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W de Campo-Parasitologia - Filo Patologia
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Aspectos organizacionais • Capa 0.5
• Índice 0.5
• Introdução 0.5
Estrutura • Discussão 0.5
• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5
• Contextualização 1.0
(Indicação clara do
problema)
Introdução • Descrição dos 1.0
objectivos
• Metodologia adequada 2.0
ao objecto do trabalho
• Articulação e domínio 2.0
do discussão
Conteúdos académico (expressão
escrita cuidada,
Análise discussão coerência / coesão
textual)
• Revisão bibliográfica 2.0
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
• Exploração dos dados 2.0
Conclusão • Contributos teóricos 2.0
práticos
Formatação • Paginação, tipo e 1.0
Aspectos tamanho de letra,
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Referências Normas APA 6ª edição • Rigor e coerência das 4.0
bibliográficas em citações e bibliografia citações / referencias
bibliográficas
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Recomendações de melhoria:
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Índice
CAPÍTULO I .............................................................................................................................. 7
1.1. Introdução ................................................................................................................. 7
1.2. Justificativa da escolha do tema................................................................................ 8
1.3. Problematização ........................................................................................................ 8
1.4. Hipóteses ................................................................................................................... 9
1.5. Objectivos ................................................................................................................. 9
1.1. Introdução
De acordo com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER, 2021), a
agricultura Moçambicana em particular a provincia de Maputo possui 22 empresas privadas
que se dedicam a produção de banana, nos Distritos de Namaacha, Moamba, Manhiça,
Marracuene e Boane respectivamente, sendo que, 80% da produção é exportada para a África
do Sul, Botswana e Reino de Eswatini.
A produção actual de banana nesta Província é de cerca de 249.829 toneladas, numa área de
5.141 hectares. Destes, 4.719 hectares estão a ser explorados por empresas comerciais
privadas e as restantes por pequenos produtores, maioritariamente, do sector familiar. A
produção da fruta contribui em 3.9% na produção global valorada da Agricultura, nesta
parcela do País.
Este sector é dos maiores geradores de emprego directo no sector agrícola, com uma média
de 1,3 trabalhadores/ha, o que significa cerca de 6.100 empregos directos e 11.000 indirectos,
totalizando cerca de 17.100 trabalhadores.
A pesquisa foi realizada através de um estudo de caso na Propriedade Rural Céu Azul e teve
natureza descritiva e exploratória (campo) com abordagem qualitativa, subsidiada em pesquisa
bibliográfica, apoiada nos estudos de autores como Bittencourt (2011); Cordeiro (2000; 2003);
Ferreira (2008) dentre outros que subsidiaram este estudo.
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1.2. Justificativa da escolha do tema
A doença do Panama (Foc TR4) e o virus Banana Bunchy Top virus (BBTV) causaram uma
desacelaracao da producao, leando o Governo a intruduzir variantes mais resistentes.
Segundo Paulo Cossa disse desde de inicio 2000, registado investimento significativo na
producacao de banana e actualmente na Provicia de Maputo ronda as 249.829 toneladas,
numa area de cerca de 5,140 hectares administrados por pequenos produtores, principalmente
familiares.
1.3. Problematização
Hoje a produção da banana está sendo cada vez mais frequente no distrito de Boane, seja nas
Machambas, assim como nas proximidades do rio Umbeluzi, o que muita das vezes coloca a
populacao (Produtores) a morarem em zonas de risco de inudacoes, porque são zonas de
maior disponibilidade de água aos agricultores à volta do Umbeluzi resulta do aumento da
capacidade de armazenamento daquele líquido, na Barragem dos Pequenos Libombos: Face
a essa situação o autor indaga-se com a seguinte questão:
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1.4. Hipóteses
➢ Provavelmente os produtores de banana possuem um alto nível de percepção em relação
ao impacto dessa actividade para as suas vidas;
➢ Não transportar mudas, frutas, folhas ou qualquer parte de bananeira das regiões afetadas
e sem Certificado Fitossanitário (CFO) ou Permissão de Trânsito;
1.5. Objectivos
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CAPÍTULO II
Nesse contexto, será abordada nos próximos tópicos uma reflexão a partir da contribuição
de alguns teóricos, no que se refere o cultivo da banana, juntamente com os fatores que
envolvem os elos da cadeia produtiva, assim como o desenvolvimento socioeconômico da
região estudada.
