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CURITIBA
2007
2007
RESUMO
O objetivo desta dissertação é de esclarecer o papel da Justiça Militar como um dos
órgãos do Poder Judiciário e com previsão fundamentada na Constituição Federal.
Sua competência é de processar e julgar os militares integrantes das Forças
Armadas, bem como civis e assemelhados. No âmbito Estadual, onde a Justiça
Militar se faz presente, sua competência também restringe a de processar e julgar os
integrantes das Forças Auxiliares que são os policias militares e bombeiros militares.
O conhecimento da competência da Justiça Militar afasta a idéia que ela seja um
tribunal de exceção, pelo contrario, a Justiça Castrense é prevista na Carta Magna
de 1988, com o intuito de controlar o efetivo das atividades de segurança interna e
externa que são exercidas pelos Militares. Ainda, a garantia da manutenção dos
pilares fundamentais destas instituições: a hierarquia e disciplina.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
1.1 ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA JUSTIÇA MILITAR.........................................4
1.2 FUNDAMENTO DA EXISTÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR....................................5
1.3 QUEM SÃO OS MILITARES FEDERAIS E ESTADUAIS......................................7
1.3.1 Militares Federais................................................................................................7
1.3.2 Militares Estaduais..............................................................................................7
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................8
2.1 JUSTIÇA MILITAR.................................................................................................8
2.2 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR................................................................8
2.2.1 As Instâncias.......................................................................................................8
2.2.2 Particularidade.....................................................................................................9
2.3 SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR...........................................................................9
2.3.1 Fundação...........................................................................................................10
2.3.2 Evolução Histórica.............................................................................................10
2.3.3 Composição da Corte........................................................................................10
2.4 DOS MILITARES..................................................................................................11
2.4.1 Cargo Público Civil............................................................................................12
2.4.2 Dos Direitos Sociais dos Militares.....................................................................12
2.4.3 Dos Direitos Políticos dos Militares...................................................................12
2.4.4 Dos Direitos e Garantias Constitucionais dos Servidores militares..................13
2.4.5 Perda da Patente e do Posto............................................................................15
2.4.6 Da Atividade e Inatividade.................................................................................15
2.4.7 Ingresso nas Carreiras Militares........................................................................16
3 CONCLUSÃO.........................................................................................................17
REFERÊNCIAS..........................................................................................................18
1 INTRODUÇÃO
O Estudo da Justiça Militar, desde o início dos tempos tem sido motivo de
responsável que foi por toda sua expansão; também nas legiões de Alexandre da
América Central. A força, enfim, pelo poder que representa, tem que ser controlada.
uma questão de vida ou morte, um caminho tanto para a segurança como para a
padecem até hoje, uma influência negativa que os têm levado à visão errônea e
poderia imaginar que seu funcionamento esteja próximo da perfeição – como todos
instância. Pois que o foro militar não é privilégio, nem no sentido de exceção
Militar Federal compete processar crimes militares, podendo com isso julgar civis
que cometam tais crimes, diferente da Justiça Militar Estadual que pode julgar
imagine-se, por exemplo, o Poder Judiciário, sem a força necessária para fazer
cumprir a lei. Seria o caos! Logo, não só fazer a guerra, como querem fazer pensar
alguns.
Entretanto, esta Força Armada tem que ser controlada sob pena de oferecer
riscos aos institutos que deve proteger. Se a disciplina e a hierarquia que devem
policiais.
marcam-se pela formação especialíssima que recebem. Não deveria ser difícil
compreender, mesmo aos nossos inimigos, que a única forma de alcançar a eficácia
plena para as milícias nacionais é exercendo uma tutela dos bens e interesses
comportamento que faz com o que o emprego das armas, se faça nos limites
e na forma da lei;
império do Direito;
e. Todos os bens que concorrem para higidez das forças militares, sua eficácia e
objetivos tão específicos, se faz mister uma justiça especial, a Justiça Militar.
