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CS saraiva Av das Nachos Unidas, Pinhewas ~ Sa0 Paull | Qénca 7221, 1° Anda, S SP = CEP. 05425:902 Davatasrtorete a content eta sac.sets@somoseducacao.com.br Direcao executva Diregao editorial Geréncia ectonal Eottora de aquisigbes Edtoras Assisterte edtoral Proautores eatorais Servigas edtonais Prepay fewsto Proveto gratico 0. Impressao € acavarerno Flavia Alves Bravin Renata Pascual Moller Rita de Cassia S, Puogo Rosana Ap. Alves dos Santos Paula Hercy Cardoso Craveiro Sivia Campos Ferrera Rafael Henrique Lima Fulanett Camila Fel Cianelli Chaves Laudemir Marinho dos Santos Juliana Bojczuk Fermino Keli Priscila Pinto Maria Cordero ‘Ana Pavia Felippe Enka Alonso Tanjgerte Design Berciom Grafica @ Eatora {adr oternaconats de ataonasan a Pubearan ee Auigatica Nacqua Gs) 1057 ' Iso, patton @ reonalvar | Esmerada Macy Sonn etal] S20 Paulo. Era, 2019 144 p. tibhiogratia ISBN 978-85-965-3142-7 1, Tursino 2. Turismo - Profiss4o 3, Turis - Indust Serpa, Esmeralda Macedo cnn. a791 od 0-386 48 Indices para catalogo sistematco: 1. Tunsmo Copyright® 2019 Saraiva Educagao ‘Todos os direitos reservados. 1 edicao ‘Weragem: 2019 [Hi] aCe] ce asta urismo Cultural eas Dimensées io Patriménio Objetivos da aprendizagem Este capitulo visa a discutir os conceitos de turismo cultural, um segmento turistico que tem como objetivo a vivéncia cultural, seja ela relacionada ao patri- Ménio material, imaterial ou paisagistico. Também neste capitulo, discutiremos as Categorias de patriménio e sua relacdo com turismo, por meio de um opanhado Nistorico da relagéo entre turismo e patriménio desde 0 grand tour, as famosas Viagens de cultura e civilizagéo dos filhos da aristocracia europeia até as multiplas Manifestagées culturais brasileiras exploradas pela atividade turistica. Para ur bom profissional de turismo, seja ele guia, agente de viagens, re- “epcionista de hotel, entre outros profissionais, é fundamental conhecer as poten- Colidades turisticas da regido onde atua, bem como conhecer minimamente os “sPagos detentores de relevancia histérico-cultural, para que assim possa atuar 4. SOM maior bagagem de informagoes. . cheng eR TOS era Eee turistica, mais do que um deslocamento espacial, é a p 4e tutistica, me novas culturas, uma Nova Gastronomnia, outras maneirag trocar, de conhecer nove as, ‘ . ‘ mundo, Pademos afirmar que € & possibilidade, e nag Garan. / 20 destino e comer em umn restaurante local, e nao simp lesmente Ge fastfood, com sabores comuns, que poderiam ser apreciaies arte do mundo. Para que novas experiéncias acontegam, & importan. e esteja aberto a elas. * se permitir observar 0 mundo com outros olhos, desacelerar os pas Otina, por isso € to importante estabelecer contato COM @ populagao 0 que deve ir além das previsiveis relagdes comerciais, Experimente um restaurante Comum aos moradores, fazer com Que Seja agua e snacks para deixar na bolsa), 00 Circuito turistico e buscar interagir com o: Pras EM UM supermer- ), Passar uma tarde em uma IS Nativos. " @ um fendmeno que esta em constante de- conceitua-lo @ algo Complicado, Ce dovido 4 grande diversidade de profissio. ee servigos que formam esse trade. Turismo Porem, principal nais, empresas e § Ao defini-to de forma estatica, teriamos urna perspec- tiva limitada da realidade e de sua verdadeira abrangéncia, pois so varios os tedricos e as entidades que apresentam detinigdes de turismo. Porém, para facilitar, utilizaremos o conceito de turismo da Organizagéo Mundial do Turismo (OMT) para formalizar os aspectos deste fendmeno: © turismo compreende as atividades que realizam as pessoas durante suas viagens e estadas em lu- gares diferentes do seu entorno habitual, por um periodo consecutive