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TAVARES, Luiz Henrique Dias.

História da Bahia

Os Levantes militares de 1935 e a Bahia

Levante de Natal, 23- “ No dia seguinte, 24, o segundo, no Recife. Imediatamente, o


governador Juracy Magalhaes tomou decisões politicas e militares de inteiro apoio ao governo
federal. Enviou para Recife cunhetes de balas e um batalhão composto de soldados do 19º BC
(exercito) e da policia Militar. “(p. 408)

As prisões- “ Encontrando-se casualmente no Rio de janeiro, ai foi preso o professor


catedrático da faculdade de medicina e diretor do instituto de medicina legal Nina Rodrigues,
Estacio de Lima, “(p. 409) entre outros. [ Anísio Teixeira ] que foram soltos por intervenção do
governador Juracy Magalhaes.

O levante do posto Paraguaçu – “ No segundo semestre de 1936 ocorreu no sul do estado da


Bahia o episodio conhecido sob a denominação impropria de Levante do posto Paraguaçu. Ele
fez parte da historia de expansão da lavoura cacaueira mais para o extremo sul baiano e
participa da sequencia do extermínio brutal dos pataxós da região. Sofreu a acusação equivoca
de surto comunista, fácil de ser utilizada naqueles meses ainda próximos dos levantes de
1935.”(p.409)

“os conflitos que se estabeleceram entre posseiros e fazendeiros, posseiros, fazendeiros e


pataxós , alcançaram uma intensidade que não pôde ser desconhecida pelo governo do capital
Juracy Magalhaes. Políticos, fazendeiros e oficiais da PM baseados na região enviavam
informes que acentuavam a circulação de estranhos no posto Paraguaçu e insinuavam que
eram agentes comunistas preparando um levante de pataxós contra os fazendeiros. O chefe
do posto Paraguaçu, Telesfóro Fontes, foi acusado de ser comunista e estar envolvido na
organização do levante. “(p. 410)

Irmão de Juracy Magalhães e a ANL de SP- “ Um dos motivos de desconfiança repousava na


acolhida que dera ao seu irmão mais velho, o medico Eliéser Magalhães, militante da ANL, em
São Paulo, procurado pela policia do governo federal sob a acusação de ter participado das
providencias que facilitaram a volta do capitão Luiz Carlos Prestes para o Brasil. Fugitivo
politico, Eliéser Magalhães hominizou-se no sertão baiano, de onde o governador Juracy
Magalhaes conseguiu remove-lo em segurança para o exilio na Europa. [ recusa de Juracy
Magalhaes a golpes] “(p. 412)

Decreto do Estado de guerra – “ não obstante a oposição de deputados da minoria, na qual se


destacam Otavio Mangabeira e seus companheiros. “(p. 413)

“ Por conseguinte, o Estado Novo pode ser considerado no que dele foi mais autentico: um
regime politico ditatorial, republicano- nacional- unitário - autoritário, legitimado no
presidente da Republica.”(p. 423)
PRIMEIRA FASE DO ESTADO NOVO NA BAHIA

“ O Estado Novo instalou-se na Bahia com a nomeação do interventor federal interino, o


comandante da 6º região militar, coronel Antônio Fernandes Dantas. (...) O governador Juracy
Magalhães já observara, meses antes de 10 de novembro, em carta para o presidente Vargas,
que havia uma estranha e exagerada concentração de militares integralistas na Bahia. (...) Os
integralistas fizeram manifestações contra o ex governador Juracy Magalhaes nos dias
imediato ao golpe. “(p.423)

“Tentando intrigar o ex- governador com a opinião publica, principalmente com os


autonomistas, o jornal integralista O Imparcial acusou Juracy Magalhaes de ter organizado um
policia especial (trabalhadores). (...) teria sido a executadora de agressões físicas e políticos e
jornalistas da oposição em 1932, 1933 e 1934. “(p. 424)

Ação da interventoria de Dantas- “ O líder da concentração autonomistas na assembleia


legislativa, Nestor Duarte, foi preso. Todos os jornais e rádios ficaram submetidos a rigorosa
censura. “(p. 424)

A escolha de Landulfo Alves para a interventoria da Bahia- “ [ segundo Vargas] Não esteve
filiado a qualquer dos antigos partidos e acha-se inteiramente identificado com o Estado
Novo.”(p.425) era baiano.

