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Licenciamento Ambiental

O licenciamento ambiental é um instrumento de prevenção e fiscalização,


instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal nº 6.938/1981),
que consiste em um procedimento administrativo pelo qual o órgão competente
licencia a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos
ou atividades

LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981


Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de
formulação e aplicação, e dá outras providências.

LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981

Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de


estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob
qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio
licenciamento por órgão estadual competente, integrante do SISNAMA, sem
prejuízo de outras licenças exigíveis.

RESOLUÇÃO Nº 237 , DE 19 DE dezembro DE 1997

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das


atribuições e competências que lhe são conferidas pela Lei nº 6.938,
de 31 de agosto de 1981, regulamentadas pelo Decreto nº 99.274, de
06 de junho de 1990, e tendo em vista o disposto em seu Regimento
Interno, e considerando a necessidade de revisão dos procedimentos e
critérios
utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização
do sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental,
instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente; Considerando a
necessidade de se incorporar ao sistema de licenciamento ambiental os
instrumentos de gestão ambiental, visando o desenvolvimento sustentável e a
melhoria contínua.

DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 217, DE 06 DE DEZEMBRO DE


2017

Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial


poluidor, bem como os critérios locacionais a serem utilizados para
definição das modalidades de licenciamento ambiental de
empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais no
Estado de Minas Gerais e dá outras providências.

 LEI MUNICIPAL N.º 7.277 DE 17 DE JANEIRO DE 1997


O licenciamento ambiental no município de Belo Horizonte é regido pela Lei
Municipal N.º 7.277 de 17 de janeiro de 1997, regulamentada pelas
Deliberações Normativas do Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM:
DN 19/98 – regulamenta os procedimentos administrativos, DN 20/98 –
enquadra outros empreendimentos como de impacto, DN 25/99 – normas
específicas para atividades industriais, DN 29/99 – normas específicas para
atividades de comércio e prestação de serviços e DN 58/07 (que altera a DN
26/99) – normas específicas para obras de infraestrutura. A DN 48/03 dispõe
que o empreendimento caracterizado como de impacto ambiental ou ainda não
se enquadre nos critérios previstos, porém cujas características locacionais
possam sobrecarregar a infraestrutura urbana ou ter repercussão negativa
poderá ser convocado pelo COMAM para o licenciamento ambiental.  

É possível identificar elementos comuns à maioria dos licenciamentos,


servindo como orientação para o empreendedor.

Vejamos a seguir os 7 passos para obtenção do licenciamento


ambiental.

1º Passo: Identificar o órgão ambiental competente

A Lei Complementar 140/2011 introduziu as normas definidoras de


competência dos entes federativos para o licenciamento ambiental,
são elas:

 União caberá, através do IBAMA, licenciar atividades e


empreendimentos (art. 7º, XIII e XIV)

 Aos Estados caberá, através do órgão ambiental, licenciar atividades e


empreendimentos (Art. 8º, XIII, XIV e XV).

 Aos Municípios caberá, através do órgão ambiental, licenciar atividades


e empreendimentos (Art.9º, XIII, XIV)

2º Passo: Identificar o tipo de licença ambiental a ser requerida, os tipos


de Licenças Ambientais são:

 Licença Prévia – LP: estabelece as condições para a viabilidade


ambiental do empreendimento ou atividade

 Licença de Instalação – LI: será concedida para a implantação do


empreendimento ou atividade, de acordo com as especificações
constantes dos planos, programas e projetos aprovados.
 Licença de Operação – LO: será concedida para a operação da
atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo
cumprimento das exigências constantes nas licenças anteriores, com o
estabelecimento das medidas de controle ambiental e condicionantes
determinadas.

3º Passo: Formulário de requerimento ao órgão licenciador

O empreendedor deverá solicitar ao órgão licenciador competente, o


formulário adequado para a atividade que pretende licenciar. Deve
então preencher o formulário e apresentá-lo ao órgão ambiental
juntamente com os documentos que lhe forem solicitados.

FCE- Formulário de Caracterização do Empreendimento.

4º Passo: Requerimento da licença/autorização e abertura de processo


(art. 10, II, Resolução CONAMA nº 237/1997)

O empreendedor deverá apresentar o formulário ao órgão ambiental


juntamente dos documentos para a formação do processo, incluindo
o Relatório de Caracterização do Empreendimento-RCE. Caberá ao
órgão ambiental promover o andamento do processo, solicitando do
empreendedor todos os estudos necessários para a concessão da
licença.

5º Passo: Apresentação de estudos e demais documentos que forem


Solicitados

Iniciado o processo de licenciamento, o órgão ambiental solicitará do


empreendedor a Avaliação de Impacto Ambiental, através da
apresentação de estudos capazes de demonstrar os impactos
causados pela atividade ou empreendimento sobre o ambiente. A
complexidade desses estudos poderá variar conforme as
características do empreendimento. Estes estudos serão analisados
pelo órgão ambiental e de acordo com o artigo 10, IV, da Resolução
CONAMA nº 237 e art. 14, §1º da Lei Complementar 140/2011, o
órgão poderá requerer a apresentação de estudos complementares.

