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CT Ceest Xxxii 2016 05
CT Ceest Xxxii 2016 05
MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO
CURITIBA
2016
CAROLINA PRISCILA NOGUEIRA MIRANDA
CURITIBA
2016
CAROLINA PRISCILA NOGUEIRA MIRANDA
Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista no Curso
de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Tecnológica
Federal do Paraná – UTFPR, pela comissão formada pelos professores:
Banca:
_____________________________________________
Prof. Dr. Rodrigo Eduardo Catai
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.
________________________________________
Prof. Dr. Adalberto Matoski
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.
_______________________________________
Prof. M.Eng. Massayuki Mário Hara (orientador)
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.
CURITIBA
2016
Agradeço a Deus por toda proteção e a Nossa Senhora de Guadalupe por sua
intercessão.
Aos meus pais por todo apoio, carinho e incentivo ao longo dos anos de estudo
e por me fazerem acreditar que este sonho seria possível.
À minha família, em especial minha irmã e minha madrinha, por sempre me
acolherem.
Aos professores Rodrigo Eduardo Catai e Massayuki Mário Hara , pelo incentivo,
paciência e orientação para conclusão deste trabalho.
A todos os funcionários da Biblioteca de Ciência e Tecnologia da Universidade
Federal do Paraná, que contribuíram para a concretização deste trabalho, em especial à
Eliane Maria Stroparo, coordenadora da biblioteca, pelo seu exemplo de
profissionalismo e dedicação.
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo analisar os níveis de ruído para conforto acústico e
iluminação em uma biblioteca universitária e propor algumas soluções em caso de não
conformidades. O ambiente analisado foi uma biblioteca universitária dividida em três
pavimentos. Para cada pavimento foram coletadas amostras de ruído e iluminância de acordo
com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) através das NBR 10151 e NBR
5382 respectivamente. Os dados foram tabulados e gerados gráficos para cada andar da
biblioteca. Os dados obtidos foram avaliados com base na diretiva da norma regulamentadora
n°17 do Ministério do Trabalho e nas NBR 10152 para conforto acústico e NBR 5413 para
iluminação. Para conforto acústico, os resultados obtidos em sua grande maioria foram
inadequados, onde as áreas que tiveram maiores índices foram o salão de leitura da área
externa e a entrada da biblioteca. Em relação à iluminação, os resultados também foram
ineficientes, uma vez que praticamente em todos os pontos analisados se mostraram
inadequados, destacaram-se os recintos entre as estantes de livro, onde os resultados foram
mais prejudiciais. A partir dessas análises foram feitas sugestões para adequação destes
ambientes.
The aim of this study was analyze the noise levels for acoustic comfort and lighting in a
university library and propose some solutions in the event of non-compliance. The
environment was a university library divided into three floors. For each floor noise and
luminance samples were collected according to the Brazilian Association of Technical
Standards (ABNT) through the NBR 10151 and NBR 5382 respectively. Data were tabulated
and generated graphs for each floor of the library. The data were evaluated based on the
policy of the regulation No 17 of the “Ministério do Trabalho e Emprego” and the NBR 10152
for acoustic comfort and NBR 5413 for lighting. For acoustic comfort, the results were mostly
inadequate, where the areas that had the highest rates were the reading room of the outdoor
area and the library entrance. Regarding the lighting, the results were also inefficient, since
virtually all the points analyzed proved inadequate, stood out the grounds between the
bookshelves, where the results were more harmful. From these analyzes were made
suggestions for adequacy of these environments.
