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PRI010/NPB920 – Engenharia da

Sustentabilidade/Tópicos de
Sustentabilidade na Produção
Profa. Dra. Fernanda C. Vianna
REFERÊNCIAS DE CONTEÚDOS DA
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
9. ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE
Refere-se ao planejamento da utilização eficiente dos
recursos naturais nos sistemas produtivos diversos, da
destinação e tratamento dos resíduos e efluentes destes
sistemas, bem como da implantação de sistema de gestão
ambiental e responsabilidade social.
9.1. Gestão Ambiental
9.2. Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação
9.3. Gestão de Recursos Naturais e Energéticos
9.4. Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais
9.5. Produção mais Limpa e Ecoeficiência
9.6. Responsabilidade Social
9.7. Desenvolvimento Sustentável
Tópicos da Disciplina
• Desenvolvimento sustentável: diferentes abordagens
• Economia Circular (Cradle to Cradle ®)
• Política nacional de resíduos sólidos
• Indicadores de Sustentabilidade: Modelo PSR, Modelo DSR, Indicadores de
Sustentabilidade no Brasil, Impressão Ecológica, Dashboard of sustainability,
Barometer of sustainability
• Ferramentas de avaliação e apoio a decisão na análise da sustentabilidade: Avaliação
do Ciclo de Vida (Life Cycle Assessment), Metodologias BASF: Análise de
Ecoeficiência e SEEBALANCE®
Bibliografia Básica
• Cradle to Cradle: Criar e reciclar ilimitadamente
Michael Braungart, William McDonough. Edição 1. Editora GGBrasil, 2014

• Indicadores de sustentatibilidade – Uma análise Comparativa


Bellen, Hans Michael Van. Editora FGV. Edição 2, 2006

• A Economia Verde
Joel Makower. Edição 1. Editora Gente, 2009.
Bibliografia Complementar
• Muito Além da Economia Verde
Ricardo Abramovay. Edição 1. Editora Planeta Sustentável, 2012

• Sustainability Indicators: Measuring the Immeasurable?


Simon Bell, Stephen Morse. Editora Earthscan, 1999

• Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder


Enrique Leff. Edição 8. Editora Vozes, 1998

• Sustentabilidade: a legitimação de um novo valor


José Eli da Veiga. Editora SENAC, 2010

• Sustentabilidade ambiental, social e econômica nas empresas: como entender, medir e relatar
Sergio Pinto Amaral. Edição 2. Editora Tocalino, 2005
Critério de Avaliação
• Instrumentos avaliativos:
Avaliação Intermediária (AI), Atividade 1, Atividade 2, Atividade 3, Atividade 4,
Atividade 5, Prova Substitutiva (se necessário).

• Média final:
(0,4 x AI + 0,6 x A) ou (0,4 x PS + 0,6 x A)
A = média aritmética das 4 melhores notas nas atividades
Todas as atividades serão realizadas durante a aula.
A tomada de consciência até o conceito de
desenvolvimento sustentável (Bellen, 2006 – Cap. 2 e Cap. 3)
• Relatório sobre os limites do crescimento – The limits to growth (1972)

• Conceito do ecodesenvolvimento (1973)

• Declaração de Cocoyok (1974)

• Relatório da Fundação Dag.-Hammarskjold (1975)

• Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Meio Ambiente


e Desenvolvimento (RIO 92) >> plano de ação: Agenda 21
• O conceito de desenvolvimento sustentável trata especificamente de uma
nova maneira de a sociedade se relacionar com seu ambiente de forma a
garantir a sua própria continuidade e a de seu meio externo.

• Mas qual a definição exata de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL?


• Existem cerca de 160 definições diferentes!
Desenvolvimento sustentável: diferentes
abordagens conceituais e práticas (Bellen, 2006 – Cap. 3)
• O termo foi primeiramente discutido pela World Conservation Union, no
documento intitulado World’s Conservation Strategy (1980), o foco porém,
era apenas a integridade ambiental.

• Relatório Brundtland (1987):


“Desenvolvimento sustentável é o que atende às necessidades das gerações
presentes sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem
suas próprias necessidades”. (Foco no elemento humano)
• Pronk e ul Haq (1992) destacam o papel do crescimento econômico na
sustentabilidade:
“Desenvolvimento é sustentável quando o crescimento econômico traz justiça e
oportunidades para todos os seres humanos do planeta, sem privilégio de
algumas espécies, sem destruir os recursos naturais finitos e sem ultrapassar a
capacidade de carga do sistema.”
• Para algumas organizações não governamentais, e para os programas das Nações
Unidas para o Meio Ambiente e para o Desenvolvimento:
“O desenvolvimento sustentável consiste na modificação da biosfera e na aplicação de
seus recursos para atender às necessidades humanas e aumentar a sua qualidade de
vida”.

O fato é : Não se sabe exatamente o que o termo significa, há certo grau de


consenso, porém, em relação às necessidades de se reduzir a poluição
ambiental, eliminar os desperdícios e diminuir o índice de pobreza.
O que hoje chamamos de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL tem evoluído como um conceito
integrador, um guarda-chuva sob as quais um conjunto de questões interrelacionadas podem ser
organizadas de forma única. Trata-se de um processo variável de mudança que busca como objetivo final,
a SUSTENTABILIDADE em si.

A SUSTENTABILIDADE é a capacidade de um sistema humano, natural ou misto para resistir ou se


adaptar à mudança endógena ou exógena por tempo indeterminado representada como uma meta ou um
ponto final. Portanto, para ALCANÇAR A SUSTENTABILIDADE REQUER-SE O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

A sustentabilidade é um conceito normativo sobre a maneira como os seres humanos devem agir em
relação à natureza, e como eles são responsáveis para com o outro e as futuras gerações. Neste contexto,
observa-se que a sustentabilidade é condizente ao crescimento econômico baseado na justiça social e
eficiência no uso de recursos naturais.

(AYRES, 2008; LOZANO, 2012; DOVERS; HANDMER, 1992; PRUG; ASSADOURIAN, 2003)
Os três pilares:
social, econômico e
ambiental
Considerando a
sustentabilidade como um
conceito dinâmico que
engloba um processo de
mudança, esses três pilares
devem coexistir e interagir
entre si de forma
plenamente harmoniosa. “Triple Bottom Line”
BASF AG, Ludwigshafen
Methodology Seminar
Na perspectiva econômica
A sustentabilidade econômica é a manutenção de capital natural*, que é uma condição necessária
para não haver decrescimento econômico (BARTELMUS, 2003).

Este pilar traz o retorno do significado original da palavra economia, afincado pelos gregos na
Antiguidade (cuidar da casa). São analisados os temas ligados à produção, distribuição e consumo
de bens e serviços e deve-se levar em conta os outros dois aspectos. Ou seja, não adianta lucrar
devastando, por exemplo.

*Capital natural: constituído pela base de recursos naturais, renováveis e não renováveis, pela biodiversidade,
e a capacidade de absorção de dejetos dos ecossistemas.
Na perspectiva ambiental
A sustentabilidade ambiental é definida como a desmaterialização da atividade econômica,
pois uma diminuição do processamento de material pode reduzir a pressão sobre os
sistemas naturais e ampliar a prestação de serviços ambientais para a economia. A
principal preocupação, portanto, é relativa aos impactos das atividades humanas sobre o
meio ambiente.

Significa ampliar a capacidade do planeta pela utilização do potencial encontrado nos


diversos ecossistemas, ao mesmo tempo em que se mantém a sua deterioração em um
nível mínimo (SACHS, 1997).
.
Na perspectiva social
A abordagem da sustentabilidade social se refere à homogeneidade social, rendimentos justos e
acesso a bens, serviços e emprego. A preocupação maior é, portanto, com o bem-estar humano,
a condição humana e os meios utilizados para aumentar a qualidade de vida dessa condição.
(LEHTONEN, 2004).

Trata-se do capital humano de um empreendimento, comunidade, sociedade como um todo.


Além disso, é imprescindível ver como a atividade econômica afeta as comunidades ao redor.
Nesse item, está contido também problemas gerais da sociedade como educação, violência e
até o lazer.
Alcançar o progresso em direção à
sustentabilidade é claramente uma
escolha da sociedade, das
organizações, das comunidades e
dos indivíduos.

O desenvolvimento sustentável força


a sociedade a pensar em termos de
longo prazo e reconhecer o seu lugar
dentro da biosfera.

O estado atual da atividade humana


é inadequado para preencher as
necessidades vigentes e está
ameaçando seriamente a
perspectiva de vida das futuras
gerações.
Economia Circular ou Cradle to Cradle ® (C2C)
(McDonough, Braungart 2013 – Cap. 1, Cap. 2 e Cap.3)

É uma autoridade reconhecida internacionalmente em


matéria de desenvolvimento sustentável. A revista Time
distinguiu-o como “Herói do Meio Ambiente”. A Stanford
University Library considerou-o como o centro de seu
primeiro “arquivo vivo”, que se concentrará em projeto e
sustentabilidade.

William McDonough
“O conceito de sustentabilidade é ultrapassado”
recursos produtos
modelados em vendidos produtos
recursos eliminados/
extraídos produtos
jogados fora

Modelo linear: Do berço a cova ou cradle to grave


Tamanho único para todos

Mais popular estratégia de design: SOLUÇÃO UNIVERSAL

Exemplo: Detergente produzido em larga escala


Os detergentes são projetados para ensaboar, remover sujeira e matar germes com a
mesma eficiência em qualquer lugar do mundo – em água dura, mole, urbana ou de
nascente; em água que flui para riachos cheios de peixes ou que é canalizada para
estações de tratamento de esgoto.

