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DISCIPLINA: Seminário de Pesquisa II

CURSO: PSICOLOGIA
ORIENTADORA: MARISTELA CANDIDA

Mindfulness nos transtornos mentais: Uma revisão de literatura

Jonatha Gama de Souza


Matricula: 14202932

Rio de Janeiro / RJ
07/2019
Jonatha Gama de Souza

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


disciplina Seminário de pesquisa II do Centro
Universitário Augusto Motta, por Jonatha Gama
de Souza como requisito à aprovação de curso.

Orientadora: Maristela Candida

Rio de Janeiro, 2019


Resumo

Introdução: Mindfulness ou atenção plena é a capacidade de prestar atenção aqui e


agora, com uma atitude de curiosidade, não-julgamento e aceitação da experiência,
seja ela agradável ou não. Kabat-zinn (1990) introduziu a prática de mindfulness no
contexto da medicina como um treino mental de atenção através de um protocolo
inicialmente focado nos quadros de estresse (MBSR) em grupo, com duração de oito
semanas. Mais tarde essa prática foi inserida em algumas abordagens da psicologia,
sendo o principal protocolo o de terapia cognitiva baseada em mindfulness (MBCT)
baseado no MBSR, porém associando componentes da terapia cognitiva inicialmente
focado em quadros de depressão. Pesquisas tem apontado que a prática de
mindfulness auxilia na redução da ansiedade, depressão e estresse
(VANDENBERGHE, 2006; LIMA, 2017).

Objetivo: Investigar o uso de protocolos de mindfulness como estratégia auxiliar no


tratamento de pacientes com transtornos de ansiedade, depressão, mistos e outros.
Para a realização deste estudo foi conduzida uma busca bibliográfica da literatura de
natureza qualitativa, utilizando como fonte artigos indexados pela base de dados
SciELO (Scientific Electronic Library Online), PubMed (Serviço da U. S. National
Library of Medicine (NLM)) e PePSIC (Periódicos Eletrônicos de Psicologia).

Resultados: Durante os estudos, os autores obtiveram resultados similares quanto a


redução de sintomas ansiosos, mesmo em estudos de foco comparativo, esses
protocolos foram avaliados como eficazes e comprobatórios, evidenciando através de
ferramentas de medição como o Beck anxiety inventory (BAI), como observado por
Hoge et al, 2013 (Ps<0,05). A utilização do protocolo MBCT em pacientes depressivos
foi avaliado como aceitável e eficaz, segundos estudos realizado por esses autores
foram evidenciados redução de sintomas de depressão após o protocolo, evidenciado
pelo Beck depression inventory (BDI).

Os autores encontraram resultados que corroboram a eficácia dos protocolos de


mindfulness, reduzindo a ansiedade, depressão e estresse, assim como a ideação
suicida e a preocupação excessiva. Além de melhorias na memória, autocompaixão,
concentração, na saúde mental e qualidade de vida.
Conclusão: Em conclusão, o presente estudo sugere que a atenção plena pode ser
combinada com outras terapias para aliviar a ansiedade e os transtornos do humor.
Além disso, a atenção plena pode ser considerada eficaz em protocolos de terapia
com diferentes estruturas, incluindo modalidades virtuais. O uso da atenção plena em
modelos científicos continua a se expandir.

Palavras chave: “mindfulness”; “transtorno de ansiedade”; “transtorno de depressão”;


“transtorno mental”.
Abstract
Introduction: Mindfulness of the attention is a capacity of attention here and now, with
an attitude of curiosity, non-judgment and acceptance of experience, whether it be
pleasant or not. Kabat-zinn (1990) introduced a practice of mindfulness in the context
of medicine as a mental exercise of attention through a group-focused stress protocol
(MBSR), lasting weeks. Later this practice was inserted in some approaches of
psychology, being the main protocol of cognitive therapy based on mindfulness
(MBCT) based on MBSR, but associating the components of cognitive therapy in
focused on depression pictures. Research has pointed out as a practice of attention to
the reduction of anxiety, despair and stress (VANDENBERGHE, 2006; LIMA, 2017).