A cadeia produtiva nos setores que abrange o agronegócio pode ser definida como um
conjunto de atividades que integram um sistema de produção, desde a produção de insumos
até o consumidor final (BITTENCOURT, 2011). Desse modo, a integração das atividades,
busca obter uma visão sistemática de todos os processos da produção.
2.5 Insumos
O uso dos insumos desde os tratos culturais, o solo, as variedades das espécies, as mudas a
serem cultivadas, as tecnologias empregadas no cultivo, e os maquinários vem maximizado
tempo e esforços durante as etapas da produção da bananicultura. Além da integração dos
componentes da cadeia produtiva, uns dos fatores que impactam a produção das bananeiras,
são as escolhas pelas mudas.
Cordeiro (2000) alega que a qualidade das mudas, especificamente para a bananicultura, está
atrelada diretamente com o sucesso da produção, tanto pelo fato das mudas influenciar
diretamente no desenvolvimento e produção do bananal, principalmente no primeiro ciclo,
pois é fundamental a qualidade fitossanitária, quanto por minimizar os riscos de entrada das
pragas e doenças na produção.
As bananeiras não suportam encharcamento prolongado por causar asfixia no seu sistema
radicular e consequentemente a redução de sua capacidade de absorção de nutrientes
(CORDEIRO, 2000). As variedades nos métodos de irrigação existem para melhor adequar
na produção, como por exemplo: o método localizado, que abrange a microaspersão e o
gotejamento; o método por superfície que envolve a irrigação por sulcos, as bacias em nível,
a irrigação por faixas; e os métodos por aspersão, caracterizado pelo convencional móvel
(baixa média e alta pressão).
Um fator crítico nas cadeias produtivas são as perdas que acontecem no pós-colheita das
frutas, principalmente por se tratar de alimentos perecíveis, onde, na maioria das vezes essas
perdas decorrem no manuseio e no processo logístico. Segundo a FAO (1981 Apud CENCI,
1997, p. 6) as perdas tratam-se de “alguma mudança na viabilidade, comestibilidade,
salubridade ou qualidade do alimento que o impeça de ser consumido pelo povo”. Entende-
se por perdas dos produtos, os frutos que estejam inviáveis de ser consumido, ou até mesmo
que passe uma aparência de má qualidade, acarretando assim seu entrave no momento de ser
repassado à frente para venda.
2.7 Comercialização
Numa visão mais limitada, a comercialização agrícola pode ser pensada como um simples
acto de o agricultor que consiste na transferência de seu produto para outros agentes que
compõem a cadeia de comercialização em que ele está inserido. Esta é uma visão tradicional
da comercialização agrícola, definida pela transferência de propriedade do produto num
único acto após o processo produtivo, ainda dentro ou logo depois dos limites da unidade de
produção agrícola (MENDES, 2007).
Para PIZA & WELSH (1999), margem de comercialização é dada pela diferença entre o preço
pelo qual o intermediário vende uma unidade do produto e o pagamento que ele faz pela
quantidade equivalente.
Entretanto, JÚNIOR (2006), traz uma nova abordagem a cerca deste conceito, para ele, margem
de comercialização corresponde às despesas cobradas dos consumidores pela execução de
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alguma função de comercialização por parte dos intermediários do sistema de comercialização.
2.10 Mercado
Este conceito é amplamente discutido por autores, cada um com uma abordagem mais complexa
que o outro. Para HALL & LIEBERMAN (2003), uma definição concisa de mercado é: “grupo
de compradores e vendedores que têm potencial para negociar uns com os outros”. No entanto,
alguns autores abordam o conceito de mercado apenas do ponto de vista do consumidor:
“mercado corresponde à demanda por um grupo de produtos substitutos próximos entre si”
(KUPFER & HASENCLEVER, 2002).
