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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL


ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

CAROLINA PRISCILA NOGUEIRA MIRANDA

ANÁLISE ERGONÔMICA DOS NÍVEIS DE RUÍDO E ILUMINAÇÃO


EM UMA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

CURITIBA
2016
CAROLINA PRISCILA NOGUEIRA MIRANDA

ANÁLISE ERGONÔMICA DOS NÍVEIS DE RUÍDO E ILUMINAÇÃO


EM UMA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA

Monografia apresentada para obtenção do título de


Especialista no Curso de Pós Graduação em
Engenharia de Segurança do Trabalho,
Departamento Acadêmico de Construção Civil,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
UTFPR.
Orientador: Prof. M.Eng. Massayuki Mário Hara

CURITIBA
2016
CAROLINA PRISCILA NOGUEIRA MIRANDA

ANÁLISE ERGONÔMICA DOS NÍVEIS DE RUÍDO E ILUMINAÇÃO


EM UMA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA

Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista no Curso
de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Tecnológica
Federal do Paraná – UTFPR, pela comissão formada pelos professores:

Banca:

_____________________________________________
Prof. Dr. Rodrigo Eduardo Catai
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.

________________________________________
Prof. Dr. Adalberto Matoski
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.

_______________________________________
Prof. M.Eng. Massayuki Mário Hara (orientador)
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.

CURITIBA
2016

“O termo de aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso”


AGRADECIMENTOS

“Tenho(…) enorme respeito e a mais elevada admiração por todos os


engenheiros, especialmente pelo maior deles: Deus”
THOMAS ALVA EDISON

Agradeço a Deus por toda proteção e a Nossa Senhora de Guadalupe por sua
intercessão.
Aos meus pais por todo apoio, carinho e incentivo ao longo dos anos de estudo
e por me fazerem acreditar que este sonho seria possível.
À minha família, em especial minha irmã e minha madrinha, por sempre me
acolherem.
Aos professores Rodrigo Eduardo Catai e Massayuki Mário Hara , pelo incentivo,
paciência e orientação para conclusão deste trabalho.
A todos os funcionários da Biblioteca de Ciência e Tecnologia da Universidade
Federal do Paraná, que contribuíram para a concretização deste trabalho, em especial à
Eliane Maria Stroparo, coordenadora da biblioteca, pelo seu exemplo de
profissionalismo e dedicação.
RESUMO

Este trabalho teve como objetivo analisar os níveis de ruído para conforto acústico e
iluminação em uma biblioteca universitária e propor algumas soluções em caso de não
conformidades. O ambiente analisado foi uma biblioteca universitária dividida em três
pavimentos. Para cada pavimento foram coletadas amostras de ruído e iluminância de acordo
com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) através das NBR 10151 e NBR
5382 respectivamente. Os dados foram tabulados e gerados gráficos para cada andar da
biblioteca. Os dados obtidos foram avaliados com base na diretiva da norma regulamentadora
n°17 do Ministério do Trabalho e nas NBR 10152 para conforto acústico e NBR 5413 para
iluminação. Para conforto acústico, os resultados obtidos em sua grande maioria foram
inadequados, onde as áreas que tiveram maiores índices foram o salão de leitura da área
externa e a entrada da biblioteca. Em relação à iluminação, os resultados também foram
ineficientes, uma vez que praticamente em todos os pontos analisados se mostraram
inadequados, destacaram-se os recintos entre as estantes de livro, onde os resultados foram
mais prejudiciais. A partir dessas análises foram feitas sugestões para adequação destes
ambientes.

Palavras-chave: Ergonomia, Ruído, Iluminação, Biblioteca.


ABSTRACT

The aim of this study was analyze the noise levels for acoustic comfort and lighting in a
university library and propose some solutions in the event of non-compliance. The
environment was a university library divided into three floors. For each floor noise and
luminance samples were collected according to the Brazilian Association of Technical
Standards (ABNT) through the NBR 10151 and NBR 5382 respectively. Data were tabulated
and generated graphs for each floor of the library. The data were evaluated based on the
policy of the regulation No 17 of the “Ministério do Trabalho e Emprego” and the NBR 10152
for acoustic comfort and NBR 5413 for lighting. For acoustic comfort, the results were mostly
inadequate, where the areas that had the highest rates were the reading room of the outdoor
area and the library entrance. Regarding the lighting, the results were also inefficient, since
virtually all the points analyzed proved inadequate, stood out the grounds between the
bookshelves, where the results were more harmful. From these analyzes were made
suggestions for adequacy of these environments.

Keywords: Ergonomics, Noise, Lighting, Library.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: CURVAS DE COMPENSAÇÃO ............................................................................. 14


Figura 2: MODELO DE DECIBELÍMETRO DA INSTRUTERM DEC-460 ........................ 15
Figura 3: ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO ...................................................................... 19
Figura 4: CURVA DE SENSIBILIDADE DO OLHO HUMANO ......................................... 19
Figura 5: INTENSIDADE LUMINOSA .................................................................................. 20
Figura 6: GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS ........................................................................... 23
Figura 7: MODELO DE LUXÍMETRO DA INSTRUTHERM LD-300 ................................. 23
Figura 8: ESBOÇO DO 1° ANDAR COM LOCAÇÃO DAS REGIÕES DE MEDIÇÃO DE
RUÍDO ..................................................................................................................................... 27
Figura 9: ESBOÇO DO 2° ANDAR COM LOCAÇÃO DAS REGIÕES DE MEDIÇÃO
RUÍDO ..................................................................................................................................... 28
Figura 10: ESBOÇO DO ANDAR TÉRREO COM LOCAÇÃO DAS REGIÕES DE
MEDIÇÃO RUÍDO .................................................................................................................. 28
Figura 11: ESBOÇO DO 1° ANDAR COM OS PONTOS DE MEDIÇÃO DE
ILUMINAÇÃO ........................................................................................................................ 29
Figura 12: ESBOÇO DO 2° ANDAR COM OS PONTOS DE MEDIÇÃO DE
ILUMINAÇÃO ........................................................................................................................ 30
Figura 13: ESBOÇO DO ANDAR TÉRREO COM OS PONTOS DE MEDIÇÃO DE
ILUMINAÇÃO ........................................................................................................................ 31
Figura 14: VALORES DE RUÍDO NO 1° ANDAR................................................................ 32
Figura 15: VALORES DE RUÍDO NO 2° ANDAR................................................................ 33
Figura 16: VALORES DE RUÍDO NO TÉRREO ................................................................... 34
Figura 17: VALORES DE ILUMINÂNCIA 1° ANDAR ........................................................ 35
Figura 18: VALORES DE ILUMINÂNCIA 2° ANDAR ........................................................ 36
Figura 19: VALORES DE ILUMINÂNCIA TÉRREO ........................................................... 37
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE


.................................................................................................................................................. 16
Tabela 2: NÍVEL DE CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO NCA PARA AMBIENTES
EXTERNOS ............................................................................................................................. 16
Tabela 3: NÍVEIS DE RUÍDO PARA CONFORTO ACUSTICO (NBR 10152) ................... 17
Tabela 4: NÍVEIS LIMITES DE RUÍDO, SEGUNDO A OMS .............................................. 18
Tabela 5: EXEMPLOS DE VALORES DE ILUMINÃNCIA (E) ........................................... 21
Tabela 6: VALORES MÉDIOS DE ILUMINAÇÃO PARA DIFERENTES AMBIENTES .. 25
Tabela 7: DIVISÕES DAS ÁREAS DA BIBIOTECA ............................................................ 26
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

A - Área
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
AET - Análise ergonômica do trabalho
cd - Candela
CDL - Curva de Distância Luminosa
d - Distância
dB - Decibéis – unidade de medida do som
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IEA - International Ergonomics Association
m - Metro
lm - Lúmen
lx - Lux
NBR - Denominação de norma da ABNT
NIS - Nível de Intensidade Sonora
nm - Nanômetro
NPS - Nível de Pressão Sonora
NR - Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho
OMS - Organização Mundial da Saúde
PNE - Plano Nacional de Educação
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
1.1 OBJETIVOS ............................................................................................................ 11
1.1.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 11
1.1.2 Objetivos específicos ........................................................................................... 11
1.2 JUSTIFICATIVAS .................................................................................................. 11
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 12
2.1 ERGONOMIA ......................................................................................................... 12
2.2 RUÍDO .................................................................................................................... 12
2.2.1 Definição de som e ruído ..................................................................................... 12
2.2.2 Quantificando o ruído .......................................................................................... 13
2.2.3 Classificação do ruído ......................................................................................... 14
2.2.4 Limite de tolerância para ruído ............................................................................ 15
2.2.5 Conforto acústico ................................................................................................. 17
2.3 ILUMINAÇÃO ....................................................................................................... 18
2.3.1 Definição de luz ................................................................................................... 18
2.3.2 Conceitos e grandezas ......................................................................................... 20
2.3.3 Limite de tolerância para iluminação de interiores ............................................. 24
2.3.4 Conforto visual .................................................................................................... 24
3. METODOLOGIA.................................................................................................... 26
3.1 CARACTEIZAÇÃO DO AMBIENTE ................................................................... 26
3.2 METODOLOGIA PARA MEDIÇÃO DE RUÍDO ................................................ 26
3.3 METODOLOGIA PARA MEDIÇÃO DA ILUMINAÇÃO ................................... 29
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 32
4.1 RESULTADOS PARA RUÍDO .............................................................................. 32
4.2 RESULTADOS PARA ILUMINAÇÃO ................................................................. 34
4.3 RESULTADOS GERAIS E SUGESTÕES............................................................. 37
5. CONCLUSÃO.......................................................................................................... 39
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 40
ANEXO A ........................................................................................................................... 43
ANEXO B ........................................................................................................................... 44
10

1. INTRODUÇÃO

Para atender à demanda de seus usuários, as organizações precisam se ajustar às


exigências e às mudanças que ocorrem a todo o momento. A biblioteca universitária é uma
organização social, prestadora de serviço que funciona como apoio da instituição de ensino
em que se insere, para que esta cumpra a sua missão.
As instalações físicas de uma biblioteca devem proporcionar aos seus usuários e
funcionários um ambiente confortável e seguro. O ambiente pode influenciar no bem-estar
físico e psicológico.
Alguns estudos sugerem que vários fatores podem influenciar nas atitudes e no bem-
estar das pessoas em ambientes internos. A Revista Office (1997) descreve alguns fatores
entre as causas de baixa produtividade, como por exemplo, a inadequação da iluminação que
pode causar cansaço visual, estresse e até mesmo depressão; o ruído pode causar irritabilidade
e falta de concentração.
A Ergonomia é uma disciplina de caráter multidisciplinar que fundamenta seu estudo
em várias áreas científicas e utiliza este conhecimento para atingir sua finalidade que é
adaptar o trabalho ao ser humano. A partir de 23 de novembro de 1990, o Ministério do
Trabalho e Emprego instituiu a Norma Regulamentadora n° 17 - Ergonomia (NR-17), que
visa estabelecer um conjunto de especificações para adaptar as condições de trabalho às
características psicológicas e físicas do profissional; dentro dessas especificações temos as
condições ambientais de trabalho, ao qual fazem parte níveis de ruído e os níveis mínimos de
iluminamento.
Considerando a importância das condições de saúde, conforto e segurança de usuários
e funcionários, este trabalho buscou, através de um estudo de caso, avaliar as condições
ergonômicas de iluminação e ruído com a finalidade de colaborar com o bem-estar e conforto
das pessoas que trabalham e frequentam esses ambientes.
11

1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral
Este trabalho tem como objetivo analisar níveis de ruído para conforto acústico e
iluminação em uma biblioteca universitária e propor algumas soluções em caso de não
conformidades.

1.1.2 Objetivos específicos


Tem-se como objetivos específicos:
• Obter dados de níveis de ruído com base na Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), tendo por referência a NBR 10151 – Acústica - Avaliação do
ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade - Procedimento.
• Obter dados da iluminação com base na NBR 5382 – Verificação da iluminância
de interiores - Método de ensaio.
• Verificar de acordo nos dados obtidos, se a biblioteca em estudo atende às
condições exigidas, tomando por base a NR-17, a NBR 10152 e a NBR 5413.
• Propor algumas soluções caso de não conformidade para ruído e iluminação.