Objective: To investigate the use of care protocols as an auxiliary strategy in the


treatment of patients with anxiety, depression, mixed disorders and others. This article
was conducted through a qualitative literature bibliographic research using the SciELO
(Scientific Electronic Library Online), PubMed (National Library of Medicine (NLM)) and
PePSIC (Periodicals). Electronic Psychology).

Results: During the studies, the authors obtained similar results regarding the
reduction of anxious symptoms, even in comparative focus studies, these protocols
were evaluated as effective and verifiable, evidencing through measurement tools
such as the Beck anxiety inventory (BAI), as observed by Hoge et al, 2013 (Ps <0.05).
The use of the MBCT protocol in depressive patients was evaluated as acceptable and
effective, second studies performed by these authors showed reduction of symptoms
of depression after the protocol, evidenced by the Beck depression inventory (BDI).

The authors found results that corroborate the efficacy of mindfulness protocols,
reducing anxiety, depression and stress, as well as suicidal ideation and excessive
worry. In addition to improvements in memory, self-pity, concentration, mental health
and quality of life.

Conclusion: In conclusion, the present study suggests that mindfulness can be


combined with other therapies to alleviate anxiety and mood disorders. In addition,
mindfulness can be considered effective in therapy protocols with different structures,
including virtual modalities. The use of mindfulness in scientific models continues to
expand.

Keywords: "Mindfulness"; "Anxiety disorder"; "Depression disorder"; "Mental disorder"


1. Introdução

Os transtornos mentais mais prevalentes na população mundial se situam em


duas categorias diagnósticas principais: transtornos depressivos e transtornos de
ansiedade, variando em termos de gravidade e duração e são persistentes, causando
grande prejuízo funcional ao indivíduo. Segundo dados publicados em 2017 no
relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem a maior taxa de
pessoas com transtornos de ansiedade do mundo (9.3%) cerca de 18.6 milhões,
englobando, fobias, transtorno de pânico, transtorno de estresse pós-traumático e
transtorno de ansiedade generalizada. Ainda de acordo com a OMS, entre os países
da américa latina, o Brasil se destaca com o maior número de pessoas com depressão
(5.8%) cerca de 11.5 milhões de brasileiros (OMS, 2017).

Os transtornos depressivos são caracterizados de maneira geral por sintomas


como tristeza, perda de interesse ou prazer, sentimentos de culpa ou baixa
autoestima, perturbação de sono ou apetite, sentimentos de cansaço e falta de
concentração, podendo ter uma duração longa e recorrente, causando prejuízo
considerável ao indivíduo em diversos aspectos (DSM-5, 2014). Os transtornos de
ansiedade referem-se a um grupo de transtornos mentais caracterizado por
sentimentos de ansiedade e medo, incluindo transtorno de ansiedade generalizada,
transtorno de pânico, fobias, transtorno de ansiedade social, transtorno obsessivo-
compulsivo e transtorno de estresse pós-traumático e os sintomas variam de leve a
grave podendo se apresentar de forma crônica (DSM-5, 2014).
Esses transtornos podem se apresentar em sua forma mista, em que tanto os
sintomas de ansiedade quanto os de depressão podem estar presentes. Uma
característica cognitiva nesses transtornos é a ruminação cognitiva. (WELLS, 2001)
têm estudado o papel da ruminação na depressão e aponta que dependendo das
crenças associadas a ruminação, as pessoas podem aumentar ou diminuir a
frequência dessa ruminação, porém eles também são presentes na ansiedade. Um
exemplo seria "ruminar vai me ajudar a entender os problemas que passei" ou “quando
rumino estou dando um passo para resolver o problema amanhã". Seja como for, a
repetição dessas ruminações, podem se tornar um hábito mental e leva o indivíduo a
fortalecer esse modelo de funcionamento de forma automatizada, não se dando conta
do prejuízo funcional envolvido nesse processo (WELLS, 2001).
Pesquisas mostram que tentativas de suprimir ou se esquivar de pensamentos
aversivos, contribuem com o aumento da frequência da ruminação. A prática de
mindfulness ou atenção plena, tem sido associada a redução desses processos
mentais em diversos transtornos mentais, pois desenvolve uma relação diferente com
o padrão ruminativo do indivíduo, reduzindo o processo automatizado e
desenvolvendo um estado de aceitação e atenção da experiência mental (Teasdale,
1999b).
Mindfulness ou atenção plena é a capacidade de prestar atenção aqui e agora,
com uma atitude de curiosidade, não-julgamento e aceitação da experiência, seja ela
agradável ou não. Kabat-zinn (1990) introduziu a prática de mindfulness no contexto
da medicina como um treino mental de atenção através de um protocolo inicialmente
focado nos quadros de estresse (MBSR) em grupo, com duração de oito semanas.
Mais tarde essa prática foi inserida em algumas abordagens da psicologia, sendo o
principal protocolo o de terapia cognitiva baseada em mindfulness (MBCT) baseado
no MBSR, porém associando componentes da terapia cognitiva inicialmente focado
em quadros de depressão. Pesquisas tem apontado que a prática de mindfulness
auxilia na redução da ansiedade, depressão e estresse (VANDENBERGHE, 2006;
LIMA, 2017).

