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Postura - Musculos
Postura - Musculos
JUIZ DE FORA - MG
2009
Cíntia Pessoa Rezende
Débora dos Reis Faião
Professora Orientadora:
Profª. Msc. Maria Lúcia de Castro
Polisseni
Juiz de Fora/MG
Faculdade de Educação Física e Desportos/UFJF
2009
CÍNTIA PESSOA REZENDE
DÉBORA DOS REIS FAIÃO
Aprovado por:
Juiz de Fora
2009
AGRADECIMENTOS
À Profª. Msc. Maria Lúcia de Castro Polisseni, nossa orientadora, que além de
excelente profissional acadêmica, acreditou no nosso trabalho, e nos ajudou
nesta caminhada. Nossos agradecimentos por tudo que contribuiu para o nosso
crescimento acadêmico e científico.
À Ione Lúcia Pessoa Rezende pelo apoio, pela presença e pelas ajudas
constantes na confecção deste trabalho.
Aos colegas e amigos que, de alguma forma, colaboraram para a realização desta
monografia.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 10
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 12
2.1 Anatomia da cintura escapular................................................................... 12
2.2 Definições dos movimentos da cintura escapular...................................... 13
2.3 Conceitos de postura................................................................................. 14
2.4 Postura da cintura escapular...................................................................... 15
2.5 Principais alterações musculoesqueléticas da cintura escapular.............. 15
3 OBJETIVO...................................................................................................... 17
4 METODOLOGIA............................................................................................. 18
4.1 Características da pesquisa...................................................................... 18
4.2 População................................................................................................. 18
4.3 Amostra..................................................................................................... 18
4.4 Procedimentos de coletas de dados......................................................... 18
4.4.1 Avaliação clínica subjetiva................................................................ 18
4.4.2 Registro fotográfico........................................................................... 19
4.4.3 Medidas de referência das escápulas.............................................. 20
4.4.4 Testes dos comprimentos e forças musculares dos músculos da
cintura escapular............................................................................................. 20
4.5 Teste piloto................................................................................................ 21
4.6 Análise dos dados..................................................................................... 21
4.7 Critérios de Exclusão................................................................................. 22
4.8 Consentimento livre e esclarecido............................................................. 22
4.9 Limitações do estudo................................................................................. 22
5 RESULTADOS................................................................................................ 23
5.1 Alterações posturais: sexo feminino.......................................................... 23
5.2 Alterações posturais: sexo masculino........................................................ 25
5.3 Frequência de alterações musculares (encurtamento ou fraqueza).......... 27
6 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS................................................................. 32
7 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES........................................................... 34
8 REFERÊNCIAS............................................................................................... 35
9 ANEXOS.......................................................................................................... 39
9.1 Termo de consentimento livre e esclarecido............................................. 39
9.2 Ficha para coleta de dados........................................................................ 43
9.3 Fotos.......................................................................................................... 44
9.3.1 Avaliação: vista posterior.................................................................. 44
9.3.2 Avaliação: vista lateral direita e esquerda......................................... 45
9.4 Materiais utilizados..................................................................................... 46
9.4.1 Fita métrica....................................................................................... 46
9.4.2 Goniômetro....................................................................................... 46
9.4.3 Fio de prumo..................................................................................... 47
9.4.4 Câmera fotográfica............................................................................ 47
9.4.5 Tripé.................................................................................................. 47
LISTA DE GRÁFICOS
1- INTRODUÇÃO
2 – REVISÃO DE LITERATURA
2- Fixa-se no bordo medial da escápula, através do músculo denteado e passa sob a escápula
para se fixar no bordo antero-lateral das nove primeiras costelas.
4- Articulação funcional, situada entre o deltóide e o acrômio através da bursa subdeltóidea que
facilita o deslizamento entre a face profunda do deltóide e o manguito rotador.
13
Lapierre (1982) chama atenção para o fato de que indivíduos que não
possuem elementos anatômicos idênticos não podem ter uma postura
morfologicamente idêntica. Porém, é possível, qualquer que seja a morfologia
do indivíduo, definir um princípio geral de equilíbrio considerado desejável, que
consiste em uma atitude na qual cada segmento ocupa uma posição próxima da
sua posição de equilíbrio mecânico.
Gardiner (1995) afirma que uma boa postura é aquela na qual se cumpre
determinada finalidade com eficiência máxima e esforço mínimo. Já a má postura
é aquela na qual o indivíduo não consegue preencher a finalidade para a qual
se destinava, ou uma quantidade desnecessária de esforço muscular foi usada
para mantê-la.
De acordo com Kisner & Colby op. cit., a boa postura é aquela na qual as
estruturas anatômicas estão dentro do alinhamento “normal”, sem limitações
estruturais. Podemos entender alinhamento normal como sendo articulações em
extensão na posição ortostática (exceto para os tornozelos, que permanecem a
90º e os antebraços e de dos das mãos, os quais se encontram ligeiramente
fletidos e arqueados, respectivamente).