1.2 JUSTIFICATIVAS
O Governo Federal iniciou no ano de 2001 o Plano Nacional de Educação (PNE) que
tinha como meta a oferta de educação superior para, pelo menos, 30% da faixa etária de 18 a
24 anos de acordo com o censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), de 2001 a 2010, o crescimento do acesso ao ensino superior no Brasil foi
de 110,1%.
Para atender tal demanda várias universidades surgiram, e ou, as já existentes
ampliaram suas estruturas físicas. A preocupação com o conforto é essencial, pois a qualidade
do meio construído pode afetar de forma significativa os aspectos sensoriais e psicológicos de
quem faz uso dele, diminuindo a capacidade de aprendizado e rendimento.
A biblioteca é um ambiente de estudo e local onde os estudantes, quando não estão em
sala de aula, passam grande parte do seu dia. Ela também é um ambiente de trabalho para os
funcionários que são responsáveis por garantir seu funcionamento. Portanto, para assegurar a
aprendizagem e a qualidade de vida dos frequentadores e funcionários, é necessário que esse
ambiente seja saudável e confortável, a fim de garantir o bem estar do indivíduo, sua
segurança e produtividade.
12

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ERGONOMIA
Segundo o conceito apresentado pela International Ergonomics Association (IEA), a
ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem, seus meios, métodos e espaço de
trabalho. Seu objetivo é elaborar, mediante a contribuição de diversas disciplinas científicas
que a compõem, um corpo de conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de aplicação,
deve resultar em uma melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos e dos ambientes de
trabalho e de vida (IEA, 2001).
A NR-17, no item 17.1.2 descreve que “para avaliar a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a
análise ergonômica do trabalho (AET)” (BRASIL, 2015b).
A AET possibilita determinar riscos e situações desfavoráveis a que os trabalhadores
estão expostos, esta análise não se limita somente ao trabalhador, mas também as condições
ambientais de trabalho como, conforto acústico, iluminação, temperatura, vibração, métodos
de trabalho (IIDA, 2005).

2.2 RUÍDO
2.2.1 Definição de som e ruído
O som é originado por uma vibração mecânica que se propaga no ar e atinge o ouvido,
por exemplo, ao tocar uma corda de violão. Assim, o som é definido como qualquer vibração
ou conjunto de vibrações ou ondas mecânicas que podem ser ouvidas (MATTOS &
MÁSCULO, 2011).
Dessa forma, pode-se definir o ruído como “todo som incômodo ou excessivo ao
organismo” (FANTINI NETO, 2015). Outros autores, como exemplo Vieira (2008) e Mattos
(2011), também definem o ruído sendo um som indesejável.
O aparelho auditivo consegue distinguir frequências entre 20 e 20.000 Hz. Abaixo dos
20 Hz têm-se os infrassons, sendo que estes podem provocar efeitos indesejáveis o ser
humano como dor de cabeça, enjoos, vômitos, entre outros (GERGES, 2000). Logo, a
diferença entre som e ruído depende de cada indivíduo. Sons mesmo na faixa audível podem
causar danos ao ser humano, como produção excessiva de adrenalina, aumento do batimento e
pulsação, perda de concentração mental, irritabilidade, surdez, entre outros.
13

2.2.2 Quantificando o ruído


A unidade utilizada para medir o som é o decibel, simbolizado por dB. O dB é uma
unidade logarítmica que expressa a relação entre a intensidade sonora (I) no ambiente e a
intensidade mínima percebida pelo ouvido humano (I0), desta relação obtém-se o nível de
intensidade sonora (NIS) e expressa em dB, descrito pela equação 1 (FANTINI NETO, 2015;
MATTOS e MÁSCULO, 2011).

NIS = 10 log (I/I0) (decibel - dB) (Eq. 01)

Pressão sonora (p) é a energia da vibração do som exerce no ouvido humano, como o
som é resultado de compressões e descompressões alternadas das moléculas de um meio, o
ouvido humano pode capitar variações de pressão do ar entre 0,00002 N/m2 a 200 N/m2.
Assim, o nível de pressão sonora (NPS) é a relação entre a pressão sonora no ambiente e a
mínima percebida pelo ouvido humano (p0=0,00002 N/m2, em 1.000 Hz), descrito pela
equação 2 (FANTINI NETO, 2015; MATTOS e MÁSCULO, 2011).

NPS = 20 log (p/p0) (decibel - dB) (Eq. 02)

O ouvido humano não é sensível em todas as frequências de NPS que o som pode
emitir. Devido a diferenças de sensibilidade do ouvido humano as diversas frequências, os
equipamentos de medição de NPS possuem circuitos internos que proporcionam a correção de
energia sonora medida, esta correção simula a resposta do ouvido humano ao som ou ruído.
Como resultado de pesquisas, foram elaboradas as curvas de Curvas de Compensação, ou
Curvas de Ponderação (Weighting) como demonstra a figura 1. A curva “A” é para baixos
níveis de NPS é utilizada para medir ruídos contínuos ou intermitentes; a curva “B” para
níveis médios, mas está obsoleta por não oferecer bons resultados; a curva “C” para altos
níveis e é utilizada para medir ruídos de impacto; e a curva “D” para altíssimos níveis de
NPS, por exemplo, em aeroportos (MATTOS e MÁSCULO, 2011).
14

Figura 1: Curvas de compensação


Fonte: MATTOS & MÁSCULO (2011)

2.2.3 Classificação do ruído


Existem basicamente três tipos de ruído: contínuo, intermitente e de impacto.
Ruído contínuo é aquele com flutuações tão pequenas no nível de pressão sonora que
pode ser desprezado dentro do período de observação, até ± 3 dB (MORAES, 2002).
Ruído intermitente é aquele cujo nível de pressão sonora cai bruscamente várias vezes
no ambiente, com variações maiores do que ± 3 dB, desde que o tempo de ocorrência seja
superior a um segundo (MORAES, 2002).
De acordo com a NR-15 – Atividades e Operações Insalubres, os níveis de ruído
contínuo ou intermitente devem ser medidos em dB com instrumento de nível de pressão
sonora (decibelímetro) operando no circuito de compensação “A” e circuito de resposta
lenta (slow), as leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. A figura 2
mostra um exemplo de decibelímetro.
15

Figura 2: Modelo de decibelímetro da Instruterm DEC-460


Fonte: O autor (2015)

Ruído de impacto é aquele que apresenta um ou mais picos de energia acústica de


duração menor que um segundo, em intervalos de ocorrência superior a 1 segundo. Deve ser
avaliado em dB, com medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e
circuito de resposta para impacto, as leituras devem ser feitas próximas do ouvido do
trabalhador.

2.2.4 Limite de tolerância para ruído


A exposição ao ruído ocupacional é objeto de estudo de muitas pesquisas que visam
classificar os níveis sonoros em certos ambientes de acordo com a atividade que é
desenvolvida neste ambiente. Pela NR-15 o limite de tolerância é a concentração ou
intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao
agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. A tabela 1 a
seguir apresenta os limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente da norma citada.
16

Tabela 1: LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE


Nível de Ruído dB(A) Máxima Exposição Diária Permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Fonte: BRASIL (2015a)

A norma da ABNT NBR 10151 – Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas,


visando o conforto da comunidade – Procedimento, estabelece um método específico para
medição de ruído em comunidades e fixa as condições exigíveis para avaliação da
aceitabilidade do ruído. De acordo com a norma segue na tabela 2, as zonas e os níveis de dB
nos períodos diurnos e noturnos.