Nesse sentido é relevante investigar quais os efeitos dos protocolos da prática


de mindfulness nos transtornos mentais.

2. Metodologia

Para a realização deste estudo foi conduzida uma busca bibliográfica da


literatura de natureza qualitativa, utilizando como fonte artigos indexados pela base
de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online), PubMed (Serviço da U. S.
National Library of Medicine (NLM)) e PePSIC (Periódicos Eletrônicos de Psicologia).
As palavras chave foram: “mindfulness”; “transtorno de ansiedade”; “transtorno de
depressão”; “transtorno mental”. O período estabelecido foi de 2013 a 2019. Os
critérios de inclusão para a investigação dos artigos foram: (a) estar no período acima
descrito, (b) uso do protocolo de intervenção MBSR (Mindfulness based stress
reduction) como estratégia de tratamento, (c) uso do protocolo de intervenção MBCT
(Mindfulness based cognitive therapy) como estratégia de tratamento (d) presença de
transtorno mental. Desta forma, artigos que apresentaram protocolos mindfulness
diferente dos MBSR e MBCT, foram excluídos por não cumprirem o objetivo desta
investigação.

3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O objetivo desta revisão de natureza qualitativa, foi investigar os efeitos de


pratica dos protocolos de mindfulness nos transtornos mentais. Para elucidar as
informações das publicações, foram criados três eixos para discussão dos dados: (1)
Protocolo MBSR nos transtornos de Ansiedade (2) Protocolo MBCT nos transtornos
de depressão (3) Transtornos mistos e outros.

1. Protocolo MBSR nos transtornos de Ansiedade

O programa MBSR foi criado pelo médico e professor da universidade de


Massachusetts Jon Kabat-Zinn, em 1979. Seu programa tem sido utilizado para ajudar
pacientes que sofrem das mais variadas formas de doenças crônicas e doenças. O
Programa é ensinado num período de 8 semanas, com um encontro semanal de mais
ou menos 2 horas, durante os dias que seguem na semana os participantes executam
exercícios pré-definidos em suas casas. O programa de redução de estresse
Mindfulness, é um método cientificamente comprovado no qual ocorre uma diminuição
do estresse e dos sintomas a ele relacionado. A literatura cientifica tem apontado
diversos resultados positivos do programa nos mais diversos problemas médicos
como: melhoria de qualidade de vida para pacientes com câncer, dor crônica,
psoríase, problemas cardíacos, AIDS, pressão alta, infertilidade, dor de cabeça, stress
relacionado a problemas gástricos, insônia, medo, pânico e depressão. (CASTANHEL
e LIBERALI, 2018; LAPA et al, 2015; KABAT ZINN et al, 1998).

