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Introdução

O presente relatório traz a avaliação da situação atual dos processos de trabalho


desenvolvidos pelos Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde
(CIEVS) dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), contendo o diagnóstico de
informações sobre estrutura, ações essenciais, produtos da rede, indicadores, metas e
capacitações. Todas as unidades dos territórios DSEI, que atualmente fazem parte da rede
nacional, responderam ao questionário de mensuração.
Como parte da estratégia de fortalecimento nacional da rede CIEVS, o presente
relatório está no planejamento de acompanhamento das unidades distribuídas em todas as
regiões do país. Assim, o processo de verificação contínuo visa o entendimento da
organização dos CIEVS em cada território.
O reconhecimento da situação organizacional de cada uma das unidades, que
fazem parte da rede, auxilia a equipe do CIEVS nacional na organização das demandas e
na formulação de políticas públicas capazes de auxiliar o fortalecimento das unidades nos
próprios territórios, e possibilita melhor compreensão sobre a realidade de cada CIEVS.
Com isso, o presente relatório sintetiza informações atualizadas a partir do
preenchimento de formulário desenvolvido e disponibilizado pela equipe da Coordenação
de Gestão da Atenção à Saúde Indígena (COGASI) em conjunto a equipe do CIEVS
Nacional/Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). O preenchimento foi realizado por
integrantes dos CIEVS que atuam no âmbito do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena
(SasiSUS). As informações contempladas demonstram o cenário em que se encontram as
ações que foram desenvolvidas, e a situação de recursos financeiros, materiais e humanos
ao longo dos anos de 2020/2021.

Cenário atual da rede

O início da implementação dos Centros de Informações Estratégicas em


Vigilância em Saúde (CIEVS) na Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) se deu
em 2020 com a publicação da Portaria nº 2.624/GM/MS, de 28 de setembro de 2020, que
institui incentivo de custeio, em caráter excepcional e temporário, para a execução de
ações de vigilância, alerta e resposta à emergência de covid-19.
A Coordenação de Gestão da Atenção à Saúde Indígena (COGASI) criou o
processo 25000.161696/2020-22 para implementação dos CIEVS nos DSEI, instruído em
18 de novembro de 2020. O seu primeiro ofício circular (Ofício-Circular 52)
(0017672174) apresentou o projeto e convocou aos DSEI em 25/11/2020.
A partir do Ofício-Circular 7 (0018557687) foi apresentado o processo seletivo
para contratação dos bolsistas para atuação nos CIEVS a serem implantados (Edital
CIEVS DSEI Chamada Nº69/2020: https://www.fiotec.fiocruz.br/vagas-
projetos/processo-de-selecao/7313-bolsista-de-extensao-rede-ciev), cujo objetivo era
selecionar 129 bolsistas para serem treinados em epidemiologia de campo e atuarem no
fortalecimento dos mecanismos de detecção, monitoramento e resposta as emergências
em Saúde Pública nas unidades da Rede CIEVS nos DSEI.
Por meio do Ofício-Circular 59 (0017986931), após a apresentação do edital, foi
solicitado para cada DSEI via SEI a indicação de um ponto focal para atuar no apoio do
processo de implementação do CIEVS, porém, alguns distritos solicitaram a mudança no
decorrer das atividades.

Após a seleção, os pontos focais foram inclusos no grupo de trabalho com o


objetivo de participar do processo seletivo. As entrevistas dos candidatos para os DSEI
contaram com a participação de um representante da SVS, da SESAI nível central e o
próprio ponto focal selecionado pelo DSEI. Doze Distritos Sanitários Especiais Indígenas
não tiveram candidatos aptos, ou aprovados na seleção, respeitando-se os critérios de
experiência e formação exigidos no Edital.

Posteriormente, foi desenvolvido processo seletivo simplificado nos moldes do


edital anterior para contratação dos bolsistas, conforme Ofício-Circular 49 (0019817241).
Em 31 de março, foi emitido o Ofício-Circular 50 (0019824756) aos coordenadores
distritais orientando a participação na plenária inicial do projeto juntamente a SVS; além
disto, foram passadas orientações sobre o início das atividades e recepção dos bolsistas.

As atividades tiveram início em 5 de abril de 2021 e têm a previsão de 1 ano a


partir desta data. Em maio foi publicada a Nota Técnica 16 (0020494414) que orienta os
DSEI sobre a implantação de unidades dos CIEVS, suas atribuições e fluxos a serem
seguidos. Atualmente há 7 CIEVS DSEI sem bolsistas, por motivo de não renovação e
desistências. São eles:

 Araguaia;
 Bahia;
 Leste de Roraima;
 Litoral Sul;
 Mato Grosso do Sul;
 Médio Rio Solimões e Afluentes;
 Yanomami.

