda a, Aristételes poderia ser caracterizado como 0 politdlogo eo médieo* da educaglo, que Sente a neces- Sidade de formular uma teoria de eardter reformador ¢ fisiopedagegico’, de maneira metéaiea © em profun T HVA Marto Misti se Fist da Etnigut, vb Le muna ere Pats Estos Sea, "Pons". 19ST, p74. m2 3 evese naar qu po er lc. ft ye pra mete cxerceu gran inacnci sobre se pensamesto pk ede Nem dean ive no cla e sb a nots ds medica de lps “se rcrme ye refer 9 conju da natrer humans cnsanan crural pic ss fle com 0 mao fon ped ve fen por peep av a narra 8 hh rate a ag eo Js con some orn Ps th ‘Slow urdamemais corp e ama do sidan, Noa (Topside Ariston salad Ds alma coro ea ala 0 ‘ois anpecton de um en ce Mw exate entee ke ms ee he ene materia e-frmna\Aasopedacnaia ve fsa eae ‘Sipdnin cb de Articles detriniese po an eonjunt de nog, GNtaqmonten © de exemphn extraidos do domino di naurers da w didade, permanecendo m tre Platio Assim, 4 sua maneina, ele contribuin de modo consideravel para completar « imagem relenigion da educagio mente a Platéo e Isderates, coneretizon e especiticos a nogao de Felicidade. que considerow o objetivo fundamental de sua teoria politica e pedasigiee, Nele. 0 valor pe- dagogico da contemplagio da vireude torma-se um hi bio arivo, que supern o racionalismo socritico. O conhecimento da eirtude, por si x6, no & sutieiente para determinar o comportamento do homem. E pr iso exerecio e esforgos lahoriosos para se ches Id Assim, «virtue is noes do fasere do agi. tomas uma das nogdes mais fandamentais da educa {40 no Ambito de uma pedagogia atica. que ainda hoje constitu’ o objetivo principal da reflexio pedats- fica moderna, realista do que seu mes- Antiguidade clissiea. medica, da biotin plcoll: oft ize com regan tim seabulet distinc prs expimie wa ese: medion umes ‘de corpo los de corpo, Sgton esa tik. enecih sc. i tis dene, dingo, dnote ord, orp. eancution ate ‘rfanisme ison animal, anatomia humans fagucrs, spre, testamentsspropriade, colada, tater. slriment, pas. puricago. parca, des eine alent orga, alent at Haag, dewenlsimentn, many, potensialdade, ener, prod fox obea, mati, forma, una, euninent, ana, alse, co Foto, proeingin deter, natorers informe nares, cont Vhaurca, natural, metal: carite, sla, sae de esprit, dae riquco. sco. corporal ide eam. «yuri. emp. een. va ferago, desruigio. enero, neti, morte ete oid «0 woe ‘Além disso, a contemplagao da virtude como aquisigio do individuo no ambito de um organismo politico, que ao mesmo tempo a determina, constitul Ue fato um desatio para a educagao. numa pedagogia moral que nao se apéia numa idéia abstrata do bem, mas, pelo contrario, se realiza em ligagao com a vida sa do Estado e a doutrina da felicidade, tanto no plano individual como no plano coletivo. Aristoteles texige uma participagio total dos cidadaos nos atos politicos do Estado, e € esse o fundamento, poderia- mof dizer, de alguns dos prineipios basics da edu cagio politica © social moderna do eidadao ativo. Nessa perspeetiva, busca-se € determina-se também uma pedagogia efetiva, que se define pela passagem dda possibilidade pedagogica a realidade pedagogica € ccujos principios sao o intermedidrio, © possivel e 0 conveniente. Paralelamente, o método dialético aristotélico para a busca do conhecimento, no desenvolvimento de um pensamento critico que alia teoria e pritiea, preocupa ainda hoje os teérieos e os praticos da educagao. Mas, se a teoria de Arist6teles a respeito da educagao nao parece perder sua atualidade, isso se deve ainda a outro motivo: ela prope uma pedagogia conforme a natu: resa para toda a vida e uma pedagogia a respeito da paz e do tempo livre. Entretanto, Arist6teles & um pedagogo realista € ‘um fisiopedagogo, e & por isso que ele nao hesitari em se perguntar: que conhecimento tem o maior valor, aquele que conduz a0 util e necessirio, ao supériluo, R fou aquele que permite aleangar a virtude? Ques ‘que preocupou bastante os pesquisadores desde a épo- cca de Spencer. 