No estudo de Boettcher et al, em 2014, foi realizado uma pesquisa baseada


no protocolo mindfulness based stress reduction (MBSR), a pesquisa contou com 91
participantes, que foram selecionados através de anúncios nos jornais e outros meios
de comunicação diagnosticados com transtornos de ansiedade social, transtorno de
ansiedade generalizado, transtorno de pânico e transtorno de ansiedade sem outra
especificação. Os 91 participantes foram separados aleatoriamente em dois grupos,
onde foram selecionados 45 indivíduos para compor o grupo de tratamento em MBSR
(Mindfulness based stress reduction) e 46 para compor um grupo MBSR na
modalidade online, através de 96 arquivos de áudios. A duração de cada sessão foi
120 minutos, uma vez por semana, por 8 semanas seguidos. Onde foi realizado como
forma de intervenção o BAI (Beck anxiety inventory) e o BDI-II (Beck depression
inventory) para ser avaliados os níveis de ansiedade e depressão dos participantes
pre e pôs intervenção e depois de 6 meses de termino dos resultados. Os participantes
destes grupos obtiveram redução substanciais nos sintomas clínicos após o protocolo,
antes do protocolo, os participantes foram avaliados pelos inventários de depressão e
ansiedade de Beck (BDI e BAI) o que levou a redução tanto na ansiedade, quanto na
depressão e insônia nos pacientes com transtornos de ansiedade.

Os resultados de Boettcher et al, 2014, estiveram próximos dos resultados


obtidos pelo estudo do Hoge et al, 2013. Esses resultados relatam que o MBSR
(Mindfulness based stress reduction) pode ter um efeito benéfico na redução aos
sintomas de ansiedade presente na TAG (Transtorno de ansiedade generalizado) e
também pode melhorar a reduzir a reatividade ao estresse e o enfrentamento, como
foi medido em um desafio de estresse laboratorial. Foram selecionados 89 indivíduos
diagnosticados com transtorno de ansiedade generalizado.

Os participantes foram divididos em dois grupos com o fim de comparação da


pesquisa, sendo 48 indivíduos selecionados aleatoriamente no grupo MBSR
(mindfulness based stress reduction) e 41 indivíduos no grupo de SME (Stress
management education). A pesquisa também mostrou que ambas as intervenções
levaram a reduções significativas nos scores do HAM-A (Hamilton anxiety scale) em
um resultado final, mas não significativamente diferem. MBSR (mindfulness based
stress reduction), no entanto, foi associado com uma redução significativamente maior
na ansiedade como medido pelos CGI-S e CGI-I (Clinical global impressiono severity
and improvement), e o BAI (Beck anxiety inventory) (todos P s <0,05). MBSR
(mindfulness based stress reduction) também foi associado com reduções maiores do
que no SME (Stress management education) em ansiedade e angústia em resposta
ao TSST (Trier social stress test) no desafio do estresse (P < 0,05), e um maior
aumento de autoafirmações positivas (P = 0,004). seguidos. A pesquisa teve a
duração de 120 minutos, sendo realizado uma vez por semana durante 8 semanas

No estudo de Lenze et al, 2014, a pesquisa teve a utilização do MBSR


(Mindfulness based stress reduction) que foi utilizado como protocolo de intervenção,
em pacientes com transtorno de ansiedade, sintomas de preocupação e distorção
cognitiva em idosos. A pesquisa teve como instrumentos de medição os MAAS
(Mindful attention awareness scale) e CAMS-R (Cognitive affective mindfulness scale
revised). Que foram utilizados nas avaliações no pre, pos e após 6 meses de termino
do estudo. A pesquisa contou com a participação de 34 indivíduos com mais de 65
anos de idade, com sintomas de transtorno de ansiedade. Sendo realizado em um
período de 8 a 12 semanas de protocolo MBSR (Mindfulness based stress reduction).
Os 34 indivíduos foram divididos em dois grupos, um dos grupos foi exposto a 8
semanas de protocolo mindfulness, tendo um total de 16 indivíduos, já o segundo
grupo teve a participação de 18 indivíduos e a duração de 12 semanas, sendo
avaliados, pre e pôs intervenção e 6 meses após a intervenção, durante 150 minutos,
uma vez por semana de 8 a 12 semanas. O estudo mostrou que o MBSR (Mindfulness
based stress reduction) foi eficaz em idosos ansiosos, os pacientes experimentaram
desenvolvimentos positivos, como diminuição da gravidade da preocupação e
melhora da memória.

