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ga-soli-na se- mistu-ra ao ar- puro- da noi-te

e a via-gem é tur-bulenta que o- carro- tá dan-do coi-ce


eu fa-ço cur-vas si-nuosas
sem porque ou mesmo aonde
foda-se os que-bra mo-las
fre-io nem- tá fun-cionan-do
e as estre-las me acompa-nham
no traje-to dessa- jornada
que só aca-ba de- um- jei-to:
fi-co sem combús-tivel
preso no me-io do na-da

roubo olhares
esquer-da- e direi-ta
procurando algo além de uma estrada
mares de concreto
me engolem inteiro
me afogo em ondas mal pavimentadas
indeciso
penso se não fiz errado
medo de estar dirigindo numa contramão
ou mesmo
ter feito curvas erraadas
não me sinto apto de estar na direção

alguém toma o volante de mim


e dirige até a gente chegar lá no fi-i-im
como eu queria que fosse tão simples assim
que a vida coubesse como um pijama de setim

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