Produto Projetado para o PIOR CENÁRIO


Atividade é igual a
prosperidade
A ENSEADA FOI AVALIADA COMO
ECONOMICAMENTE MAIS PRÓSPERA!

Restaurantes, hotéis, lojas, postos de gasolina e depósitos tiveram


um pequeno crescimento em intercambio econômico.

CRESCIMENTO SIGNIFICATIVO DO PIB


PIB como medida de progresso, surgiu durante uma época em que os recursos naturais ainda
pareciam ilimitados e a “qualidade de vida” significava altos padrões econômicos.

Na corrida pelo progresso econômico (alavancar nível de atividade econômica), a atividade


social, o impacto ecológico, a atividade cultural e os efeitos de longo prazo podem ser
negligenciados
Produtos Brutos
Intenção do design atual:
• produto atraente Produtos não projetados
• acessível para a saúde humana e a
ecológica.
• de acordo as regulamentações
• desempenho suficiente Desprovidos de inteligência e
• durável suficiente para atender o deselegantes
mercado
O que têm
em comum?

Casaco de Garrafa d'água ANTIMÔNIO


poliéster

PRODUTOS BRUTOS TIPO PLUS: Adquire o item que queria plus aditivos que
você não pediu, não sabia que estavam incluídos e podem ser prejudiciais
“ Poor Design Practices – Gaseous Emissions from Complex Products”.
Braungart, M et al. (1997)
Durante o USO de:
Mouse de computador Barbeador elétrico
Video game compacto Secador de cabelo SÃO LIBERADOS:
CD player portátil Agentes teratogênicos e/ou compostos
cancerígenos – substâncias conhecidas por
contribuírem para a causa de deficiências de
Das cerca de 80 mil substancias e
misturas técnicas identificadas que são
nascença e de câncer.
produzidas e usadas atualmente pelas
indústrias, apenas cerca de 3 mil foram
Por que isso acontece?
estudadas quanto a seus efeitos sobre Normalmente os produtos de alta
sistemas vivos. tecnologia são compostos de
materiais de baixa qualidade.
Uma questão de design

Assim como industriais, engenheiros, designers e desenvolvedores do passado


não pretendiam causar esses efeitos devastadores, aqueles que hoje perpetuam
esses paradigmas certamente não pretendem prejudicar o mundo.

Os problemas são consequências de um design obsoleto e pouco inteligente.

Um design ruim nessa escala vai muito além do nosso próprio tempo de vida. É
a chamada tirania intergeracional remota (nossa tirania sobre as futuras
gerações por meio dos efeitos de nossas ações atuais).
Ênfase em se encontrar uma abordagem “MENOS MÁ”

REDUZIR EVITAR MINIMIZAR LIMITAR

Termos centrais na maior parte das agendas


ambientais assumidas pela indústria atual
Malthus
An Essay on the Principle of Population (1798)

Donella et al
The Limits to Growth(1972)

Sr & Sra Ehrlich


The Population Explosion (1984).

ECO – 1992
Estratégia da Ecoeficiência: “Fazer mais com menos”

Robert Shapiro, CEO da Monsanto “O que pensávamos ser


ilimitado, tem limites. E estamos começando a atingi-los” (1997)
Isto é ótimo!
Certo?
Em menos de 1 década...
• A ecoeficiência abriu seu caminho na indústria com extraordinário sucesso.
• A 3M com a ecoeficiência economizou mais de 750 milhões de dólares
por meio de projetos de prevenção da poluição.
• A Dupont cortou em quase 70% suas emissões de produtos químicos
causadores de câncer.
• O movimento dos três Rs – REDUZIR, REUSAR, RECICLAR – passou
a ganhar popularidade estável nos locais de trabalho e também nos lares.
Atualmente, o movimento mais utilizado é o dos
UAU!
4Rs...
A quantidade de lixo tóxico criado ou emitido
A quantidade de matéria-prima utilizada
O tamanho do produto (desmaterialização)
REDUZIR
REDUÇÃO É UM PRINCÍPIO CENTRAL DA
ECOEFICIÊNCIA

Mas.... não detém o esgotamento e a destruição, apenas diminui


sua velocidade, possibilitando que ocorram em menor escala e
durante um maior período de tempo.
Encontrar mercados para reusar resíduos.

O REUSO FAZ COM QUE AS PILHAS DE RESÍDUOS


REUSAR
PAREÇAM “IR EMBORA”

Mas.... em muitos casos, esses resíduos – e quaisquer toxinas e


contaminantes que contiverem – são simplesmente transferidos
para outro lugar.

Em alguns casos, poderia ser menos perigoso lacrar os materiais


em um aterro.
RECICLAGEM

A reciclagem é um conjunto de técnicas de reaproveitamento de materiais descartados,


reintroduzindo-os no ciclo produtivo (Ministério do Meio Ambiente, 2017)

Mas... a maior parte da reciclagem é, na verdade, SUBCICLAGEM


(DOWNCYCLING) – isto é, um processo que acaba reduzindo a qualidade do material
ao longo do tempo. Neste caso, apenas “pede-se desculpas ao meio ambiente”.

A subciclagem tem uma desvantagem a mais. Pode ser mais caro para as empresas, em
parte por tentar prolongar o tempo de vida dos materiais mais do que o projetado, uma
conversão complicada e confusa, que, em sim mesma, despende energia e recursos.
UM EXEMPLO: DOLCE GUSTO – RECICLAGEM DE CÁPSULAS

Fonte: http://boomera.com.br/cases/dolce-gusto-reciclagem-de-capsulas-de-cafe/
REGULAMENTAR

Criar e aplicar leis dirigidas a proteger o bem público. Em um mundo


em que o design é pouco inteligente e destrutivo, as regulamentações
podem reduzir efeitos deletérios imediatos.

Mas... em última análise é uma LICENÇA PARA CAUSAR DANO, uma


autorização expedida por um governo em favor de uma indústria, de
modo que esta possa então emitir poluentes em taxas “aceitáveis”.

Além disso, para as indústrias, as regulamentações podem criar produtos


pouco competitivos em um mercado globalizado.
A ecoeficiência não é profunda o bastante!
• Funciona dentro do mesmo sistema que causou o problema pela primeira
vez e apenas difere-o com proscrições morais e medidas punitivas.
• A ecoeficiência somente trabalha para tornar o velho sistema um pouco
menos destrutivo.
• É apenas uma ilusão de mudança.
SER MENOS MAU NÃO QUER DIZER SER BOM
É possível ser 100% bom?
O que significaria ser 100%
bom?
ESTRATÉGIA DA
ECOEFETIVIDADE
ECONOMIA CIRCULAR

O modelo que propõe um reaproveitamento


sistemático de tudo o que é produzido.

Trata-se de uma mudança em toda a maneira


de consumir, do design dos produtos até a
nossa relação com as matérias-primas e
resíduos.
A economia circular é um conceito baseado na inteligência da natureza, indo
em contrapartida ao processo produtivo linear a partir do processo circular, onde
os resíduos são insumos para produção de novos produtos.

No meio ambiente, restos de frutas consumidas por animais se decompõem e viram


adubo para plantas. Esse conceito também é chamado de “cradle to cradle®” (do
berço ao berço), onde não existe a ideia de resíduo, e tudo é continuamente
nutriente para um novo ciclo.

Transportando essa dimensão para a indústria de produtos, a cadeia produtiva


seria repensada para que peças de eletrodomésticos usadas, por exemplo,
pudessem ser reprocessadas e reintegradas à cadeia de produção como
componentes ou materiais de outros produtos.
(JUAREZ, 2017)
A economia circular repensa as práticas econômicas, pois vai além dos famosos "R"s.
Ela une o modelo sustentável com o ritmo tecnológico e comercial do mundo moderno.

Em vez de uma reta final para os produtos, um novo ciclo: transformando resíduos em
insumos, em nova matéria-prima. São novos “R”s que entram: de economia
restaurativa e regenerativa. O QUE ERA FIM É SÓ UM NOVO COMEÇO.

A economia circular segue uma utilização racional dos recursos. E parte da proposta de
desconstruir o conceito de resíduo com a evolução de projetos e sistemas que
privilegiam materiais naturais que possam ser totalmente recuperados.

Vídeo da Ellen McArthur Foundation:

https://youtu.be/OWxy4PXq2pY
A fundação Ellen MacArthur é especializada em difundir e apoiar a mudança das
empresas para esse novo modelo, que é capaz de gerar mais de um trilhão de
dólares de lucro para a economia global.

Foi criada uma rede de parceria entre empresas (líderes e emergentes) para
colaborarem no salto coletivo para essa nova estrutura, essa união foi chamada
“CE100” (Circular Economy Hundred). Nomes como Coca-Cola, Unilever, Philips e
Renault estão na lista.

O Google recentemente anunciou que em parceria com a fundação quer


incorporar o conceito de economia circular na infraestrutura, operação e na
cultura da empresa.

Fonte: https://www.ellenmacarthurfoundation.org/pt/fundacao-ellen-macarthur/a-fundacao
www.ellenmacarthurfoundation.org/assets/downloads/languages/
Uma-Economia-Circular-no-Brasil_Uma-Exploracao-Inicial.pdf
The Cradle to Cradle Products Innovation Institute, a non-profit organization, educates
and empowers manufacturers of consumer products to become a positive force for
society and the environment, helping to bring about a new industrial revolution.