A - Área
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
AET - Análise ergonômica do trabalho
cd - Candela
CDL - Curva de Distância Luminosa
d - Distância
dB - Decibéis – unidade de medida do som
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IEA - International Ergonomics Association
m - Metro
lm - Lúmen
lx - Lux
NBR - Denominação de norma da ABNT
NIS - Nível de Intensidade Sonora
nm - Nanômetro
NPS - Nível de Pressão Sonora
NR - Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho
OMS - Organização Mundial da Saúde
PNE - Plano Nacional de Educação
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
1.1 OBJETIVOS ............................................................................................................ 11
1.1.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 11
1.1.2 Objetivos específicos ........................................................................................... 11
1.2 JUSTIFICATIVAS .................................................................................................. 11
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 12
2.1 ERGONOMIA ......................................................................................................... 12
2.2 RUÍDO .................................................................................................................... 12
2.2.1 Definição de som e ruído ..................................................................................... 12
2.2.2 Quantificando o ruído .......................................................................................... 13
2.2.3 Classificação do ruído ......................................................................................... 14
2.2.4 Limite de tolerância para ruído ............................................................................ 15
2.2.5 Conforto acústico ................................................................................................. 17
2.3 ILUMINAÇÃO ....................................................................................................... 18
2.3.1 Definição de luz ................................................................................................... 18
2.3.2 Conceitos e grandezas ......................................................................................... 20
2.3.3 Limite de tolerância para iluminação de interiores ............................................. 24
2.3.4 Conforto visual .................................................................................................... 24
3. METODOLOGIA.................................................................................................... 26
3.1 CARACTEIZAÇÃO DO AMBIENTE ................................................................... 26
3.2 METODOLOGIA PARA MEDIÇÃO DE RUÍDO ................................................ 26
3.3 METODOLOGIA PARA MEDIÇÃO DA ILUMINAÇÃO ................................... 29
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 32
4.1 RESULTADOS PARA RUÍDO .............................................................................. 32
4.2 RESULTADOS PARA ILUMINAÇÃO ................................................................. 34
4.3 RESULTADOS GERAIS E SUGESTÕES............................................................. 37
5. CONCLUSÃO.......................................................................................................... 39
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 40
ANEXO A ........................................................................................................................... 43
ANEXO B ........................................................................................................................... 44
10
1. INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral
Este trabalho tem como objetivo analisar níveis de ruído para conforto acústico e
iluminação em uma biblioteca universitária e propor algumas soluções em caso de não
conformidades.
1.2 JUSTIFICATIVAS
O Governo Federal iniciou no ano de 2001 o Plano Nacional de Educação (PNE) que
tinha como meta a oferta de educação superior para, pelo menos, 30% da faixa etária de 18 a
24 anos de acordo com o censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), de 2001 a 2010, o crescimento do acesso ao ensino superior no Brasil foi
de 110,1%.
Para atender tal demanda várias universidades surgiram, e ou, as já existentes
ampliaram suas estruturas físicas. A preocupação com o conforto é essencial, pois a qualidade
do meio construído pode afetar de forma significativa os aspectos sensoriais e psicológicos de
quem faz uso dele, diminuindo a capacidade de aprendizado e rendimento.
A biblioteca é um ambiente de estudo e local onde os estudantes, quando não estão em
sala de aula, passam grande parte do seu dia. Ela também é um ambiente de trabalho para os
funcionários que são responsáveis por garantir seu funcionamento. Portanto, para assegurar a
aprendizagem e a qualidade de vida dos frequentadores e funcionários, é necessário que esse
ambiente seja saudável e confortável, a fim de garantir o bem estar do indivíduo, sua
segurança e produtividade.
12
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 ERGONOMIA
Segundo o conceito apresentado pela International Ergonomics Association (IEA), a
ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem, seus meios, métodos e espaço de
trabalho. Seu objetivo é elaborar, mediante a contribuição de diversas disciplinas científicas
que a compõem, um corpo de conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de aplicação,
deve resultar em uma melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos e dos ambientes de
trabalho e de vida (IEA, 2001).
A NR-17, no item 17.1.2 descreve que “para avaliar a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a
análise ergonômica do trabalho (AET)” (BRASIL, 2015b).
A AET possibilita determinar riscos e situações desfavoráveis a que os trabalhadores
estão expostos, esta análise não se limita somente ao trabalhador, mas também as condições
ambientais de trabalho como, conforto acústico, iluminação, temperatura, vibração, métodos
de trabalho (IIDA, 2005).
2.2 RUÍDO
2.2.1 Definição de som e ruído
O som é originado por uma vibração mecânica que se propaga no ar e atinge o ouvido,
por exemplo, ao tocar uma corda de violão. Assim, o som é definido como qualquer vibração
ou conjunto de vibrações ou ondas mecânicas que podem ser ouvidas (MATTOS &
MÁSCULO, 2011).
Dessa forma, pode-se definir o ruído como “todo som incômodo ou excessivo ao
organismo” (FANTINI NETO, 2015). Outros autores, como exemplo Vieira (2008) e Mattos
(2011), também definem o ruído sendo um som indesejável.
O aparelho auditivo consegue distinguir frequências entre 20 e 20.000 Hz. Abaixo dos
20 Hz têm-se os infrassons, sendo que estes podem provocar efeitos indesejáveis o ser
humano como dor de cabeça, enjoos, vômitos, entre outros (GERGES, 2000). Logo, a
diferença entre som e ruído depende de cada indivíduo. Sons mesmo na faixa audível podem
causar danos ao ser humano, como produção excessiva de adrenalina, aumento do batimento e
pulsação, perda de concentração mental, irritabilidade, surdez, entre outros.