6º Passo: Análise do processo pelo órgão ambiental

Após a análise de todos os documentos e estudos apresentados,


poderá o órgão ambiental agendar uma vistoria técnica no
empreendimento para verificar a veracidade das informações
apresentadas, além de colher informações que embasarão o
estabelecimento das condicionantes ambientais, que farão parte da
licença concedida (art. 10, III da Resolução CONAMA nº 237/97).
Posteriormente, serão elaborados Pareceres Técnicos e Jurídicos que
integrarão o Processo de Licenciamento.
7º Passo: Concessão de licença ambiental pelo órgão ambiental
competente

Após a vistoria, caso não seja necessária a revisão dos estudos ou a


realização de alterações no projeto, a licença ambiental será emitida
pelo órgão ambiental, e deverá ser publicada no diário oficial às
expensas do empreendedor.

Plano de Gerenciamento de Resíduos

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Superintendência de Limpeza


Urbana (SLU), realizou, no dia 30 de março de 2017, o lançamento da versão
final do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Belo
Horizonte (PMGIRS-BH). A cerimônia no auditório JK da sede da Prefeitura
marcou a entrega do documento à sociedade, cujo resumo está disponível
neste portal, em linguagem mais acessível por meio de uma cartilha.

Os trabalhos de elaboração do PMGIRS-BH tiveram início em outubro de 2014,


quando foram criados o Comitê Diretor e o Conselho Consultivo. Desde então,
foram várias etapas, contemplando o diagnóstico dos resíduos sólidos, a
identificação das possibilidades de gestão associada e o planejamento das
ações do PMGIRS-BH, até se chegar à apresentação e divulgação de sua
versão final.

O processo de implementação do PMGIRS-BH foi bastante democrático, ao


permitir que o cidadão, convidado a participar das audiências e da consulta
pública, sugerisse, inclusive, alterações na versão preliminar do documento. Na
ocasião, o edital de convocação para a consulta pública foi publicado no Portal
da PBH e no Diário Oficial do Município (DOM). O PMGIRS-BH foi elaborado
com recursos do Governo Federal, por meio do contrato de repasse nº
768827/2011.

Objetivo

Prover diretrizes aos Grandes geradores para a elaboração do PGRS,


contribuindo para a redução da geração de resíduos sólidos no
Município de Contagem, orientando quanto a caracterização,
segregação, acondicionamento, transporte, tratamento e destinação
final dos respectivos resíduos.

Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS os Geradores


deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e,
secundariamente, redução, reutilização, segregação, reciclagem e
destinação final.
Atribuiu-se, assim, aos Geradores a responsabilidade sobre o
gerenciamento de resíduos produzidos nas atividades de funcionamento.
TIPOS E CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS:

Neste item deverá ser estimado o volume de Resíduos em litros, por


classe e tipologia conforme a ABNT NBR 10004:2004 de acordo com
as áreas de geração.

Conforme Resolução 275/01 do Conselho Nacional do Meio Ambiente


– CONAMA, os Tipos de Resíduos produzidos nesta Unidade Geradora,
se constituem em:

 Orgânicos (Restos de comida, casca de frutas e verduras, grama, galhos


pequenos, etc.);

 Rejeitos (Papel higiênico, absorventes íntimos, palitos de dentes, filtros


de cigarro, etc.);

 Rejeitos Perigosos e especiais (no caso do modelo simplificado, esses


resíduos deverão obedecer aos seguintes critérios: serem produzidos
em pequenas quantidades e em caráter esporádico; se tratarem apenas
de lâmpadas fluorescentes, filtros de ar condicionado, baterias e pilhas);

 Recicláveis: papel, papelão, plásticos em geral, metais e vidros.

Classificação segundo ABNT NBR 10004:2004

Não perigosos e Perigosos.

Resíduos Perigosos

 Resíduos classe I – Perigosos:

São aqueles que apresentam periculosidade por suas propriedades


físicas, químicas ou infectocontagiosas por poderem apresentar risco à
saúde pública, provocando ou acentuando de forma significativa um
aumento de mortandade ou aumento de incidência de doenças e/ou
riscos ao meio-ambiente, quando o resíduo é manuseado de forma
inadequada.

Os resíduos serão classificados como perigosos se apresentarem uma


ou mais das seguintes características, denominados fatores de
periculosidade, conforme a norma NBR 10004

 Corrosividade
 Reatividade
 Toxicidade
 Patogenicidade
 Inflamabilidade

Resíduos Não Perigosos

São aqueles que não apresentam quaisquer das propriedades de


periculosidade relacionadas anteriormente.

Resíduos não perigosos podem ser:

INERTES e NÃO INERTES

 Resíduos classe II A – Não Inertes

São quaisquer resíduos que submetidos a um contato dinâmico e


estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente,
conforme ABNT NBR 10006, tiverem um ou mais de seus constituintes
solubilizados ou lixiviados. Eles podem ter propriedades, tais como:
Biodegradabilidade; Combustibilidade e Solubilidade em água.

 Resíduos classe II B – Inertes

São quaisquer resíduos que são submetidos a um contato dinâmico e


estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente,
conforme ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus
constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de
potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e
sabor.

Os resíduos inertes são os resíduos ou substâncias que não


solubilizam nem lixiviam.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL:

A Unidade Geradora de Resíduos Sólidos deve apresentar a proposta


de realização palestras/debates/campanhas entre seus funcionários e
clientes, e cronograma de realização visando à conscientização dos
mesmos em relação ao procedimento que deverá ser adotado para a
efetivação do processo de coleta seletiva que será implantado pelo
presente Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL

Deverão descrever as alternativas de tratamento ou destinação final


adotadas para cada tipo de resíduo; apresentando cópia da Licença
Ambiental em vigor da Unidade Receptora dos resíduos e documentos
comprovando que os locais definidos para a destinação final dos
resíduos não aproveitados na obra possuem capacidade volumétrica
para recebê-los.

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