Em geral, pode-se definir mercado como um espaço físico e geográfico onde ocorrem as
operações de troca de produto/serviço por uma outra unidade de troca.
Descrição das principais doenças da bananeira: Sigatoka Amarela e Negra, Mal do Panamá (Foc
TR4) e o vírus Banana Bunchy Top Virus (BBTV), Moko e outra.
E dentre varias doenças mencionadas a cima falarei mais do Foc TR4 ou simplesmente Panama,
por ser a mais predominante em boane.
Sua disseminação pelas regiões produtoras de banana do mundo, deu-se certamente através de
mudas infectadas e por material propagativo para pesquisa e exploração comercial.
A cultura Gros Michel, de grande aceitação internacional foi substituída por cultivares do
subgrupo Cavendish, como Nanição, Valery e Nanica resistentes ao patógeno.
A primeira constatação no Brasil deu-se em 1930 no município de Piracicaba (Kimati & Galli,
1980).
2.11.2 Etiologia
O Mal do Panamá é causado pelo fungo Fusarium oxysporum f.sp. cubense E.F. Smith Sn. &
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Hansen, existem relatos de sua sobrevivência no solo por mais de 20 anos, na ausência do
hospedeiro (Stover 1972), talvez devido a formação de estruturas denominadas clamidósporos.
O agente causal do Mal do Panamá apresenta nível de virulência: São conhecidas 4 raças: 1-
infecta Gros Michel; 2- infecta Bluggoe; 3-infecta Helicônia spp e 4- infecta Gros Michel,
Bluggoe e subgrupo Cavendish.
Por esta razão, a técnica de grupos de compatibilidade vegetativa (GCV) vem sendo utilizada
para estudar o comportamento de isoladas desse patógeno, mas existem dificuldade no uso desta
técnica.
A penetração do fungo dá-se através das raízes secundárias ou terciárias, progredindo pelo
xilema até o rizoma e pseudocaule, podendo atingir o pecíolo. Não se tem verificado infecção
através do rizoma ou pseudocaule (Waite, 1977). Para um melhor entendimento os sintomas
provocados por F. oxysporum f.sp. cubense em bananeira são divididos em dois grupos: externos
e internos:
Sintomas externos:
Amarelecimento do limbo das folhas mais velhas, progredindo para as mais novas com o avanço
as folhas murcham, secam e quebram o pecíolo junto a inserção do pseudocaule e ficam
pendentes, conferindo um aspecto de guarda chuva fechado enquanto as folhas cartucho e vela
permanecem eretas,. Observa-se também rachaduras no pseudocaule próximo ao solo.
Sintomas internos:
Outros sintomas externos como brotação de touceiras atacadas, apresentando aspectos de plantas
adultas não se observando broto ou muda tipo chifrão. Cachos apresentam-se raquíticos e com
maturação desuniforme e prematuro. O homem é o principal disseminador a longa distância pelo
transporte de mudas infectadas.
Mesmo planta resistente ao patógeno, se transferida de local levará o patógeno para outra área.
Destruir a planta doente para eliminar fonte de inóculo que se disseminará através do vento,
implementos agrícolas e ferramentas, ou pelo homem dentro da plantação, ou fora dela. A água
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e irrigação são agentes disseminadores.
Nematóides e a Broca do rizoma são agentes pouco eficientes na disseminação da doença, sedo
que os nematóides são importantes pois facilitam a penetração do patógeno nas raízes.
O Mal do Panamá pode ter alta severidade tanto em regiões de clima temperado como tropical
e é favorecido por condições de alta umidade e temperatura, fertilidade desequilibrada, solos
arenosos, ferimentos nas raízes e cultivares suscetíveis.