No presente momento a Rede CIEVS conta com 128 unidades em funcionamento


e, recentemente, tem passado por ampliação no nível nacional, sendo recém implantados
no último ano os 34 CIEVS DSEI, e a realização de ações em prol do fortalecimento das
ações estratégicas para vigilância em saúde protagonizadas por estes.

Objetivo

O presente relatório tem como objetivo apresentar a situação de cada uma das
unidades CIEVS DSEI pertencentes à rede CIEVS, trazendo informações sobre o
planejamento organizacional da rede CIEVS e da SESAI, as ações de destinação de
recursos, materiais e bolsistas, realizadas pelo Ministério da Saúde.

A dinâmica

A partir da definição da metodologia, realizou-se a explicação prévia do


formulário, onde todos os coordenadores CIEVS/DSEI e Chefias da Divisão de Atenção
à Saúde Indígena (DIASI), através do Ofício-Circular 109 (0021706565) foram
convidados a realizarem o preenchimento, com apoio das equipes da SESAI nível central
e do CIEVS Nacional.
Com a participação de todas as unidades, foi possível ouvir cada um dos
representantes, entendendo as barreiras, os processos de trabalho, as atividades que estão
sendo realizadas, a constituição das equipes das unidades, entre outros. Essa interação
proporcionou uma troca de experiências entre as próprias unidades, contribuindo para o
compartilhamento de boas práticas.

Metodologia

A metodologia utilizada para o desenvolvimento da atividade se estruturou no


processo de avaliação das unidades CIEVS que compõe a rede, conforme fases previstas
no Plano nacional de fortalecimento e ampliação da Rede Nacional de Vigilância, Alerta
e Resposta do Sistema Único de Saúde (REDE VigiarSUS) - 1° Planejamento, 2°
Implementação, 3° Operacionalização e 4° Avaliação.
Para auxiliar no desenvolvimento da metodologia de avaliação das unidades
DSEI, as equipes da SESAI e do CIEVS Nacional, em conjunto, elaboraram um
formulário com questões relevantes para a verificação das condições das unidades DSEI.
Foi estabelecido o prazo e solicitado aos coordenadores de cada uma das unidades o
preenchimento do formulário que será apresentado abaixo.

Figura 1 - Formulário – Mensuração da situação dos CIEVS/DSEI e processo de trabalho


dos bolsistas.

*O presente formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/r/a2LVn46duy


A figura 1 traz a capa do formulário onde é apresentado o prazo para
preenchimento, a explicação para o desenvolvimento da atividade junto as unidades
CIEVS DSEI e as informações sobre as Unidades Federativas (UF) de abrangência. O
formulário foi disponibilizado via Sistema Eletrônico de Informações (SEI) através do
Ofício-Circular 109 (0021706565), e-mail, e grupo dos coordenadores em aplicativo de
mensagens.
Na figura 2, temos as informações mais detalhadas de contatos, endereço, nome
do responsável pelo preenchimento e e-mail. Esses dados serviram também para a
atualização da lista de contatos e maior conhecimento sobre as unidades.
Figura 2 - Identificação das unidades CIEVS DSEI.

*O presente formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/r/a2LVn46duy


A partir da identificação das unidades DSEI, em sequência, realizou-se perguntas
sobre as capacidades básicas e atividades realizadas. As capacidades básicas foram
baseadas na Nota Técnica Nº 3/2021-DSASTE/SVS/MS, que prevê ações para apoiar no
fortalecimento e ampliação dos CIEVS, tais como:
 Aquisição de equipamentos de alta performance para modernização e
atualização das salas, e atividades essenciais de detecção, verificação,
avaliação, monitoramento e resposta à potenciais emergências em saúde
pública;
 Recursos humanos, com apoiadores para fortalecimento e ampliação da
resposta à covid-19, estratégia de comunicação ativa entre os membros da
Rede CIEVS;
 Programa de formação para preparação, vigilância e resposta as
emergências em saúde pública, iniciava que tem como base o EpiSUS e
formações fundamentais dos profissionais envolvidas na vigilância das
emergências em saúde.

Resultados

1. Infraestrutura

Em relação a infraestrutura dos CIEVS DSEI, ao ser perguntado se a equipe possuía


sala exclusiva para monitoramento, 20 equipes (59%) informaram que possuem sala
exclusiva e 14 (41%) não possuem, conforme apresentado na Figura 6.
Figura 6: Questão sobre estrutura: disponibilidade de sala exclusiva.

