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  • Tópico 4 - O Modelo Keynesiano Simplificado

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    Tópico 4 - O modelo keynesiano simplificado

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    Aula 6 Modelo keynesiano simplificado: a determinagao da renda e do produto no curto prazo Cleber Ferrer Barbosa 2 simpiticado: a determinago da rena eco produto no curt pr Meta Descrever 0 modelo keynesiano simplificado de determinagao de renda € produto, apontando 0 consumo, o investimento € a intervengao do governo como elementos de geracao de renda, produto e emprego. Objetivos Esperamos que, ao final desta aula, voc® seja capaz de 1. reconhecer a importancia do modelo keynesiano para as politicas eco: ndmicas atuais; 2. explicar por que Keynes exclui a possibilidade da propensio marginal ser zero ou um; 3. diferenciar as fungdes consumo e poupanga; 4. calcular o valor da renda e da produgio que equilibra o mercado; 5. reconhecer a importancia do multiplicador de gastos como elemento que ativa a economia; 6. analisar 0 processo de multiplicagao de renda a partir da comparagio entre diferentes tipos de multiplicadores; 7. aplicar 0 modelo keynesiano a situagdes hipotéticas, relacionadas & economia de um pais Pré-requisito Esta aula utiliza os conceitos apresentados na Aula e faz uma aplicasio simples da formula da soma de uma série infinita de termos em progressio ‘geométrica cuja razdo é um valor menor do que um. Sio questées de baixa complexidade, mas, caso haja alguma dificuldade, uma breve consulta & aula anterior, assim como aos temas de progressio geométrica presentes nos livros do Ensino Médio podem ser uma boa pedida. Introdugao As autoridades politicas brasileiras muito comemoraram a vit6ria do Rio de Janeiro como cidade sede das Olimpiadas de 2016. Por que sera que o presidente da repiiblica, o governador, o prefeito e tantos outros festejaram tanto? A lista de razdes vai além da oportunidade de o brasi- leiro assistir aos eventos de perto, pois a cidade recebe melhorias com a construgdo de novos estédios, por exemplo, ea vinda dos turistas faz com que 0 comércio se intensifique. Hi um motivo que é justamente o cerne desta aula: os gastos dos turistas e a realizagio de obras desencadeiam novas despesas e renda a cidade. Afinal, o gasto de uma pessoa gera rendimento para outra, que, por sua vez, vai gastar em outro momento ¢, assim, sucessivamente. Nossa tarefa aqui ¢ sistematizar e formular essa questio. John May nard Keynes, ou simplesmente Keynes, ficou conhecido por trazer uma teoria que sustenta essa constatagio. Para ele, a demanda assume uma importante fungio para o crescimento econdmico: multiplica os gastos ¢ renda efetuados na economia, levando-a a crescer, principalmente em momentos de crise. Na aula anterior, desmembramos os fatores que compdem a demanda agregada Sao eles: consumo, investimento, gastos do governo e expor- tages. Agora, chegou a hora de investigarmos, um pouco mais 2 fundo, 08 fatores que fazem com que a produgio nacional seja alterada de um periodo a outro, Para isso, estudaremos 0 modelo de determinagio da renda ou produto de equilibrio, partindo de um modelo econémico simplificado, que se convencionou chamar keynesiano. © modelo keynesiano, sistema de equagdes desenvolvido por Keynes, enfatiza que a demanda por produtos tem papel fundamental na deter minagao do nivel de produgao e de renda de uma economia no curto prazo, Segundo o modelo, se a demanda agregada aumenta, as empresas procuram atender @ essa elevagio por meio de mais produgdo e de mais empregos. Isso faz-aumentar a renda, possibilitando sucessivas expanses de produgio até que a economia chegue a um novo ponto de equilibrio, E importante notar que o modelo formulado por Keynes é uma sim plificagao do funcionamento dos mercados, uma vez que estabelece varias hipéteses que reduzem suas caracteristicas a elementos passiveis de serem analisados em um modelo macroecondmico. Nesse contexto, vocé se lembra da aula anterior? Vamos retomar, en ‘io, algumas consideragies sobre os componentes da demanda agregada Modelo econé: . Segundo o Diino Aur, representa timplfeada de relagbes etre varivess ‘canbmicas, cm gral, 0b a foros de un sistema deequagdes, qe, fim ows de leieas cconondtieas (a0 de ‘nélodosetalsticose snaleriticos pra medit reagies ecm, pode fornecer sal ‘i preaoe conden. 2 simpiticado: a determinago da rena eco produto no curt pr no ambiente de curto prazo, Para tal, vejamos inicialmente o papel do consumo para entender o conceito de demanda dentro desse contexto. John Maynard Keynes (1883-1946), renomado economista in- glés, publicou, em 1936, sua Teoria Geral do Emprego, do Juro € do Dinheiro. A obra aborda temas contemporiineos 20 perfodo entre guerras, quando uma severa crise econémica espalhava-se pelo mundo. Para ele, o alto desemprego, decorrente da Grande Depressi no final dos anos 20, era devido & insuficiéncia generalizada da demanda agregada na tarefa de absorver o total de bens e ser vvigos produzidos ao redor do mundo, Dado o quadro de grave recessio, no havia quem estivesse propenso a adquirir o que era produzido, Para Keynes, a demanda agregada era baixa, princi- palmente, por conta do baixo nivel de investimentos. Segundo o economista, a receita para restabelecer a prosperidade estaria no papel dos gastos do governo, que, alcangando patama. res mais altos, impulsionariam a produgao e o emprego, permi- tindo que a economia retomasse o rumo do crescimento. A fungdo consumo vel agregada consumo (privado) representa o maior com- -m proporgio, da demanda agregada. Esta, como sabemos, é a quantidade total de bens demandados na economia. No Brasil e no mundo, o consumo atinge valores nunca inferiores a 60% do total do PIB, portanto, é um elemento bastante significativo do total da demanda agregada de um pais. Do que depende o consumo? Quais fatores podem alterar o seu resultado? Isto é: que variavel pode levar a um aumento ou a uma diminuigdo do consumo das familias (privado)? Nao hé de se contestar a ideia de que existe uma relagao direta entre renda e consumo. Em geral, para consumir algo, ha de se possuir renda, «sua elevagdo gera um aumento no consumo. Assim, define-se a fungd0 consumo C como uma relacéo bem definida entre consumo e renda, da seguinte forma: equagio 1: C= a+ bY, em que: C representa 0 consumo agregado; Yonnivel de rendas aebparametros em que a>0e0

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