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RELATÓRIO DE ENSAIO DE GRANULOMETRIA DO AGREGADO MIÚDO –

AREIA

LUIZ HENRIQUE REYEZ


MARIANY RAPHAELA MATOS DE SOUZA
NICOLE SOARES RODRIGUES
TAINA DANTAS DE SOUZA
VICTOR AUGUSTO CÉSAR FERRAZ

ETEC ITAQUERA II - 2° MÓDULO DE EDIFICAÇÕES (2°A)

DATA DO ENSAIO: 16/05/2022

Prof.ª APARECIDA TOMIOKA


Sumário
Introdução .......................................................................................................... 3
Objetivo .............................................................................................................. 3
Materiais utilizados ............................................................................................. 3
Metodologia ........................................................................................................ 4
Resultados e discussões .................................................................................... 5
Massa retida: .................................................................................................. 6
Variações: ....................................................................................................... 7
Média das amostras: ...................................................................................... 7
Média aumentada: .......................................................................................... 8
Tabela: ............................................................................................................ 8
Classificação:.................................................................................................. 9
Diâmetro máximo: ........................................................................................... 9
Módulo de finura ........................................................................................... 10
Classificação granulométrica: ....................................................................... 10
Gráfico da curva granulométrica ................................................................... 12
Conclusão ........................................................................................................ 13
Referências bibliográficas ................................................................................ 14
Introdução

No dia 16/05/2022 foi realizado ensaios para determinar a granulometria do


agregado miúdo e encontrar a curvatura granulométrica do solo. A granulometria
do agregado é basicamente a distribuição de suas partículas constituintes em
classes de tamanho. A distribuição granulométrica do agregado, sendo areia ou
pedregulhos, será obtida através do processo de peneiramento de uma amostra
seca em estufa, para isso é utilizada diversas peneiras com aberturas
divergentes.
As vantagens e desvantagens de se realizar esse ensaio estão ligadas a
materiais de construção civil, sendo muitas das vezes necessário que o material
tenha um tamanho específico para que outros processos sejam iniciados, por
exemplo, as vezes o reagente precisa que as partículas do agregado sejam
pequenas o suficiente para ele conseguir fazer o que é necessário e ser mais
eficiente ou caso contrário o produto pode acabar perdendo completamente a
sua durabilidade e eficácia.
Um exemplo cotidiano é a areia para paisagismo. A areia para paisagismo, é
necessária para a preparação dos vasos, fazendo uma mistura com terra
adubada, também funcionando como drenagem e acabamento final após as
plantas serem realocadas. Agora para jardins a areia utilizada para este tipo de
paisagismo, deve ser a branca e fina, desta forma é muito mais fácil o
destacamento de verde no jardim, essa areia também é muito utilizada em
ambientes internos, valorizando aquários. Também pode ser utilizada em
playgrounds e quadras de esporte, lembrando que cada areia citada deve ter
uma granulometria referente a onde será aplicada ou usada.

Objetivo

O ensaio de granulometria foi realizado através do peneiramento com a


finalidade e objetivo de obter a curva granulométrica do material analisado, bem
como as dimensões e massa correspondente a cada fração granulométrica do
material analisado.

Materiais utilizados

Foram utilizados os seguintes materiais


• - Amostras de areia “A” e “B” com 300g cada; (já seca em estufa)
• - Conjunto de peneiras (9,5mm até 0,5mm);
• - Balança;
• - Forma de aço (recipiente);
• - Peneirador mecânico.

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Metodologia

Foi realizado o ensaio de granulometria do agregado miúdo de duas amostras


(A e B) de areia, estando as mesmas já secas pelas estufas, baseando-se nas
normatizações vigentes para a execução do ensaio, sendo feito o seguinte
procedimento:
Utilizou-se uma balança para pesar 300 gramas de areia, após isso, depositou-
se os 300 gramas da amostra em um conjunto de peneiras de 9,5 mm até 0,15
mm (7 peneiras ao todo) e levando ao peneirador mecânico e deixando a
peneiração da amostra por volta de 2 minutos, ao término do peneiramento
mecânico, retirou-se cada uma das peneiras e depositou-se (com ajuda de uma
espátula) cada fração da amostra de areia retida em cada peneira em diferentes
recipientes (7 ao todo), por fim, pesando na balança cada fração da amostra
obtida dentro de cada peneira, fazendo analises, classificações e dando
continuação as demais etapas do ensaio, ressaltando que todo esse
procedimento foi feito duas vezes ao todo, sendo realizado com amostra “A” e
por último com a amostra ‘B”. Observe o esquema de aparelhagem utilizado:

esquema de aparelhagem – imagem 1

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Resultados e discussões

Depois de ser realizado todos procedimentos práticos, separando cada fração


retida em cada peneira, pesou-se essas frações e classificou-se o quanto
pesavam, observe as imagens e informações a seguir:

Massa da amostra “A” de cada peneira – imagem 2

Massa da amostra “B” de cada peneira – imagem 3

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Após obter-se a massa de cada fração das amostras nas peneiras, efetuou-se
alguns cálculos:
Começando a somar a massa total de cada uma das duas amostras, resultando
em:
Amostra “A” = 10g + 39g + 191g + 34g + 18g + 6g = 298g
Amostra “B” = 7g + 36g + 112g + 81g + 49g + 14g = 299 g

Massa retida:

Depois de descobrir a massa total de cada amostra, foi realizado um cálculo para
se obter as porcentagens das massas retidas de cada amostra, utilizando a
seguinte formula:

𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂
× 𝟏𝟎𝟎 = 𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 𝒓𝒆𝒕𝒊𝒅𝒂 (%)
𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍

Exemplo: amostra “A”, massa total de 298g, peneira 2,36 mm com quantidade
de 10g de massa
𝟏𝟎𝒈
× 𝟏𝟎𝟎 = 𝟑, 𝟑𝟔 %
𝟐𝟗𝟖𝒈
OBS: Assim sucessivamente efetuado o mesmo cálculo para as demais massas
retidas da amostra “A”, ressaltando que todos os resultados foram colocados em
uma tabela a frente.

Exemplo: amostra “B”, massa total de 299g, peneira 2,36 mm com quantidade
de 7g de massa
𝟕𝒈
× 𝟏𝟎𝟎 = 𝟐, 𝟑𝟒%
𝟐𝟗𝟗𝒈
OBS: Assim sucessivamente efetuado o mesmo cálculo para as demais massas
retidas da amostra “B”, ressaltando que todos os resultados foram colocados em
uma tabela a frente.

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Variações:

Prosseguindo com as demais etapas, aplicamos um cálculo de subtração entre


as porcentagens de massa retida das duas amostras (A e B) para obter as
variações (+ ou – 4 %) entre ambas, observe:

𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 𝒓𝒆𝒕𝒊𝒅𝒂 A (%) − 𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 𝒓𝒆𝒕𝒊𝒅𝒂 "𝑩" (%) = variação


Usando como exemplo a porcentagem retida de areia na peneira de 2,36 mm
em ambas as amostras A e B, sendo 3,36% da amostra A e 2,34% da amostra
B, veja:

𝟑, 𝟑𝟔% − 𝟐, 𝟑𝟒% = 𝟏, 𝟎𝟐 %
OBS: Assim sucessivamente efetuado o mesmo cálculo para as demais massas
retidas das amostras A e B e obtendo os resultados das variações, ressaltando
que todos os resultados foram colocados em uma tabela a frente.

Média das amostras:

Adiante, aplicou-se uma determinada formula para descobrir a média (%) entre
as duas amostras (A e B) através das porcentagens de massas retidas em cada
peneira em ambas as amostras, observe:

𝑨 (%) + 𝑩 (%)
𝑴= = 𝑴é𝒅𝒊𝒂
𝟐

Exemplo, as porcentagens retidas de areia na peneira de 2,36 mm em ambas as


amostras A e B, sendo 3,36% da amostra A e 2,34% da amostra B, veja:

𝟑, 𝟑𝟔 % + 𝟐, 𝟑𝟒%
𝑴= = 𝟐, 𝟖𝟓%
𝟐
O resultado de 2,85% corresponde à média das massas retidas na peneira de
2,36 mm de ambas as amostras.
OBS: Assim sucessivamente efetuado o mesmo cálculo para as demais massas
retidas das amostras A e B e obtendo os resultados das médias aritméticas,
ressaltando que todos os resultados foram colocados em uma tabela a frente

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Média aumentada:

Depois de obter-se as médias, é necessário à média aumentada, que foi feita


por um cálculo de soma entre a média e a média aumentada, observe:
O valor de 2,85% corresponde à média das massas retidas na peneira de 2,36
mm de ambas as amostras (A e B), como peneiras anteriores a esta (4,75 mm
em diante) em ambas as amostras foram iguais a 0,00 gramas e por isso
consequentemente não se obteve as porcentagens de massa retida e média,
entretanto, utilizou-se a média de 2,85 % da peneira de 2,36mm como valor
inicial para a média aumentada, observe:
2,85% media aumentada inicial e 12,57 média aritmética das amostras A e B.