0 eonveniente © 0 justo, 0 bem © a medida, a felicidade da sociedade e do individuo, que consttuiram o dimbito no qual Aristételes situou sua teoria da edueagao, sio também 0 que poderia co tituir os prineipais eixos da educagao de hoje. Para poder tornarse reulmente feliz e de acordo com a naturesa, 0 homem devera reunie ens de trés tipos: os bens exteriores. os bens do corpo © os bens da alma. Segundo Aristateles, nesse seu esforgo. 0 ho- mem necessita do conhecimento © da arte de uma Jisiopedagoxia, no sentido amplo do termo. De modo geral, poderiamos dizer que a teori clica da edueagio tentou, por um lado, espe eifiear a nogio de homem culeivado, com base em sua participagio politica, sua personalidade moral e sua capacidade criadora, e, por outro, examinar @ nogio de educagdo como uma progressao do homem desde 0 estado natural até 0 racioeinio, passando pelo habito ‘No presente estudo, tentamios pesquisar as eonee} ¢8es do Hlsooprineipalmente por melo de um ean. gulo de interpretagio (lig, 1), cujo Angulo-eume & ccupado pelo que vamos chamar de politologiat ou cx sn tos doo ni ps oma pi ew Simo ov caine. cate) pict eine plin oma. Feri aoe Sane poo ve pac Aevds «0 waxoxio teleologia politica e os angulos da bas maremos de ctologia’ v tecnologia’... hase desse rridin gulp aristotélico & a naturesa, seus lados. a arte educagdo, ¢ seu centro a cidude-estado, E preciso, no entanto, eniatizar que essa distingdo & feita somente por razes mecodoligi uma melhor aborda gem da teoria de Arist6teles sobre a educagio, uma ver que, em seu pensamento, esses elementos consti tem componentes de um todo unitirio. e. pelo que cha pelican t are alucayin tecnologia loin Fig. Coneretamente, a politologia se relaciona ao fina ligmo politico (teleologiay® da educagio em suas rela ‘Gomecto associ & paca grea ania eh, que siti bbio.contumes, cnnportamento, cater. 6. Cilase esse temo pa desreser o onjunts ds process emprogides por eitles ra anlar 4 obne a euguan por incermedio de ts atte: aie a prasilgta eo seinen faves teenie proven do tern ego anti stn’ © sien fre, metodo, ofc, prossso« manera de fazer de ai T'No sentido de ue tere a um fis palin (ea), dando metas part om fins da ealeestad, 4 ode ‘ges: a) com a cidade-estado; b) com a familia © a Sociedade: ¢) através do curriculo escolar: as orienta- {g8es. as ligbes e © métoda didatico. .\ etologia & exa- rminada em ligagao direta com a releologia politica da tworia pedagégien de \ristiteles e tem algo a ver eom as relagdes entre a moral e a politica no ambito da coidade-estado, onde a politica parece ser a hase sobre a qual repousa e se desenvolve a moral, assim como a educagio. .\ erologia da educagio aristorelica dada principalmente mediante dois aspeetos: a) 0 eu demonismo® ¢ b) a.familiaridade com a virtude. En- fim, a recnologie da teoria aristotél gio & abordada mediante trés ay . ogtiew, em que o ensino & comparado a arte no pl do método, bem como no do,funeionamento eriativo- produtico, isto &, ali onde a edueagao, por intermédio da teleologia politica e da etologia, tem por ambigio construir 0 cidadao virtuoso; b) a prasiologic’' da edu- eagio, na qual a edueagdo 6 ex: pesquisa tedrica, mas como o resultado de uma série de atos e atividades que deverdo ser adotados tanto pelo individuo como pela cidade-estado, para que se conclua a obra politica da educagio; ¢ ¢) a educayio como movimento no dmbito da cidade, isto & como passagem da potencialidade a realidad, da possibil dade de adaptagdy da virtude politica & sua realisa- sobre a eduea- Nor enti de que o fim da chlakeestado © do vida 6 4 feidade (einen Asche 3 ania ples rota pris (ago © signin 0 onjun ds tsa mon pte tno em ta um ead, ania 2 weno modo, « edueagio nao & considerada uma forga que produz ¢ao. De situagao, mas uma atividade ¢ w uma obra politica, social e moral, Para terminar esta breve introdugio, devemos di- zer que algumas das teses € concepgies de \ristoteles sobre a politica, a moral, a arte € a edueagio podem nos parecer extremadas € talvez parciais. Por vex que julgamos as idéias de um homem ou de uma época, devemos abordi-las com base nas condigdes. histéricas, politicas © sociais nas quais nascem e