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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - UFJF

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – ICH


BACHARELADO EM CIÊNCIAS HUMANAS

SEGUNDA AVALIAÇÃO – ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL

Por:

Rafael F. Zorzi.

Avaliação apresentada ao Prof.


Francisco de Assis Penteado
Mazetto, da disciplina de
Organização do Espaço Mundial, do
curso de Bacharel em Ciências
Humanas.

JUIZ DE FORA

Novembro/2022
1. Durante o Mundo Bipolar da Guerra Fria que se desenrolou desde o final da II

Guerra em 1945 até o Colapso da URSS em 1991, a maior parte da América Latina

esteve atrelada ao domínio do Império Americano, com exceção de Cuba a partir

de 1959 e em momentos pontuais de rebeldia em países como o Brasil,

Argentina, Chile, Nicarágua entre outros. Comentar e discutir como LYRA JUNIOR

e BELLINTANI analisam as questões que envolvem o intervencionismo

estadunidense antissoviético na América Latina neste período, seguindo os

preceitos da Doutrina Truman, bem como seus efeitos nefastos em importantes

países do Continente.

1 - Em 1947, Harry S. Truman, o mesmo presidente que havia autorizado o uso das
bombas nucleares no Japão, formulou uma doutrina que justificaria o uso, pelos Estados
Unidos, de guerras assimétricas e híbridas contra o processo descolonização. O
argumento utilizado, é claro, foi o combate ao comunismo e a disseminação da influência
soviética. Os Estados Unidos defendiam a liberdade; seus adversários eram as forças
contra a liberdade. Assim, portanto, tudo o que estava fora do “Mundo Livre” poderia ser
forçado a render sua riqueza em prol da liberdade de outros,

Partindo da mesma ideia que foi dita acima, Lyra Junior e Bellintani concluíram que os
países latino-americanos se transformaram em locais de experiências para combater
governos e insurreições marxistas ou sindicalistas; que os EUA, através de intervenção
armada ou pelo financiamento de grupos pró-capitalismo, dominaram a conjuntura
política e militar nos países latinos.

Dessa maneira, um golpe nunca seria golpe. Afinal, chama-lo de golpe seria admitir que o
governo dos EUA tinham subvertido os processos democráticos de um país ou, pelo
menos, interferido em outro país. O golpe só poderia ser entendido como uma revolta
popular contra um governo autoritário, que foi salvo pela intervenção dos militares
nacionalistas.

2. O Poder Unipolar dos EUA exercido entre 1992 e 2020 não poupou o mundo de

Guerras como a do Iraque, Afeganistão, Síria e Líbia com forte participação do

poder imperial americano. Contudo, nos últimos 10 anos esse poder unipolar
vem sendo paulatinamente sendo contestado por potências reemergentes como

a China e a Rússia. Mas, com a Pandemia de Covid-19 essa contestação ficou

mais clara e forte gerando a Guerra Comercial China-EUA e a Guerra da Ucrânia

entre EUA e Rússia. Explique as razões da Decadência da Supremacia Americana

no Mundo se apoiando em MONTEIRO e BISSIO, e aponte as causas do Sucesso

das ascensões da CHINA e RÚSSIA no mundo pós Pandemia.

2 – Depois do fim da URSS e do movimento terceiro mundista, o imperialismo


estadunidense estava totalmente livre para ligar sua máquina de guerra em potência
máxima. Resulta daí que, com a mesma desculpa de promover a democracia e os direitos
humanos, os Estados Unidos invadiram mais de 20 países, entre os quais Iraque,
Afeganistão, Síria e Líbia, que são os exemplos mais famosos.

Não obstante, durante toda a pandemia, os EUA se valeram do vírus da covid-19 como
arma para potencializar bloqueios econômicos. O que começou com Trump, seguiu com
Biden e, mesmo quando a OMS – a China também cobrou o mesmo – pediu a suspenção
dos bloqueios e sanções econômicas, o gigante do norte ignorou completamente.

Como bem disse Nunes Peres Monteiro, é muito bom relembrar que em muitos momentos
do passado a tentação de considerar que a história teria uma conclusão previsível
revelou-se uma tentação que, mais tarde ou mais cedo, seria desmontada pela realidade.
E o mesmo se aplicaria aos EUA, que, segundo Monteiro, continuarão a exercer uma
preponderância de poder no sistema internacional.

Diz-nos ele: é muito improvável que em 2050 a China tenha atingido uma capacidade de
canalização de recursos para a sua infraestrutura militar semelhante à dos EUA. O mundo
continuará a ser unipolar pelo menos por quatro ou mais décadas.

No entanto, mesmo que os EUA consigam manter a sua supremacia por um futuro
indeterminado, o futuro ele mesmo é incerto. As possibilidades são muitas, e horizonte é
cheio delas.

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