A conclusão principal do estudo é que MBSR (Mindfulness based stress


reduction) é promissor para um estudo mais aprofundado como uma intervenção
nesta população idosa. Dado o seu baixo custo relativo, escassez de risco, e já ampla
disponibilidade, o MBSR pode ser mostrado com mais investigação para melhorar os
sintomas da preocupação e disfunção cognitiva, pode ser rapidamente disseminada
como uma opção de tratamento potencialmente através de uma gama de distúrbios
de humor e emocionais (Golden et al., 2011).

Tão eficiente quanto, o estudo de Arch et al, buscou realizar uma comparação
entre duas intervenções sobre seus efeitos no tratamento de sintomas de ansiedade
nos pacientes de transtornos de ansiedade heterogêneos. Como protocolo de
intervenção foi utilizado o MBSR (Mindfulness based stress reduction) e a TCC
(Terapia cognitiva comportamental). A pesquisa teve como foco de estudo o campo
da psicologia, mais especificadamente a terapia cognitiva comportamental e teve a
participação de 105 indivíduos diagnosticados com transtorno de ansiedade
heterogêneo, separados aleatoriamente em dois grupos, 60 indivíduos foram
selecionados para a análise com a TCC e 45 indivíduos para a análise com o protocolo
de MBSR. Como instrumentos de medição foram utilizadas as intervenções, BDI
(Beck depression inventory), MASQ-AA (Anxious arousal subscale), PSWQ (Penn
state worry questionnaire). O estudo teve a duração de 10 semanas, sendo realizado
uma vez por semana, 90 minutos por encontro. A pesquisa teve como resultado a
eficácia de ambos os protocolos (Terapia Cognitiva Comportamental e MBSR). Eles
observaram que os efeitos do MBSR e do TCC, incluíam melhora dos sintomas de
ansiedade e depressão e redução da ideação suicida. TCC foi mais eficaz na redução
da excitação ansiosa, enquanto o MBSR pode ser mais eficaz na redução da
preocupação e distúrbios de comorbidade.

2. MBCT nos transtornos de depressão

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM 5


(American Psychiatric Association, 2014). Os transtornos depressivos incluem
transtorno disruptivo da desregulação do humor, transtorno depressivo maior
(incluindo episódio depressivo maior), transtorno depressivo persistente (distimia),
transtorno disfórico pré-menstrual, transtorno depressivo induzido por
substância/medicamento, transtorno depressivo devido a outra condição médica,
outro transtorno depressivo especificado e transtorno depressivo não especificado. A
característica comum desses transtornos é a presença de humor triste, vazio ou
irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam
significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo. O que difere entre
eles são os aspectos de duração, momento ou etiologia presumida.

O MBCT foi criado pelo professor de Oxford Mark Willian e seus colegas Zindel
Segal e John Teasdale. Que aproximaram a terapia cognitiva criada por Aaron T. Beck
em 1960 e o programa criado em 1979 por Jon Kabbat-Zinn chamado mindfulness-
based stress reduction – MBSR (Mindfulness baseado na redução do estresse).

O MBCT é uma adaptação do MBSR (Mindfulness-Based Stress Reduction)


que usa o mesmo formato e estrutura básicos - uma aula de 8 semanas com um retiro
de dia inteiro; uma estrutura de classes que inclui psicoeducação, práticas formais de
meditação e movimento, e discussão e investigação conduzidas por professores; e
práticas e exercícios domésticos diários. Como no MBSR, os participantes aprendem
a reconhecer as reações habituais e inúteis à dificuldade e aprendem, em vez disso,
a trazer uma atitude de aceitação, aceitação e não-julgamento a toda experiência,
incluindo sensações difíceis, emoções, pensamentos e comportamento. O MBCT
substitui parte do conteúdo do MBSR com foco em padrões específicos de
pensamento negativo aos quais as pessoas com depressão são vulneráveis, mas que
todos nós experimentamos de tempos em tempos.

O MBCT foi desenvolvido para tratar a depressão e a pesquisa mostrou que ele
é eficaz na prevenção da recaída em pessoas que se recuperaram da depressão. A
principal diferença no MBCT é um foco explícito em se voltar para o humor baixo e
pensamentos negativos no início do programa, para que os participantes ganhem
experiência com o reconhecimento desses sintomas e confiança em sua capacidade
de reagir habilmente.