Tabela 2: NÍVEL DE CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO NCA PARA AMBIENTES


EXTERNOS
Área Diurno dB(A) Noturno dB(A)
Área de sítios e fazendas 40 35
Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas 50 45
Área mista, predominantemente residencial 55 50
Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55
Área mista, com vocação recreacional 65 55
Área predominantemente industrial 70 60
Fonte: ABNT (2000)

Já a NR-17 diz que nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam
solicitação intelectual e atenção constantes, o nível de ruído tem que estar de acordo com o
17

estabelecido pela NBR 10152 – Níveis de ruído para conforto acústico. A tabela 3 apresenta
alguns valores estabelecidos por esta Norma Brasileira.

Tabela 3: NÍVEIS DE RUÍDO PARA CONFORTO ACUSTICO (NBR 10152)


Locais dB(A) NC
Hospitais
Apartamentos, Enfermarias, Berçários, Centros cirúrgicos 35-45 30-40
Laboratórios, áreas para uso público 40-50 35-45
Serviço 45-55 40-50
Escolas
Bibliotecas, Salas de música, Salas de desenho 35-45 30-40
Salas de aula, Laboratórios 40-50 35-45
Circulação 45-55 40-50
Hotéis
Apartamentos 35-45 30-40
Restaurantes, Salas de Estar 40-50 35-45
Portaria, recepção, Circulação 45-55 40-50
Residências
Dormitórios 35-45 30-40
Salas de Estar 40-50 35-45
Auditórios
Salas de concerto, Teatros 30-40 25-30
Salas de conferências, Cinemas, Salas de uso múltiplo 35-45 30-35
Restaurantes 40-50 35-45
Escritórios
Salas de reunião 30-40 25-35
Salas de gerência, Salas de projetos e de administração 35-45 30-40
Salas de computadores 45-65 40-60
Salas de mecanografia 50-60 45-55
Igrejas e Templos (Cultos meditativos) 40-50 35-45
Locais para esporte
Pavilhões fechados para espetáculos e atividades esportivas 45-60 40-55
Fonte: ABNT (1987)
Notas: a) O valor inferior da faixa representa o nível sonoro para conforto, enquanto que o
valor superior significa o nível sonoro aceitável para a finalidade.
b) Níveis superiores aos estabelecidos nesta Tabela são considerados de desconforto, sem
necessariamente implicar em risco de dano à saúde.

2.2.5 Conforto acústico


O conforto acústico é uma condição para alcançar o bem-estar pessoal. Ele pode
interferir na produtividade, saúde e capacidade de concentração.
18

A acústica quando aplicada em construções leva em consideração algumas variáveis,


convém citar a destinação do espaço e a taxa de ocupação. Nos últimos anos, os altos níveis
de ruídos se transformaram em uma das formas de poluição que atinge grande número de
pessoas. A poluição sonora não se restringe apenas às regiões de grande concentração
industrial.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1999), um som deve ficar em até 50
dB para não causar prejuízos ao ser humano, a partir de 50 decibéis os efeitos da poluição
sonora já aparecem, tendo como sintoma um leve estresse e a partir de 65 dB em muitos
indivíduos já aparecem os sintomas que indicam prejuízos à saúde. A tabela 4 demonstra os
níveis de limites de ruído e seus efeitos negativos segundo a Organização Mundial de Saúde.

Tabela 4: NÍVEIS LIMITES DE RUÍDO, SEGUNDO A OMS


Nível de ruído
EFEITOS NEGATIVOS
Limite – dB(A)
Perturbação do sono – a pessoa não relaxa totalmente durante o sono, não
30
atingindo os estágios mais profundos do sono e reduzindo o tempo.
Interferência na comunicação – torna difícil a conversa entre duas pessoas,
50
ou dificulta falar no telefone, ou ouvir rádio ou televisão.
Estresse leve com excitação do sistema nervoso e produção de desconforto
55 a 65 acústico. Diminui o poder de concentração e prejudica a produtividade do
trabalho intelectual.
Perda da concentração e do rendimento em tarefas que exijam capacidade de
65 a 75 cálculo. Aumenta o nível de cortisona no sangue, diminuindo a resistência
imunológica. Aumenta a liberação de colesterol no sangue.
Risco de perda auditiva – a pessoa exposta pode contrair perda de audição
75 induzida por ruído para exposições de 8 horas diárias. Aumentam os riscos
de enfarte, infecções, entre outras doenças sérias.
Fonte: OMS (1999)

2.3 ILUMINAÇÃO
2.3.1 Definição de luz
Na natureza existe uma infinidade de ondas eletromagnéticas que, dependendo do seu
comprimento, provocam um fenômeno e são batizadas com determinados nomes. Dentre
essas ondas, cuja grandeza é definida como nanômetro (nm), existe uma determinada faixa,
que se localiza entre 380 e 780 nm, visível ao olho humano e que leva o nome luz (SILVA,
2004). Luz é, portanto, a radiação eletromagnética capaz de produzir uma sensação visual
(OSRAM, 2011). A figura 3 apresenta o sol como fonte de radiação e as diversas ondas
eletromagnéticas emitidas e identificando a luz.
19

Figura 3: ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO


Fonte: OSRAM (2011)

A sensibilidade visual para luz varia não só de acordo com o de onda da radiação, mas
também com a luminosidade. A figura 4 apresenta a curva de sensibilidade que o olho
humano demonstra. A curva de sensibilidade esta delimitada em seus extremos pelas
radiações infravermelhas (IV) de maior comprimento de onda, e no outro, pelas radiações
ultravioletas (UV) ondas de menor comprimento. Além da impressão luminosa, obtemos
também a impressão de cor.

Figura 4: CURVA DE SENSIBILIDADE DO OLHO HUMANO


Fonte: OSRAM (2011)
20

Temos como fonte de luz, a luz natural e artificial. A luz natural consiste em energia
eletromagnética gerada por uma fonte natural como, por exemplo, o Sol. A luz artificial usa
fontes de energia criadas pelo homem, sendo a energia elétrica a principal dessas fontes de
energia. Krause (2005) afirma que a luz natural é psicologicamente mais atraente, uma vez
que suas mudanças ocorrem de forma sutil ao longo do dia, todavia seu uso pode ser
insatisfatório em períodos e locais, onde os raios solares são pouco ou demasiadamente
intensos. Assim a incidência solar direta nas aberturas pode causar ofuscamento e aumento da
temperatura do ambiente, sendo necessário, portanto a utilização de proteções solares.