𝟐, 𝟖𝟓% + 𝟏𝟐, 𝟓𝟕% = 𝟏𝟓, 𝟒𝟐%


Sendo 15,42% a próxima média encontrada.

OBS: Assim sucessivamente efetuado o mesmo cálculo para as demais médias


A e B e obtendo os resultados das médias acumuladas, ressaltando que todos
os resultados foram colocados em uma tabela a frente.

Tabela:

Efetuando-se todos os cálculos e fórmulas necessárias necessários, registrou-


se todos os resultados em uma tabela, observe:
Massa retida (g) Massa retida (%)
Abertura de peneiras Variçaões + ou - 4 média (%) Média aumentada (%)
Amostra A Amostra B Amostra A Amostra B
9,5 mm 0 0 0 0 0 0 0
/// 0 0 0 0 0 0 0
4,75 mm 0 0 0 0 0 0 0
2,36 mm 10 7 3,36 2,34 1,01 2,85 2,85
1,18 mm 39 36 13,09 12,04 1,05 12,56 15,41
0,60 mm 191 112 64,09 37,46 26,64 50,78 66,19
0,30 mm 34 81 11,41 27,09 15,68 19,25 85,44
0,15 mm 18 49 6,04 16,39 10,35 11,21 96,65
Fundo 6 14 2,01 4,68 2,67 3,35 100,00
total 298 299 /// /// /// /// 100%

Tabela 1.0 – tabela granulométrica

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Classificação:

Passadas as etapas anteriores, por fim determinou-se através de cálculos o


diâmetro máximo e o módulo de finura, observe:

Diâmetro máximo:

O diâmetro máximo é a abertura da peneira na qual apresenta uma quantidade


retida acumulada imediatamente menor ou igual a 5%, isso em relação as
séries de peneiras, sendo essas series normal ou intermediária, observe a tabela
a abaixo:

Peneiras
normal intermediaria
76 mm
64 mm
50 mm
30 mm
32 mm
25 mm
19 mm
12,5 mm
9,5 mm
6,3 mm
4,75 mm
2,36 mm
1,2 mm
0,60 mm
0,30 mm
0,15 mm

Tabela 2.0 – series de peneiras

Observando essa tabela e a tabela granulométrica (tabela 1.0), a única peneira


que obteve a massa retida em ambas as amostras (A e B) menor ou igual a 5%,
foi:

Peneiras Massa acumulada (%) A e B Série


2,36 mm 2,85 Normal

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Como observado apenas a peneira de malha de 2,36 mm teve o resultado de
2,85% de massa acumulada, sendo este menor que 5 %, classificando-se essa
peneira como o diâmetro máximo em ralação as demais peneiras.
Diâmetro máximo = peneira de 2,36 mm

Módulo de finura

É o somatório das porcentagens retidas acumuladas nas peneiras da série


normal dividida por 100, observe a tabela abaixo:

Tabela 3.0 – módulos de finuras

Os valores sinalizados com a marcação vermelha correspondem as médias


acumuladas e todas as suas peneiras pertencem a serie normal, entretanto o
último valor da média acumulada correspondente a 100,00 não foi somado pois
se trata do fundo do conjunto das peneiras e o mesmo não é somado, após isso,
aplicou-se a formula para se obter o módulo de espessura:

𝟐,𝟖𝟓+𝟏𝟓,𝟒𝟏+𝟔𝟔,𝟏𝟗+𝟖𝟓,𝟒𝟒+𝟗𝟔,𝟔𝟓
Mf = = 𝟐, 𝟔𝟔
𝟏𝟎𝟎
Portanto o modulo de finura é igual a 2,66

Classificação granulométrica:

Segundo as normas vigentes (ABANT-NBR 7211) utilizadas nesse ensaio, a


classificação no que diz respeito a dimensão e tipo de agregado fica definido
pelas seguintes formulações:
• Miúdo: dimensão máxima característica igual ou inferior a 4,8 mm (NBR 7211).
• Graúdo: dimensão máxima característica superior a 4,8 mm (NBR 7211).