The Institute administers the publicly available Cradle to Cradle Certified™ Product Standard
which provides designers and manufacturers with criteria and requirements for
continually improving what products are made of and how they are made.

The Cradle to Cradle Certified™ mark provides consumers, regulators, employees,


and industry peers with a clear, visible, and tangible validation of a manufacturer’s
ongoing commitment to sustainability and to their communities.

Fonte: http://www.c2ccertified.org/ http://www.c2ccertified.org/products/registry


O programa de Certificação de Um produto para ser certificado de cumprir os
Produtos Cradle to Cradle® ultrapassou a requerimentos em 5 categorias:
marca de 541 produtos certificados de
mais de 125 empresas. Considerada um dos Materiais seguros para a saúde (impactos
mais exigentes do mercado, o sobre a saúde humana & ambiental)
protocolo Cradle to Cradle® confere a
produtos o status de alta qualidade para a Recuperação dos materiais (reciclabilidade
saúde humana e do meio ambiente. ou compostabilidade)

Um programa multicritérios que verifica e Uso de energia renovável


atesta a segurança dos produtos para a saúde
humana e ambiental, o design para a
reciclabilidade e processos de fabricação Manutenção da qualidade da água
responsáveis e benéficos.
Responsabilidade social
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

Instituída pela Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010, tem por objetivo principal o
gerenciamento dos resíduos sólidos no Brasil. É a política nacional mais representativa,
no contexto atual, capaz de trazer avanços a caminho da circularidade no país.
A PNRS determina como um dos princípios a responsabilidade compartilhada, e
estabelece os Sistemas de Logística Reversa como instrumentos, os quais atuam sobre
o ciclo de vida de produtos e serviços, capazes de prolongar e fechar ciclos, reduzindo
a quantidade de resíduos gerados.
IWASAKA (2018)
A CBPAK está unindo ciência material e inovação em modelo de negócio para gerar
valor a partir da mandioca. A empresa usa mandioca brava, a espécie não comestível da
raiz, para produzir embalagens descartáveis que substituem os problemáticos plásticos.
A proposta de valor para o cliente inclui o descarte das embalagens pós-uso, o que é
possibilitado por parceiras mantidas com empresas locais de compostagem, que
coletam as embalagens usadas e as convertem em adubo que pode ser usado para
regenerar terras agrícolas.
Produzido pela empresa holandesa Fairphone. Este celular
é construído para ser modular e ter um ciclo de uso
extenso. O produto pode ser aberto a qualquer momento
pelo usuário, que não tem dificuldades para trocar suas
peças, atualizando assim o hardware de acordo com a
tecnologia do momento.

O dono do aparelho melhora somente as funcionalidades


ou os módulos que mais interessam. Quem gosta de
fotografia, por exemplo, troca apenas a câmera do telefone.

Outro ponto positivo e que vai ao encontro do design


circular: a Fairphone se certifica de verificar a origem dos
materiais. A empresa se recusa a usar minérios provenientes
de extração financiada por conflitos ou grupos armados.
A DB Breweries, baseada Nova Zelândia, lançou o projecto "Beer Bottle Sand" visando incentivar a
reciclagem de garrafas de cerveja. Como resposta a escassez de areia global a empresa desenvolveu
máquinas que fácil e rapidamente permitem transformar as garrafas de cerveja de vidro vazias num
substituto de areia que pode ser utilizado por empresas de construção, reduzindo a dependência de areia
de praia.

Fontes: Dbexportbeer Theinspirationroom (24.02.017) “db-export-beer-bottle-sand”


ATIVIDADE 2
Esta atividade deverá ser realizada, obrigatoriamente em grupos, de até 5
alunos e faz parte do processo de avaliação da disciplina, portanto, deverá ser
entregue para a professora ao final da aula.

Analise os 3 casos apresentados nos links a seguir e, para cada um deles, identifique os pontos de convergência
e/ou de divergência com a Economia Circular?

1º CASO – EMBALAGEM NATURA SOU

http://boomera.com.br/cases/natura-sou/

2º CASO - PENTATONIC - INOVAÇÃO EM MÓVEIS E UTENSÍLIOS

https://www.youtube.com/watch?v=b0DPllIpCHQ

3º CASO – AVANI ECO


Dica: Não deixe de especular a respeito de características
importantes da Economia Circular que não são
diretamente mencionadas em cada caso.
Indicadores de Sustentabilidade
(Bellen, 2006 – Cap. 4, Cap. 5 e Cap. 9)

O termo indicador é originário do latim indicare, que significa descobrir apontar,


anunciar, estimar.
Os indicadores podem comunicar ou informar sobre o progresso em direção a uma
determinada meta, mas também podem ser entendidos como um recurso que deixa mais
perceptível uma tendência ou fenômeno que não seja imediatamente detectável.
Os indicadores (quantitativos ou qualitativos) agregam e quantificam informações de
modo que sua significância fique mais aparente. Eles simplificam as informações
sobre fenômenos complexos tentando melhorar com isso o processo de
comunicação.
(Hammond et al., 1995)
É de consenso geral que o
Desenvolvimento Sustentável é um
processo evolutivo que se traduz na
combinação de 3 vertentes de
desenvolvimento de um país:
crescimento da economia,
melhoria da qualidade do ambiente
melhoria da sociedade.

À medida que o conceito de DS foi cada


vez mais interiorizado pelas instituições,
sentiu-se a necessidade de avaliar o
desempenho das economias com base
neste novo conceito e não apenas em
indicadores como o PIB (produto interno
bruto), por exemplo.
Atividade NÃO é igual a prosperidade!
Os problemas complexos do desenvolvimento sustentável requerem sistemas
interligados, indicadores inter-relacionados ou a agregação de diferentes indicadores.
Para Gallopin (1996), indicadores para esta finalidade devem seguir alguns requisitos
universais:
Os valores dos indicadores devem ser mensuráveis (ou observáveis);
Deve existir disponibilidade dos dados;
A metodologia para a coleta e o processamento dos dados, bem como para a
construção dos indicadores, deve ser limpa, transparente e padronizada;
Os meios para construir e monitorar os indicadores devem estar disponíveis,
incluindo capacidade financeira, humana e técnica;
Os indicadores ou grupo de indicadores devem ser financeiramente viáveis
Deve existir aceitação política dos indicadores no nível adequado.
O Modelo PSR (Pressure, State, Response)/ PER
(Pressão, Estado, Resposta)
Atualmente, a maior fonte de indicadores ambientais é a publicação regular da OECD (Organization for
Economic Cooperation and Development) que fornece um primeiro mecanismo para monitoramento
do progresso ambiental para os países que fazem parte da instituição. O sistema utiliza o modelo PSR:
Os indicadores de pressão ambiental (P) descrevem as pressões das atividades humanas exercidas
sobre o meio ambiente, incluindo os recursos naturais.
Os indicadores de estado (S) se referem à qualidade do meio ambiente e à qualidade de recursos
naturais.
Os indicadores de resposta (R) mostram a extensão e a intensidade das reações da sociedade em
responder às mudanças e às preocupações ambientais.
Fonte: OECD framework for environmental indicators. Using the pressure-state-response model to develop indicators
of sustainability
Em termos práticos:

OECD KEY ENVIRONMENTAL INDICATORS 2008

https://www.oecd.org/env/indicators-modelling-outlooks/37551205.pdf
Os objetivos do trabalho da OECD são: rastreamento do progresso ambiental
(monitoramento do ambiente e de suas mudanças no tempo); integração entre
preocupações ambientais e políticas públicas; integração entre preocupações ambientais e
política econômica.
POTENCIALIDADES FRAGILIDADES

Evidencia os elos entre a Existência de uma


atividade humana e o relação de causalidade
ambiente linear, a qual simplifica
excessivamente uma
Visão conjunta dos vários situação complexa
componentes de um
problema ambiental Não estabelece metas
de sustentabilidade a
serem alcançadas

Fonte: Kemerick, P. D. C. et al. , 2014


O Método de Avaliação DSR (Driving Force, State,
Response)/FER (Força Motriz, Estado, Resposta)
O sistema DSR foi desenvolvido basicamente a partir do sistema PSR utilizado pela OECD. A diferença
refere-se ao item pressure (P) que foi substituído por driving force (D) para que fosse possível incorporar os
aspectos sociais, econômicos e institucionais do desenvolvimento sustentável.