5
Incapacidade para exercer uma força muscular, em relação ao grau esperado. Utiliza-se testes
de resistência para diagnosticar este tipo de transtorno muscular.
6
Diminuição definitiva do comprimento muscular, causada por afecções ou alterações
neuromusculares que afetem as estruturas anátomo-fisiológica da musculatura do indivíduo.
16
3 – OBJETIVOS
4 – METODOLOGIA
4.2 – População
4.3 – Amostra
Para esta medida foi utilizada uma câmera digital cyber-shot DSC-S 500,
marca sony, com resolução de 6.0 megapixels. Os avaliados permaneceram em
posição ortostática sobre o tapete, na posição indicada. A câmera fotográfica foi
20
Para esta medida foram utilizados: fita métrica de 1,5 mt da marca CARCI;
e goniômetro de material plástico com duas réguas de 20 cm e sistema
transferidor de 0 a 360º, de cor transparente da mesma marca.
Foram tomados como referência os ângulos superiores das escápulas que
deveriam estar alinhados ao nível do processo espinhoso de T3; os ângulos
inferiores das escápulas que deveriam estar alinhados ao processo espinhoso de
T7 e os bordos mediais das escápulas que deveriam estar verticalizados e
posicionados a uma mesma distância em relação a coluna torácica ( entre 0,5 e
0,75m) (KAPANDJI, op cit.).
Foram avaliadas as obliquidades sagitais escapulares e as seguintes
medidas: distância entre os ângulos superiores da escápula em relação ao
processo espinhoso de T3, distância entre as bordas mediais da escápula e a
coluna torácica, distância entre os ângulos inferiores e o processo espinhoso de
T7, em ambos os lados, para verificar a simetria entre os lados direito e esquerdo.
- Para escápula aduzida (ou retraída), foi testada a força dos músculos
serrátil anterior, peitoral menor e peitoral maior e o encurtamento das fibras
musculares dos músculos rombóides e trapézio médio.
- Para escápula elevada, observada na avaliação clínica subjetiva, testou-
se a força dos músculos peitoral menor e trapézio inferior, e encurtamento do
músculo trapézio superior.
- Para escápula deprimida, testou-se as forças dos músculos elevadores da
escápula, trapézio superior, rombóides e grande dorsal, além do comprimento
muscular do músculo trapézio inferior.
- Para escápula rodada medialmente (rotação para baixo), verificou-se
alteração da força do músculo redondo maior e comprimento muscular dos
músculos rombóides.
- Para escápula rodada lateralmente (rotação para cima), foi testada a força
dos músculos rombóides.
- Para protrusão de ombro, analisou-se o comprimento do músculo peitoral
menor.
- E por fim, para protrusão com a rotação medial de ombros, testou-se os
comprimentos dos músculos peitoral menor e grande dorsal.
Todos os músculos foram avaliados de acordo com as provas e testes
musculares propostos pelos autores KENDALL, MCCREARY e PROVANCE op
cit. em sua obra intitulada “Músculos, provas e funções”.
5 – RESULTADOS
10
9
8
7
Frequência
6
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Alterações posturais
Gráfico 1: Incidência de desvios posturais da cintura escapular - Grupo I: sexo feminino (n=10).
24
10
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Alterações posturais
Gráfico 2: Incidência de desvios posturais da cintura escapular – Grupo II: sexo masculino, (n=10).
músculos rombóides. Dos que tinham esta alteração somente do lado direito, um
apresentou fraqueza de músculos serrátil anterior direito e rombóide direito. O
segundo, fraqueza apenas de rombóide direito.
Dos 10 universitários avaliados, 3 apresentaram somente a escápula direita
abduzida, 1 somente à esquerda e 1, em ambos os lados. Destes 5, todos
apresentaram fraqueza de trapézio médio bilateralmente. Porém, durante o teste
dos músculos rombóides encontramos os seguintes resultados: o universitário
que apresentava alteração bilateral, apresentou fraqueza somente de músculo
rombóide esquerdo. Dos 3 que apresentaram alteração somente do lado direito, 1
apresentou fraqueza de ambos os rombóides, 1 não apresentou fraqueza de
músculos rombóides em nenhum dos lados e 1 demonstrou fraqueza apenas de
rombóide esquerdo. No universitário que apresentou somente a escápula
esquerda abduzida, verificou-se fraqueza dos músculos trapézios médios.
Constatou-se elevação escapular, de pelo menos um lado, em 7
universitários, sendo 2 bilateralmente, 2 apenas à direita e 3 apenas à esquerda.
Dos 2 que apresentaram desvio bilateral, apenas 1 apresentou fraqueza de
músculos peitoral menor e trapézio inferior em ambos os lados. Dos 2
universitários que apresentaram elevação da escápula direita, 1 apresentou
fraqueza dos músculos trapézio inferior (bilateral) e peitoral menor (bilateral) e 1
apresentou diminuição da força somente em trapézio inferior direito. Dos 3
universitários que apresentaram elevação escapular à esquerda, 1 apresentou
fraqueza de músculos peitoral menor e trapézio inferior (bilateral), 1 demonstrou
fraqueza somente de trapézio inferior (bilateral). E 1 apresentou fraqueza de
trapézio inferior (bilateral) e peitoral menor esquerdo. Em todos os 7 universitários
citados, constatou-se encurtamento dos músculos trapézios superiores em pelo
menos um dos lados, sendo este coincidente com o lado onde havia elevação da
escápula.