2.3.2 Conceitos e grandezas


A seguir apresentam-se algumas definições importantes (OSRAM, 2011):
Fluxo Luminoso (φ): é a potência de radiação total emitida por uma fonte de luz, ou
seja, o fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte. A unidade no Sistema
Internacional de medidas para fluxo luminoso é lúmen (lm).
Intensidade Luminosa (I): é a potência da radiação luminosa numa dada direção. A
intensidade luminosa é a grandeza de base do sistema internacional para iluminação, e a
unidade é a candela (cd).
Se a fonte luminosa irradiasse a luz uniformemente em todas as direções, o Fluxo
Luminoso se distribuiria na forma de uma esfera. Tal fato, porém, é quase impossível de
acontecer, razão pela qual é necessário medir o valor dos lúmens emitidos em cada direção.
Essa direção é representada por vetores, cujo comprimento indica a Intensidade Luminosa,
como demonstra a figura 5. Portanto é o Fluxo Luminoso irradiado na direção de um
determinado ponto (OSRAM, 2011).

Figura 5: INTENSIDADE LUMINOSA


Fonte: OSRAM, 2011
21

Se num plano transversal à lâmpada, todos os vetores que dela se originam tiverem
suas extremidades ligadas por um traço, obtém-se a Curva de Distribuição Luminosa (CDL).
Em outras palavras, é a representação da Intensidade Luminosa em todos os ângulos em que
ela é direcionada num plano (OSRAM, 2011).
Iluminância (E): Segundo Vianna e Gonçalves (2001) e Hopkinson et al . (1975), os
raios luminosos não são visíveis. Tem se a sensação de luminosidade pela reflexão dos raios
de luz a partir da superfície dos objetos por eles atingidos e devolvidos à vista. A
luminosidade refletida é denominada luminância e a luminosidade incidente, não visível,
designada Iluminância.
. A unidade é o Lux (lx), definido como o iluminamento de uma superfície de 1 m2
recebendo de uma fonte puntiforme a 1 m de distância, na direção normal, um fluxo luminoso
de 1 lúmen, uniformemente distribuído. A equação 3 indica a equação de iluminância
calculada através do fluxo luminoso de uma fonte de luz que incide sobre uma superfície
situada a uma certa distância desta fonte (OSRAM, 2011).

E=φ /A (Lux - lx) (Eq. 03)

Como o fluxo luminoso não é distribuído uniformemente, a iluminância não será a


mesma em todos os pontos da área em questão e deve ser considerada uma Iluminância
média. Também pode ser obtida da relação entre intensidade luminosa e o quadrado da
distância da fonte até a superfície, expressa na equação 4. Na prática, é a quantidade de luz
dentro de um ambiente, e pode ser medida com o auxílio de um luxímetro (OSRAM, 2011).

E = I / d2 (Lux - lx) (Eq. 04)

Tabela 5: EXEMPLOS DE VALORES DE ILUMINÂNCIA (E)


Local Iluminância (E):
Dia ensolarado de verão em local aberto ≈ 100.000 lux
Dia encoberto de verão ≈ 20.000 lux
Dia escuro de inverno ≈ 3.000 lux
Boa iluminação de rua ≈ 20 a 40 lux
Noite de lua cheia ≈ 0,25 lux
Luz de estrelas ≈ 0,01 lux
Fonte: COSTA (1998)
22

Luminância (L): é um dos conceitos mais abstratos. É através da luminância que o


homem enxerga. Das grandezas mencionadas, nenhuma é visível, isto é, os raios de luz não
são vistos, a menos que sejam refletidos em uma superfície e aí transmitam a sensação de
claridade aos olhos. Essa sensação de claridade é chamada de luminância. Em outras palavras,
é a Intensidade Luminosa que emana de uma superfície, pela sua superfície aparente. A
luminância é determinada da relação entre a intensidade luminosa (I) e a área projeta em m2
(A) pelo ângulo (cos a), expressa na equação 5 (OSRAM, 2011).

L = I / A * cos a (cd/m2) (Eq. 05)

Para medir a luminância de um corpo não radiante (através da reflexão), não se pode
utilizar a intensidade luminosa. Os objetos em geral refletem a luz diferente uns dos outros,
assim uma mesma iluminância pode dar origem a luminâncias diferentes. Assim tem que
recorrer a outra fórmula que leva em consideração o coeficiente de reflexão (ρ), indicado na
equação 6, que é a relação entre o fluxo luminoso refletido e o fluxo luminoso incidente, esse
coeficiente é geralmente dado em tabelas encontradas na literatura e cujos valores são funções
das cores e dos materiais utilizados (OSRAM, 2011).

L= ρ* E/π (cd/m2) (Eq. 06)

Eficiência Luminosa ou Potência Consumida: é o quociente entre o fluxo luminoso


pela potência consumida em Whatts, ou seja, esta grandeza retrata a quantidade de luz que
uma fonte luminosa pode produzir a partir da potência elétrica de 1 Watt. Em matéria de
lâmpadas, que é a principal fonte de luz artificial, quanto maior o valor da eficiência
luminosa, maior será a quantidade de luz produzida com o mesmo consumo. De forma a
entender todas as grandezas apresentadas anteriormente, a figura 6 demonstra onde cada uma
se encontra de forma simples e de fácil compreensão (OSRAM, 2011).
23

Figura 6: GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS


FONTE: TIMÓTEO (2011)

Fotômetros - Luxímetros: quando se deseja conhecer os níveis de iluminância de


interiores, realiza-se à sua medição com o auxílio de um fotômetro calibrado em lux, chamado
luxímetro (OSRAM, 2011). A figura 6 mostra um exemplo de luxímetro.

Figura 7: MODELO DE LUXÍMETRO DA INSTRUTHERM LD-300


Fonte: Produzido pelo autor
24

2.3.3 Limite de tolerância para iluminação de interiores

Segundo a NR-17 em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada,


natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. Os níveis
mínimos de iluminamento nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidas
na NBR 5413.
A norma da ABNT NBR 5413 – Iluminância de interiores estabelece os valores de
iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação artificial em interiores, onde
realizem atividades de comércio, indústria, ensino e outras. A tabela 6 apresenta os valores
médios de iluminação para diferentes ambientes, a tabela é uma adaptação da norma.

