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BASES DE PROVA E ROLETE

DE CERA-PLANO DE
ORIENTAÇÃO

Profa. Raphaelle Frota


Modelos de Trabalho ou Secundários
 Devem manter a fidelidade de forma
em seus mínimos detalhes- deles
sairá a base da futura prótese;

 Serão montados em articulador para


reproduzirem a posição e distância
maxilomandibular;

 Deverão ter altura de 1 cm para


caberem no articulador e não
comprometer a resistência do modelo;
Preparação dos modelos de trabalho
 Eliminam-se todos os defeitos: nódulos
formados na superfície;

 Deve-se reforçar zonas com pouca


quantidade de gesso, como a zona da
papila retromolar, no modelo inferior;

 As zonas de retenção devem ser


modificadas com cera fundida, para
evitar a deformação do modelo e da
base de prova;
Base de prova
 Nomenclatura: chapa de prova, base
experimental, base de prova;

 Conceito: base provisória da PT, durante as


fases para captar e registrar os movimentos
mandibulares, com a finalidade de
transportá-los ao articulador;

 É usada para a montagem dos dentes


artificiais, até a prova estética e fonética no
paciente;
Base de prova
 Objetivos: Construção dos arcos de
oclusão, registros da distância vertical e
relação central; posicionamento dos
modelos no articulador; montagem dos
dentes artificiais;
 Características:
1. Cobrir todo o tecido que constitui a base
de suporte;
2. O recorte das bordas deve obedecer os
limites do modelo da borda conseguida
na moldagem, rigorosamente,
reproduzida no modelo;
Construção das bases de prova
Instrumental necessário:

 01 Espátula Le Cron
 01 Espátula n0 07
 01 Espátula n0 36
 01 faca para cortar gesso
 01 pote de vidro com tampa para manipular resina acrílica
 01 lamparina a álcool
 01 mandril para peça reta (fendido, para tira de lixa)
 01 mandril para peça reta ( para disco de lixa)
 Maxicutt e Minicutt
 01 pincel para isolante
Construção das bases de prova
Material de consumo:

 Modelos superior e inferior


 01 placa de cera rosa n0 07
 01 lápis cópia- alunos
 Isolante para resina acrílica
 Resina acrílica quimicamente ativada (pó e líquido)
 02 discos de carborundum
 04 tiras de lixa n0 00
Construção das bases de prova
Sequência laboratorial:
1. Os modelos já estão preparados e serão isolados, pincelando-se líquido isolante, para a resina não
aderir ao gesso;
Construção das bases de prova

Sequência laboratorial:

2. Em seguida, manipula-se resina


acrílica e conforma-se sobre o modelo,
seguindo-se os mesmos procedimentos
técnicos utilizados para a construção
das moldeiras;
Planos de orientação
 São chamados de planos de referência;
 Podem ser confeccionados com cera 07 ou 09 fundida em um conformador, que são mais
resistentes;
 Podem ser comprados prontos;
Planos de orientação
 Podem ser confeccionados com lâminas de cera plastificadas e dobradas sobre si;
 Método mais fácil, porém, os planos não apresentam resistência adequada, podendo ocorrer
deformações;
Planos de orientação
 O plano de cera superior deve ser aquecido e remodelado para acompanhar o perímetro da
base de prova, com uma angulação anterior de aprox. 75 0 em relação ao plano oclusal;

A face interna do plano de cera deve coincidir com a crista do


rebordo.
Planos de orientação
 O plano de cera superior deve ser aquecido e remodelado para acompanhar o perímetro da
base de prova, com uma angulação anterior de aprox. 75 0 em relação ao plano oclusal;