No estudo de Eisendrath et al. 2016, foram utilizados como protocolos de


intervenção o MBCT (Mindfulness based cognitive teraphy) com a HEP (Health
Enhancement Program), esse estudo teve como objetivo realizar uma pesquisa
comparativa sobre a eficácia desses dois protocolos. O protocolo de MBCT, teve a
duração de 8 semanas, cada sessão teve a duração de 135 minutos, sendo divididos
por uma sessão por semana, mais 45 minutos de exercícios em casa por no mínimo
6 dias por semana. O programa de melhoramento da saúde (HEP) incluiu a aptidão
física, musicoterapia e educação nutricional, como adjuntos ao tratamento usual de
farmacoterapia. Em ambos os protocolos foram selecionados pacientes ambulatoriais
diagnosticados com transtorno de depressão. Foram incluídos no estudo 173
pacientes e ao final da pesquisa 131 pacientes chegaram ao final da pesquisa, sendo
67 pacientes no grupo atribuído ao MBCT e 64 para o grupo de intervenção HEP.

O estudo teve como instrumentos de medição os protocolos HAM-D (Hamilton


depression rating scale), FFMQ (5 Facet mindfulness questioonaire, SCS (Self-
compassion scale), RRS (Ruminative response scale) e o AAQ (Acceptance and
acction questionnaire), que serviram para afirmar que o protocolo MBCT diminuiu
significativamente a gravidade da depressão e melhorou as taxas de resposta ao
tratamento em 8 semanas. O MBCT parece ser um complemento viável na gestão do
tratamento de paciente com transtorno de depressão. Podendo ser utilizado por
pacientes depressivos que tem interesse de uma forma de tratamento alternativo ao
uso de medicamentos.

Outro estudo que utilizou o protocolo MBCT como tratamento comparativo ao


uso de medicamentos antidepressivos em pacientes com transtorno de depressão
maior foi Kuyken et al 2015, esse estudo objetivou comprovar a eficácia do protocolo
MBCT como forma de reduzir o risco de recaída ou recorrência de depressão. A
pesquisa teve a participação de 424 paciente divididos aleatoriamente em dois grupos
de 212 paciente para cada grupo de intervenção, um dos grupos foram selecionados
para a participação do protocolo MBCT na modalidade de 8 semanas com uma sessão
semanal de 2 horas e 25 minutos de duração, Os participantes aprenderam práticas
de atenção e habilidades cognitivo-comportamentais, tanto em sessão e através de
trabalhos de casa. Os terapeutas ofereceram suporte aos pacientes em aprender a
responder de forma adaptativa a pensamentos, sentimentos e experiências que
poderiam ter desencadeado recaída depressiva. Como forma de medição foram
utilizadas intervenções como o BDI (Beck depression inventory), GRID-HAMD (GRID
Hamilton Rating Scale for Depression). MSCL (medical symptom checklist) e o WHO-
QoL (WHO Quality of Life).

Não foram encontramos evidências de que o MBCT seja superior ao tratamento


antidepressivo de manutenção para a prevenção de recidiva depressiva em indivíduos
com risco de recaída ou recidiva depressivas. Ambos os tratamentos foram
associados a resultados positivos duradouros em termos de recaída ou recorrência,
sintomas depressivos residuais e qualidade de vida.

O estudo de Bota et al, 2016, teve como objetivo determinar o uso do protocolo
MBCT (Mindfulness based cognitive therapy) em pacientes com histórico de
depressão de 2 ou mais episódios depressão maior e outros transtornos do humor,
visando diminuir a necessidade de uso de medicamentos e outras intervenções, e
diminuir a necessidade de serviços ambulatoriais. O estudo teve a participação de 142
pacientes, onde 93 pacientes diagnosticados com transtorno de depressão maior e 49
pacientes com outros transtornos de humor, O estudo completou sessões de MBCT
entre 1 de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2013. Os pacientes que tiveram 2 ou
mais episódios de transtorno depressivo maior (MDP recorrente) foram categorizados
em um grupo. Os demais pacientes com outros transtornos do humor foram colocados
em um grupo de comparação.
Este estudo avaliou a eficácia do MBCT na redução da necessidade de serviços
psiquiátricos adicionais. O estudo avaliou pacientes que receberam MBCT ao longo
de 3 anos e demonstraram que a MBCT diminuiu a necessidade de cuidados,
independentemente das alterações de medicação. Os resultados levantam a questão
de se o MBCT permite que os pacientes respondam às situações com mais habilidade
ou se a MBCT diminui os sintomas depressivos.