O único universitário que apresentou a escápula direita rodada
medialmente, ao contrário do que se esperava, não mostrou fraqueza de redondo
maior, nem encurtamento de músculos rombóides.
A rotação lateral da escápula foi observada em 4 universitários, sendo 1
bilateralmente, 1 à esquerda e 2 com rotação lateral para a direita. O primeiro
indivíduo mostrou fraqueza somente em músculo rombóide esquerdo, o segundo
27
Escápula Alada
20
Encurtamento e/ou
Fraqueza Muscular
15
10
0
Fraqueza de serratil anterior Fraqueza de rombóides Nº de incidência de
Escápula alada
Músculos envolvidos
Escápula Abduzida
20
Encurtamento e/ou
Fraqueza Muscular
15
10
0
Fraqueza de trapézio médio Fraqueza de rombóides Nº de incidências de
Escápula abduzida
Músculos envolvidos
Escápula Elevada
20
Encurtamento e/ou
Fraqueza Muscular
15
10
0
Fraqueza de peitoral Fraqueza de trapézio Encurtamento de Nº de incidências de
menor inferior trapézio superior Escápula elevada
Músculos envolvidos
Escápula Deprimida
Encurtamento e/ou
Fraqueza Muscular
20
15
10
5
0
Fraqueza de Fraqueza de Fraqueza de Fraqueza de Encurtamento Nº de
elevador da trapézo rombóides grande dorsal de trapézio incidência de
escápula superior inferior Escápula
deprimida
Músculos envolvidos
20
15
Muscular
10
0
Fraqueza de redondo maior Encurtamento de rombóides Nº de incidência de Escápula
rodada medialmente
Músculos envolvidos
20
Encurtamento e/ou
Fraqueza Muscular
15
10
0
Fraqueza de rombóides Nº de incidências de Escápula rodada
lateralmente
Músculos envolvidos
Protrusão de Ombro
20
Encurtamento e/ou
Fraqueza Muscular
15
10
0
Encurtamento de peitoral menor Nº de incidências de protrusão de ombro
Músculos envolvidos
Encurtamento e/ou 20
Fraqueza Muscular 15
10
5
0
Encurtamento de peitoral Encurtamento de grande Nº de incidências de
menor dorsal protrusão com rotação
medial de ombros
Músculos envolvidos
Gráfico 10: Relação - nº de incidência de protrusão com rotação medial de ombros x alteração
muscular.
7. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- PENHA, P.J., JOÃO, S.M., CASAROTTO, R.A., AMINO, C.J., PENTEADO, D.C.
Postural assessment of girls between 7 and 10 years of age. Clinics. p.9-16,
2005.
- SPENCE, AP. Anatomia Humana Básica. São Paulo: Manole, 2a. Ed., 1991.
9 – ANEXOS
O Sr. (a) está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa Incidência de
alterações posturais da cintura escapular em universitários de Educação Física da
Universidade Federal de Juiz de Fora.
Neste estudo pretendemos verificar a incidência de alterações posturais da cintura escapular
em adultos jovens, universitários do curso de Educação Física da Universidade Federal de
Juiz de Fora.
O motivo que nos leva a estudar este tema é a falta de estudos focais específicos para o grupo
populacional em questão, que se encontra cada vez mais sujeito a alterações posturais da cintura
escapular devido a sua rotina de aulas e trabalhos domiciliares.
Para este estudo adotaremos os seguintes procedimentos:
O método utilizado para a coleta dos dados constará de exame postural através de (1)
observação clínica subjetiva, (2) registro fotográfico, (3) medidas goniométricas das
amplitudes de movimento articular e (4) testes dos comprimentos musculares da região da
cintura escapular (KENDALL, 1995).
1 – Observação clínica subjetiva
Inicialmente serão demarcados com auto-adesivos os processos espinhosos das vértebras
T3, T7 e L2; os ângulos superiores; os ângulos inferiores das escápulas direita e esquerda
e centro da cabeça do úmero de ambos os lados. A localização do processo espinhoso de
T3 ocorrerá a partir da localização do processo espinhoso da sétima vértebra cervical (C7),
considerado o mais proeminente. Durante as demarcações, será solicitado que os
avaliados flexionem a coluna cervical para que o processo espinhoso de C7 sobressaia e
seja localizado através da palpação, e em seguida solicitaremos que os universitários
voltem à posição de referência para que a pele retome sua tensão de repouso (Dufour et al,
40
Em caso de dúvidas com respeito aos aspectos éticos deste estudo, você poderá consultar o
CEP- COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA/UFJF
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA UFJF
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA
CEP 36036.900
FONE:32 3229 3788
43
9.3- Fotos
9.4.2 - Goniômetro
47
9.4.5 – Tripé