*O presente formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/r/a2LVn46duy

Entre os principais problemas enfrentados pelas equipes para uma sala exclusiva
estão: a falta de uma sala disponível na estrutura predial, ausência de profissionais a
serviço do CIEVS DSEI, falta de financiamento para subsidiar a montagem de uma sala
e a ausência de previsão legal que defina a necessidade de uma sala para o CIEVS DSEI.
Além disso, três DSEI responderam que estão em processo de mudança de sede, sendo
prevista para a nova estrutura uma sala exclusiva para a equipe do CIEVS.
Foi perguntado também se a equipe possui telefone fixo em funcionamento. Das 34
respostas, 9 unidades (26%) apontaram ter o telefone em funcionamento e 25 (74%)
responderam que não tinham. Em relação ao telefone móvel, 10 unidades (29%) relataram
que possuem telefone móvel e 24 (71%) declararam que não possuem. Entre as principais
dificuldades das equipes para obtenção de telefones está a falta do aparelho e do contrato
com a linha telefônica.
Vale ressaltar, que muitos apoiadores utilizam a sua própria linha telefônica para
informar rumores a SESAI nível central e entrar em contato com as instituições
responsáveis.

2. Atividades realizadas
No que concerne a presença de equipe de sobreaviso ou plantão, 15 unidades (44%)
responderam que havia equipes de sobreaviso ou plantão e 19 responderam (56%) que
não dispunha dessas equipes (Figura 5).
Figura 5- Questão sobre atividade realizada, equipe sobreaviso ou plantão.

*O presente formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/r/a2LVn46duy

Entre os principais pontos levantados sobre a falta de equipe de plantão ou


sobreaviso então: a falta de pessoal suficiente, o não estabelecimento de pagamento para
essa atividade e a não aprovação do gestor local.
Também foi perguntado no questionário, se há uma boa comunicação do CIEVS
com os Núcleos Técnicos da DIASI e demais setores do DSEI, 29 unidades (85%)
responderam que possuem uma boa comunicação com a DIASI e outros setores do DSEI
(SESANI, SELOG, Controle social e entre outros) e 5 unidades (15%) informaram que
possuem boa relação apenas com os núcleos da DIASI (Figura 6).
Figura 6- Questão sobre atividades, comunicação Inter e extra setorial.

*O presente formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/r/a2LVn46duy

No que diz respeito a comunicação das equipes do CIEVS com o setor externo
(Secretaria de Estado de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, Universidade Estadual
ou Federal, Fundação Nacional do Índio, Instituição de ensino superior privada, entre
outras) 30 unidades (88%) responderam que possui uma boa relação e 4 (12%)
informaram que não (Figura 7).

Figura 7- Questão sobre atividades, comunicação com setor externo.

*O presente formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/r/a2LVn46duy

Ao ser perguntado o que poderia ser feito para melhor a comunicação externa, as
principais respostas foram relacionadas a maior reconhecimento sobre os setores
externos, a promoção de reuniões conjuntas, reconhecimento da unidade (CIEVS) perante
estrutura do governo e a necessidade de o gestor local intervir para interação entre as
áreas.
Seguindo o formulário, foi apresentada pergunta sobre a execução de Comitê de
Monitoramento de Eventos (CME) ou a realização de reuniões periódicas para discussão
de potenciais Emergências em Saúde Pública. A figura abaixo traz as respostas dadas
pelas unidades.

Figura 8 - Questão sobre atividades, realização de CME ou reuniões ativas.


*O presente formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/r/a2LVn46duy

Das unidades, 16 (47%) responderam que não fazem nenhuma das atividades,
sendo os principais pontos levantados para a não realização do CME ou reuniões ativas a
falta pessoal capacitado para realizar as reuniões, falta legislação para convocação para
as reuniões, falta a análise e/ou consolidação de informações em saúde e falta interesse
por parte da gestão local. Outras 18 unidades responderam (53%) que realizam ao menos
uma das atividades perguntadas e ao ser questionada a periodicidade das reuniões ativas
ou CME, as principais respostas foram que as reuniões ocorrem mensalmente,
quinzenalmente e semanalmente.
A figura abaixo mostra a relação dos setores do DSEI que participam da realização
do CME ou reuniões ativas.

Figura 9 – Questão sobre atividades, setores do DSEI que participam do CME ou


reuniões ativas.