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Através dessas formulações segundo a norma e as classificações encontradas,
sendo estas o diâmetro máximo igual 2,36 mm (peneira) e módulo de finura
igual a 2,66 (Mf), portanto classifica-se a areia analisada como um agregado
miúdo por conta diâmetro máximo encontrado (2,36mm) ser menor que 4,8 mm,
após isso determinou-se o tipo de areia pelo módulo de finura, observe a tabela
de distribuições do agregado miúdo (ABNT-NBR 7211):

Tabela 4.0 – classificação granulométrica

O agregado miúdo analisado encontrou-se na zona ótima (10) que define o


módulo de finura de 2,20 a 2,90, onde o módulo de finura encontrado (2,66) se
encaixa, portanto o módulo de finura da amostra se encontra na zona ótima.

Analisou-se outra tabela que define o tipo de areia segundo o agregado miúdo:

Módulos de finura do agregado miúdo


Zona Areia Módulo de finura
1 Fina < 2,00
2 Média fina 2,00 – 2,49
3 Média grossa 2,50 – 2,85
4 Grossa > 2,85

Tabela 5.0 – classificação do tipo de areia

A partir dos dados das tabelas e definições das normas, o agregado miúdo
analisado tratou-se de ser uma areia média grossa, por apresentar módulo de
finura (2,66) entre 2,50 a 2,85.
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Gráficos das curvas granulométricas

Passada todas as etapas, elaborou-se um gráfico para demonstrar a distribuição


granulométrica das massas retidas de cada amostra (A e B), observe:

Amostra A
peneira Massa retida (%)
9,5 mm 0%
4,75 mm 0%
2,36 mm 3,36%
1,18 mm 13,09%
0,60 mm 64,09%
0,30 mm 11,41%
0,15 mm 6,04%
Fundo 2,01%
total 100%

Tabela 6.0 – massa retida (%) – amostra “A”

Gráfico – massa retida (%) – amostra “A”

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Amostra B
peneira Massa retida (%)
9,5 mm 0%
4,75 mm 0%
2,36 mm 2,34%
1,18 mm 12,04%
0,60 mm 37,46%
0,30 mm 27,09%
0,15 mm 16,39%
Fundo 4,68%
total 100%

Tabela 7.0 – massa retida (%) – amostra “B”

Gráfico – massa retida (%) – amostra “B”

Conclusão

A analise granulométrica juntamente ao ensaio realizado tem grande influência


nas composições dos materiais, como o módulo de finura o qual determina se o
material é um agregado miúdo ou graúdo, junto ao diâmetro máximo que fornece
a dimensão dos grãos do material, além de que a granulometria do agregado, a
qual é representada pela curva de distribuição granulométrica e postulada nesse
relatório, é uma das características que asseguram estabilidade a estrutura dos
pavimentos nas edificações, tudo isso consequentemente por conta do maior
atrito interno obtido por entrosamento das partículas, desde a mais graúda à
partícula mais fina, sendo que com esse aspecto torna-se possível planejar o
empacotamento dos grãos de agregados, com isso consegue-se reduzir vazios
e melhorar a pasta e composição do material, como por exemplo o concretos e
argamassas.

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Portanto pode-se constatar a grande importância da granulometria na
construção civil e na composição de seus materiais, junto ao dimensionamento
e controle do tipo de material utilizado nos canteiros de obras, além de
determinar o tipo de areia que se obteve com a realização da analise do ensaio
de granulometria.

Referências bibliográficas

ABNT - NBR 7211 - Agregados para concreto – Especificação – 2005


ABNT - NBR NM 248 - Agregados - Determinação da composição granulométrica
– ano de publicação 2003
http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/07/passo-passo-composicao-
granulometrica.html/acesso em 21/05/22 ás 08h00
https://docente.ifrn.edu.br/marcosanjos/disciplinas/materiais-de-construcao-
civil-1/aula-2-granulometria/acesso em 21/05/22 ás 10h00
http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/06/dimensao-maxima-caracteristica-
e.html/acesso em 21/05/22 ás 18h00
https://institutominere.com.br/blog/a-importancia-da-granulometria-dos-solos
acesso em 22/05/22 ás 14h00
https://www.minasjr.com.br/como-areia-de-qualidade-pode-ajudar-na-
construcao-civil/ acesso em 22/05/22 ás 15h00

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