Outro estudo que visou uma pesquisa comparativa para situações de recaída
e prevenção da depressão foi realizado por Shallcross et al, 2015. Nesse estudo
avaliou-se a eficácia comparativa do protocolo mindfulness based cognitive therapy
(MBCT) versus uma active control condition (ACC) para a prevenção de recaídas
depressão, a redução dos sintomas depressivos, e melhoria na satisfação com a vida.

Foram selecionados 92 participantes diagnosticados com transtorno de


depressivo maior, esses pacientes foram selecionados para concluir o protocolo de 8
semanas de MBCT e a intervenção de ACC. Ambas as intervenções foram entregues
de acordo com os respectivos manuais publicados. A amostra final foi de 92
participantes escolhidos aleatoriamente para a pesquisa, onde 46 indivíduos foram
selecionados para o grupo de MBCT e 46 para o grupo de ACC e foram avaliados
pelos instrumentos BDI-II (Beck Depression Inventory II) e SWL (Satisfaction with
Life).

As Intervenções analisadas não indicaram nenhuma diferença entre MBCT e


ACC em taxas de recaídas de depressão ou tempo de recaída ao longo de um 60
semanas de acompanhamento. Ambos os grupos apresentaram reduções
significativas e iguais em sintomas depressivos e melhorias na satisfação com a vida.
Uma interação significativa quadrática (grupo x tempo) indicou que o padrão de
redução sintoma depressivo diferiram entre os grupos. O ACC experimentou redução
dos sintomas pós-intervenção imediata e, em seguida, um aumento gradual ao longo
de 60 semanas. O grupo MBCT experimentaram uma redução gradual dos sintomas
linearmente. O padrão para a satisfação com a vida foi idêntico, mas apenas
marginalmente significativo.

Em conclusão o estudo estabeleceu que ambos os estudos são eficazes,


trazendo mais alternativas de tratamentos e a importância de comparar intervenções
psicoterapêuticas.
3. Transtornos Mistos e Outros

No estudo de Serrão e Alves, 2018. Foi utilizada como protocolo de intervenção


o MBCT (Mindfulness based cognitive therapy) e teve como instrumentos de medição:
SCS (Self-compassion with the self-compassion scale), FFMQ (Five facet mindfulness
questionnarie), PSS (Perceived stress scale), BDI (Beck depression inventory) e BAI
(Back anxiety inventory). A pesquisa teve a participação de 41 estudantes
portugueses do curso internacional de pós-graduação em terapias cognitivo
comportamentais de terceira geração – mindfulness, onde apenas 26 completaram a
avaliação pré e pós-intervenção. O protocolo MBCT foi aplicado em 5 dias no regime
de retiro, onde ocorreu 10 sessões de cerca de 2h30min cada. e teve como objetivo
desenvolver nos estudantes a capacidade para analisar os padrões da mente,
independentemente do seu conteúdo e carga emocional. Para o efeito foram utilizadas
técnicas de body scan, meditação sentado, deitado e em movimento, hatha yoga.

Os resultados obtidos sugerem que intervenções baseadas em mindfulness,


reduziu os sintomas de depressão, stress e ansiedade e enquanto conceito geral,
afetam também a capacidade de atenção enquanto componente da autocompaixão
que remete para a forma como os sujeitos experienciam e aceitam as suas
experiências de sofrimento. Especificamente, os dados sugerem que o aumento de
mindfulness ao longo do programa está relacionado com o aumento da
autocompaixão, na pontuação global e em todas as subescalas, apoiando
investigações onde foi reportado o papel essencial do mindfulness na efetivação das
mudanças provocadas pelo MBCT. (Serrão e Alves, 2018)