inferior a um ano, com finalida- de de lazer, negécios ou outras, (OMT, 1994) 890 turismo o desk 2 24 horas, ou gg ‘Ocamento deve ser superior "80 Configurar ony Pemoitar, @ inferior a um ano, para PANOSSO NE 19, 2010. Su residéncia, respectivamente 36. € importantes » P. 31). Para o, a viegems i SNe Seamenta-ta q ‘ompreender a ativid: 11988, de said, '® acordo com a motivagao da de sau SPOrteS, sol g ©. Negécios, aventura, estudos Me Outta Prala, hedonista, social, cultu- Nex Capitulo, ult Ln Fal Que i, Obj Sey Thala, 6 COMO Obj '8tiVo @ discutir 0 segmento Ut ater at 'VO @ Vivéncia do patriménio, ob Pais, S88 Entergy, | UO Bara que UStICO, Portanto, merec® ess, ; MANET Equiye 8a NOFAO de vivancia Nd Por exempg 'Vocada, © brasitey Guas gone SOS que decide conhe- a . Tuvtmo Cultural at Dnensber dp NAS, as pressas, utilizan~ do como transporte um dnibus, no qual os passageiros 608 8 0 portuqués, @ a8 paisagens 940 vistas Alraves de vidios, que funcionam q n cart am quase como es guias falam apenas ;eudos con 118.08 cheiras, 08 gastos @ as cores das runs, far alqumn tipo de turismo cultural? Sera que es: ciou @ cidade? Desfrutou dos > grupo realmente viven. 8 patriménias? Experimentou as dinamicas sociais dos destinos? Sera que podemos, de fato, Considerar turismo cultural? Alguns acreditar que sim -3 f lees oe ee thea Priguea >) Grupo de turistas: am Onibus. 9 turismo cultural seria aque- curso natural @, bens materiais eto (1995, p. 20, revatio principat um ou sea, connecer 0S pelo homer. Para Ba le que nao tern como att sim, urna oferta cultural, @ imateriais produzidos E, para melhor entendimento, podemos classificd-Io es dimensoe nas sequint @ Patrimonio material leqado humano representado por on arqueotogicas, museol6gicas, arquite meio de colego' tanicas, documentais ete. @ Patrimonio Imaterial: S40 praticas, representagdes, ex. pressdes, conhecimentos © técnicas. + Paisagem cultural: porgao peculiar territorial com expres sivas marcas da interagao do homern com o meio natural. Dimensdes do patriménio. & autore Fonte: elaborado pelos Turitms Catteral ¢ as Dimenstes de Pate min he Refletir a interface entre patriménio e turismo é impres- Cindivel, ja que a atividade turistica tem nos seus primérdios © grand tour, viagens feitas pelos filhos de familias burgue- \ sas inglesas para completarem a educagao, enriquecendo o espirito pelo saber, aprendendo novas linguas e costumes de outros povos, comprando obras de arte, visitando monumen- ( tos arquitetdnicos da Antiguidade, polindo suas maneiras e se tornando gentlemen completos, ou seja, eram viagens de Apalavra inglesa cunho cultural (COSTA, 20039, p. 26). gentleman signifi- Sate ‘one Nao importam quais sejam os direitos de proprieca- de, a destruicao de um prédio histérico e monumen- homem de boa educa~ (80, gentil, culto. tal ndo deve ser permitida a esses igndbeis especu- ladores, cujo interesse os cega para a honra. [..) Ha uso pertence a0 proprietario, sua beleza a todo mun- do; destrui-lo 6, portanto, extrapolar 0 que é Gireito. (viCTOR HUGO, 1832 apud FONSECA, 1997, p. 3) De acordo com Costa (2009, p. 26), 0 grand tour é con- siderado por muitos como uma invengao inglesa, ja que 2 Inglaterra era 0 pais mais rico e poderoso do mundo, com uma elite endinheirada, mas isolada geograficamente co restante da Europa e dos monumentos historicos. E, para se tornarem membros da sociedade educada, oS ingleses acre- ditavam que s ruinas da ica como as igrejas, 0s palacios @ 3 era necessario ver, in loco, tanto a: i s des de Roma class! s colegdes des capitais europeias. urs seguiam um modelo pa- arte das gran No século XVIII, os grand fo . d1d0, 0 principal guia turistico ~ The Grand Tour, de Thomas Nugent, publicado em 1749 - indicava visitas & Italia (Geno- va, Napoles, Florenga, Roma & Veneza). & Alemanha, 20s Pai- ses Baixos @ as tongas estadas na Franga (especialmente ein Paris), Esse era o roteiro mais popular, P's muitos acre- ditavam que somente esses locals eram merecedores de vi- sitagdo, ja que no restante do mundo reinava 0 barbarismo (COSTA, 2009, p. 24). (Pm Turitme, Patrindnis o Resionalaagte \ 47 1 ‘ on enn atirra que quando © rotelrO europeu se 009) CoOe gsoas de classes menos endinheira. ou familiar & Pe ai Sarna curpi(o, 08 grand tourists voltarem suas Grand tourists era" ae para locais mais distantes, como ononte do con- oxturitasendnieh FT americano, as Indias Orientals. 0 &xWEINO Ortente, Cee amt Egito eas cidades portuarias do norte 08 Africa. Ja os cantesdo eM nd tourists mals “exoticos” visitavarn 0 Japao, a Cidade Goo’ do Cabo (Africa do Sul) € 0 Rio de Janeiro (Brasil). FIL PSICOLOGICO DOS TURISTAS \ Plog (1990 apud PANOSSO NETTO, 2008) realizou seus estudos entre 0s anos 1970 e 1980, observando locais de visitagao turistica em cidades da Europa, mas também em paises tido como exdticos. como Indio e China, e classificou os turistas em trés tipologias de acordo com sua personalidade: + Turista psicocéntrico: prefere viajar para lugares ja conhecidos por ele e/ou que ja foram visitados onteriormente por muitos pes~ soos. Os destinos sdo constantes e previsiveis, além de oferecer toda infroestrutura turistica. + Turista alocéntrico: prefere viajar para destinos novos e/ou pouco explorados. Sdo aventureiros, curiosos e gostam de conhecer pes~ soas com culturas diferentes da sua. Gostam de flexibilidade na via- geme seus destinos normalmente possuem a infraestrutura basica necesséria. Senses ona see necessidades, motivagdes, gostos a Sener ate destin poseuemume meses ae soais @ estilos de vida. Seus rutura turistica, Porém, é . ' © importante ressaltar que a atividade turistic® alivdades saga ta 888 anos, como grande parte 628 : eee Pela burguesia, E uma importante di- aye Ns viagens de cunho cultural é 0 fat? ovens da aristocracia dos séculos XV!! & Se popul ferenga que de que, quar \ AB) Teriemo Culteral¢ 41 Dimencbes do Patriminie so XVIII viajava TORE Ee © conhecimento por meio dos ananaele hike: classica; j4 hoje se percebe ae Sead 0 Cultural se diversificaram e perde- eae e elitista, contemplando o significado Cultura €, assim, abrange monumentos, edi- (clos historicos, mas também as manifestagées folc icas, ; téricos, mas 2M as manifestacdes folclori wie " Bs , as diferentes linguagens artisticas e a gastronomia local e 1 5 2.3 Caboclo de Langa, personag 5olto (ou maracatu rural), € considerado Bl Registro das Formas de Expressao dol Se fassemos turistico, certamente térlo do Turismo (BRASIL, 20 Compreende a8 vivencia do conti patriménio histé rais, vatorizand imateriais.d de cultura, SUas produgoes artisticas jadas de patrimOnio cultura somo patrimOnio Cultural as E quando falamos dem Ser cham e intelectual P ost! apintura,@ is que tanscorrem No teMp9, Como a a (BARRETTO, 2000, p. 9) to, entendia s Em sentido estt oscullura @ 2 ArQuiLOtura, Mas exis obras de arte, artos, aqueli a music tem out’ danga, a literatura @ por cultura se entende muita coi De acordo com Santos (2006). P send um tema equivoco e cheio de ormadilhas, Cultura é uma polavra ; de otigem latina e em seu significado or agricolas. Vem do latim colere, que significa cultivar, habitar, proteger, iginal esté ligada ds atividades honrar com veneracao, 0 conceito de cultura pode ser interpretado ao menos de duas maneiras: a primeira remete a todos os aspectos de uma realidade so- cial, j6 que cultura é tudo aquilo que caracteriza uma populagdo huma- na; e a segunda refere-se mais especificamente ao conhecimento, as