se dgsenvolvem, Assim, para melhor compreender a teo- rh pedagégica aristotélica, precisamos entatizar que os gregos antigos consideravam a liberdade politica de maneira bem diferente de nds; a cidade-estado er onipoente, e seu interesse se identificava com o inte- resse dos individuos-cidadaos, Ela dispunha deles como quisesse e era responsivel pelo futuro deles. Desse modo, a cidadania era um direito reservado a um m mero restrito de individuos. Havia uma parte da popu- lagdo que nio usufrufa o direito de cidade: os estran- geiros. os eseravos ¢ as mulheres". Mas, no tltimo: quarto do século V, a cidade-estado — e particular mente seu protétipo, a cidade ateniense — encontrava- se em plena transformagao, Houve uma decadénci: uma patologia moral politica que coineidiu com o ensino dos sofistas e com a Guerra do Peloponeso". Os 10, Ox privikgos das meres oe evemplo, cram Fgonmamente Tita: clas no possum do plone ke dist as mulheres fpuce posi de go Inpemente. No entano. 99 din re Figiso ema organo da casa chs ham um papel ato unporante Th dara a 6 odie 's tornavam-se indiferentes a tudo, ¢ um eeti- al vigorava em toda parte, Cada um vila para si mesmo e para euidar de seus negécios verdadeiro espirito coletivo. .\ essa erise © patolosia politica © moral, provoeada igualmente por um indivi dualismo mercantilista, ligava-se diretamente uma eri se, uma patologia edueativa: Arist6fanes, o poeta com co ateniense!, contrapunha em suas obras!’ a antiga ceducagiio, que poderia ser caracterizada como 0 aspec- to sao da educagio, & nova, que era considerada seu aspecto putoldgien. -\ cidade-estado se desinteressara pela questio da educagio, E nesse elima agitado, no qual dominava a patologia da cidade e. por conseguin: te, a putologia da educagio, que surge a teoria de rise teles sobre a sisiologia politica © pedaudica, que. ainda hoje. permanece atual em véirios pontos. io havia um TN Atlas. musens, 961 A “politologia” ou a “teleologia politica” da educacéo Relagées entre educagao ¢ eidade-estado Segundo a fisiologia politica de Aristiteles. © ho- mem € por naturesa um ser civil (physei politikon .s6on)', isto é, ele possui, de maneira inata, uma ten- dencia a viver em comunidade politica com seus se- ‘melhantes. .\ comunidade politica, a cidade-estado. que 6 considerada um organismo vivo, foi eriada com um. duplo fim (relos): por um lado, pars facilmente aos homens 0 que € necessério hheneken) e, por outro, para que ox homens tenham uma vida intelectual e moral melhor (ew sén), Assim, 4 cidade nasceu inicialmente da familia, que con tuiu a primeira comunidade humana, ¢ posteriormei te do povoado, que era a uniao de um miimero maior de familias sobre uma base definiciva e ndo-provisoria T Aries, Pai, 1284 2.8.7 w acess eC eR ede « 2 edacxio A undo dos povoados formou uma cidade pereia que constitu seu fim ltimo (cel Segundo Aristteles. existe uma diferenga cons drivel entre a comunidade das familias e a comuni- dade politica, ou Estado. E somente no ambito deste {que o individuo pode viver uma vida total, no sentido pleno do termo. Em conseqiéncia, o fim do homem se identifica com o fim da eidade-estado. Ji o indivi duo que vive fora da comunidade politica & tido como , ristoteles passa ao terceiro familia © chee esse ciclo em dois periodos, sos 7 anos ¢ ches até a adoles le em que se Ta Wha 1AM a = AE Md ihal, NM6 6 387 46, ML bal 1 AHO fos periodes de instrugio segundo as idades apresen- dam-se esquematicamente dit seguinte mania: = 1 perivdo: procriagiio/perinds pre-natal (9) meses} — 2 perindo: mutrigio tidade de bebé (1 ano] pequena infineks [do 2 a0 § ano}. primeira infineia (do 5 ao 7 ano = 3 periodo: educagio (intineia [do 7 ao 14 ano) adolescéneia {do 14 ao 21 ano]} = 4 periodo: maioridade (a partir do 21 ane Em seu oitavo livro, como veremos nat seqticn o fildsoto discorrerd mais longamente sobre « tereeira cielo & formulard questies essenciais coneernentes a0 problema da educagio de manciea mais geral” 0 curriculo escolar da educagdo: ovientagdes. ligdes © métode didatico instigador da educragio liberal. mas ceducagdo que conceme somente aus eiddios livres, © particularmente aos homens, no & socials. .V respelto da edi igo das: mulhe diz nada, mesmo que parega apreciar sua 10 para a vida da cidade e su importineia Seu objetivo prineipal contin 7 Ws Mas a8. AL 2 ‘nde cb dsl simplemente aw 6 preci eka a ules ps naan dvd ile © a cao instrugao dos futuros cidadios de um regime perfeito esd que, em virtue da idade, nao adguiriram ainda seus plenos direitos politicos (uteleis politus!