Outro estudo que comprova os efeitos positivos de mindfulness em praticantes


e o de Serpa et al, 2014. a atenção plena dos participantes interagiu com outros
resultados de tal forma que aumentos na atenção foram relacionados a melhorias na
ansiedade, depressão e funcionalidade da saúde mental. Os scores de
funcionamentos da saúde mental foram melhores pós protocolo. A pesquisa
apresentou reduções significativas na ansiedade, depressão e ideação suicida dos
participantes. Foram selecionados 79 veteranos de guerra diagnosticados com
transtorno de ansiedade e de depressão, em uma instalação médica do veterans
health administration urbana. Os veteranos tiveram avaliações pré e pós intervenção.
No estudo foi realizada o protocolo de intervenção MBSR, 10 a 15 participantes
reuniram-se uma vez por semana em sessões de 120 minutos, durante 9 semanas.

Com exercícios do protocolo MBSR como por exemplo, meditações sentadas e


caminhando, escaneamento corpo, meditação de bondade e yoga suave sendo
realizados em sala de aula, mais o complemento de práticas diárias em casa. É como
ferramentas de medição foram utilizados os instrumentos, SF-12 (12-item short-form
health survey), FFMQ (Five facet mindfulness questionnarie), PHQ-9 (Patient health
questionnaire-9).

Em um estudo com 19 mulheres com câncer de mama metastático, foram


avaliados níveis de sintomas de ansiedade, depressão, estresse, a fadiga. O estudo
também teve como objetivo desenvolver a aprendizagem de como chamar a atenção
e a consciência plena para os seus sentimentos. Foi utilizado o protocolo MBSR
(Mindfulness based stress reduction) os encontros foram realizados em sessões em
grupos de 120 minutos, sendo realizados uma vez por semana, com a duração de 8
semanas e exercício em casa. Como instrumentos para medição de dados os
seguintes instrumentos foram utilizados: HADS (Hospital anxiety and depression
scale), BFI (Brief fatigue inventory), TMS (Toronto mindfulness scale). Foram feitas
avaliações pré e pós intervenção.

Os resultados obtidos no estudo de Eyes et al, sugere que o protocolo de MBSR


e aceitável a paciente com câncer de mama metastático, resultam em diminuição de
sintomas de ansiedade e depressão, e uma melhora na qualidade de vida desses
participantes. Em conclusão, este estudo fornece evidências encorajadoras que
MBSR é aceitável para aqueles participantes dispostos a se comprometer com o
programa.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em conclusão, o presente estudo traz um resultado de pesquisas que sugerem


a eficácia dos protocolos de mindfulness nos transtornos mentais, alguns se
adaptando em diferentes campos, mostraram resultados empolgantes para a redução
da ansiedade, depressão e outros transtornos avaliados. Além disso, os estudos
relatam que obtiveram melhorias na atenção e memória dos participantes, avaliados
nos estudos de SERRÃO, Carla; ALVES, Silvia, 2018; Lenze et al, 2014 e Serpa et al,
2014, e também na funcionalidade da saúde mental e qualidade de vida, junto com a
redução da ideação suicida.

Os resultados apresentados nas pesquisas relatam que houve uma


reestruturação cognitiva nos participantes, que desenvolveram mais autocompaixão
ocasionando mais aceitação nas experiências que causam sofrimentos, como visto
na pesquisa de SERRÃO, Carla; ALVES, Silvia, 2018; e a diminuição da preocupação,
pensamentos e sentimentos negativos melhorando a disfunção cognitiva, se
concentrando no momento presente.

Os protocolos mindfulness mostraram ser bastante úteis também na


modalidade online, como estudado por Boettcher et al, 2014, tendo um efeito bastante
considerável na redução da ansiedade, depressão e insônia nos pacientes
selecionados. O uso de protocolos de mindfulness em modelos científicos continua a
se expandir, e tem tomado cada vez mais espaço no cenário mundial.
5. REFERÊNCIAS

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Manual of


Mental Disorders, Fifth Edition (DSM-V). Arlington, VA: American Psychiatric
Association, 2013.

ARCH et al. clinical trial of adapted mindfulness-based stress reduction versus


group cognitive behavioral therapy for heterogeneous anxiety disorders. Behav
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