O item driving force representa as atividades humanas, processos e padrões que causam impacto no
desenvolvimento sustentável. Esses indicadores fornecem uma medida das causas das mudanças,
negativas ou positivas, no estado de desenvolvimento sustentável. Exemplos são as taxas de crescimento
da população e de emissão de CO.
Os indicadores do item state fornecem uma medida do estado do desenvolvimento sustentável, ou um
aspecto particular dele, num determinado momento. Pertencem a esse item indicadores qualitativos e
quantitativos como número estimado da população na escola, indicador de estado do nível educacional ou a
concentração de poluentes no ambiente, que é uma medida da qualidade do ar nas áreas urbanas.
Os indicadores do item response mostram as opções políticas e outras respostas para as mudanças no estado
de desenvolvimento sustentável. Eles fornecem uma medida da disposição e efetividade da sociedade em
fornecer respostas. Algumas respostas para mudar o estado em relação ao desenvolvimento sustentável podem
ser a legislação, regulação, instrumentos econômicos, atividades de informação etc. Exemplo de indicadores
deste tipo incluem tratamento de água poluída e gastos na diminuição da poluição.
Todos os capítulos da Agenda 21 estão refletidos no sistema DSR.
O método foi adotado pela Comissão de Desenvolvimento Sustentável das Nações
Unidas como uma ferramenta capaz de organizar informações sobre o desenvolvimento.
Existe, portanto, uma iniciativa internacional no sentido de se desenvolver e aplicar esta
ferramenta.
O objetivo do programa é tornar acessíveis aos tomadores de decisão os indicadores
relacionados ao desenvolvimento sustentável, no nível nacional, definindo-os, elucidando as
suas metodologias e fornecendo treinamento e capacitação.
POTENCIALIDADES FRAGILIDADES

Mais apropriado para reunir Os indicadores se


indicadores econômicos, baseiam na situação dos
sociais e institucionais países industrializados

Não existe nenhuma


causalidade entre os
indicadores

Fonte: Kemerick, P. D. C. et al. , 2014


IDS (Indicadores de Sustentabilidade no Brasil)

A cargo do IBGE, o IDS integra-se ao conjunto de esforços internacionais para concretização das
ideias e princípios formulados na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (RIO-1992), no que diz respeito à relação entre meio ambiente, sociedade,
desenvolvimento e informações para a tomada de decisões.

Segue, portanto, como orientação as recomendações da Comissão para o Desenvolvimento Sustentável -


CDS (Commission on Sustainable Development - CSD) da Organização das Nações Unidas - ONU, com
adaptações às especificidades nacionais.

No seu conjunto, o IDS é uma das mais importantes fontes de informações sistematizadas sobre os
aspectos ambientais, sociais, econômicos e institucionais do desenvolvimento brasileiro. Os dados
estão quase sempre disponíveis para os níveis Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação.
Fonte: Indicadores de desenvolvimento sustentável : Brasil : 2015 / IBGE, Coordenação de Recursos
Naturais e Estudos Ambientais [e] Coordenação de Geografia. – Rio de Janeiro : IBGE, 2015. 352p. –
Fonte: Indicadores de desenvolvimento sustentável : Brasil : 2015 / IBGE, Coordenação de Recursos
Naturais e Estudos Ambientais [e] Coordenação de Geografia. – Rio de Janeiro : IBGE, 2015. 352p. –
(Estudos e pesquisas. Informação geográfica, ISSN 1517-1450 ; n. 10)
Fonte: Indicadores de desenvolvimento sustentável : Brasil : 2015 / IBGE, Coordenação de Recursos Naturais e Estudos
Ambientais [e] Coordenação de Geografia. – Rio de Janeiro : IBGE, 2015. 352p. – (Estudos e pesquisas. Informação
geográfica, ISSN 1517-1450 ; n. 10)
Este índice é expresso por uma valor que
varia de 0 (zero), situação de perfeita
igualdade, a 1 (um), situação de
desigualdade máxima. Em situações
concretas é muito difícil que o índice atinja
estes valores extremos. Um índice em torno
de 0,5 é considerado um valor representativo
de fortes desigualdades

Fonte: Indicadores de desenvolvimento sustentável : Brasil : 2015 / IBGE, Coordenação de Recursos Naturais e Estudos
Ambientais [e] Coordenação de Geografia. – Rio de Janeiro : IBGE, 2015. 352p. – (Estudos e pesquisas. Informação
geográfica, ISSN 1517-1450 ; n. 10)
Ecological Footprint (Pegada Ecológica)

O ecological footprint ou Pegada Ecológica (segundo a tradução brasileira) é um indicador que surgiu
com o lançamento da obra “Our ecological footprint” de autoria de Wackernagel e Ress (2001), sendo
este um trabalho pioneiro acerca do tema.
A pegada ecológica pode ser definida como “a área de território ecologicamente produtivo
necessária para produzir os recursos utilizados e para assimilar os resíduos produzidos por
uma população com um modo de vida especifico de forma indefinida” (WACKERNAGEL
ET AL., 1997).
O objetivo fundamental consiste em avaliar os impactos sobre o planeta de um determinado modo
de vida e, consequentemente, seu grau de sustentabilidade.
É uma ferramenta simples e
compreensível, e sua metodologia
basicamente contabiliza os fluxos de
matéria e energia que entram e saem de
um sistema econômico e converte esses
fluxos em área correspondente de terra ou
água existentes na natureza para sustentar
esse sistema.

É uma ferramenta que transforma o


consumo de matéria-prima e a assimilação
de dejetos, de um sistema econômico ou
população humana, em área
correspondente de terra ou água
produtiva.

Wackernagel e Ress (2001)


É a área de ecossistema
necessária para assegurar a
sobrevivência de uma
determinada população ou
sistema econômico,
indefinidamente, fornecendo:
energia e recursos naturais e
capacidade de absorver os
resíduos ou dejetos do
sistema.

Fonte: Rodriguez, E. O. (2011)


Living Planet Report - WFF(2005)
apud Rodriguez, E. O. (2011)

** Um hectare global significa um hectare de produtividade média mundial para terras e águas produtivas em um ano.
Brasil integra o chamado
grupo dos Green bears:
nações de baixa
competitividade econômica
mas operando com
superávit ecológico
CHAMBERS ET AL.
(2000).

Fonte: Rodriguez, E. O. (2011)


Living Planet Report - WFF(2005) apud
Rodriguez, E. O. (2011)

Comparativo entre países


Existem propostas de variações (e aprimoramentos) no cálculo da
pegada ecológica, mas considerando a metodologia
convencional.... LIMITAÇÕES

Não distingue os usos renovável


VANTAGENS
e não renovável
Conceito bastante didático
Fatores de conversão levam em
conta produtividade baseada no
Permite a comparação entre países
uso de não renováveis.
Pode ser um índice aplicado a
Ele não explica como é possível
políticas públicas
que o consumo (a pegada) seja
maior do que a biocapacidade.

Fonte: Rodriguez, E. O. (2011)


Para reflexão...

Estime a sua pegada ecológica:

http://www.pegadaecologica.org.br/2015/index.php

INFORMAÇÃO: Para a composição desta Calculadora da Pegada Ecológica, utilizou-se como estudo a
National Footprint Account (NFA) 2008/2011, o que significa que os bancos de dados para determinar a Pegada
Ecológica - FAOSTAT (Food and Agriculture Organization of the United Nations) em sua maioria - são de 2008
e a metodologia para calcular a Pegada a partir destes bancos de dados é de 2011. A mais importante fonte de
dados para a produção desta calculadora foi a Pesquisa de Orçamentos Familiares IBGE 2008/2009.
Dashboard of sustainability ou Painel da
sustentabilidade (Bellen, 2006 – Cap. 9)
As pesquisas sobre o Painel de Sustentabilidade ou dashboard of sustainability, iniciaram-se na década de 90.

A busca era para uma ferramenta internacional sobre sustentabilidade, baseada em indicadores
importantes.

A coordenação internacional é do Grupo sobre Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – CGSDI.


O Grupo coordena indivíduos e instituições. Antes disto, o Fundo Wallace Global financiou um projeto
internacional que resultou no CGSDI. O grupo foi organizado para atuar pela internet com eventuais
encontros físicos.
O formato do Dashboard of Sustainability constitui uma importante ferramenta para auxiliar os
tomadores de decisão, públicos e privados, a repensar suas estratégias de desenvolvimento e a
especificação de suas metas. Trata-se de uma apresentação atrativa e concisa da realidade que pode
chamar a atenção do público-alvo (HARDI, 2000).

A representação gráfica do sistema do


Dashboard of Sustainability é o seu grande
diferencial, pois se constitui de um painel
(analogia ao controle de um veículo) visual de
três displays, que correspondem a três blocos.
Estes mostradores procuram mensurar a
performance econômica, social e ambiental
de um país ou qualquer outra unidade de
interesse como municípios, empreendimentos
etc.
Bellen (2004)
Os mostradores indicam performances das áreas citadas, ou ainda da responsabilidade social e
desempenho ambiental se for uma empresa. As setas indicam os valores que refletem a performance, há
um gráfico derivado e há um medidor que mostra recursos críticos. Além disto, há um sinal luminoso de
alerta, sobre a ultrapassagem de valores críticos em qualquer indicador
O Painel como um todo, é um índice agregado de cada
dimensão. A média destes índices gera um índice de
sustentabilidade global ou Sustainable
Development Index, SDI.

Os autores do sistema argumentam que apesar da


média simples, as distorções causadas por este aspecto
não devem produzir efeitos significativos no índice
geral.

No entanto, em versões futuras do sistema pretendem


utilizar coeficientes de peso para as diversas questões;
estes deverão ser obtidos através de levantamentos
realizados junto a especialistas e o público em geral.
As dimensões analisadas (meio ambiente, economia e sociedade) devem englobar as seguintes
questões:
• Qualidade da água, ar e solo, níveis de lixo tóxico;
• Emprego, investimentos, produtividade, distribuição de receitas, competitividade, inflação e
utilização eficiente de materiais e energia;
• Saúde, pobreza, educação, criminalidade, governança, gastos militares e cooperação internacional.