™. So introduzir prineipios que regulam a procriugd. 0 fl6= sofo, como vimos, tentou, por intermédio de sua teoria “fisiopedlagdgien. pir sob controle 0 primeiro compo- nnente da edueagio, « naturesa. Ao designar todas as medidas indispensiv relacionadas 4 alimentagao. ele examinou © segundo componente da educagao, «he ito, Mas. com o habito, «1 erianga se prepara para, influéneia de um terceiro componente con- Ao, a esenla®, De todo modo. dos tras ele. receber siderivel da edu cangar-se-d a virtude com a colaborag ments seguintes: « naturesa 0 abito' © 0 ensino inhyset, ethei, didaché}, 0 exame correto do tema do ricui igualmente a esséneia do problema da ‘Ao ahordar esse problema, \ristteles insinua que © ccurrieulo escolar ji existente deveri ser transformado & {que 0 ensino das quatro matérias reconheeidas, que se tinha por habito ministrar aos jovens — leitura e eseri- tura (drama, grummedtiben), sindstica (gvmnstikn), miisica (mousihtén) ¢ desenho (gruphikén). que nao wados sistematicamente —. deverd tornarse 10. Segundo 0 que ele disse, a objeto de um legisla Pr Ws thi 27S HES BIC AL Eraou Nm, 1179 B 2021 51.0 torn meray si & ca, de onde vem tar molagicamente rene tke % 2 elge eserita & 0 desenho deverio ser ensinados aos jovens, pois. por um lado, so titeis © prestam servigos em numerosas nevessidades vitals e, por outro kilo, po- judar as criangas a adguirir também outros 60 nhecimentos*. Em paralelo, o ensino do desenho de- verd tender, talvez mais ainda do que qualquer oucra coisa. a sensibiliza-los enquanto homens ¢ a torné-los capazes de apreciar o belo, tanto na naturesi como na arte". Por outro lado, 0 fim do ensino da ginsistiea deverd ser cultivar a coragem Mas Aristételes preocupou-se também com a or dem de prioridades na instrugao e na edueagao. \ssin0 como « formagio haseada nos hibicos deve vir antes, da formagio haseada na rasdo, 0 exereicio do corpo deve vir antes do exercieio do espirita, Desse modo, 0 filésofo, vendo 0 aluno como um organismo fisien, propde coniiar as eriangas primeiramente ao ginasta € depois ao mestre de ginsstica, pois © primeiro se ocu 4 da form: cicios pritivos" Da mesma maneira, ele declara que, até a ccéncia. os jovens devem exereitar-se m: © evitar o regime austero (eiaion trophén) ¢ os exer: efeios penosos, de modo que o desenvolvimento na tural de seus corpos nao seja em absoluto entravado, vio de Scus corpos e 0 outro dos exer: doles Js levemente ED ites, Pin, LAN b 2826, INS I. 1S » esos #0 eae Ja como tna lig, eita dois exemplos: os legsladores de outrora, que « consideravam uma condigio funda mental da edueagio, ¢ « naturesa propriamente dit hos mostra como ublizar corretamente a musica nao s6 na hora do trabalho, mas também na hora do Geio, do tempo livre. Assim, de acordo com Aristéte> Jes, 4 miisica & uma forma de edueaglo (paidewmata) que deve ser dada as eriangas, nfo porque ela serve Pratieamente para alguma coisa, nem porque é uma porque convém a eidadaos li- vres, que possuem uma formagio por naturesa corre in eleutherdn)" tid. 1898 6 39 —1a89 0 ‘i ‘a, iad AAR AHH, 0, Na seqiiéneia, ele se pergunta se os jovens devem aprender a cantar ea tocar um instrumento de mii siea ou nao, pois ele aeredita que & dijieil, senio impossivel. para alguém julgar seriamente as obras. _muisicais se nio possuir uma experigneia pessoal. Desse modo, as criangas devem desde cedo familiarizar-se lum pouco com 1 miisiea (koindngin ou merexein con ergin). No entanto, & necessirio que seja determina do-o tipo de miisien que convém a cada idade, e que alguns deixem de considerar o treinamento mus um trabalho