ideias e as crengas de um povo. E importante compreender que nao hé superioridade ou inferiorida- de de culturas; elas se relacionam com as sociedades de modo desigual. ss 0 lied € perceber que cada cultura tem a sua ldgica inter- 0 qual devemos procurar conhecer para que suas praticas, costu- mes, concepcées e transformacé " ‘mages fagam senti ———— ¢am sentido para aqueles que por Poder fi A ©mos Classificar o patriménio cultural em tes grandes divisdes: : crengag ton © Imaterial, por meio de manifestacoes & vas ares; monurentais: © material, por meio das representagoe> © pals, Poe pals#9am cultural, por meio das marcos ertitério pela relagao homem e espaco- Um exemplo bastante MO @ patiindnio 8 existény museus, pinac a lacotecas, PCAS, Cr culturais, que oe provocadas familiar da retagao entre turis- cia dos espagos culturais, com? alm ge ointO8 culturais ou outros espagos fungao de eduipamente em Lum eapaco culture . : 0 fundamental para o me ae - 0. =) SO } Turismo Cultural eas Dimensies do Patrimin ) 2 woe ee ce Netto @ Lohmann (2008, p. 435), 0 pa- ers Cultural adquire valor para o turismo, pois, por eo a ora a difusdo do saber, € a humanidade ao , historia sempre buscou conhecimento. Assim, os Patrimdnios cultur se tornaram atrativos turisticos, ace m ‘a sta a é motivam turistas @ sair de suas residéncias e a viajar para Poderem conhecer de perto tal monumento, museu, festa, cultura, sitio arqueolégico, conjunto arquitetdnico, entre ou- tros patriménios. No Brasil, as politicas de preservagao desde 0 inicio so conduzidas por historiadores, artistas, arquitetos e es- critores, intelectuais, em especial os modernistas, que se propuseram a atuar no Estado em nome do interesse pu- blico, na defesa da cultura, identificada a principio aos va- lores das camadas cultas, e assim participaram do Servigo do Patriménio Histérico e Artistico Nacional (PHAN), cria- do em 1937, pela Lei n° 378, sendo o primeiro drgao federal dedicado & preservagao, no governo Getulio Vargas, apds a elaboragdo de um projeto de salvaguarda desses bens cria- do por Mario de Andrade a pedido de Gustavo Capanema, o entao Ministro da Educagao e Satide, que demonstrava preo- cupagao com a preservagao do patriménio cultural brasileiro (FONSECA, 1997, p. 13). Porém, é importante observar que as primeiras respos- tas do poder ptiblico a essas demandas do meio intelectual partiram inicialmente dos governos de Minas Gerais (1926), Bahia (1927) e Pernambuco (1928), estados com significati- srvos de monumentos histéricos @ artisticos. De qualquer modo, se hoje vivemos no Brasil um revi- goramento do patriménio cultural, principalmente depois que 0 Decreto n° 3.551, de 4 de agosto de 2000, instituiu o Registro e o Inventario do Patriménio Cultural de natureza erial ou intangivel, é porque & semente de uma nogao de vos at imat ro Toritme, Patriminie« Regionalaaghe | 51} Ne ----& ue procurava abarcar todas as teiro fol plantada e gestada por éncia do Departamen- ae plural a asi do povo br gonretudo na exper (1935-1938) snio ampl 3008 ade, sao Paulo manifes mario de ANA to de Cultura de da ideia de patt! nio que vigorou até me e, representada quase exclusivamente pela “sa. mente, 1PM em pegta @ cal” (NOGUEIRA, 1895) Eee ep excepctonatidade, privilegiou Ure reperto- oe es culturais hegeménicas confor- ao europeia — luso-brasileira —, geralmente er constituido. Seguindo essa orienta- eservacionista ficou basicamente re- endo a restauragao € @ conservagaéo Muito difete recentement pautada no ve + bens Cujas EXPTeESs| muma tradig igentiticada com 0 pod tambem a pratica pr ombamento, S' mavi seus cortelatos. Para Mario de Andrade (apud NOGUEIRA, 2007), a et- nogratia brasileira ia mal. Era necessdrio que ela tomasse