Os índices agregados devem ter indicadores que reflitam o estado, fluxo e dos processos
relacionados. O objetivo é medir a utilização de estoques e fluxos para cada dimensão.
São muitos os índices que podem ser utilizados, especialmente para as dimensões ambiental e
econômica, tais como: Pegada Ecológica, Modelo PSR, PIB, Desemprego, Inflação.
A identificação de um índice apropriado para a área social, porém, é mais difícil. O IDH pode ser
utilizado, mas por si só não é suficiente. O Índice de desenvolvimento humano como medido
atualmente, não considera aspectos como felicidade, preenchimento do potencial humano etc.
O programa atual, de distribuição livre pela internet, mostra painéis e gráficos, referentes às 3
dimensões, detalha os indicadores e permite novas agregações e índices. Refere-se apenas a
países.

O sistema foi operacionalizado para a comparação dos países a partir de 46 indicadores. Estes
indicadores vem da base de dados do CGSDI, que cobre 100 nações.

O programa automatiza a agregação, diagramas e gráficos.

A escala de pontos vai de 1 o pior caso a 1000, o melhor caso para cada um dos indicadores. Os outros
valores são calculados por interpolação linear entre os extremos e há esquemas de correção para garantir
um número suficiente de países dentro de cada categoria de cor.

O índice geral é calculado no programa, que permite as comparações entre os países.


Próximos passos...

Os autores da ferramenta trabalham para o aprimoramento para o uso da ferramenta a nível


regional e local. Atualmente o CGSDI atua no aperfeiçoamento em 3 níveis:
1. Apoiar o trabalho de ONGs na implementação e avaliação do sistema;
2. Disseminar a versão atual do painel e através da mídia influenciar as tomadas de decisão e o
público em geral.
3. Testar o painel em comunidades locais e municípios, ligando-o aos planos de desenvolvimento
sustentável e à implementação da Agenda 21.
O sistema encontra-se em construção para ser usado pelos gestores e empresários.
Barometer of sustainability ou Barômetro da
sustentabilidade (Bellen, 2006 – Cap. 9)
A ferramenta de avaliação conhecida como barômetro de sustentabilidade, foi desenvolvida por
pesquisadores do World Conservation Union (IUCN) e International Development Research Center
(IDRC).

A metodologia foi desenvolvida com o objetivo de ser um modelo sistêmico de sustentabilidade.

Uma característica do barômetro, segundo Prescott-Allen (1997), é a capacidade de combinar


indicadores, para chegar a conclusões a partir de dados às vezes contraditórios ou difíceis de combinar.

A avaliação do bem estar das pessoas e do meio ambiente, na busca do desenvolvimento sustentável,
requer indicadores de uma variedade de questões ou dimensões.
Há a necessidade de integrar estes dados. Por exemplo, qualidade da água, emprego, economia,
educação, violência, etc. Cada indicador representa o que ocorre numa área específica, mas
geralmente não há ordenação e combinação entre os sinais emitidos por eles.

Para se obter uma visão mais clara do conjunto e da direção em que se move uma sociedade, na
interação meio ambiente e sociedade, os indicadores devem ser combinados de uma maneira
coerente. As medidas dos indicadores, quando vistas separadamente, representam uma série de
elementos diferentes.

A medida comum geralmente utilizada em sistemas de avaliação, principalmente nos sistemas sociais
e econômicos, é a monetarização, que visa um denominador comum para os planejadores e gestores.
No entanto, a moeda não é uma medida efetiva para aspectos não negociáveis no mercado,
como aspectos da sustentabilidade que não têm preço real.

É oferecida então uma escala de performance para representar a combinação dos indicadores. Ela
gera estados de qualidade: bom ou ótimo são os extremos da escala e, ruim ou péssimo no
outro.
A metodologia permite que se utilize as medidas mais adequadas para cada dimensão e suas
divisões, incluindo-se hierarquização dos indicadores feita de acordo com cada pesquisador. Os
indicadores mais importantes ou chave devem ter peso maior. Por exemplo, na saúde, os
indicadores de mortalidade e internações, ou desemprego, diversidade biológica, etc.

O barômetro mede os aspectos mais representativos dos sistemas. Um excesso de indicadores


torna a análise muito complexa e ela se perde. O desafio é identificar as características que
revelam mais o estado geral do sistema, utilizando-se o mínimo de indicadores.

A seleção e hierarquização dos indicadores deve obedecer às definições dos sistemas e suas metas,
ou seja, inclui-se dentro de uma proposta de planejamento. As dimensões principais a serem
combinadas e refletidas no barômetro são o bem estar social e do meio ambiente.

O barômetro é a única escala de performance que mede o estado meio ambiente e sociedade
juntos, sem privilegiar qualquer dos eixos. Há 3 elementos fundamentais:
1. Igualdade de tratamento entre as pessoas e os ecossistemas. A ferramenta possui 2 eixos que
englobam os dois aspectos e esses eixos asseguram que um aumento da qualidade
ambiental não mascara um declínio do bem estar da sociedade ou vice-versa. Reflete a
preocupação conjunta, evitando as distorções e melhorando a transparência na apresentação
dos resultados. A intersecção entre os pontos fornece uma medida do grau de sustentabilidade
da comunidade estudada. Um baixo escore dentro de um eixo impede um alto escore na escala
geral.

2. Escala de 5 setores. Os usuários podem controlar a escala pela definição dos pontos extremos
de cada setor, com um bom grau de flexibilidade. A definição dos setores dentro da escala
envolve uma série de julgamentos, que iniciam-se com a definição do que seja desenvolvimento
sustentável, qualidade ambiental, qualidade humana, prosseguindo em relação aos indicadores
selecionados.

3. Facilidade de utilização. A conversão dos resultados dos indicadores em resultados de escala,


envolve cálculos simples.
Para calcular ou medir o progresso em direção à sustentabilidade, são calculados os valores para os
seguintes índices:

índice de bem estar do ecossistema – EWI, de environmental wellbeing index - identifica tendências
da função ecológica no tempo. É uma função da água, terra, ar, biodiversidade e utilização dos recursos.

índice de bem estar humano – HWI de human wellbeing index - representa o nível geral de bem estar
da sociedade, a partir dos indicadores de saúde, educação, desemprego, pobreza, renda, violência,
economia e outros.

Os índices calculados para cada uma das dimensões do sistema são plotados em um gráfico
bidimensional onde os estados do bem-estar humano e do ecossistema são colocados em escalas
relativas, que vão de 0 a 100, indicando uma situação de ruim até boa em relação à sustentabilidade.
A localização do ponto definido por estes dois eixos, dentro do gráfico bidimensional, fornece uma
medida de sustentabilidade ou insustentabilidade do sistema o índice geral de
sustentabilidade - WI, de wellbeing index.
Os índices básicos EWI e HWI podem ser
interpretados como pontuações da situação
ótima, na escala do barômetro.

A localização do ponto definido pelos dois


eixos, forma um “ovo” indicador do retrato da
sustentabilidade do sistema.

A escala utilizada está dividida em 5 setores de


20 pontos cada. Cada setor corresponde a uma
cor, do vermelho ao verde.

A divisão em setores permite um controle, pela


definição das categorias. Isto torna a ferramenta
flexível e melhor do que aquelas onde apenas o
fim é definido.
Ferramentas de avaliação e apoio a decisão na
análise da sustentabilidade
Avaliação do Ciclo de Vida- ACV
(Life Cycle Assessment – LCA)
Compilação e avaliação das entradas, das saídas e dos
impactos ambientais potenciais de um sistema de produto
ao longo do seu ciclo de vida.

Ferramenta da gestão ambiental que avalia o desempenho ambiental de


produtos ao longo de todo o seu ciclo de vida, desde a extração dos recursos
naturais, passando por todas os elos industriais de sua cadeia produtiva, pela
sua distribuição e uso, até sua disposição final.
NBR ISO 14040
Muito se fala sobre mudanças climáticas e emissões de CO2, porém, esses não são os únicos
tipos de impactos ambientais possíveis no processo produtivo. A produção de qualquer
produto pode atingir o meio ambiente de diferentes formas.

Com a técnica, os fluxos de matéria e energia envolvidos no ciclo de vida de um produto são
medidos e relacionados a diversas categorias de impactos ambientais. Ao final, é possível
compreender quais danos ou benefícios da fabricação e uso de um produto específico.

A metodologia é essencialmente quantitativa: os resultados numéricos refletem as categorias


de impacto e permitem, inclusive, comparações entre produtos semelhantes.

Permite identificar os pontos críticos no ciclo de vida do produto e assim promover melhorias
nos processos produtivos. Trata-se de uma ferramenta multicritério, uma vez que se dedica a
muitas categorias de impacto de uma só vez.

ACV – IBICT (2017)


A ACV é utilizada tanto por pesquisadores, que buscam ampliar a base científica de
conhecimento sobre sistemas produtivos e suas relações com o meio ambiente, quanto pela
indústria, que pode aumentar a eficiência de seus processos, reduzir custos e ainda
promover o marketing verde de seus produtos. O setor governamental também pode se
amparar em resultados de estudos ACV para elaborar e fomentar políticas públicas que
respeitem o meio ambiente e incentivem práticas sustentáveis.