*O presente formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/r/a2LVn46duy

Acerca das atividades realizadas, questionou-se sobre a captura de rumores e 29


unidades (85%) responderam que realizam a captura de rumores e 5 responderam que não
realizam (15%), conforme a figura abaixo.
Figura 10 - Questão sobre atividades, captura de rumores.

*O presente formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/r/a2LVn46duy

Entre as principais dificuldades encontradas pelas unidades que informaram não


realizar a captura de rumores, estão: a falta de protocolos definidos para o procedimento
de captura, a falta de pessoal para realizar a captação (ausência do bolsista) e a falta a
capacitação técnica do pessoal.

No que diz respeito ao desenvolvimento de planos e protocolos para


operacionalização e organização das respostas as Emergências de Saúde Pública (ESP),
das 34 unidades, 13 (38%) afirmaram não ter elaborado documentos com as definições
das responsabilidades, operacionalização e organização nas respostas às ESP (Figura 11).

Figura 11 – Questão sobre atividades, desenvolvimento de planos e protocolos para


operacionalização e organização das respostas às Emergências de Saúde Pública (ESP).

*O presente formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/r/a2LVn46duy

Ao serem questionados sobre o que inviabiliza a elaboração de planos e


protocolos, as principais respostas estavam relacionadas a falta de equipe de preparação
para organização desses documentos, a falta de conhecimento sobre os protocolos e uma
unidade informou que não realiza a elaboração de planos e protocolos por orientação da
gestão local.

3. Bolsista
Acerca da inserção dos bolsistas, levou em consideração o tempo de atuação, a
satisfação do coordenador com as atividades realizadas, quais são as atividades
elaboradas pelos bolsistas e a realização de capacitações e produção de produtos.
Assim, a primeira questão versa sobre o CIEVS/DSEI possuir bolsista em atuação
na unidade, conforme Figura 12.
Figura 12 – Disponibilidade atual de bolsista para o projeto de ampliação e
fortalecimento da Rede CIEVS.

*O presente formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/r/a2LVn46duy

Entre as 34 unidades, 28 (82%) possuem atualmente o apoiador para a


implementação do CIEVS e 6 (18%) não possuem bolsista. Em relação as atividades
realizadas pelos bolsistas, estão:

 Participação nas plenárias e atividades conjuntas da rede CIEVS nos horários e datas
estabelecidas,
 Participação nos cursos exigidos para formação em Emergências de Saúde Pública;
 Detecção de rumores e epidemiologia de campo para implementação da rotina de trabalho no
DSEI;
 Implementação das ações de vigilância epidemiológica no território, em conjunto com as EMSI,
os núcleos da DIASI e SESANI;
 Organização e coordenação de reuniões periódicas para discussão sobre a situação de saúde do
território de abrangência com os técnicos do DSEI;
 Subsidia a gestão local com informações para tomada de decisão e resposta às emergências de
saúde pública no território, incluindo as endemias, mobilizando as áreas responsáveis pela
condução das ações;
 Realiza a análise de situação de saúde e monitora os principais indicadores epidemiológicos em
conjunto com os Núcleos da Diasi e o Sesani, estabelecendo quais os riscos associados aos
diversos cenários apresentados;
 Elaboração de relatórios técnicos sobre as ações desenvolvidas para mitigar a situação de
emergência em saúde pública no Dsei;
 Realização do monitoramento de informações e eventos no território, visando identificar notícias,
rumores e fatos que levem a suspeita de surtos, catástrofes, contaminação e emergências de
qualquer natureza que ofereçam risco para a população e os serviços de saúde, podendo utilizar o
programa EIOS (software de identificação de rumores, notícias e mineração de informações na
internet), entre outras atividades.

A respeito do nível de satisfação sobre as competências apresentadas pelos


bolsistas no cumprimento das atividades propostas, verifica-se que a comunicação verbal
foi a única que não apresentou insatisfação, sendo considerada satisfatório para 85,7% e
14,3% parcialmente satisfatório, respectivamente. Em relação a comunicação escrita,
78,6% foram consideradas satisfatória, 17,9% parcialmente satisfatória e 3,6%
insatisfatória (Figura 13).

Figura 13 - Nível de satisfação sobre as competências apresentadas pelos bolsistas


durante a execução das atividades.