Constituição federal
2 DESENVOLVIMENTO
tendo em vista nossa Carta Magna que prevê os Juízes e Tribunais Militares,
de cúpula dessa justiça; os Tribunais e Juízes Militares instituídos em lei, que são as
2.2.1 As Instâncias
tem como sede uma auditoria militar. Esse Conselho de Justiça divide-se em
permanente e Especial. O primeiro destina-se a processar e julgar as praças e o
Tribunal Militar (STM), com sede em Brasília, que possui competência originaria e
Rio Grande do Sul e Minas Gerais, é exercida pelo Tribunal de Justiça Militar que
oriundos das auditorias militares estaduais. Porém, nos demais Estados membros
2.2.2 Particularidade
em julgar um civil na Justiça Militar. Basta que o civil cometa qualquer conduta
Leis Especiais Militares. Por exemplo, se um civil praticar um crime de furto em local
2.3.1 Fundação
criado em 1º de abril de 1808, por Alvará com força de lei, assinado pelo Príncipe-
Justiça, ou seja, é o mais antigo tribunal superior do País, existindo há quase 200
anos.
genericamente, Ministros.
cinco, três são escolhidos dentre advogados de notório saber jurídico e conduta
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional. Outros dois são
Militar.
compreende apenas o Art. 42. Determinou que a rubrica da seção, que era Dos
Distrito Federal e dos Territórios. A intenção seria retirar dos militares o conceito
servidores militares. Este último prevê prerrogativas em seu regime jurídico, desde
Forças Armadas dá pela via compulsória como pela via de concurso público,
público.
em relação ao mérito das punições disciplinares aplicadas aos militares, mas apenas
O Art. 142, § 3°, inciso II, da CF prevê que o militar em atividade que tomar
posse em cargo ou emprego civil permanente será transferido para a reserva, nos
termos da lei.
público civil permanente. Atualmente esta em vigor a Lei n° 6.880/80 (Estatuto dos
Militares).
Aos militares dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios são proibidas a
14, § 8º e 142, § 3º, V, este prevendo que os militares da ativa não poderão filiar-se
a partidos políticos e, aquele que os militares alistáveis da ativa são elegíveis. O fato
é: como poderá o militar lançar sua candidatura se esta tem como pré-requisito a
apenas no ato da convenção destes para lançar sua candidatura, sendo que, caso
vigor e, caso não seja eleito, deverá logo após a eleição desfiliar-se do Partido,
Patentes, títulos, postos e uniformes são direitos dos militares. A patente era
título é a designação da situação confiada ao titular dos postos (Ex: posto: General
privativa dos oficiais, mas, na forma e uso regulados em lei, o é dos militares.
As patentes dos oficiais das Forças Armadas são conferidas pelo Presidente
da República (art. 142, § 3º., I), e as dos oficiais das polícias militares e corpos de
especiais de posto.
reformados das Forças Armadas (art. 142, § 3º, I), das polícias militares e dos
corpos de bombeiros militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal (art.
42, § 1º.).
previstos nos art. 92, VI, e 122, competentes para processar e julgar os crimes
militares.
à pena restritiva de liberdade não induz, só por si, a perda da patente e do posto.
liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido
do posto.
reforma.
“aposentadoria” por idade, aos militares que ainda possuem condições de serem
condições de exercer funções militares, seja por motivo de saúde, por período de
decisão judicial.
anos de idade e, sendo selecionados, terão que servir à respectiva Força pelo
período aproximado de 12 meses, podendo permanecer voluntariamente na ativa
por mais seis anos, indo em seguida para a reserva não remunerada.
específica de cada uma das Forças, admitindo em sua maioria o ingresso também
específica.
3 CONCLUSÃO
Militar é integrada só por militares, que tudo fazem para encobrirem crimes e
Nacional.
controlada por civis, seja nas Auditorias (os Juízes Auditores, Juízes togados, os
Promotores Públicos – donos da ação penal – os advogados, são civis), seja nos
Tribunais Militares (são civis parte dos integrantes dos Tribunais Militares, cujas
decisões estão sujeitas à revisão do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo
Logo, criticar-se sob este prisma a Justiça Militar é criticar-se o próprio Poder
O que o Código Penal Militar ampara não é a pessoa do Militar; o que ele
REFERÊNCIAS
ASSIS. Jorge César de, Justiça Militar Estadual. Juruá, 1992.
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 19 ed. atual. São Paulo: Atlas, 2006.
SILVA. José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 27 ed. São Paulo:
Malheiros, 2006.