Série de Normas ISO para ACV


ISO 14040 – Princípios gerais (1997)
ISO 14041 – Definição do objetivo e escopo e ICV (1998)
ISO 14042 – AI CV (2000) ISO 14043 – Interpretação (2000)
ISO 14040 – Princípios gerais (2006)
ISO 14044 – Requerimentos e diretrizes (2006)

ACV – IBICT (2017)


A Associação Brasileira de Ciclo de Vida – ABCV – foi criada em novembro de 2002. A ABCV
tem por objetivo congregar pessoas físicas e jurídicas que se interessem pelo desenvolvimento e
aplicação da técnica Avaliação do Ciclo de Vida – ACV, na execução direta de projeto, programas
ou planos de ação, doação de recursos físicos, humanos e financeiros, ou prestação de serviços
intermediários de apoio a outras organizações sem fins lucrativos e órgãos do setor público que
atuam em áreas afins, promovendo:

• Atividades de estímulo ao ensino, à pesquisa e ao desenvolvimento da ACV;


• Aproximação dos interesses em ACV entre si e com especialistas do país e do exterior, por meio
de conferências, mesas redondas, simpósios, cursos e congressos;
• Intercâmbio com entidades ligadas direta ou indiretamente às atividades as atividades de ACV;

http://www.abcvbrasil.org.br/?p=texto.php&c=videos
ENTRADAS (matéria e energia)

Extração de Manufatura Uso Disposição


rec. natur. do produto final

Transporte

SAIDAS (matéria e energia)


Fases da ACV

Definição
de objetivo
e escopo

Análise de
Interpretação
inventário

Avaliação
de impacto

NBR ISO 14040


Definição de Objetivo e Escopo: FUNÇÃO

É possível comparar o desempenho


ambiental de telefones com o de
canivetes?

R. Não.

P. Por que?

R. Não exercem uma mesma função.


É possível comparar o desempenho
ambiental de xícaras de plástico
com o de xícaras de louça?

R. Sim

P. Por que?

R. Exercem mesma função.

FUNÇÃO DAS XÍCARAS: servir doses de café


Definição de Objetivo e Escopo: FLUXO DE REFERÊNCIA

E agora, já é possível comparar


o desempenho ambiental das duas
xícaras?

R. Não.

P. Por que?

R. É necessário ter uma base comum para a comparação.

FUNÇÃO DAS XÍCARAS: servir doses de café


FLUXO DE REFERÊNCIA: quantidades dos produtos, necessárias para
“exercer uma mesma quantidade da função”.
Definição de Objetivo e Escopo: UNIDADE FUNCIONAL

Como se determina o fluxo de


referência?

R. A partir de uma “quantidade do exercício da função”


denominada unidade funcional.

UNIDADE FUNCIONAL – quantificação do exercício da


função, feita aleatoriamente, e adotada como base
comum para a comparação.
Definição de Objetivo e Escopo: DESEMPENHO DO PRODUTO

Como chegar da unidade funcional


ao fluxo de referência?

R. Por meio do conhecimento do desempenho do


produto no exercício da função.

Desempenho das xícaras de plástico: 1 dose/xícara.

Desempenho das xícaras de louça: 100 doses/xícara.


FUNÇÃO: servir doses de café
UNIDADE FUNCIONAL: servir 100.000 doses de café

LOUÇA PLÁSTICO
DESEMPENHO DO PRODUTO
(doses/xícara) 100 1

FLUXO DE REFERÊNCIA 100.000/100= 1.000 100.000/1= 100.000


(xícaras/UF)
Definição de Objetivo e Escopo: SISTEMA DE PRODUTO

ENTRADAS (matéria e energia)

Extração de Manufatura Uso Disposição


rec. natur. do produto final

Transporte

Fronteira
do sistema
SAIDAS (matéria e energia)
Exemplo: óleo de soja

ar solo
sol água
Fabricação de Fabricação de
fertilizante defensivos

Produção
de soja

Transporte
Geração
de vapor
Fabricação Fronteira
Fabricação de do sistema
óleo de soja de solvente
Geração de
eletricidade

Óleo de soja Torta de soja


Energia:
•Termoelétrica Água
•Hidroelétrica
Equipamentos

Soda
Fertilizante

Minerais
Recursos
Madeira Celulose Papel
Defensivos

Edificações
Transporte

Veículos Combustível
Estradas
Fases da ACV

Definição
de objetivo
e escopo

Análise de
Interpretação
inventário

Avaliação
de impacto

NBR ISO 14040


Análise de Inventário

Fase da avaliação do ciclo de vida envolvendo a


compilação e a quantificação de entradas e saídas, para
um determinado sistema de produto ao longo do seu
ciclo de vida.
NBR ISO 14040

✓ COLETA DE DADOS: Identificação das entradas/saídas de


matéria e de energia do meio ambiente para o sistema de produto.

✓ TRATAMENTO DOS DADOS


Análise de Inventário: COLETA DE DADOS

ENTRADAS SAÍDAS

Prod. principal
ENERGIA COPRODUTOS
Subprodutos
Mat.-primas
MATÉRIA Energéticos
Mat. auxil.
Emissões atmosf.
USO DA TERRA REJEITOS
Efluentes líquidos
Resíduos sólidos
Análise de Inventário: TRATAMENTO DOS DADOS

DADOS BRUTOS
Produção Geração Geração de Fabricação Transporte
de soja de vapor eletricidade de óleo
(t de grão) (t de vapor) (kWh) (t de óleo) (15t.km)
REC. ENERGÉTICOS (GJ) 0,58 3,45 0,00908 0,00857
EMISSÕES ATMOSF. (kg)
CO2 45,3 162 0,625 0,81
CO 0,01 0,04 0,000029 0,002
Hidrocarbonetos 0,0046 2 0,000053 0,0013
NO2 0,071 0,5 0,000012 0,012
SO2 0,32 0,14 0,000078 0,00088
Particulados 0,015 0,012
Part. líquidas no ar 0,000025 0,0008

* Valores estimados
DADOS BRUTOS
Produção Geração Geração de Fabricação Transporte
de soja de vapor eletricidade de óleo
(t de grão) (t de vapor) (kWh) (t de óleo) (15t.km)
EFLUENTES LÍQUIDOS (kg)
Nitrogênio 3
Fósforo 1,5
Defensivos 13,65
Hexano 3

RESÍDUOS SÓLIDOS ((kg)


Resíduos de alto risco 0,0000017
Resíduo industrial 0,24 0,0000007

* Valores estimados
Alocação – Caso da vaquinha
Emissões atmosféricas

Capim + Ração Carne

Vacinas Leite

Cálcio Couro

Farinha

Resíduos Efluentes
sólidos líquidos
ALOCAÇÃO

É justo que o óleo de soja arque sozinho


com toda a carga ambiental decorrente
de seu ciclo de vida, se existe outro pro-
duto gerado nesse ciclo?
Alocação por Massa Alocação por Valor Comercial
Óleo: US$ 540,00/t Torta: US$ 180,00/t
Fabricação de
óleo de soja
1 t = 540,00 4 t = 720,00

US$ 1.260,00

1 t de óleo 4 t de torta Óleo: 540/1260 Torta: 720/1260


de soja de soja

RAZÃO DE ALOCAÇÃO: RAZÃO DE ALOCAÇÃO:


ÓLEO : 1/5 ÓLEO : 3/7
TORTA: 4/5 TORTA: 4/7
REDUÇÃO A UMA BASE COMUM

Produção Geração Geração de Fabricação Transporte


de soja de vapor eletricidade de óleo
(t de grão) (t de vapor) (kWh) (t de óleo) (15t.km)
RECURSOS ENERGÉTICOS (GJ) 0,58 3,45 0,00908 0,00857
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS (kg)
CO2 45,3 162 0,625 0,81
CO 0,01 0,04 0,000029 0,002
Hidrocarbonetos 0,0046 2 0,000053 0,0013
NO2 0,071 0,5 0,000012 0,012
SO2 0,32 0,14 0,000078 0,00088
Particulados 0,015 0,012
Partículas líquidas no ar 0,000025 0,0008
Qual o valor total da emissão de CO2
para o ciclo de vida do óleo de soja?

CO2 45,3 162 0,625 0,81

45,3 kg CO2/t grão


162 kg CO2/t vapor
0,625 kg CO2/kWh
0,81 kg CO2/15t.km
208,735 kg CO2/ ???
FLUXO DE REFERÊNCIA: 1 t de óleo de soja

45,3 kg CO2/t grão ? kg CO2/t óleo


Quantas t de soja são necessárias
para produzir 1 t de óleo?

Produção Geração Geração de


Transporte
de soja de vapor eletricidade

CO2 129,4 111,1 62,50 30,87


Fases da ACV

Definição
de objetivo
e escopo

Análise de
Interpretação
inventário

Avaliação
de impacto

NBR ISO 14040


Avaliação de Impactos
Fase da ACV na qual se relaciona o inventário de
aspectos com os problemas ambientais.

CATEGORIAS DE IMPACTOS AMBIENTAIS

✓ Esgotamento de recursos naturais - ERN ✓ Acidificação - CA


✓ Efeito estufa - EE ✓ Eutrofização - Eut
✓ Formação fotoquímica de ozônio – FFO ✓ Toxicidade
✓ Ecotoxicidade – ET
✓ Destruição da camada de ozônio - DCO ✓ Toxicidade humana - TH
NBR ISO 14040
Avaliação de Impactos: CLASSIFICAÇÃO
Enquadramento dos aspectos ambientais inventariados nas diferentes categorias de
efeitos ambientais.
ERE EE FFO CA TH ET Eut.
Energia X- - - - - - -
Gás carbônico - X- - - - - -
Monóxido de carbono - - - - X- - -
Hidrocarbonetos - - X- - - - -
Óxidos de nitrogênio - - - X- X- - X-
Óxidos de enxofre - - - X- X- - -
Hexano - - -
X - - - -
Defensivos - - - - X- X- -
Nitrogênio - - - - - - X-
Fósforo - - - - X- - X-
Óleo - - - - - X- -
Avaliação de Impactos: CARACTERIZAÇÃO

Quantificação da contribuição dos aspectos ambientais associados ao ciclo de


vida do produto para o aumento potencial dos efeitos de cada categoria
ambiental considerada.

