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Ip Educacao nner ee Publica areca ~~ Desde 2001 a servigo da Educacso Autismo. Priscila Maria Romero Barbosa Pedagogacremadoreducocionlespeitsta em Facog Espacio e nesta ‘Autismo, do grage autés, significa “des! mesmo". Esse term fol empregado pela primeira vez palo psiquata sulgo Eugene Bleuler rs 1911 Blaulertentou descrevé-lo como a fuga da reaidade eo retraimento interior dos pacientes acometidos de esquizofrenia"(CUNMA, 2012, p. 20. Léo Kanner, psiquiatra austiaconaturalzade nerte-americana, fi também pioneto ao observar cians internadas com comportamentos iferentes de tantos cutrosrlatados na Iteratura psiqultrcaexistente& época eo primeira a publica trabalho sobre oassunto.Reatou a “incapacidade de se relacionarem ce maneira normal com pessoas e stuagSes, desde o principio de su vidas" (BRASIL, 2013p. 17). “Tas criangasextavam sempre dtanciass das outras pareciam manter ums relagSo nSo funcional com os cbjtos inclusive brinquedos”(SUPLINO, 2008, p19). Dentre os comportamentos abservades, Kanner crioutés grandes eategoras:inablidade no relacionamentointerpessoat aras0 na quisgSo da fle dificuldades motoras £m 1943, Kanner estudou onze crangas entre 2 € 11 anos de ida, rés meninase cito meninos,e descreveu todas as suas anlises em um artigo intulade Distirbie autistic da contato afetve (MERCADANTE; ROSARIO, 2009, 35) € preciso lembrar que, até entSo, oe canceitas de twanstome do espectro autistica, esquizotreniae psicose infantil se onundiam (BRASIL, 2013, p. 17) £m 1948, Kanner rferu-se a0 mesmo quad como uma sindrome, denominando-a “autism infant precoce" Em suas pesquisa, percebeu cutrascaracteriticas comuns 3 maiotia das criancas‘sriascficuldades de contato com as pessoas; idea fxa em manter os objets eas stuacbes sem varé-losfsionamia intligent;aeragBes na linguagem da tipo inverséo pronominal, neolagismos e metsforas” (RODRIGUES: SPENCER, 2010, 18) Em 1950, presentou mas 38 casos semelhantes em Teatado de Psiguiatra Infant Deca, eto, sepatar autism de esquzotrenia infantil embora ainda 0 mantivesse no grupe das pscoses infantis. ressaltou a necessidade de verfiaro autism come sintoma primério,afastando esse quadro de outros quados orginicos psiqueos. Enquanto Kanner se aprofundava em autism, 0 médico austiaco Hans Asperger observava cians com um quadro semelhante 30 descito por Kanner No entante, 05 indviduos analisados mantinham como caracterisica a presenga da intlectuaidade e msir eapacidade de comunicacSo, Asperger inttulou sus pesquisa come “psicopatia aust” (CUNHA 2012, p22) Kanner, em parceria com o psiquiatia infantil Elsenberg, em 1956, constatau que tal sindrome poderia aparecer depois de algum tempo ede um desenvolvimento (aparentemente) normal da range Na mesma época 0 psiquiata Eugene Sleler, que também estudou 0 autsmo, contraiou um dos aspectos estabelecdos por Léo Kanner, lvidindo a opinSo da comunidade centes, Kanner declarou que todos 06 indviduos com 0 ranstorne do sutimo no possum sptio para © relcionamento social nem para reagit perant situagbes dl vida, Nessa concepeSo, 0 sutista nso tera imaginagSo, Ae contro, Bleuler afrmau que os mesmes indviduos sotiam com a ausénca da realidad, pots penetravam em seu mundo particular, lgnerande 0 seu redor. © autsta mergulhaia no seu interior, em sua prépria efecurdlaimaginagSo (RODRIGUES, SPENCER, 2010p. 19) Diversosconceits sobre a causa do autsmo foam estipulados. Nos anos 1950-1960, Bruno Beteheim, psicdlogo austriaco,difuny dela de Léo Kanner mBes-geladeia® ~2 qual expliava tl fendmeno come proveniente da “indiferenca emocional das mses" (MERCADANTE ROSARIO, 2008, p36), Mais tarde, pensou-se em um transtoma orgico, consequéncia de uma doonga do sistema nervoso central uma patolagia incapacitantee crnica que acarretayasétios comprometimentas no campo cognitiv, ne desenvolvimento da motiidade ed linguagem: impedimente neurofuncional. "Nos ukimos anos alguns estudososreferramse 2 “causys genéticas au sindromes ocomridas durant o period de desenvoWimento da cranga” {CUNHA, 2012, p. 1). Hoje sabemos que se rata de um “transtorna cerebral presante desde 3 infincia em qualquer grupo sacioeconémico@ {tnico-racal’ (MERCADANTE: ROSARIO, 2003, p. 35. -Apesar das dscérdias quanto a suas causes 0s sintomaseram semelhantes, havendo uma tide sintomstica:prejuzo na comunicagio — ‘evstnde distrbios que variam desde matismo até a ecolai, a inversio pronominal e os neologismos: comportamento antisocial estereotipias ‘emaneirismos; manutencéo de rtins (BRASIL, 2013, p. 23) Com 0 passar do tempo, outros estudos foram realizados e novas caractvetias foram spontad:dfcudade de percengSo de sentimentos “istrbios do sono e