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Curso Profissional de Técnico de Design e Comunicação

Gráfica e Técnico de Ação Educativa

Área de Integração

Módulo 4- A Pessoa, a Sociedade e o


Mundo IV

Beatriz Almeida, Sofia Abreu e Suad Conde

Lisboa

MMXXIII

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Curso Profissional de Técnico de Design e Comunicação
Gráfica e Técnico de Ação Educativa

Área de Integração

Módulo 4- A Pessoa, a Sociedade e o Mundo IV

A Democracia e a União Europeia

Professor: Orlando Martins

Turmas 175 e 179 Nº21410, Nº221264 e Nº 221130

Lisboa

MMXXIII
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Resumo

Este documento é um trabalho elaborado no âmbito da disciplina de Área de


Integração, e tem como tema «A Democracia e a União Europeia».

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Introdução

O conceito de democracia, desde sua criação, refere-se ao exercício do poder


do povo, ou seja, significa que as vontades do povo, da população, são
soberanas dentro desse sistema político. A participação do povo não se reduz
só a cargos políticos, mas inclui também os movimentos sociais, que são um
direito dos sistemas democráticos por serem uma manifestação e
posicionamento da população sobre algo. Por isso, dentro de uma democracia,
é entendida a liberdade de manifestação e expressão do povo, além das
manutenções de direitos humanos fundamentais.

Neste trabalho pretendemos descobrir mais sobre a Democracia e a União


Europeia.

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Capítulo I- A Democracia

A democracia surgiu nas cidades-estados da Grécia antiga, durante o


primeiro milênio antes de Cristo, e tomou sua forma clássica no auge político
da cidade de Atenas. De acordo com a classificação das três formas de
governo feita por Aristóteles na sua obra “Política”, a democracia (governo de
muitos) se distingue da monarquia (governo de um só) e da aristocracia
(governo dos nobres).

A clássica democracia das cidades antigas gregas estava fundada na


participação de todos os cidadãos em assembleia com o objetivo de tomar
conjuntamente as decisões governamentais. Apesar de ter existido em um
pequeno território e entre um número reduzido de pessoas (apenas os homens
livres eram considerados cidadãos, excluindo mulheres e escravos), a
experiência da democracia grega adquiriu grande importância ao tornar
possível um sistema político no qual o povo é soberano e tem o direito a se
governar, contando com recursos e instituições para fazê-lo.

Na era moderna, a prática da democracia foi transferida da pequena


cidade-estado para a escala muito maior do Estado nacional, o que implicou o
surgimento de um conjunto novo de instituições políticas. Os limites e as
possibilidades das instituições democráticas passaram a ser pensados no nível
do funcionamento de sociedades complexas, dotadas de grandes governos,
impessoais e indiretos. Tornou-se impossível o exercício direto da democracia
pelos cidadãos como era realizado nas pequenas cidades-estados gregas.

No pensamento político e nos regimes contemporâneos, pensa-se a


democracia menos em termos ideológicos e mais no seu sentido formal, ou
seja, como um conjunto de instituições, direitos e práticas que garantem um
determinado processo para a tomada de decisões coletivas. Assim, quando
hoje nós falamos em democracia, em geral nos referimos a algumas “regras do
jogo político”. Listamos a seguir alguns desses procedimentos que
caracterizam um sistema democrático atual:

● as instituições políticas responsáveis pelas funções legislativas e


executivas devem ser compostas em sua maioria por membros direta ou
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indiretamente eleitos pelo conjunto dos cidadãos e alternados
periodicamente;
● o voto deve ser universal, ou seja, têm direito ao voto todos os cidadãos
maiores de idade, sem distinção de sexo, de raça ou de religião;
● todos os votos têm o mesmo peso e os eleitores são livres para exercer
o seu direito segundo a sua própria opinião, frente a uma disputa livre,
honesta e pacífica entre partidos políticos que pleiteiam os cargos
representativos;
● vencem as eleições os partidos e/ou candidatos que atingirem a maioria
numérica dos votos (ainda que possam ser estabelecidos diferentes
critérios para se determinar a maioria);
● as decisões tomadas pela maioria não podem ameaçar os direitos
básicos da minoria.

Embora a Carta das Nações Unidas não mencione o termo


“democracia”, as palavras de abertura da Carta, “Nós, os povos das Nações
Unidas”, são o reflexo do princípio fundamental da democracia, ou seja, que a
vontade dos povos é a fonte da legitimidade dos Estados soberanos e, por
conseguinte, das Nações Unidas no seu conjunto.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Assembleia


Geral em 1948, enuncia claramente o conceito de democracia, afirmando: "A
vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos” . A
Declaração enuncia os direitos essenciais para que haja uma verdadeira
participação política. Desde a sua adoção, inspirou a elaboração de
constituições em todos os cantos do planeta e contribuiu para que a
democracia fosse aceita em todo o mundo como um valor universal.

O Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (1966) lança os


fundamentos jurídicos dos princípios da democracia, de acordo com o direito
internacional:

● A liberdade de expressão (Artigo 19º);


● O direito de reunião pacífica (Artigo 21º);
● O direito de se associar livremente (Artigo 22º);

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● O direito de fazer parte da vida política, diretamente ou por intermédio
de representantes livremente eleitos (Artigo 25º);
● O direito de votar e ser eleito, em eleições periódicas, honestas, por
sufrágio universal e por escrutínio secreto, assegurando a livre
expressão da vontade dos eleitores (Artigo 25º).