Redução dos valores dos aspectos ambientais que contribuem para uma mesma
categoria a uma mesma base:

Determinação dos fatores de equivalência: aplicação de modelos de impacto que


permitem determinar a equivalência da contribuição dos diversos aspectos em
relação a uma única referência.
ÓLEO DE SOJA:
0,75 kg NOx/t óleo e 0,81 kg SO2/t óleo

P. - Como calcular a contribuição do


ciclo de vida do óleo de soja para
a acidificação (“chuva ácida”)?

•Teor de acidez  concentração de H+.

Fatores de Equivalência para CA


Composto kg de SO2 equiv./ kg de composto
SO2 1,0
SO3 0,8
NO2 0,7
NOx 0,7
Avaliação de Impactos: NORMALIZAÇÃO
Redução dos valores (indicadores) dos efeitos ambientais para uma base comum.

VALORES GLOBAIS DE EFEITOS AMBIENTAIS

Unidade Valor ERN = 3,95 GJ/t óleo =


Esgot. rec. energ. 109GJ/ano 235,0 235 x 109 GJ/ano

Efeito estufa 1012kg /ano 37,7 1,68 x 10-11 ano/t óleo


Formação fotoq. ozônio 109kg/ano 3,74 ou
Chuva ácida 109kg/ano 286,0 5,30 x 10-4 s/t óleo
Toxicidade humana 109kg/ano 576,0
Ecotoxicidade 1012kg /ano 1160,0
Eutrofização 109kg/ano 74,8
Fonte: Guinée, J. B. Data for the Normalization Step within Life Cycle Assessment of
Products Leiden, The Netherlands, CML paper no. 14, 1993.
RESULTADO AVALIAÇÃO DE IMPACTO
TABELA DE VALORES NORMALIZADOS
Valor norm.
EFEITOS Valor Unidade (10-4 s/t óleo)
Esgot. rec. energ. 3,95 GJ 5,30
Efeito estufa 250 kg 2,09
Formação fotoq. ozônio 0,95 kg 80,1
Chuva ácida 1,34 kg 1,47
Toxicidade humana 1,56 kg 0,855
Ecotoxicidade 65 kg 0,018
Eutrofização 6,01 kg 25,3

* Com base em valores de inventário estimados


Fases da ACV

Definição
de objetivo
e escopo Fase da ACV na qual se busca identificar
as questões significativas do estudo,
checar a integridade, a sensibilidade e a
consistência dos resultados e definir as
Análise de
Interpretação conclusões, as limitações e as
inventário
recomendações do estudo.

Avaliação
de impacto

NBR ISO 14040


ANÁLISE DE ECOEFICIÊNCIA
➔ Ferramenta estratégica da BASF para auxiliar a direcionar e medir sustentabilidade

➔ Pertence a uma classe de técnicas da gestão ambiental que visa avaliar o desempenho ambiental de
produtos, processos e serviços de forma integrada a uma avaliação econômica.

➔ Aspectos ambientais e econômicos recebem o mesmo peso nas avaliações.

➔ Possibilita a simulação de cenários a partir da variação na entrada de dados.

Validated
Eco-Efficiency
Analysis Method
Desenvolvimento Sustentável

Ambiental
Social
Econômico

Análise
Análise de SEEbalance®
Ecoeficiência
Pilar Ambiental

É realizada uma Avaliação do Ciclo de Vida e uma Avaliação simplificada


dos riscos de acidentes para cada alternativa estudada

ACV: Técnica para avaliação de aspectos e de impactos ambientais associados a um produto ou


serviço ao longo de todo o seu ciclo de vida” (ABNT, 2001)

Análise de Riscos: Determinação dos possíveis acidentes relacionados ao ciclo de vida de cada
produto, os quais serão classificados quanto à severidade das consequências e probabilidade de
ocorrência.
PARÂMETROS COSIDERADOS IMPRESSÃO ECOLÓGICA VANTAGEM AMBIENTAL

Impacto Ambiental
 Consumo de matéria-prima Consumo de recursos energéticos
1.00 Alto
 Consumo de recursos energéticos Uso da Terra Emissões
0.50 Alt. 3
ar
 Emissões água 0.00
Alt. 2
solo
Consumo de Potencial de toxicidade Alt. 1
 Uso da terra matéria-prima
Potencial de risco
 Potencial de toxicidade Baixo

 Potencial de risco
Consumo de energia primária
Passos:

1. Todas as formas de energia são convertidas para a energia primária consumida (como
exemplo, até a perfuração do petróleo).

2. Fontes de energia primária: óleo cru, gás natural, antracito, lignita, minério de urânio,
hidroelétrica, biomassa e outros, são determinadas em MJ/unidade funcional.

3. Os valores individuais são somados para obter o consumo de energia primária.

4. O total de energia primária inclui a energia acumulada utilizada e a energia contida nos
produtos (feedstock).
Consumo de matéria-prima
1. Matérias-primas chaves consumidas ou produzidas são calculadas em kg/unidade funcional (critério
de exclusão é geralmente < 0,1%).
2. Estes valores são ponderados pelo fator que reflete o tempo de suprimento e reservas das matérias-
primas.

Ponderação:
• Baseado nas reservas exploráveis
• Quanto mais baixa a reserva da matéria-prima e mais alta a taxa de consumo mundial, mais escassa é a
matéria-prima e portanto maior é seu fator
• Fontes renováveis que podem ser consideradas consumidas de forma sustentável tem, na teoria, tempo
ilimitado de suprimento, o que leva a um fator igual a zero para estes materiais. Desta forma, recursos
renováveis são considerados no consumo de energia mas não no consumo de matérias-primas.
Ponderação para matérias-primas
material suprimento reservas Fator de
[anos] [mill. t] ponderação
Gás matural 62 112320 0,38
Óleo 46 164532 0,36
Bauxita 200 25000 0,451
Lignita 241 142000 0,171
Ferro 70 71000 0,449
Manganês 86 660 4,197
NaCl 1000 18000000 0,007
Fósforo 86 12000 0,984
Enxofre 40 1400 4,226
Carvão 162 487000 0,113

Fonte: U.S. Geological Survey


Ponderação para emissões atmosféricas
Emissão EE DCO FFO CA
CO2 1
SOX 1
NOX 0.7
CH4 21 0.007
NM-VOC * 0.416
Hidr. Halog.*# 4,000 1
NH3 1.88
N2O 310
HCl 0.88

* Quando informações detalhadas sobre a emissão de susbtâncias são


conhecidas, fatores específicos devem substituir esta tabela de equivalência.

# Valores baseados no CFC-11


Efluentes líquidos: volume crítico de diluição
Passos:

1. Determinação da concentração máxima de emissão (MEC values: maximum emission concentration)


baseada na legislação vigente.
2. Cálculo da água necessária para diluir o efluente até a concentração máxima de emissão
Exemplo emissão de 200 mg NH4-N
limite de emissão paraNH4-N = 10 mg/L
(200 mg)/(10 mg/L) = 20 L
20 L de água são necessários

3. Volumes críticos são calculados para todas as emissões e os valores individuais obtidos são somados
Ponderação para resíduos sólidos
Passos :
1. Lixo doméstico, resíduo especial, resíduo da construção civil e resíduo de mineração que são
gerados em cada módulo são calculados em kg/unidade funcional.

2. Os diferentes tipos de resíduos são ponderados e somados. Os fatores de ponderação são baseados
nos custos para aterro (lixo municipal 50 EUR/t; resíduo especial 250 EUR/t; construção civil 10
EUR/t; mineração 2 EUR/t).
factor
Lixo doméstico 1
Resíduo especial 5
Construção civil 0.2
Mineração 0.04
PARÂMETROS COSIDERADOS IMPRESSÃO ECOLÓGICA VANTAGEM AMBIENTAL

Impacto Ambiental
 Consumo de matéria-prima Consumo de recursos energéticos
1.00 Alto
 Consumo de recursos energéticos Uso da Terra Emissões
0.50 Alt. 3
ar
 Emissões água 0.00
Alt. 2
solo
Consumo de Potencial de toxicidade Alt. 1
 Uso da terra matéria-prima
Potencial de risco
 Potencial de toxicidade Baixo

 Potencial de risco
Fatores de ponderação
“Fator Social” “Fator de relevância”
(qualitativo) (quantitativo)

O quanto as emissões ou o
O quanto a sociedade consumo de energia
considera importante contribuem às emissões totais
cada impacto ou ao consumo de energia
ambiental? total?

Método:
Método: comparação dos dados calculados para as
Votação de opinião pública alternativas com os valores totais
estimados

Fator de ponderação =  (fator social x fator de relevância)


Pilar Econômico
Avaliação de custos, tais como:
Investimento, Matéria-prima, Energia, Manutenção etc.