da alimentario; problemas dgestvos nos primeiros meses do nascimento; anomaliascongénitas;ehiporrespostas ou biver-respostat 205 estimulos sensors". aparecmento dos sintomas di-se antes dos 3 anos de dade mais comum entre meninos, mas quando presente em meninas, sua maniestacSo tomma-se mais intens; 70% a 80% possuem comprometimente intelectual RODRIGUES SPENCER, 2010, p. 18). Fcou clara que ni hi padre fx para sua manifestagfo, em vitude da dlvetsidade dos sintomas (CUNHA, 2012, p. 20, CGuring @RAGO, 2012) utiizou o canceitoestipulado por Bryson etal. 2004): autisme & 0 protétpo de um especto de dstrbias relacionados a Lerordens de cesenvalvimente neurelégice, Spline (2000) afma que, pasar de haver vast Itraturahé male de sessanta anos, transtorno do autisma ainda & desconhecido pala maioria da popula brasileira, Hoje, 0 autism no & mais considerado um tipo de psicose nem esquizarenia. Na década de 1980, passou a ser nomeado transtome invasive do desenvotvimanta (TID) (BRASIL, 2013p. 24, Klim (2006) cancetua © TID cama “uma familia de candles marcada pel inicio precoce de 1as05 €desvos no deservolimento das habildades sodas, comunicativas e demas habidades" desde 2074, 6 denominado transtomo do spectra aust [No Brasil pela Lei Berenice Pina (n° 12,764, de 27 de dezembro de 2012}, que institu uma politica nacional de protecSo acs dritos das pessoas com tanstorna do especro autist, estas passam a ser consideradas pessoas com deiiénca para todos os efeitos legals. Essa mesma lei em seu Ar. 12,5 19, classifica come pessoa com autisme “aquela portadora de sndrome clinica caracteizada” com: 1 botctns pester e cament sgt d comarca «diac soi, mantic por defini marads de comune vr ‘overs pine sc an Ge eco scal cn rt detenve ema ie propio el Je 2 Pare estore apts conporanantos aria «hides manta por cnpatnantos mers ov eet ou Bat No Art. 2%, ines Il hi mencSo & necessdade do diagnéstic precoce, do atencimento maltiproissional edo acesso 2 medicamentos © rutrentes. No incge Vhs uma observa quanto & urgéncia de etimulos 3 insergSo da pessoa aust no mercado de trabalho, No menos importante, inciso Vl trata do “incentive & formacéo e &capacitacio de profissinaisespecializados” no atendimento & pessoa com tanstormo do espectroautist. Por fim, o Art. 3° vem ratifcar os direitos dos mesmas inividuos Em vista da importinca eda necessdade de rena a incluso escolar deforma responsivel everdadkira, o Conselho Municipal de FdveagSo 1 Rio de Janeiro, pla Deliberagso n° 4 de 3 de dazembra de 2012, estabeleceu em seu Ar. S*s abigacio de cada instigdo escolar manter ‘em seu quaco permanente um prfissional espeializada em Educacio Especa Assim, paulatinamente, 0s direitos dos indviduos com o tanstomno do especro auista vEm Sendo assegurados,tomando a via dels ede suas familia male prima os realdade em que todos née vivemnos, Referéncias BRASIL Len? 12.764 de 27 de dezembro de 2072 Disponivel em: ta viwwplansltogoviv/ecvl OY ste20T1-2014/201 2/2764 him, ‘cess em’ 02 nov. 2033 Ministéi da Satie, Lina de cudado para a otengdo integral ds pessoas com transtorno do espectro do outs e suas fants no sistema Unicode sade. Brass, 2013, Disponvel em: htp//oorslsaude.goubr/p0ra/avoulvos/pal/autisme coef, Acesso emt: 12 nov. 2013, CCUNHA, Eugénio. Autism e inctusde:psicopedagogiae pétcas educativas na escola © na familia Rio de Janeiro: Wak, 2012. [DRAGO, Rogério. Sindromes:conhecer,plangjare incl Ria de Janeiro: Wak 2012. CAREY, Bento. Dr Leon Esenberg,pionsiro dos estudlos do autisme, morre aes 87 anos. The New York Times, 23 set. 2008, Dsponivel em: tsa ties com/7000/05/24/heatvregaschy 2éseenberg tn? r=0, Acassa em: 17 nov, 2013, LIM, Ami Autisma @ sindrome de Asperger uma visio geval. Revista Brasileira de Psiquati, 2006, Disponivel em: ttoy/on silo brace /v28e1/202v26e'od Acesso em 1é out. 2013 [MERCADANTE, Marcos T; ROSARIO, Maria C. Autism e cérebro social. So Paulo: Segmenta Farma, 2008, RODRIGUES, Janine Marta C; SPENCER, Eric A crianga aut um estudo psicopedagésico, Rio de Jair: Wa, 2010, SUPLINO, Maryse. Curricula funcine! natura: guia ritico para a educacSo na rea do autism e defcincia mental. 3 ed Rio de Janeiro: Secretaria Especial dos Direitos Humanos/Coordenadoria Nacional para a Integragdo da Pessoa Portada de Deficiéncia, 2008, Publicado em 02 de dazembra de 2014 ® Novidades por e-mail Para racer nossas stualizacbes emanais, bara vocd s inscreverem nosso ning | © que achou deste artigo? 2 a|/|2| 9 seme || otf mae || eae || ease Oo ILS6 EG |S IES 1 Comentario sobre este artigo Bonner dane Batista de Meo 1 meses ras Und trabalho, Obrigadal tag re cmt ns rift nearer apn eet as Rea 9 de undo Cv

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