mediatamente uma orientagdo pratica baseada em normas eramente cientificas. Andrade afirmava: Nos ndo precisamos de tedricos, os tedricos virgo a seu tempo. Nés precisamos de mogos pesquisado- res, que vo a casa do povo recolher com serieda- de e de maneira completa 0 que esse povo guarda e rapidamente esquece, desnorteado pelo progress invasor. (ANORADE apud NOGUEIRA, 2007) oe p soounein ane p.17),no caso da politica federal no 0 Centro Histérico de aces @ conjuntos de extensao, i pre eeeleneatecCOCLo acaeg Seg nam mals como simbotos distantes & ques pennaniten efetivos de uma identida- 1.8 itmagem externa parma se identifique, e que fe brasileira i Brasil Inclusive, afirma que 9 v3, pelo futebol, pelo cay ‘epresentada basicamente pelo BETES © Dela F oumta toy @, mais recentemente, Pe endo valorizado, sobretuda ba No exterior, o Brasil continue pical, mesmo is OF Seus recursos naturals, Pele atIMONIG Cultural gen? Btguns bens tombs ‘al da Humanidade pela Unesco. imnévei va belez eleza tr 1 Turitmo Cultural e a: Dimensées de Patrims Vo APROFUNDE SEUS CONHECIMENTOS Foram reconhecidos pela Unesco (2017) z como i dade os seguintes bens no Brasil: Patriménio Cultural da Humani- Cidade Histérica de Ouro Preto (MG) Centro Histérico de Olinda (PE) Missées Jesulticas Guarani, em Ruinos de Sao Miguel das Missdes (RS) gia Santuério do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo (MG) Parque Nacional Serra da Capivara, em Sdo Raimundo Nonato (P1) Centro Histérico da Cidade de Diamantina (MG) Praca de Sao Francisco, em Sao Cristévao (SE) Conjunto Moderno da Pampulha (MG) 241 Instrumentos de protegao e salvaguarda ; came atargamento do conceito de Patrimonio que oo Himmosanos, desde 0 DeCret0-LeIN® 25/1937, pag sees igo 216 da ConstitUigao Federal de 1988, seqy. a no 3551/2000 & pela Portaria n° 127/2099 riar umn instrumento de prot sando pelo do pelo Decre! houve a necessidade de oe tegoria de patrimOnio, respeitandg salvaquarda para cada as particularidades e dinamicas 2.4.1.1 Tombamento De acordo com o Iphan (s/d): 0 tombamento € 0 instrumento de reconhecimento e protecao do patriménio cultural mais conhecido, e pode ser feito pela administragdo federal, estadual © municipal. Em 4mbito federal, 0 tombamento foi instituido pelo Decreto-Lei n° 25, de 30 de novembro de 1937, 0 primeiro instrumento legal de protecao do Patriménio Cultural Brasileiro e 0 primeiro das Amé- ricas, © cujos preceitos fundamentais se mantém atuais e em uso até os nossos dias. ) Ainda segundo o Iphan (s/d), a palavra tombo com 0 sentido de registro come vo N 2n0s, 0 local passou boa, em Portugal. Com o passar dos 3M guardados og ro chamado de Torre do Tombo. Ali 90 tombe. No Brasit TOs de registros especiais ou livros *° 25/1937 adotoy tae ne UM@ deferéncia, © Decreto-Lei Material passivel de SIS expressdes para que todo o bem "SUALIVO do tombar en teaMeNto, por meio do ato admi- Conespondente. M*® 88ja Inscrito no Livro do Tombo x > 4 ~ — Rintegra g \ '9 do Decre taem: . 2.4 Os profetas de Aleif Matosinhos, em Congonhas do Livro do Tombo de Belas Artes da) juizo, Conservar permanéncia no de resguardar, PI tico, intocado, a@ dinamismo do PI mente, significal ao bem considel Para ¢ viabitizar a sua ficlos mediante do segundo sett para proteger 0 patrimonio, 0 bem tombado, que ¢ onsiste em regis | os bens considerados valiosog , oc taro bem em umn “livro de uma agao que 3 tombo”, onde ficam reg istrados ° ge preservagaio do patriménio, como o ar. da Constituigao Federal de e sujeitos as leis 3 do § 3 988, portanto, smolidos nem modificados em seu aspect podem ser de sino e-em suas caracteristicas efetivas, implicando tam- nom que em um raio de 300 metros nada pode ser alterado, « de tombo utilizados pelo