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487-498 Historia 8a C06 V3 Efaf Mec M23
487-498 Historia 8a C06 V3 Efaf Mec M23
na África e na Ásia
Com a Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, houve competição e rivalidade
entre nações europeias por terras a serem conquistadas. Regiões do globo passaram a
ser exploradas e divididas entre os europeus, especialmente na África e na Ásia. A história
dos países da Ásia é bastante complexa aos nossos olhos. Embora não seja objetivo co-
nhecer a história dos países desses continentes em sua real complexidade, é importante
apreender algumas noções gerais que se conectam à história ocidental.
Outro fator que impulsionou a política imperialista foi a necessidade de aplicação dos
capitais excedentes da economia industrial e da obtenção de bases estratégicas visando
à segurança do comércio marítimo nacional. Além disso, a população europeia, em espe-
cial a urbana, havia crescido muito, o que obrigava os países a conseguir lugares para os
quais essas pessoas pudessem ser deslocadas buscando, supostamente, diminuir alguns
problemas sociais e abrir mercados fora da Europa.
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A dominação era realizada pela administração direta (ocupação dos principais cargos
governamentais por agentes metropolitanos) ou indireta (por meio de alianças com as
elites locais).
Em resumo, do ponto de vista ideológico, o imperialismo foi justificado por uma teoria ra-
cista, que julgava que os povos asiáticos e, principalmente, africanos, não poderiam, sozinhos,
atingir o progresso e o desenvolvimento, cabendo ao europeu levar-lhes essa possibilidade.
Portanto, usava-se a desculpa de estar levando indústrias, ferrovias, trabalho, missões cientí-
ficas, modernidade, quando o que acontecia de fato era a exploração das riquezas naturais, da
mão de obra barata, da matéria-prima e das economias locais para o empréstimo de grandes
quantias de dinheiro na busca do lucro por meio do pagamento de juros.
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Reprodução
As únicas ocupações europeias existentes na África até o início do século XIX limi-
tavam-se às regiões litorâneas de Angola e Guiné, na Costa Atlântica, e Moçambique,
na Costa Índica, que eram ocupadas por Portugal desde o século XVI. Outra região com
presença de europeus era o Cabo, ao sul do continente, constituído de uma colônia de
protestantes holandeses, conhecidos como bôeres, e que foi ocupado pelos ingleses em
1806 devido ao seu valor estratégico.
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Wikipedia.org
Conferência de Berlim. Pintura de Anton von Werner, 1881.
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O imperialismo na Índia
A primeira presença de europeus na Índia se deu com o português Vasco da Gama,
em 1498, seguido no século XVI por holandeses, franceses e ingleses. Porém, o predomí-
nio sobre a região ficou com a Inglaterra, que, em 1763, começou a dominá-la, manten-
do-se ali até 1947.
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O imperialismo na China
Em meados do século XIX, a China representava um atraente mercado consumidor,
com cerca de 400 milhões de habitantes. Além disso, era um grande país fornecedor de
artigos de luxo, muito cobiçados pelos ocidentais, como seda, chá e porcelana. Mesmo
muito visados pelos países europeus, os chineses não tinham o menor interesse em co-
mercializar com eles, pois os julgavam atrasados e sem nenhum produto que pudesse
lhes interessar.
Com uma cultura milenar, economia essencialmente agrícola e sob um governo cons-
tantemente em crise, acabou subjugada pelas potências imperialistas quando estas des-
cobriram um produto cujo consumo poderia ser incentivado entre a população chinesa: o
ópio. Conhecendo os males que provocava o uso do ópio na população, o governo chinês
proibiu o seu comércio e combateu severamente o contrabando.
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O caso japonês
A Revolução Meiji (1868) promoveu uma transformação capitalista importante para a
economia japonesa. Rompia-se com o fechamento econômico de modelo agrário (seme-
lhante ao feudalismo europeu), modernizando e industrializando o país.
Entre 1192 e 1867, o Japão foi governado por um líder militar chamado xogum, em
um sistema denominado Xogunato. O país era dividido em feudos, cada qual governado
por um daimyo (equivalente ao senhor feudal europeu), e estes respondiam ao xogum.
Apesar de esse sistema prevalecer, ainda existia a figura do imperador, que não reunia
poderes de governo, mas possuía importante função religiosa, cultural e tradicional. A Re-
volução Meiji foi o resultado de uma guerra civil entre duas facções de samurais (nobres
militares) diferentes: a dos monarquistas, que queriam restaurar o poder do imperador e
modernizar o Japão, e a do xogunato, que lutavam para manter o modelo existente. Com
a vitória dos monarquistas, o imperador recuperou seu poder político e reorganizou a es-
trutura do Estado e do sistema de governo, abrindo a nação ao comércio internacional e
dando início ao processo de ocidentalização do Japão.
O Japão passou a ter a economia mais aberta ao Ocidente, porém o Estado japonês
não perdeu o controle como aconteceu na China.
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#Desafios
#Consolidando a aprendizagem
#Conexões
Que conexões você pode fazer entre o capítulo e os conhecimentos que possui?
#Mudanças
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zando palavras-chave. Para cada grupo de ideias, utilize cores e desenhos para
ajudar a organizar seu pensamento.
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MELLO E SOUZA, Marina. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2007.
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DECCA, Edgar de. O colonialismo como glória do império. In: REIS FILHO, Daniel Aarão;
FERREIRA, Jorge; ZENHA, Celeste (org.). O século XX: o tempo das certezas. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2000. p. 157.
De acordo com o texto, a ideia de construção de impérios seria imprecisa para re-
presentar a realidade geopolítica do período que se estende de 1870 a 1914, porque
essa política imperialista estava associada à prática da:
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