A vestibular do plano de cera deve estar à frente do


rebordo residual, não deve estar centralizado no
rebordo residual.
Planos de orientação
 O plano de cera inferior deve ser aquecido e remodelado de acordo com o formato do
rebordo, e colocado com sua face superior paralela ao mesmo, respeitando-se a altura distal
de 2/3 da papila piriforme;
Planos de orientação
 O plano de cera inferior deve ser aquecido e remodelado de acordo com o formato do
rebordo, e colocado com sua face superior paralela ao mesmo, respeitando-se a altura distal
de 2/3 da papila piriforme;
Planos de orientação
 O plano de cera inferior deve ser aquecido e remodelado de acordo com o formato do
rebordo, e colocado com sua face superior paralela ao mesmo, respeitando-se a altura distal
de 2/3 da papila piriforme;
Planos de orientação
 O plano de cera inferior deve ser aquecido e remodelado de acordo com o formato do
rebordo, e colocado com sua face superior paralela ao mesmo, respeitando-se a altura distal
de 2/3 da papila piriforme;
Planos de orientação

VÍDEO
Individualização dos planos
de cera superior e inferior
Individualização do plano de orientação
superior

 Objetivo principal: recuperar,


com o contorno do plano de
orientação e a sustentação dos
tecidos do terço inferior da face;
 Suporte labial: reposicionar os
músculos orbiculares é
essencial para recuperar a
estética e compensar a perda
alveolar;
Individualização do plano de orientação superior
 Suporte labial: em alguns casos, a base da prótese deve ser engrossada para
compensar uma reabsorção acentuada do rebordo remanescente;
Individualização do plano de orientação superior
 Suporte labial:
Individualização do plano de orientação superior
Individualização do plano de orientação superior
 Altura incisal: é a determinação da porção visível dos dentes com o lábio em
repouso;

 O tipo de lábio (arqueado, reto, caído) pode determinar diferenças no


posicionamento e até na escolha do tamanho dos dentes artificiais;

 Posicionamento arbitrário do plano de oclusão: 1 a 2 mm abaixo da linha do lábio


em repouso- pode variar com a idade;

 Pacientes idosos: plano pode ficar mais alto, para reproduzir o desgaste natural dos
dentes com a idade;
Individualização do plano de orientação superior
Individualização do plano de orientação superior
 Linha do sorriso: os dentes naturais formam uma curva suavemente ascendente, que acompanha a
borda superior do lábio inferior;
Individualização do plano de orientação superior
 Linha do sorriso: se o plano oclusal for posicionado posteriormente mais baixo, os dentes posteriores
maxilares assumirão um aspecto descendente, criando uma curva reversa ao arranjo anterior,
chamada de sorriso invertido;
Individualização do plano de orientação superior
 Linha do sorriso: se o plano oclusal for posicionado posteriormente mais baixo, os dentes posteriores
maxilares assumirão um aspecto descendente, criando uma curva reversa ao arranjo anterior,
chamada de sorriso invertido;
Individualização do plano de orientação superior
 Linha do sorriso: o plano oclusal deve ficar paralelo ao plano de Camper e à linha
bipupilar, para que haja harmonia do sorriso com o lábio inferior;
Individualização do plano de orientação superior
 Linha do sorriso:
Individualização do plano de orientação superior
 Linha do sorriso:
Individualização do plano de orientação superior
 Linha do sorriso:
Individualização do plano de orientação superior
 Linha do sorriso: quando as tuberosidades maxilares estiverem aumentadas, o
resultado estético fica comprometido. Poderá ser feito uma cirurgia para redução
das tuberosidades;
Individualização do plano de orientação superior
 Corredor bucal: espaço existente entre a superfície vestibular dos dentes posteriores
e a mucosa interna da bochecha;
Individualização do plano de orientação superior
 Linha média: ponto de apoio visual, que coincide com o contato proximal entre as
faces mesiais dos incisivos centrais superiores. Deve ser traçada sempre vertical em
relação ao plano oclusal, para orientar o posicionamento dos longos eixos dos
incisivos centrais superiores;
Individualização do plano de orientação superior
 Linha média:
Individualização do plano de orientação inferior
 Restabelecimento da posição da mandíbula em relação a maxila, nos planos vertical
e horizontal;
 Dimensão vertical: é a altura do terço inferior da face ou a relação espacial da
mandíbula em relação à maxila no plano vertical;
Individualização do plano de orientação inferior
 Espaço funcional livre: espaço existente entre os dentes quando a mandíbula se
encontra em posição de repouso, na qual o tônus muscular está em estado de
equilíbrio;