2.3.4 Conforto visual


Segundo Couto (1995), a iluminação adequada se constitui em um dos principais itens
para o conforto humano, produtividade e qualidade de vida. A iluminação artificial,
indispensável na maioria dos ambientes, influência o equilíbrio fisiológico e psicológico dos
trabalhadores.
Para Corbella (2003), uma pessoa está confortável em um ambiente quando se sente
neutralidade em relação a ele.
O desconforto visual pode provocar sensação de cansaço nos olhos, dor, irritabilidade
e vermelhidão obrigando, muitas vezes, o trabalhador a adotar posturas e movimentos
inadequados buscando situações de conforto visual (RIO & PIRES, 2001).
De acordo com Lamberts et al. (2013) o conforto visual é um importante fator a ser
considerado na determinação da necessidade de iluminação em um ambiente. Conforto visual
é entendido como existência de um conjunto de condições, num determinado ambiente, no
qual o ser humano pode desenvolver suas tarefas visuais com o máximo de acuidade e
precisão visual, com o menor esforço, com menor risco de prejuízos à vista e com reduzidos
riscos de acidentes.
É importante escolher adequadamente a fonte de luz natural ou artificial e balancear a
qualidade e a quantidade de iluminação em um ambiente, porém torna-se difícil estimar as
preferências humanas à iluminação, pois este fator varia conforme idade da pessoa, a hora do
dia e as relações contextuais do local. Mas pode-se dizer que quanto mais complicada a tarefa
a ser desempenhada no ambiente e quanto mais velha for a pessoa, tanto maior deverá ser o
nível de iluminação de um local. A iluminação inadequada pode causar fadiga visual, dor de
cabeça e irritabilidade, além de provocar erros e acidentes (EUROPEAN, 1994).
25

Tabela 6: VALORES MÉDIOS DE ILUMINAÇÃO PARA DIFERENTES AMBIENTES


(Adaptado resumido da NBR 5413)
ILUMINÂNCIAS
Locais
Valor médio (Lux)

Auditórios e anfiteatros
Tribuna 500
Plateia 150
Sala de espera 150
Bilheterias 150
Bancos
Atendimento ao público 500
Máquinas de contabilidade 500
Estatística e contabilidade 500
Salas de datilografia 500
Salas de gerentes 500
Salas de recepção 150
Salas de conferências 200
Bibliotecas
Sala de leitura 500
Recinto das estantes 300
Fichário 300
Escolas
Salas de aula 300
Quadros negros 500
Sala de desenho 500
Hospitais
Mesa de trabalho 500
Quarto de preparação 200
Sala de operação (iluminação geral) 500
Sala de partos (iluminação geral) 200
Lojas
Vitrinas e balcões (grandes cidades – iluminação geral) 1000
Interior de loja de artigos diversos 500
Centros comerciais 500
Outros locais 300
Fonte:ABNT (1992)
26

3. METODOLOGIA

3.1 CARACTEIZAÇÃO DO AMBIENTE


A biblioteca escolhida para estudo possui 3.393m2 de área total divididas em três
andares com horário de atendimento de segunda à sexta-feira das 07h15min às 21h15min. Na
tabela 7 apresenta todas as divisões da biblioteca em m2.

Tabela 7: DIVISÕES DAS ÁREAS DA BIBIOTECA


Especificação Total/m2
Área de armazenamento do acervo de livros 713
Área de armazenamento do acervo de periódicos 472.5
Área de leitura (salão de leitura) 577,16
Área de leitura (salão externo) 427,85
Sala de estudo em grupo 90
Área Administrativa 332,04
Sala multimídia 65
Laboratórios de informática 77,25
Outras áreas (copa, área de circulação, etc) 638,20
Área Total 3.393
Fonte: O autor

Em 2014 a frequência de usuários teve uma média mensal de 9.808 usuários. Ela atende
curso de graduação, especialização, mestrado e doutorado. Possui 47 funcionários sendo: 8
bibliotecários(as), 13 funcionários(as), 14 estagiários(as), 8 bolsistas sênior e 4 da área de
limpeza. Possui um acervo bibliográfico de mais de 100.000 títulos divididos em livros,
periódicos, monografias, teses, dissertações, entre outros.
Durante a realização das medições a biblioteca não teve seu funcionamento alterado.

3.2 METODOLOGIA PARA MEDIÇÃO DE RUÍDO


A medição foi baseada na NBR 10151 - Acústica – Avaliação do ruído em áreas
habitadas, visando o conforto da comunidade – Procedimento, que recomenda, que para as
medições no interior de edificações sejam efetuadas a uma distância de no mínimo 1 m de
quaisquer superfícies, como paredes, teto pisos e móveis. O resultado do nível de pressão
sonora é a média aritmética de pelo menos três posições distintas, espaçadas entre si, sempre
que possível, pelo menos 0,5 m, e as medições devem ser efetuadas nas condições de
utilização normal do ambiente, ou seja, com as janelas abertas ou fechadas de acordo com a
situação atual em que se encontra.
27

Para a medição do ruído foi utilizado um decibelímetro Instruterm DEC-460, ajustado


para curva ponderada em “A”, com resposta “slow” (figura 2).
De maneira a padronizar as medições de ruído e com o objetivo de adequar a condição
real aos critérios da norma, o pavimento térreo, primeiro andar e segundo andar foram
divididos em regiões. Para o tratamento posterior dos dados, os mesmos foram lançados em
planilhas como a do ANEXO A – Planilha para medição de Ruído. Nas Figuras 8 até 10, as
letras correspondem às regiões de medição e os números aos pontos correspondentes a cada
região, em um total de três pontos por região. Para cada ponto foi efetuada a tomada do nível
de pressão sonora em 03 medições diária (manhã, tarde e noite).

3
2 Escadas 1 2 3
Adm: Escaninhos Área de leitura

D
A
F
1
2
B a lc ã o d e
Área de 3 2
e m p ré s t im o 1
leitura (salão 2
e B Livros 3
externo) d e v o lu ç õ e s E
1
3
1

C 3
1
A dm : C o m ut A d m : P re p .
La b . In f . I
2 T é c n ic o
W.C . S a la s d e e s t u d o

Figura 8: ESBOÇO DO 1° ANDAR COM LOCAÇÃO DAS REGIÕES DE MEDIÇÃO


DE RUÍDO
Fonte: O autor

De acordo com a figura 8 tem-se que as regiões de medição no 1° andar foram:


• Região A: entrada na biblioteca e área dos escaninhos
• Região B: balcão de empréstimo e devoluções
• Região C: laboratório de informática I e área administrativa COMUT
(Programa de Comutação Bibliográfica)
• Região D: área de leitura
• Região E: entre estantes de livros
• Região F: área de leitura (salão externo)
28

1 2 I Á re a d e le it u ra 3

G
Liv ro s
2
H S e ç ã o d e P e rió d ic o s

1 3 2

Á re a d e le it u ra

1
2 A d m : C e n t ra l
1 SJa la s d e e s t u d o 3 W.C .