*O presente formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/r/a2LVn46duy

Tendo em vista o nível de conhecimento dos bolsistas na área, 67,9% foram


considerados satisfatório, 25% parcialmente satisfatório e 7,1% insatisfatório. A respeito
da capacidade de relacionamento interpessoal, 85,7% foram considerados como
satisfatório, 10,7% parcialmente satisfatória e 3,6% insatisfatória.
A capacidade de inter-relacionamento de ideias e conceitos é um indicador muito
importante para as atividades no contexto dos DSEI, a respeito deste ponto de avaliação,
82,1% foram considerados como satisfatório, 14,3% parcialmente satisfatório e 3,6%
insatisfatório. O interesse para o cumprimento das atividades também foi avaliado entre
os bolsistas. Verifica-se que 85,7% foram considerados satisfatório, 10,7% parcialmente
satisfatório e 3,6% insatisfatório.
A disponibilidade para o cumprimento das atividades foi classificada como
satisfatória para 82,1%, parcialmente satisfatória para 14,3% e insatisfatória para
3,6%. No que diz respeito a participação do bolsista em pelo menos 3 capacitações, 19
unidades (68%) responderam que sim e 9 (32%) responderam que não. Nota-se que 6
DSEI não responderam essa pergunta.
Figura 14 – Participação do bolsista em pelo menos 3 capacitações.

*O presente formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/r/a2LVn46duy

Vale ressaltar que em 2021, foram ofertados 4 cursos de capacitação para


os bolsistas do CIEVS: Curso de epidemiologia aplicada aos Serviços do Sistema Único
de Saúde (EpiSUS) (nível especialização), curso para utilização da plataforma Epidemic
Intelligence from Open Sources (EIOS), Curso de Preparação e Resposta as Emergências
em Saúde Pública e o WorkShop CIEVS (ainda em vigência).
O curso EIOS foi ofertado para os coordenadores de todos os DSEI e ainda está
em vigência para os apoiadores do CIEVS Nacional, tendo alguns bolsistas do CIEVS
DSEI inscritos. Este curso é realizado em cooperação com Organização Pan-Americana
de Saúde (Opas), e

Conclusão

Por meio do questionário de avaliação realizado nos 34 CIEVS/DSEI foi possível


conhecer melhor a realidade desses centros de informações, bem como entender os
desafios enfrentados pelos profissionais atuantes. Observou-se questões referentes a
estrutura física e pessoal à disposição dos CIEVS DSEI, e sua relação com os demais
setores do DSEI, especialmente a DIASI, departamento que desempenha maiores
atribuições correlacionadas aos processos de vigilância em saúde.
Ressalta-se a relevância presente nas informações relativas à infraestrutura física
dos CIEVS, com especial atenção a presença de sala exclusiva, visto que impacta
diretamente no recebimento de materiais técnicos já esperados, e fundamentais para o
devido funcionamento das unidades.
Da mesma forma, informações referentes a realização de CME e a presença de
documentos e protocolos técnicos com definições para organização e respostas às
possíveis emergências de saúde pública, tornam imprescindível a identificação dos DSEI
que ainda não incorporaram estas ferramentas, com vistas ao fortalecimento da vigilância
em saúde nestes espaços e o devido cumprimento das atribuições pertinentes ao CIEVS.
Por fim, reitera-se a importância estimada na plena ‘implantação’ destas unidades
para a população indígena, vivendo em territórios indígenas, que é considerada
contingente populacional especialmente vulnerável às emergências de saúde pública de
importância nacional, tal como o coronavírus 2019. Por isso, reforça-se a importância do
acompanhamento dos processos organizacionais dos CIEVS DSEI, agora, a partir das
informações colhidas e analisadas, presentes no relatório acima.

Referencias

BRASIL, Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução MS/CNS nº


588, de 12 de julho de 2018. Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS),
aprovada por meio desta resolução. Diário Oficial da República Federativa do Brasil,
Brasília (DF), Seção 1:87, 2018. Acesso em:
(http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2018/Reso588.pdf).

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Nota Técnica Nº


3/2021-DSASTE/SVS/MS. Rede Nacional de Vigilância, Alerta e Resposta a
Emergências em Saúde Pública no Sistema Único De Saúde – VigiarSUS. Brasília,
2021. Acesso em:
(https://sei.saude.gov.br/sei/controlador.php?acao=procedimento_trabalhar&id_procedi
mento=21533162&id_documento=21533738). Apresentação Projeto VigiarSUS –
Acesso em: (http://www.susconecta.org.br/wp-content/uploads/2020/12/DEZ2020-
VigiAR-SUS-5.pdf).

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância


epidemiológica: emergência de saúde pública de importância nacional pela doença pelo
coronavirus 2019 – covid-19 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde.
– Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Acesso em: (https://www.gov.br/saude/pt-
br/coronavirus/publicacoes-tecnicas/guias-e-planos/guia-de-vigilancia-epidemiologica-
covid-19/view).

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