grosseiro (canauson), Mas, easo se que ra julgar corretamente a misica, & preciso conhecer ‘os seus segredos. Bis por que io que os jovens a aprendam de maneira pritien enquanto sio jovens. de modo que. quando erescerem, apés terem abandonado sua pritiea, estejam em condigies de julgar a boa misica ¢ usuirutla, gr adquiriram na jus a cultura que E Arist6teles nao hesi qui, em relacionar a edu ceugiio. musical dos jovens com « virtude politica" Ele se preoeupa em saber por quais melodias e por {que ritmos os jovens se interessaedo © que instrumen- tos deverio aprender, O ensino da miisica deve tuarse de tal modo que no entrave a dos jovens © nao torne seus corpos. grosseiros © inutilizaveis para a politica e pa ara os exercivios praticas © 0 estudo teérieo mais: ireira futul ra guerra, bem como Ta Wh tid. B40 b 20.8, fat AA a IM a esis «0 whcaio tarde”, Semelhante ensino da miisica, de carder fision logieo. sera possivel se os jovens ndo fiearem esgota ‘dos, nem por sua participagio nos coneursos musi profissionais, que exigem lades. excepeionais, rem pela realizagdo day obras admiraveis mas supe fluas que comportam esses concursos Passemos dos instrumentos que deverio ser ut zados nia insteugo musical dos jovens: no serdo nem as flautas: nem outro instrumento profissional, como a citara, por exemplo, mas somente aqueles que forma rio homens cultivados (akroatas agathous), seja no dominio da misiea, ou de modo mais geral nas outras smatérias. .\ rai & um instrumento étieo, mas pode ser utilizada em circunstan sédias, Akém disso, eng) é indispen Em seguida, .\ristételes desaprova 0 ensino tenico dos inscramentos ¢ a miisiea que se toca nos concursos. Aqueles que se ocupam desse tipo de misica, segundo cle, nao 0 fazem para aprimorar-se moralmence, mas para proporeionar prazer a seus ouvintes. Logo, todos: fs que se formam dessa maneira tornam-se grosseiros (eanausous gignesthai), pois 0 objetivo de sua forme glo € servil™ No que concerne As harmon pergunta se & possivel que estes sejam adaptados a0 aos ritmos, ele se 2M, tid, AL 1 8 AE ih 1 928, (oe ALS ahah. MLB 97 A alsipe ensino ou se & preciso inivialmente que alguns dl clecionados e depois contiados aos mestres ou a algum espevalista para que os ensine. Do mesmo modo, le se penfunta se devemos preterir a misica que possui helas melodias ou aquela que possuthelos eitmos' Dessa forma, ele aprova uma distingdo, por assim dizer fisiopedagigica. que eertos filésotos fizeram no que concere as melodias, dividindo-as como se se- gue: melodias étieas meladias priticus © melodias proprias uw excitar 0 entusiasmo. Do mesmo modo, cle aprova a separagio das harmonias com base na melodia que naturveu de cada umae. E ele sustenta que, nesse contexto, a musica co para a edueagio como para a purificagdo da alma (paideias hencken kai katharseds)”. Paralelamente, cla serve & distragio agradavel. ao bemvestar e 20 pouso. E evidente, portanto, para Aristételes, que niio levemos utilizar para 0 mesmo fim todas as melodias € harmonias, mas, para a edueagio, somente aquelas que possuem um eariter étied. Como, por exemplo a harmonia dérica. que, segundo a opinido de todos. & de uma naturesa séria © valorost™ Coneluindo seu oitavo liveo e sua andlise a respel to do ensino sobretudo da ginistiea © da mis infelizmente, ele no conseguiu coneluir seu estado sobre as outras matérias —, Aristoteles efetua uma HWE thd. AL» 1992, fi ALi TL ba S67. AE ghd 1382 a 13, 2 O80 AE hid TO ASAD eM, 1842 B 12 ew nee o muito importante, que possu uma {Gao nie $6 com a edueagao musical, mas com a fisio Toga da educagao em geral. Os fins que de\ perseijuidos © que devemos por em pritica sio trés: 0 intermedidriv. 