Figura 9: ESBOÇO DO 2° ANDAR COM LOCAÇÃO DAS REGIÕES DE MEDIÇÃO


RUÍDO
Fonte: O autor

De acordo com a figura 9 tem-se que as regiões de medição no 2° andar foram:


• Região G: entre estantes na seção de periódicos
• Região H: entre salão de leitura e mesa dos terminais de acesso a internet
• Região I: área de leitura Região
• Região J: salas de estudo

1 2 3
Escadas

C a b in e s In d iv í d ua s C a b in e s In d iv id u a is
M K
1 2 3
Á re a d e le it ura

Á re a de le it ura L
A dm . 3
1

La b . In f o r. II

A dm .
M a pa s

Figura 10: ESBOÇO DO ANDAR TÉRREO COM LOCAÇÃO DAS REGIÕES DE


MEDIÇÃO RUÍDO
Fonte: O autor

De acordo com a figura 10 tem-se que as regiões de medição no 2° andar foram:


• Região K: entre cabines individuais e salão de leitura
• Região L: área de leitura
29

• Região M: entre parede de vidro e cabines individuais

3.3 METODOLOGIA PARA MEDIÇÃO DA ILUMINAÇÃO


Para elaboração do procedimento de medição, teve-se por referência a NBR 5382. A
norma recomenda que a fotocélula deve ficar em um plano horizontal, a uma distância de 0,8
m do piso e a verificação deve ser feita através da iluminância média proveniente da
iluminação geral.
Para a medição da iluminação do ambiente foi utilizado o aparelho Luxímetro da
Instrutherm modelo LD-300 (figura 6), ajustado para resposta em Lux, na faixa de 10 a 50000
Lux.
De forma similar ao determinado para medição de ruídos, foram definidos pontos para
tomada da Iluminância, os dados foram lançados em planilhas como a do ANEXO B -
Planilha para medição de Iluminação. Nas figuras 11 até 13, os números indicam cada local
correspondentes os pontos de medição, em um total de três medições por pontos, e feito uma
média entre as três medições. Para cada ponto foi efetuada três medições diárias (manhã, tarde
e noite).

4 10
Escadas

Adm: Escaninhos 9 Áre a de le itura 11


17

B a lc ã o d e 3
Áre a de
e m p ré s t im o 15
le itura (salão e
Livros 14

e xte rno) d e v o lu ç õ e s
1
2

12 Á re a d e le it ura 13
8
6
A dm : C o m ut A dm : P re p.
La b . In f . I 7
16 T é c n ic o
W.C . S a la s d e e s t ud o

Figura 11: ESBOÇO DO 1° ANDAR COM OS PONTOS DE MEDIÇÃO DE


ILUMINAÇÃO
Fonte: O autor

De acordo com a figura 11 tem-se que as regiões de medição no 1° andar foram:


• Ponto 1, 2, 3: balcão de empréstimo e devoluções
• Ponto 4, 5: área do escaninho
• Ponto 6: laboratório de informática
30

• Ponto 7: mesa bibliotecário(a)


• Ponto 8: mesa funcionário COMUT
• Ponto 9, 10, 11, 12, 13: área de leitura
• Ponto 14, 15: entre estante de livros
• Ponto 16: consulta ao acervo
• Ponto 17: área de leitura (salão externo)

22 Á re a d e le it u ra 21

20

Liv ro s
27 26
S e ç ã o d e P e rió d ic o s

19

Á re a d e le it u ra
23
18
28
A d m : C e n t ra l
24 S a la s d e e s t u d o 25 W.C .

Figura 12: ESBOÇO DO 2° ANDAR COM OS PONTOS DE MEDIÇÃO DE


ILUMINAÇÃO
Fonte: O autor

De acordo com a figura 12 tem-se que as regiões de medição no 2° andar foram:


• Ponto 18: mesa de empréstimo de periódicos
• Ponto 19, 20: entre estantes de periódicos
• Ponto 21, 22, 23: área de leitura
• Ponto 24, 25: sala de estudos
• Ponto 26, 27: entre estantes de livro
• Ponto 28: consulta ao acervo
31

31 30 29

Escadas
C a b in e s In d iv í d ua s C a b in e s In d iv id u a is

33 32
Á re a d e le it ura

36
Á re a de le it ura
37
34 35 A dm .

La b . In f o r. II

A dm . 38
M a pa s

Figura 13: ESBOÇO DO ANDAR TÉRREO COM OS PONTOS DE MEDIÇÃO DE


ILUMINAÇÃO
Fonte: O autor

De acordo com a figura 13 tem-se que as regiões de medição no térreo foram:


• Ponto 29, 30, 31, 32, 33: cabines individuais
• Ponto 34, 35, 36: área de leitura
• Ponto 37: área administrativa
• Ponto 38: Laboratório de informática II
32

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com os dados obtidos, foram gerados gráficos para os três pavimentos da biblioteca,
com o objetivo de avaliar os níveis de ruído para conforto acústico e iluminação nos períodos
do dia, durante a manhã, tarde e noite, e compará-las com base nos limites aceitáveis
estabelecidos pelas normas regulamentadoras.

4.1 RESULTADOS PARA O RUÍDO

Para comparar os valores medidos de ruído com os estipulados pela NBR 10152,
conforme tabela 3, foi estabelecido o limite de tolerância de 45 dB, sendo que valores acima
disso estão em discordância da norma.
Na figura 14, são apresentados os resultados da medição dos níveis de ruído no
primeiro andar.

Figura 14: VALORES DE RUÍDO NO 1° ANDAR


Fonte: O autor

De acordo com a figura 14, tem-se que os valores de ruído medidos são quase de
forma integral, superiores aos recomendados pela norma NBR 10152.
Verifica-se que na região F, o pico se deve ao fato da região ser salão de leitura, porém
externa a biblioteca. A região A, foi a segunda região com as maiores médias, também devido
ao fato de estar próximo a entrada da biblioteca. No interior do primeiro andar da biblioteca
33

teve uma redução, contudo esta redução é pequena. O único ponto neste andar que ficou
abaixo do limite recomendado foi na região E, entre as estantes de livros.
Na figura 15, são apresentados os resultados da medição dos níveis de ruído no
segundo andar.

Figura 15: VALORES DE RUÍDO NO 2° ANDAR


Fonte: O autor

Na figura 15 constata-se que na região G e J em todos os períodos do dia os valores


encontrados ficaram abaixo do limite de tolerância, ambas as regiões são entre as estantes de
livros. Nas regiões H e J apresentaram maiores índices por serem regiões com maior fluxo de
usuários.
Na figura 16, são apresentados os resultados da medição dos níveis de ruído no térreo.
34

Figura 16: VALORES DE RUÍDO NO TÉRREO


Fonte: O autor

Segundo a figura 16, nota-se que os níveis de ruído para todos os períodos analisados
encontram-se acima do limite aceitável imposto pela NBR 10152.
A tendência de se encontrar maiores níveis de ruído neste ambiente deve ao fato de
que este local é totalmente destinado à área de estudo e com maior fluxo de pessoas.