 DVO: dimensão vertical de oclusão, relação vertical da mandíbula com a maxila, na


qual os dentes se tocam, e que os articuladores conseguem reproduzir, não inclui o
espaço funcional livre;

 Métodos de determinação da DVO: são de fácil aplicação, e, quando associados,


produzem bons resultados clínicos. O profissional deve dominar mais de um método
para determinação da DVO;
Individualização do plano de orientação inferior
1. Método métrico:
 Willis: a distância do canto externo do olho até a comissura labial seria igual à
distância do ponto subnásio ao gnátio. Nesta posição o paciente estaria em DVR,
que inclui o EFL;
Individualização do plano de orientação inferior

1. Método métrico:
 Willis: DVO= DVR- 3 a 4 mm
(EFL)
 DVO: posição na qual a
reabilitação será realizada;
Individualização do plano de orientação inferior

2. Método fisiológico: baseia-se na posição fisiológica de repouso da mandíbula.


Registra-se a altura do terço inferior da face com a mandíbula em repouso, utilizando
um compasso de Willis, diminui-se 3 a 4 mm, para se chegar a DVO;
Individualização do plano de orientação inferior
3. Método fonético: introduzido por Silverman, em 1953, o objetivo é aferir a
funcionalidade da DVO previamente estabelecida. Solicita-se ao paciente que
pronuncie sons sibilantes, como “mississipi”, para observar o espaço funcional de
pronúncia;

Espaço entre os dentes quando o paciente


emite sons sibilantes.
Individualização do plano de orientação inferior
3. Método fonético: método útil para a conferência final da DVO, quando os dentes
artificiais já estiverem fixados sobre as bases de prova;

Espaço entre os dentes quando o paciente


emite sons sibilantes.
Individualização do plano de orientação inferior

 Relação cêntrica: posição mais posterior da mandíbula em relação à maxila no


plano horizontal, determinada pelos músculos e ligamentos que atuam sobre o
complexo côndilo/disco da ATM, independe de contatos dentários;

 MIH: posição mandibular determinada pelo maior número de contatos dentários;

 ORC (oclusão em relação cêntrica): quando a MIH ocorre em RC, é a coincidência


nos determinantes dentários e anatômicos do posicionamento mandibular;

 PT: reabilitação do paciente é em ORC;


Individualização do plano de orientação inferior
 Métodos de obtenção da RC:
1. Método de manipulação: leva-se a mandíbula para a posição mais retruída com o
auxílio de uma ou das duas mãos do operador;
Individualização do plano de orientação inferior
 Métodos de obtenção da RC:
2. Método fisiológico: Funciona melhor quando aplicado em associação com outros
métodos, como o de manipulação;
2.1. Técnica de levantamento da língua: pede-se ao paciente para colocar a ponta da
língua no palato, direcionando o fechamento da mandíbula durante a manipulação;

2.2. Técnica da deglutição: orienta-se o paciente para deglutir saliva, levando-se a


mandíbula à posição que assume no momento da deglutição, para manter o registro;

 Utilizar parâmetros fisiológicos para reabilitar pacientes lesados parece ser a


situação que mais se aproxima do ideal;
VÍDEO
Referências
1. TELLES, Daniel. Prótese total convencional. 1. ed. São Paulo: Santos, 2013 (capítulo
VIII).
2. TURANO, José Ceratti; TURANO, Luiz Martins; TURANO, Marcello Villas-Bôas.
Fundamentos de Prótese Total. 9. ed. São Paulo: Santos, 2010 (capítulo 11).
3. TELLES, Daniel. Prótese total convencional. 1. ed. São Paulo: Santos, 2013 (capítulo IX
e X).

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