Iphan (S/d) no Bra- vro: ® Livro do Tombo Arqueoldgico, Etnografico e Paisagistico: onde sao inscritos os bens culturais em fungdo do vator ferencia para determinados grupos sociais; e de valor pai- sag'stico, englobando tanto areas naturais quanto lugares criados peto homem aos quais é atribuido valor a sua con- figuragao paisagistica, a exemplo de jardins, mas também cidades ou conjuntos arquiteténicos que se destaquem por sue relagdo com 0 territério onde estao implantados. - * Livro do Tombo Histérico: neste livro sao inscritos os bens culturais em fungao do valor histérico. E formado 210 conjunto dos bens méveis e iméveis existentes no Brasil € cuja conservagao seja de interesse publico por Sua vinculagao @ fatos memoraveis da historia do pais. Ecse listo, para methor condugao das agdes do Iphan. ‘eure, especificamente, os bens culturais em fungao do + ¥@\0r historico, que se dividem em bens iméveis (edi- ees, facendas, marcos, chafarizes, pontes, centios HSorcos, por exemplo) @ méveis (imagens, mobilidtio. Quadros € s\ogravuras, entre outras pegas). fic * ae do Tombo das Belas-Artes: rene as inscrigdes ‘ 810 fungao do valor artistico. O terme eee ee @S artes de carater nao utilitaria. Pacha ova @ as artes decorativas. Para 3 Enea beteza natural @ sdo conside- Bade. O surgine : pease Que combinam beleza @ utill- JNENO das academias de arte, na Europa 8 partir do século . 2 SeCulo XVI, foi decisive na alteragao do status bens culturais belas artes € a SG 1 Turitme Culteral eat Dimentées de Patriminie Rn personificado por Michelangelo Buonarroti (1475-1564), Nesse periodo, 0 termo belas-artes entrou na ordem do dia como sindnimo de arte académica, se- parando arte e artesanato, artistas e mestres de oficios. @ Livro do Tombo das Artes Aplicadas: onde sao inscritos os bens culturais fungao utilitaria. ) se refere & produgao artistica que se orienta para a 40 de objetos, pegas e construgées utilitarias: alguns setores da arquitetura, das artes decorativas, design, artes grificas e mobilidrio, por exemplo. Desde 0 século XVI, as artes aplicadas esto presentes em bens de diferentes es- tilos arquiteténicos. No Brasil, as artes aplicadas se mani- festam fortemente no Movimento Modernista de 1922, com pinturas, tapegarias e objetos de varios artistas. em fungao do valor artistico, associado a ssa denominagao (em oposigao as belas- arte criag APROFUNDE SEUS CONHECIMENTOS CONSTITUIGAO FEDERAL DE 1988 £ interessante observar nesse trecho da Constituigao Federal, promulgada em 1988, co conceito amplo de patriménio cultural, contemplando desde os modos de fazer (pa- triménio imaterial) aos j6 consolidados edificios e obras de arte (patriménio materia). Para Titulo VIII - Da Ordem Social Copitulo Ill - Da Educagéo, da Cultura e do Desporto Seco Il - Da Cultura § 3° Art, 216. Constituem-se patriménio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referéncia a identidade, 4 ado, & memédria dos diferen- tes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: 1. As formas de expressao: Il. Os modos de criar, fazer e viver; Ill. As criagées cientificas, artisticas @ tecnolégicas; IV. As obras, objetos, documentos, edificagdes & demais espagos des~ tinados as manifestagdes artistico-culturais; V. Os conjuntos urbanos e sitios de valor histérico, paisagistico, artis- tico, arqueolégico, paleontolgico, ecolégico e cientifico. saber mais, consulte 0 contetido disponivel em: . Acesso em: 14 jan. 2019. Teritma, Patrimdnio e Regionalengie | 1 sv) \ 241.2 Registro com o alargamento do ¢ oncelto de politica do patrm . 