A democracia em Portugal

A Revolução de 25 de Abril de 1974 marca o início da vida democrática


em Portugal. O golpe militar conduzido pelo Movimento das Forças Armadas
(MFA) põe termo ao regime autoritário do Estado Novo, abrindo caminho para a
resolução do problema da guerra colonial e para a democratização e o
desenvolvimento do país.

O período pós-revolucionário é marcado por um clima de tensão e


instabilidade políticas que se traduz na constituição de seis governos
provisórios entre maio de 1974 e julho de 1976.

A 28 de setembro de 1974, o confronto entre a designada " maioria


silenciosa " de direita e a esquerda, apoiada pela Comissão
Coordenadora do MFA, resulta na demissão do general Spínola do cargo de
Presidente da República e no reforço do domínio político dos militares e da
esquerda, que seria confirmado com o fracasso do golpe de 11 de março de
1975.

A Junta de Salvação Nacional e o Conselho de Estado, criados após o


25 de Abril, são substituídos pelo Conselho da Revolução que inicia de
imediato uma política de nacionalizações dos vários sectores económicos.

No dia 12 de novembro de 1975, uma manifestação, constituída


maioritariamente por trabalhadores da construção civil em luta pela assinatura
do contrato coletivo de trabalho, cerca o Palácio de São Bento, onde decorrem
os trabalhos da Assembleia Constituinte.

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Capítulo II- A União Europeia

A União Europeia (UE) é uma organização política e econômica


composta atualmente por 27 países, localizados na Europa. A ideia de uma
integração entre os países europeus surgiu após a Segunda Guerra Mundial,
com o objetivo de garantir a paz, a estabilidade e o progresso no continente.

Em 1951, foi assinado o Tratado de Paris, que instituiu a Comunidade


Europeia do Carvão e do Aço (CECA), composta por 6 países (Alemanha,
Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos). Em 1957, foi assinado o
Tratado de Roma, que estabeleceu a Comunidade Econômica Europeia (CEE)
e a Comunidade Europeia da Energia Atômica (EURATOM).

A 1 de janeiro de 1973 a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido aderem


às Comunidades Europeias que passam a ter 9 Estados-Membros.

A 13 de março de 1979 entra em vigor o Sistema Monetário Europeu,


criado com base num sistema de taxas de câmbio que limitava o intervalo de
variação das moedas participantes. Esta abordagem completamente nova
permitiu uma coordenação sem precedentes das políticas monetárias dos
países da UE e funcionou eficazmente durante mais de uma década.

A 1 de janeiro de 1981 dá-se a entrada da Grécia nas Comunidades


Europeias, que fica a contar com 10 membros. Cinco anos depois juntam-se
Portugal e Espanha.

A CEE lança o programa Erasmus a 17 de junho de 1897 que concede


bolsas aos estudantes universitários que querem ir estudar no estrangeiro.

Em 1992, foi assinado o Tratado de Maastricht, que criou a União


Europeia como a conhecemos atualmente. Este Tratado estabeleceu a livre
circulação de pessoas, bens, serviços e capitais entre os países membros,
além de criar a moeda única, o euro.

Em 1995 a Áustria, a Finlândia e a Suécia juntam-se à UE, que passa a


ter 15 Estados-Membros.

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Os seguintes países a aderirem foram Malta, Chipre, República Checa,
Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Eslováquia e Eslovénia.

Ao longo das últimas décadas, a União Europeia tem enfrentado


desafios que têm abalado sua unidade, como a crise financeira, a crise
migratória e o Brexit (saída do Reino Unido da UE). No entanto, a UE ainda é
vista como um importante agente político e econômico no cenário internacional.

Os principais símbolos da UE são a bandeira com estrelas douradas em


círculo, o hino "Ode à Alegria" de Ludwig van Beethoven e o dia da Europa,
comemorado em 9 de maio em referência à histórica declaração do francês
Robert Schuman em 1950, que propôs a criação da CECA.

A UE estende-se por mais de 4 milhões de km² e tem 447,7 milhões de


habitantes. Em termos de superfície, a França é o maior país da UE e Malta o
mais pequeno. O país mais populoso é a Alemanha e o menos é Malta.
Existem 24 línguas oficiais dentro da UE.

A Comissão emprega cerca de 23 mil funcionários públicos permanentes


e 11 mil trabalhadores temporários ou com contrato a prazo. As outras
instituições da UE empregam cerca de 10 mil pessoas. No total são 44 mil
funcionários, sendo que a administração da UE custa cerca de €7,6 mil milhões
por ano (€15 por cada habitante).

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Referência bibliográficas

https://ead.faesa.br/blog/importancia-da-democracia

https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/portugal/democracia

https://www.todamateria.com.br/democracia/

https://brahttps://www.infoescola.com/politica/democracia/silescola.uol.com.br/s
ociologia/democracia.htm

https://european-union.europa.eu/index_pt

https://www.cm-paredes.pt/pages/1721

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/uniao-europeia.htm

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/uniao-europeia.htm

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