Energia Disposição
Preço
Costs
Equipamentos Total costs

high low

Alternative 2

Alternative 1

Alternative 3
Alt. 1 Alt. 2 Alt. 3
Determinação de Custos Totais
Não existe um método único para o cálculo dos custos. O cálculo
depende do objetivo da análise.

Na maioria dos casos estima-se os custos através de preço de compra, preço de revenda e
depreciação para o consumidor final.
Para comparação de processos, estuda-se o custo final do produto utilizando-se métodos de
valor presente, depreciação e taxa de retorno.
No caso de produtos altamente taxados (ex. combustíveis) devem ser estudados os cenários
macro e micro econômicos nos quais o produto está inserido.
Matriz de Ecoeficiência
0,3 Alternativas
Alta ecoeficiência investigadas
Alt. 1
Impactos Ambientais

Posições
Alt. 2
relativas no
1,0 mercado

Alternativa 1 35 %
Alt. 3 Alternativa 2 20 %
Alternativa 3 5%
Baixa ecoeficiência
1,7
1,7 1,0 0,3
Custos
Consequências das análises de ecoeficiência
Impactos ambientais (normalizado)
baixo
Mercado!
Reduzir
custos!
Dependendo do
posicionamento
das alternativas,
diferentes 1.0
recomendações Desenvolver
alternativas! Reduzir
estratégicas Impactos
podem ser Ambientais!
dadas.

alto Custos totais


alto 1.0 baixo (normalizado)
Exemplos
1. Biodiesel de dendê x Diesel
Fornecer subsídios e informações que auxiliem na tomada de decisão sobre a consolidação
do biodiesel no Brasil.
• Unidade funcional: 1.000 MJ
• Desempenhos: 38,3 MJ/L petrodiesel
33,3 MJ/L biodiesel (Holanda, 2004)
• Fluxo de referência: 26,11 litros petrodiesel
30,03 litros biodiesel
• Sistema de produto: abordagem cradle to gate, excluídos bens de capital
VIANNA (2006)
SISTEMA DE PRODUTO DO DIESEL

Petróleo
extraído em
terra (14,5%) co-produtos
Refino do
76%
petróleo
Petrodiesel

Petróleo 24%
Transporte
extraído em
Transporte marítimo
alto mar
marítimo
(85,5%)
Diesel
Petróleo Importado Importado
(África 57%, Oriente
Médio 28%, América
Central e Sul 9%, Ex-
URSS 5%, 1% Ásia
Pacífico)

Etapas consideradas
VIANNA (2006) Etapas não consideradas
SISTEMA DE PRODUTO DO BIODIESEL DE DENDÊ

Produção do
Óleo de
dendê Produção do
Etanol Anidro
Produção do Transporte Transporte
Petrodiesel rodoviário fluvial Transporte
rodoviário

Produção do Produção do
NaOH Biodiesel Energia
Elétrica
Excesso
de etanol
Transporte
rodoviário Glicerina

VIANNA (2006)
Biodiesel de
dendê
IMPRESSÃO ECOLÓGICA

Consumo de recursos energéticos


1,00

Uso da terra 0,50 Rejeitos Petrodiesel


Biodiesel

0,00

Consumo de recursos materiais Potencial de toxicidade

VIANNA (2006) Potencial de risco


RESULTADO – MATRIZ DE ECOEFICIÊNCIA

Confiança mínima de
90% do biodiesel como o
mais ecoeficiente

A diferença de performances no
quesito econômico é muito
pequena frente à notada no
quesito ambiental
SIMULAÇÕES

Cenário I

Efluentes líquidos da extração do óleo


de dendê foram desconsiderados da
análise
Cenário II

Matéria-graxa resultante da
transesterificação deixou de ser
considerada resíduo para ser
considerada co-produto
Exemplos *

2. Estudo do telhado mais ecoeficiente para residências


A Análise avaliou os impactos ambientais e econômicos associados ao desempenho de uma
cobertura capaz de cobrir uma área útil de 63,5 m² de uma residência, mantendo uma temperatura
interna de 24°C por 30 anos.
Foi utilizada uma abordagem de “berço a túmulo”, ou seja, analisou-se os impactos ambientais
desde a extração dos recursos necessários da natureza, até a produção das coberturas, e por fim a
desmobilização das mesmas.
A análise englobou três alternativas:
• Telhado de Cerâmica;
• Green Roof (cobertura vegetal);
• Cool Roof (cobertura com manta reflexiva).

* Extraídos do site da Fundação Espaço ECO (http://www.espacoeco.org.br):


Os resultados do estudo indicam que a
cobertura Cool Roof é a alternativa mais
ecoeficiente. Um dos fatores decisivos foi o seu
desempenho ambiental no isolamento térmico,
devido a sua propriedade refletiva, o calor
transmitido por radiação não é absorvido pela
cobertura da casa, reduzindo o consumo de
energia elétrica para o condicionamento térmico
do ambiente e consequentemente os impactos
associados à produção daquela quantidade de
energia.
No pilar econômico é possível verificar
novamente vantagem do Cool Roof, - seu baixo
custo de instalação, manutenção e operação, -
devido à redução do consumo de energia
elétrica.
Exemplos*

3. Estudo de Ecoeficiência para Secagem de Mãos


De modo a atender aos requisitos legais vigentes que demandam controle e redução da
geração de resíduos sólidos, bem como o interesse da sociedade por opções mais
sustentáveis na execução de suas atividades cotidianas, o estudo comparou alternativas
para a secagem de mãos em sanitários de comum utilização.
A análise engloba duas alternativas:
• Secador elétrico por jato de ar quente
• Toalhas de papel alocadas em dispenser plástico
Foram utilizados dados de um Shopping Center e um Centro Universitário do município
de Santo André (SP), com dados de 2013.

* Extraídos do site da Fundação Espaço ECO (http://www.espacoeco.org.br):


O estudo verificou que a secagem de 15
segundos com secador elétrico é a
alternativa mais ecoeficiente, dentro das
condições consideradas neste estudo. A
secagem das mãos utilizando três folhas de
toalhas de papel é a alternativa menos
ecoeficiente.

O resultado da Análise de Ecoeficiência


mostra que, a diferença entre secar as mãos
com 15 segundos ou 5 segundos é mínima,
tanto economicamente como
ambientalmente. Já a diferença entre secar
as mãos com duas folhas ou três folhas
demonstrou uma grande diferença
ambiental e econômica.
Exemplos*

4. Estudo de Ecoeficiência das Lâmpadas


O objetivo do estudo foi medir a Ecoeficiência, considerando a tecnologia de iluminação
entre as alternativas de lâmpadas incandescente, fluorescente e LED.
O estudo foi realizado em 2010, com foco no levantamento do processo produtivo de
cada tecnologia analisada (lâmpadas LED, incandescente e fluorescente), insumos
demandados nesse processo, análise do uso e eficiência energética, assim como a
disposição final de cada uma das alternativas.
Diferentes tipos de lâmpada foram comparados para uma iluminação de 6.480 lúmens
(unidade de medida de fluxo luminoso) em uma sala de 9m², ao longo de 50 mil horas (ou
20 anos de funcionamento).
* Extraídos do site da Fundação Espaço ECO (http://www.espacoeco.org.br):
Para o escopo definido, a lâmpada
fluorescente tubular se provou a melhor
alternativa, no mesmo patamar, em
termos de impacto ambiental, da LED,
porém com menor custo. Já a
incandescente, além de apresentar a
menor performance ambiental, mostra-se
a mais cara de todas quando se levam em
conta sua menor vida útil e,
principalmente, os custos da energia
elétrica consumida durante seu uso.
Quanto à sustentabilidade, verificou-se
baixo impacto em seu processo de
produção, na comparação com o gerado
pelo uso em si.

Os principais impactos tanto ambientais como econômicos estão relacionados à fase de uso, que reflete
a energia consumida durante sua vida útil. Desse modo, a ecoeficiência de uma alternativa é
diretamente proporcional à eficiência da lâmpada utilizada, ou seja, quão eficiente ela é em transformar
eletricidade e luz.
SEEBALANCE®
Ou Análise de Socioecoeficiência, é a ferramenta mais
abrangente para mensuração da sustentabilidade de um
produto ou processo, pois considera – além dos aspectos
ambientais e econômicos já avaliados pela Análise de
Ecoeficiência – os aspectos sociais ao longo de todo o Ciclo de
Vida das alternativas avaliadas, permitindo melhorar o
desempenho socioambiental das empresas e de sua cadeia
produtiva.

Fonte: http://www.espacoeco.org.br/atuacao-em-sustentabilidade/ferramentas-em-
socioecoeficiencia/seebalance%C2%AE.aspx
A Análise de Socioecoeficiência compara produtos ou processos, considerando aspectos
ambientais, como o uso da terra, consumo de energia, recursos naturais, consumo de água e
emissões, agregando ainda potencial de toxicidade e riscos, dentre outros. Também são
avaliados, com a mesma importância, indicadores econômicos como preço, investimentos,
manutenção de equipamentos, entre outros.

Dentre os indicadores sociais estão salários e remunerações, treinamento profissional,


acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, igualdade de gênero, potencial de toxicidade
para colaboradores e consumidores, entre outros.

A metodologia foi desenvolvida entre 2003 e 2005 pela BASF, também na Alemanha, e é
utilizada pela Fundação Espaço ECO® desde 2007.

Fonte: http://www.espacoeco.org.br/atuacao-em-sustentabilidade/ferramentas-em-
socioecoeficiencia/seebalance%C2%AE.aspx

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