Segunda Guerra Mundial- Antes do inicio da guerra, a Alemanha nazista tentou superar a
Inglaterra e os Estados Unidos no comercio externo do Brasil ( 1934- 1936). Grandes compras
de café em grãos forma pagas pela Alemanha com o fornecimento de canhões e material
bélico. (...) Não sendo um regime fascista , tinha, no entanto, marcas e tendências fascistas no
comportamento contraditório dos seus órgãos mais atuantes. Sob a rigorosa censura do
departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), jornais, revistas e jornais cinematográficos
informavam a guerra na Europa manipulando as noticias para sugerir sucessos da Alemanha e
da Itália e derrotas dos países de formação democrática. “(P. 430, 431)

Aos mortos em navios bombardeados- “ O interventor Landulfo Alves apareceu na sacada e


discursou manifestando solidariedade as vitimas dos torpedeamentos e compreensão pela
indignação do povo. Recebeu uma comissão de estudantes e intelectuais, com a qual se
comprometeu a tomar medidas contra os italianos e alemães que faziam propaganda na
cidade a favor da Alemanha e da Itália fascistas. “(p. 432)

CAMPANHA PELO BRASIL NA GUERRA

“ A 2 de abril daquele ano a comissão central de estudantes pela defesa nacional e pró-
aliados, a legião dos médicos para a vitória, a união dos estudantes da Bahia, e outras
organizações prepararam um comício na praça da Sé. (...) Foi a primeira manifestação publica
da frente politica que reuniu antigos juracistas e autonomistas e autoridades da ditadura
estadonovistas. (...) Outra manifestação expressiva foi a instalação da sociedade dos amigos
da américa na Bahia.”(p.435)

PROIBIÇÃO DA REVISTA SEIVA- ( AÇÃO ANTICOMUNISTA ) “ (...) publicação que se destacava na


historia da imprensa baiana por sua linha coerente contra o fascismo e o nazismo. Libertados
quase em seguida às suas prisões, por ordem direta da presidência da republica, esse acidente
fortaleceu as organizações que lideravam na Bahia a campanha pela articulação do Brasil na
Segunda Guerra Mundial. “(p. 435)

LUTA PELA DEMOCRACIA – ”O enterro do velho politico e ex- governador J.J Seabra ( morto no
Rio de janeiro, mas sepultado em Salvador) permitiu manifestações e discursos antifascistas e
a favor do regime democrático ao longo da avenida Sete de Setembro e das ruas que se
estendem do Terreiro de Jesus ao campo santo, na federação. Seabra concedera, dois meses
antes de sua morte, uma entrevistas a Diretrizes relatando a sua biografia de liberal-
democrata e exaltando o regime democrático, o que motivou a apreensão da revista e da
prisão de seu diretor, jornalistas Samuel Wainer. Por aqueles dias, chegavam a Bahia cartas e
manifestações de Otavio Mangabeira, que se encontrava exilado nos Estados Unidos e residia
em Nova York. “(p. 436)

Anistia em 1945 e Otavio Mangabeira – “ A UDN reuniu na Bahia os juracistas e autonomistas.


Os juracistas atendiam a liderança do ex- interventor, ex governador e coronel do exercito
Juracy Magalhaes. Os autonomistas continuavam sob a liderança do ex- ministro da guerra do
governo Washington Luiz , ex deputado federal e recém- anistiado, Otavio Mangabeira. (...)
sobretudo nos limites dos interesses políticos locais, juracistas, mangaberistas e socialistas
uniram-se, no e entanto, sob a identidade comum do combate ao presidente Vargas, do qual
suspeitavam manobras continuístas nos atos e decretos- leis que o governo baixava
disciplinando as eleições para presidente da Republica.

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