4.2 RESULTADOS PARA ILUMINAÇÃO

De forma similar para comparar os valores medidos de iluminação com base na NBR
5413, conforme tabela 6, os ambientes considerados áreas de livros (recinto das estantes) e
consulta ao acervo (fichário), como limite de tolerância 300 lux, esses pontos foram
encontrados apenas no 1° andar e 2° andar, no andar térreo não foram encontrados pontos que
se enquadre nessa descrição, segue abaixo onde representa esses pontos:
• 1° andar – Pontos 14, 15 e 16.
• 2° andar – Pontos 19, 20, 26, 27 e 28.
Todos os demais pontos, de acordo com a NBR 5413 foram considerados como sala
de leitura que possui um limite de tolerância de 500 lux.
Na figura 17, são apresentados os resultados da medição dos níveis de iluminância no
primeiro andar.
35

Figura 17: VALORES DE ILUMINÂNCIA 1° ANDAR


Fonte: O autor

De acordo com a figura 17, praticamente todos os valores encontrados estão abaixo da
estabelecida em cada ponto. Nos pontos 7 e 8 foram os únicos pontos que no turno da noite
permaneceram acima do limite, pois verificou-se que neste dois pontos, durante o dia as
medições foram com as janelas abertas e sem a utilização de luz artificial, já no turno da noite
nestes pontos contou com luz artificial e esta se mostrou eficiente neste ambiente.
Em todos os demais pontos foi verificado que as cortinas estavam abertas e que todas
as luzes estavam acesas, e não se constatou luzes queimadas em nenhum ponto, o que indicou
que a luz artificial nestes pontos é insuficiente. Mesmo que a luz artificial seja insatisfatória,
os pontos 9, 10 e 11 ainda são os que apresentam as maiores medições, isso se deve por serem
os pontos mais próximos das janelas.
Os índices mais inferiores foram encontrados nos pontos 4 à 6 e 14 e 15, que
representam a área de escaninho e entre estantes de livros respectivamente.
Na figura 18, são apresentados os resultados da medição dos níveis de iluminância no
segundo andar.
36

Figura 18: VALORES DE ILUMINÂNCIA 2° ANDAR


Fonte: O autor

Conforme com a figura 18, todos os pontos medidos estão abaixo da norma
estabelecida em cada ponto. Todas as cortinas estavam abertas, as luzes estavam acesas, e não
se constatou luzes queimadas em nenhum ponto. Durante o período da manhã foi a que teve
as melhores medições, porém ainda ineficaz.
Os índices mais inferiores foram encontrados nos pontos 19, 20, 27 e 26, todos os
pontos são referentes estão entre as estantes de livros.
Na figura 19, são apresentados os resultados da medição dos níveis de iluminância no
térreo.
37

Figura 19: VALORES DE ILUMINÂNCIA TÉRREO


Fonte: O autor

Segundo a figura 19, novamente todos os valores encontrados estão abaixo da


estabelecida em cada ponto. Mais uma vez todas as cortinas estavam abertas, as luzes estavam
acesas, e não se constatou luzes queimadas em nenhum ponto. Vale ressaltar que nos pontos
29 até 32 pertence à área de cabines individuais, cada cabine individual possui um sistema de
iluminação artificial individual para cada uma delas e as medições foram realizadas com as
luzes dessas cabines acesas, e o mesmo se mostrou ineficaz. Ainda nestes pontos, os pontos
31 e 32 apresentaram as medições abaixo dos pontos 29, 30 e 31, por serem os pontos ao
contrário da janela e assim, perdem parte da luz natural.

4.3 RESULTADOS GERAIS E SUGESTÕES

Analisando a biblioteca, as áreas onde teve maior índice de ruído foram externas ou
próximas da entrada, já nas áreas internas os pontos críticos foram principalmente nas áreas
de leitura.
Com a intenção de redução nos níveis de ruído nestes ambientes destacam-se algumas
medidas que poderiam ser seguidas:
• Realizar campanhas de conscientização tanto para funcionários como para os
usuários em relação ao ruído nesses ambientes;
• Colocar placas de silêncio em todo o ambiente e manter campanhas
permanentes em favor do silêncio;
38

• Revestir as paredes e tetos com materiais isolantes e absorventes de som;

Sobre a iluminação de modo geral o ambiente é pouco iluminado, destacando-se


principalmente os recintos entre as estantes de livro. Seguem algumas recomendações para
melhorar estas situações:
• Estabelecer o nível de iluminância para área de leitura e outros recintos em 500
lux;
• Estabelecer o nível de iluminância para área de estantes de livros de 300 lux;
• Aumentar o número e/ou potência das luminárias;
• Refazer o projeto luminotécnico da biblioteca;
39

5. CONCLUSÃO

As instalações físicas de uma biblioteca devem estar adequadas as necessidades de


seus funcionários e usuários, o que não ocorre em relação à biblioteca em estudo.
Os valores de níveis de ruído auferidos na biblioteca foram preocupantes visto que em
quase todos os ambientes, os ruídos estão acima do permitido para conforto acústico o que
pode gerar problemas de saúde.
Em relação à iluminação, esta também se mostrou imprópria, uma vez que em
praticamente todos os pontos avaliados se apresentaram ineficiente, o que é um problema
sério, pois a ineficácia deste sistema pode gerar graves problemas à visão.
Recomenda-se que medidas para atenuar esta situação são necessárias e devem ser
implementadas, com o propósito de melhorar o bem-estar humano e consequentemente sua
qualidade de vida.
Este trabalho foi uma ferramenta mais de análise do que de controle, pois o ruído e a
falta de iluminação permanecem, podendo ser subsídios para estudos futuros.
40

REFERÊNCIAS

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de interiores. Rio de Janeiro, 1985.

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 10152 – Verificação de


Iluminância de interiores. Rio de Janeiro, 1987.

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 5413 – Iluminância de interiores.


Rio de Janeiro, 1992.

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10151 – Acústica – Avaliação do


ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade – Procedimento. Rio de Janeiro,
2000.

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Manual de Legislação Atlas. 75º edição. São Paulo: Atlas, 2015a.

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GERGES, Samir Nagi Yousri. Ruído: Fundamentos e controle. 2ª Edição. Florianópolis,


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Horizonte: Health, 2001.
42

SILVA, Mauri Luiz da. Luz, lâmpada e iluminação. Rio de Janeiro, editora Moderna
LTDA, 2004

TIMÓTEO, Luis. Iluminação: Conceitos. São Paulo: Editora Gente, 2011

VIANNA, Nelson Solano; GONÇALVES, Joana Carla Soares. Iluminação Arquitetônica.


Universidade do Grande ABC. São Paulo: Virtus, 2001.
43

ANEXO A
44

ANEXO B

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