2.11.3 Controle
✓ Se possível sua erradicação;
✓ A medida mais eficiente é evitar a introdução acidental do patógeno numa área ou região;
✓ Obter mudas somente por cultura de tecidos que são isentas de fungos, bactérias,
nematóides e outras pragas;
4) Efetuar a análise e correção do solo de acordo com a recomendação técnica para a cultura;
5) Manter um esquema de adubação equilibrada com base nos resultados das análises foliar e de
fertilidade do solo;
6) Instalar os plantios em solos bem drenados e com bons níveis de fertilidade natural e ricos em
matéria orgânica;
7) Irrigar por infiltração ou aspersão abaixo das folhas sempre que necessário, para que as
bananeiras não sofram por falta de água;
10) Fazer o controle das plantas daninhas com herbicidas ou através roçagem do mato, no caso
de detecção de focos. O desbaste deverá ser evitado nas proximidades dos focos.
11) Fazer uma aplicação de calcário no local das plantas erradicadas e, de preferência, plantar
uma cultura de interesse para a propriedade como, por exemplo, a cana-de-açúcar, que além de
evitar a invasão de plantas daninhas provoca o revolvimento freqüente do solo, exercem um
efeito supressivo na população do patógeno
Com uma superfície de 804 Km2 segundo as projecções do INE (2017), o Distrito possuía
até a data de 2012 um total de 134 006 Habitantes, o equivalente a 9% da população da
Província e uma densidade populacional de 166.6 hab/km2.
✓ Cooperativa 25 de Setembro
A Cooperativa possui um universo de 15 produtores de banana dos quais foram entrevistados
8 agricultores, 3 mulheres e 5 homens. Exploram, cada produtor, uma área de 5 hectares dois
dos quais para produção de banana.
Segundo os entrevistados a produção média por hectare chega até 34 toneladas no inverno e
pode cair até 5 toneladas por hectare no período quente. Após a colheita, os produtores reúnem-
se para se discutir e fixar o preço de venda dos produtos, neste caso, a banana é vendido por
um preço de 250,00MT/cacho no período quente e 200 a 300,00MT/cacho no período frio.
Contudo, para o cálculo das margens usou-se o preço de 250,00MT/cacho por ter sido este que
vigorava no mercado produtor na altura da realização deste trabalho.
✓ Umbelúzi Investimentos
Esta associação possui 10 produtores dos quais foram entrevistados 5 à indicação do secretário,
com 3 de sexo feminino e 2 de sexo masculino. Explora-se uma área 10 hectares.
A produção média por hectare nesta associação é de 35 toneladas na estação fria e 8 toneladas
no período quente. Tal como na cooperativa 25 de Setembro, aqui também a estratégia de
marcação de preços não altera. Após a produção os membros da associação fixam um preço de
venda dos produtos.
Segundo os mesmos, o preço da banana é de 350,00MT/cacho mas no período fresco pode
baixar até 100,00MT/cacho. No período da realização do presente trabalho tomate custava
550,00MT/caixa por isso usou-se este preço que para o cálculo das margens.
✓ Produtores individuais
Os produtores individuais entrevistados são os três maiores produtores de banana a nível do
distrito de Boane. Eles exploram, cada produtor uma área de 7 hectares para produção de onde
a produção média por hectare é de 40 toneladas. O preço médio por cacho é de 350,00MT na
estação quente e 200,00MT na estação fria.
Como pode-se verificar, a formação dos preços no mercado produtor varia segundo as épocas
nomeadamente a época quente e fria, e é deliberado tendo em conta os custos de produção do
tomate e o número de intervenientes na cadeia.
4.2 Cronologia
20
Nr Actividades/Período Maio Junho Julho Agosto Setembro
1. Elaboração do projecto
2. Colecta de dados
4. Montagem do Projecto
5. Revisão do projecto
6. Entrega do trabalho
4.3 Orçamento
Previsão de cursos da actividade
21
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
✓ RAMBO, José Roberto; et al. Análise financeira e custo de produção de banana maçã:
um estudo de caso em Tangará da Serra, Estado do Mato Grosso. Revista: Informações
Econômicas, SP, v. 45, n. 5,P. 29 -39, 2015.