0 possfvel e o convenience (to fe meson kai to dynaton kai to prepony”. Esses fins sio real mente tés principios pedagégiens autenticos. Para co- megar, cada virtude 6 0 intermedidirio entre 0 exeesso we afalea, Ela deverd ser buscada em fungio da idade. do nivel e do eariter de eada individuo, © além disso Freciso que seja ensinado 0 que convem de fato um homem livre, 'N respeito do métode © da diddtie que 0 proprio, “Aristoteles aplicava no ensino das diferentes: maté ‘8 alunos det a de preciso em sua Politica. Mas, quem quiser estudar esses elementos. deverd ter observado globalmente toda a sua obra. que ‘constitu uma imensa sintese do conjunto de problemas {que preocupavam sta Cpoca e, mais particularmente, do problema jo e transmissio do saber" ‘A concepgao empirica de Aristételes, bem como seu andente desejo de ser instruido © de instruir, leva ram-no a tratar também da relagao da experiéneia com © conhecimento tesrio, O metodo emptricn — sem Wd hal 1942 8 Cy pamicalarmente ayo ise Arnel, ml ade cima Onion teaacraes, Da terprcagi. Prin ¢ Se Gna, Os one as Rafts sists), Meta sence peeks ice Nima, 1199 HT Os econ. 10 Soom eas = 10 hs TOL Sa 4 BEE ea que seia mais valorizado do que © conhecimento te- ric — oeupa nele um lugar especial: sem as visas, no h cia, conheeimento (episteme). Mas, para que haja conhecimento, & necessirio que desenvolea- mos tama certa dptien de observ info signitica, com verteza, que nd cipios 10 das coisas. Isso ‘busquemos os prin- regras gerais: simplesmente, ele v8 as coi sas do ponto de vista do modelo e da regra. Desse modo. a imagem do mundo que 0 tilsofo compoe apoia- se tanto na riqueza da experigneia como em unia ma neira rigorosa de coneeber, A rejeigdo do dogmatismo no método e no pense mento criticn. assoeiada 3 divida, constituem o sinal Uistintivo de seu método. FEm quase todos os seus es- eritos, o flésofo expae primeiramente tima retrospec- tiva histériea ¢ situa o problema cratado em relagio ao que seus antecessores ji disseram a respeito, Se cle age assim. & porque acredita que 6 eonhecimento avan- tga de gerag2o em geragio e adquire um nivel & mais clevado, Aristoteles segue em seu ensino o método genéti- idutico: ele avanga do expecifico a0 geral, das aparéneias & esséncia, sem exeluir. & claro, 0 procedi ‘mento contririo. Sobre esse ponto, o filésolo nos di a entender que deveremos sempre adaptar nosso méto- do de ensino ao assunto que tivermos de explorar © censinar, e ahordar esse assunto de mancira cientifiea por mio das diferentes artes e eigneias’". Do mesmo. TH, Aviles, Sead analitins, 77 2h 6 esis 9 cto modo, ele enfatiza que ndo € possivel que o saber do hhomem tenha o mesmo grau de exatidao em relago todo tipo de assuntos, Por exemplo, é um erro buscar (6 possivel nas relagdes matemdticas. ou a prova mate: matica na retoriea””. Em seu métolo, Aristoteles pre- fere a marcha nucural seu mestre Platio, .\ respeito do ensino do conhect- ‘mento cientifico, ele declara que este deve procurar os distintives da esseneia das coisas. e que 0 fortui- is coisas, contrariamente a 0 especificy. o particular e 0 fortito mento, E isso porque 0 conhe- Nu verdad. so limite do conh cimento possti de um lado, o sinal distintivo da ralidade e, de outro, € sempre, també mento da causa, Isso signitica que, num método peda -gégico exjo objetivo & levar o aluno 2 aquisigdo do conhecimento ¢ da cigneia, uma ver constatado 0 fi némeno, sera preciso em seguida buscar © porqué, na medida em que o porque & 0 que prova e explic por isso que -ristételes earacterizou a cigneia como habico demonstrativo (apodeiktiké hexis)* (© métudo de .\ristoteles indica a maneira de pe sar que 0 ensino deverd adotar. baseando-se todavia tem certos principios e regras. \lém do método medi- inal, que 0 vemos utilizar em muitos de seus estudos, ‘em oposigilo ao metodo das eféncias twéricas, \ristéte- Ti ei Nisa, 108 LAS tad, Lo9d TT = 1098 a 12 FI. Meas, 1064 15 F3. Wd 97 8 % A ele les utiliza e sistematiza ainda mais o metodo diulécico que Platao desenvolvera, pois eonsidera-o ¢ método mais adequado caso se queira tratar do conhecimento, dividuo como para a cidae, O desemolimente da Grgumencago Tie sob at forma dain evar 4 Uescoberta da verdade eo conhccimemto das cles Iso sera atngido por mato de dogo, que mao ¢ um de dicidas fapores) © de problomas™. sim. seu ohjetvo see tripe exeritaro eapito do ano, de rmodo que cle poss imaginar facimente« argumenta Gio para cada problema ue se apresenta, Feune