1. si, ao lado das igrejas, pontes e chafarizes, , foram, Sorvetes colo s cores do Br egistrados sabore 3g de Belém, Sucos, Cullnere, modos de vide brasileira fo carloca, a beleza dos indios e dos mesticos, a fag gingac sntada e a energ do nordestino), as dancas dramiaticas, ag feiti elodlas de bol, a musica Ce , a Feligiosidade popu popular (Cordel), formas is, modos de trabalhar superstigées, poesi 50, instrumentos musicé ‘# Livro de Registros dos Saberes: registros de bens imateriai riado para receber os que rednem conhecimentos € modos de fazer enraizados no cotidiano das comuni- dades, Os saberes so conhecimentos tradicionais as- sociados a atividad reconhecidos como grand oficios @ matérias-primas que identifiquern um grupo ite, estao associa- s desenvolvidas por atores sociais s conhecedores de técnicas, social ou uma localidade. Geralrn dos & produgao de objetos e/ou a prestagao de servigos que podem ter sentidos priticos ou rituais. Trata-se da apreensao dos saberes e dos modos de fazer relaciona- dos & cultura, a memoria e a identidade de grupos sociais. “ Livro de Registro das Celebragdes: reine os rituais e as festas que marcam vivéncia coletiva, religiosidade, entre- tenimento e outras praticas da vida social. Celebragdes sao ritos e festividades que marcam a vivéncia coletiva de um grupo social, sendo considerados importantes para a cultura, a memdria e a identidade, e acontecem em luga- res ou territérios especificos, podendo estar relacionadas 8 religido, a civilidade, aos ciclos do calendario etc. Séo ocasides diferenciadas de sociabilidade, que envolvem praticas complexas e regras proprias para a distribuigao de papéis, preparagao e consumo de comidas e bebidas, producdo de vestuario e indumentérias, entre outras. # Livro de Registro das Formas de Expresso: criado pare registrar as manifestagdes artisticas em geral. Formas de expresso sao formas de comunicagao associadas 2 determinado grupo social ou regido, desenvolvidas Por atores sociais reconhecidos pela comunidade e em re- lagao as quais 0 costume define normas. expectativas @ padrdes de qualidade. Trata-se da apreens30 das per- formances culturais de grupos socials. como manifes- prarias, musicais, plasticas, cénicas e ludicas, tagoes lit ’ consideradas importantes pare @ Sua que sao por el cultura, memoria e identidade, ‘@ Livro de Rogistro dos Lugares: nele so inscritos mer ' cados, feiras, santudrlos @ pragas onde se concen: ! ulturais coletivas. ‘ ‘ tram e/ou se reproduzem praticas C1 Wag) Torieme, Patrimonio e Resionalizagze \ 59 Nae. aon een roo \ 60 1 Turitmo Cultural e as Dimensdes de See es que possum sentido cultural di- 40 local, onde S40 realizadas wrezas variadas, tanto co- tanto vernaculas quanto Os lugares sao aquel! a populag ferenciado para 5 de natu as e atividade pratice tidianas oficiais. Podem s' quanto excepcionals er conceituados como lugares focais social de uma localidade, CUjos atributos sao e tematizados em representagées sim- participando da construgdo dos ento, memdria @ identidade dos da vide reconhecidos bolicas e narrativas, sentidos de pertencim grupos sociais (IPHAN, 8/0). 2.41.3 Chancela artir do momento em que se compreende 0 tomba- Api uma pro- mento como um instrumento incapaz de oferecer tecao a todas as praticas associadas ao espago, torna-se necessario a criago de um novo instrumento de protegéo, conhecido como chancela. Considerando que os instrumentos legais vigentes que tratam do patriménio cultural e natural, tomados individualmente, néo contemplam integralmente o conjunto de fatores implicitos nas paisagens cultu- rais; resolve: Estabelecer a chancela da Paisagem Cultural 8ra- sileira, aplicdvel a porgdes do territério nacional. (BRASIL, 2009) Pa ES aplicagao do conceito de paisagem cultural obje- apenas da diversidade e da riqueza dos cenarios, er tendo em vista que os processos de mas- mesmo ida e das paisagens tém colocado em risco & mesino provacado 0 desaparecimento de contextos de vid3 radigoes culturais (BRASIL, 2011), Sobre a pore re @ porgdo do territério chancelado como paisa- gem cultural né ; trativas eee SangOes ou restrigdes adminis- Mis vale rovsuttar ane MPesam Sua transformagso. acompanhada, ae em multos casos, a chancela é antecedida ou Complementada pelo tomba- . validagao d maximo de 10 anos, ‘eve ser realizada em um praz0 mento e sua te Patriménio 2, Figura 28 Turtetas ecmire Yom Forran ana (pe). euseger A chancela é um tituld odes especificas do pela interagao peculiar hol a caatinga, o candango e 0 yaticho e 0s pampas, 0 pes onais e 0 seringueiro e @ Por fim, a chancela di stada como mero ato deg stender ao intere patriménio cultural entos de promo na Constitdl eral atretad@ 30 sobre @ F yanhou folego a pA ynta das candidal sta Je Paraty pare @ | ategoria de pais: de patriménio no Brasil sempre esteve muito vinculada @ A ideia de patrimé ‘ida, inclusive a que vigorou por muito tempo nas politicas sua materialidade, it “a " eI di ‘ triménio foi a “sacralizago da memédria em pedra e cal”, em qu do patrims) do preservacao ficou praticamente reduzida ao tombamento, a pratica de pres Porém, quando 0 drgaio de protesao do patrirnénio de nivel federal, ° Instituto do Patrimdnio Histérico e Artistico Nacional (Iphan), percebeu que 5 tombamento era um instrumento falho e ineficaz de ser aplicado em, tudo o que recebera o status de bem patrimonial, recorreu aos legados de . Mario de Andrade, criador do Iphan na década de 1930, que fealizou uma orande pesquisa etnografica pelo Brasil, em que registrou lugares, miisicas, Gangas, saberes e sabores do pais. Algm desse avango do olhar nas politicas do patriménio para a imoterialidade dos bens, nota-se 0 surgimento de uma nova categoria de patrimSnio cinda pouce discutida na literatura, a paisagem cultural, como mencionado anteriormente, categoria esta que sé ganhou atengao no Brasii em meados dos anos 2000, quando as cidades do Rio de Janei- ro (RJ) e Paraty (RJ) se candidataram para a Lista de Patriménio Mundial de Unesco na categoria de Paisagem Cultural, Por fim, refletir a relacdo que a atividade turistica, em especial o segmento cultural, esta- belece com os bens patrimonicis & fazer jusaum paisagenacultra marco das primeiras viagens de formato turistico, representamas © grond tour, os deslocamentos motivados pelo obras combinadas da interesse no saber, alm de compreender que an "0 pode ser um importante aliado na pre ‘ServacGo e na manutencdo dos bens patrimoniais a7 motericis, imoteriois e paisagisticos, turis Liste os monumentos e as Manifestages culturais voré cons ! ™onio e verifique se eles 10 politica (municipal, estadual oy federal) 2. Algumn des de sua ci regido que idera como patti eee mo es) do reconhecidos por algu- s bens € re Conhecido cor i i ~ Haw des °'N0 Patriménio em mais de uma esfera po- . Algum desses bens consi iderados por voce co nhecido pelo Estado? Como fy coy des: unci Patriménio ainda nao é reco- na a dinamica se bem em sua cidade e Esta do? Para tombamento e/ou registro 0 REFERENCIAS BIBLIOGRUNICAS aGENCIA NACIONAL DE AVIAGAO CIVIL (Ane). Dados Eat : sta- tisticos. 2018. Disponivel em: . Aces statisticas/dados-estatisticos/da- sso em: 28 jul. 2018. gos-estatisticos €. J. V, Turismo: fundamentos e dimensées. S40 paulo: Atica, 2000. SRETO, M. Manual de iniciagdo ao estudo do turismo Campinas: Papirus, 1995. ___ Turismo e tegado cultural. Campinas: Papirus, 2000. NI, M.C. Analise estrutural do turismo. So Paulo: Senac, 2002. Disponivel em: . Acesso em: 14 jan. Constituigéo Federal. www. senado.leg.br/ativida con ga8_05.10.1988/art_216_.as 2019. fe Regionalizagao. 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