os diteremes pontos de vista que tram eapresson so bre dierentes temas essuntos Ens Zr pesquisa lose, formalando divides sobre cada coi, e submeter ua provaligica eal problema de forma que sea vericad &letimidade da cetera Para torminar este toes alo, devemos enfatizar que io se limitou a forma caracteristica do HAs. ie Ny, OS I HOST litte bes 1, Men 984 24098 8S, Sunn ama. 1 117248 ns sie ome ayn een, tue se chica com unset areana oma ee a TAM Ono tm baa eS ests « 0 wheats ordou a ensino, ou sj 2 cola © ui duengao como um provement para to a id 0 Stabe de uma eiaue educa Nes cidade et trad 0s edadios sn dhamados a obedecer. «dar Gdns e prteparday atid poi ise aeistions (Os locais onde se efetuava tal edu- im a agora, a assembleia, 0 conselho, 0s tri tuto Som suas ceiménias reise a prprias leis dh Bead is por queo eidado wo legilador devia, ogi xno. vara so seu papel di « pekigicoConserae queen eden part cada fsopeagie ama ver uc et apresent 0 fede ocd insti com una ta permanente do home te quad cer amen 0 fenomeno dt i For Wh Patou, INL T= ARM B RIMMED 38 Bee Nivimagsy Tih A, MOMS A, Retire, 199 4s A “etologia” da educacéo fim supremo: 0 “eudemonismo™ £ natural que. reconhecendo que 0 Estado inte vém diretamente na formagai exerce simplesmente o papel de eliminador dos ever tuais obsticulos & prosperidade dos Arist teles atribua a edu ma significaglo maior do que aguela que costumamos atribuir hoje em di Logo. € importante e. por conseqiténeia, absolutamen- te necessirio que conhegamos a bem (agathon), pois somente eno poderemos receber sua influéneia fa vordvel’. Mas esse bem, segundo o filésoio, deverd ser buscado na principal parte da politica:. Aristételes, assim como Platao', admite que tum elemento indispensivel na inira-estrutura do Es ado, a fim de aleangar seu fim supremo, a felieidade dos cidadaos, & a necessidade de uma educagio mo- de uma criew © na 11d Bow w Sima 1H aU 2 Ad. thal, HS w 1428 8. lato eli, 3 6 45 ral eorreta e sudia dos cidadios, desde sua mais ten: a idade' No entanto, sio duuas as condigies para que os homens obtenham a felicidade (cudaimonia): seri preciso, de um kalo, que eles definam o objetico ea Finalidade de cada uma de suas agdes e, de outro lado, ‘que eneontrem as atividades adequadas que os cond zirdo a esse fim tltimo. Deverio. porém, estar partic: larmente atentos, pois, mesmo que situem bem esse objetivo, fragassam. muitas vezes, quando se trata de tengpntrar os meios de realizi-lo. Em conseqiienel seghindo a fisiopedagogia érica de Aristételes, 0 obje tivo e os meios que conduzirao & Felicidade dev absolutamente de acordo. Assim. tanto nas artes ‘como nas ciéneias, os espectalistas deverio fazer cor responder, de maneira bem-sucedida, o fim dltimo € 1s meios pelos quais irdo realizé-lo, Em outros termos. im adquirir a felicia jo a buscam como se deve desde o inicio’. _Aristételes chega a examinar o que & ext felicidade, \ feliciddte. segundo 0 filésofo, & a agao perfeita eo exercicio da virtude’. De acordo com tudo ‘6 que ele disse, parece que a felicidade do Estado no 6 fruto do acaso, mas do saber e da vontade dos (epistémés kai proaireseds). E, para chegar ai, os ios nao podem ser felizes em conjunto Sem que a separadamente. Inversamente, se cada ‘tas pessoas, mesmo qUL POS de Astle, Es Nisin, L179 MT Bld Pale, LAM 260 TU OW thal LDS u Ss A evga! do whears sum for felis (eudaimdn) e notivel pela vietude, resulta que todos em conjunto serio felizes ¢ notiveis «. por: tanto. o proprio Estado também seri, Os tawores que. segundo Aristéceles, contribuirde para que os eidadaos sejam felizes © notiveis si a nuturesa (physis). 0 habito (ethos) © 0 raciocinio (logos). Esses tres fatores deveriio estar de acorde’ E nesse contexto que Aristételes desenvolve seu ensino fisiopedagogicn a respeito do eudemonismeo. que o homem devera tentar obter por intermédio da educagio, .\rist6teles detine « felicidade de acordo com a concepgao platoniea: procurar © atingie livre mente a obra (ergon) a qual o homem esti predesti- nado. O homem enguanto tal possui um objetivo especial, que consiste em husear a Felicidade quando houver aperivigoado seu espirito © sua conseiénel Mas, como a agio pode apresentar diferentes graus de perfeigao, a obra do homem & le no so. mente conforme a razio, mas também eonforme Je tal modo que o homem conelua a obra a destinado. lésolo dissocia a virtude da felicidad. feliek de nio é a virtude, a felicidade 6 a atividade para a qual tende a virtude. .\ felicidade nao & 0 prazer, o prazer eutiéneia da felicidade, . felicidade nao & a iqueza, riqueza e bens m (0 os meios de alean. «gar a felicidade. E feliz o homem que faz chegar a0 mais virtude, FW, Wil, 18N2 431 = 1982 8.1L, eww Netima, HF b 22.88 ioe sito grau de rentabilidade a atividade humana. que & luma nuanifestagao de sua naturezs razodvel". moral aristotéliea € Mlexivel, pois admite que os bens materials So uma condigio indispensivel para a aquisigao d folicidade e reconhece 0 prazer como resultado da feli= celdade. Nao & possivel a um homem que vive na pobre. juem se tortura na roda ser feliz, diz Aristote les. Tamben © prizer 6 um elemento que confirma a felicidade, “assim como a beleza confirma a juventude’ Assim, os hens se elassificam muma hierarguia, em fan- iy da iniportaneia de sua eontribuigao para a obtei id da Felicidade. homem se eleva até 0 ideal moral por meio das condigies materiais indispensaveis, Em sew primeito livro da Erew a Nicomaco", 0 filésofo se pergunta se a elietdade & um dom dos deuses ‘ou um resultado do caso. E se os homens receberam alguns dons da parte dos deuses entlo é légico dizer que também a felicidade foi enviada pelos deuses. © mais do que todas as coisas proprias ao homem, na medida em que & a mais preciosa de todas. Mas, m mo que a felicidade nao tivesse sido et deuses, sendo entdo um rest alga outro aprendizado ou exereicio sidera que pertence de qualquer modo 2 hens divinos por exceléneia, dado que a recompensa eo fim da virtude s6 podem ser algo de perteito, divi engoado, stételes con- Keoria dos Od, hid, WOT a= Lem hs Tou ih, Ho 28 Tn ML ahah 1m Bo) ATO 1S _Mém disso. cle menciona que a felicidade pode ser iqualmente algo comum a todos os homens. pois pode existir para todos aqueles que ako so incapazes de ira virtude com auilio de algum aprendisada (mathéton), exereicio (ethiston) ou pritica (uskéeon Assim, .\ristteles tenta mostrar que & légieo supor. mos que a felividade resulta mais de um egforge do que do acaso!". O instrumentos nee eer sgando ao tinal de sew raciovinio, . AS coisas que se produzem ligam-se ao que chamamos de podtica da educa. 440 passo que as coisas que se faze ligan PW thd, 1987 42. 2 WL Bron a Nes, 1AM «1, cchamamos aqui de prasiologia da edueugtio. . produ {40 € portanto diferente da agao (praxis), assim como A disposigio racional que nos leva «tagir (mete logo hexis praktiké) & diferente daquela que nos leva a produzir (met logow poietike hexisy". Procurando. por um lado, eriar eidadiios virtuosos. e. por outro, realizando esse objetivo mediante uma série dle ages que tém por objeto um fim ailtime que 6 virtue © a Felicidade, a edu » baseada na natureza hun promove ao mesmo tempo a disposigio racional para produzir e a disposigao racional para Logo, segundo \ristiteles, na. fisiolagice da ed glo, a praxiologia relere-se 3 wera pela qual 0 homem ¢ guindo pela edueagao para atingir seu fim liktimo, Ela se move entre duas extremidades funda mentais: aquela que designa corretamente os desig nios © objetivos que constituem a caus. igo humana, a causa (heneke} de toda coisa, © aqu Ia que determina as agdes necessirias para a realiz (glo desse heneka". Assim, no se faz diferenga entre ages honrosas e desonrosis, mas entre fins persegui dos © razdes que provocaram ussas ayies, Por esse motivo, classiticamos nossos fins em dias eategorias: fos que desejamos atingir por si mesmos © Os que Uti lizamos como meios pi ros fins que Ihes ‘so superiores. Por exemplo, se alguém fetus um exer- io fisico, o fim desse exercicio & a ginistica e, a0 de toda a ating 0 1 bud. 114 2 Mv ML Pins 18) a NT M

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