13
Pressão sonora (p) é a energia da vibração do som exerce no ouvido humano, como o
som é resultado de compressões e descompressões alternadas das moléculas de um meio, o
ouvido humano pode capitar variações de pressão do ar entre 0,00002 N/m2 a 200 N/m2.
Assim, o nível de pressão sonora (NPS) é a relação entre a pressão sonora no ambiente e a
mínima percebida pelo ouvido humano (p0=0,00002 N/m2, em 1.000 Hz), descrito pela
equação 2 (FANTINI NETO, 2015; MATTOS e MÁSCULO, 2011).
O ouvido humano não é sensível em todas as frequências de NPS que o som pode
emitir. Devido a diferenças de sensibilidade do ouvido humano as diversas frequências, os
equipamentos de medição de NPS possuem circuitos internos que proporcionam a correção de
energia sonora medida, esta correção simula a resposta do ouvido humano ao som ou ruído.
Como resultado de pesquisas, foram elaboradas as curvas de Curvas de Compensação, ou
Curvas de Ponderação (Weighting) como demonstra a figura 1. A curva “A” é para baixos
níveis de NPS é utilizada para medir ruídos contínuos ou intermitentes; a curva “B” para
níveis médios, mas está obsoleta por não oferecer bons resultados; a curva “C” para altos
níveis e é utilizada para medir ruídos de impacto; e a curva “D” para altíssimos níveis de
NPS, por exemplo, em aeroportos (MATTOS e MÁSCULO, 2011).
14
Já a NR-17 diz que nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam
solicitação intelectual e atenção constantes, o nível de ruído tem que estar de acordo com o
17
estabelecido pela NBR 10152 – Níveis de ruído para conforto acústico. A tabela 3 apresenta
alguns valores estabelecidos por esta Norma Brasileira.
2.3 ILUMINAÇÃO
2.3.1 Definição de luz
Na natureza existe uma infinidade de ondas eletromagnéticas que, dependendo do seu
comprimento, provocam um fenômeno e são batizadas com determinados nomes. Dentre
essas ondas, cuja grandeza é definida como nanômetro (nm), existe uma determinada faixa,
que se localiza entre 380 e 780 nm, visível ao olho humano e que leva o nome luz (SILVA,
2004). Luz é, portanto, a radiação eletromagnética capaz de produzir uma sensação visual
(OSRAM, 2011). A figura 3 apresenta o sol como fonte de radiação e as diversas ondas
eletromagnéticas emitidas e identificando a luz.
19
A sensibilidade visual para luz varia não só de acordo com o de onda da radiação, mas
também com a luminosidade. A figura 4 apresenta a curva de sensibilidade que o olho
humano demonstra. A curva de sensibilidade esta delimitada em seus extremos pelas
radiações infravermelhas (IV) de maior comprimento de onda, e no outro, pelas radiações
ultravioletas (UV) ondas de menor comprimento. Além da impressão luminosa, obtemos
também a impressão de cor.
Temos como fonte de luz, a luz natural e artificial. A luz natural consiste em energia
eletromagnética gerada por uma fonte natural como, por exemplo, o Sol. A luz artificial usa
fontes de energia criadas pelo homem, sendo a energia elétrica a principal dessas fontes de
energia. Krause (2005) afirma que a luz natural é psicologicamente mais atraente, uma vez
que suas mudanças ocorrem de forma sutil ao longo do dia, todavia seu uso pode ser
insatisfatório em períodos e locais, onde os raios solares são pouco ou demasiadamente
intensos. Assim a incidência solar direta nas aberturas pode causar ofuscamento e aumento da
temperatura do ambiente, sendo necessário, portanto a utilização de proteções solares.
Se num plano transversal à lâmpada, todos os vetores que dela se originam tiverem
suas extremidades ligadas por um traço, obtém-se a Curva de Distribuição Luminosa (CDL).
Em outras palavras, é a representação da Intensidade Luminosa em todos os ângulos em que
ela é direcionada num plano (OSRAM, 2011).
Iluminância (E): Segundo Vianna e Gonçalves (2001) e Hopkinson et al . (1975), os
raios luminosos não são visíveis. Tem se a sensação de luminosidade pela reflexão dos raios
de luz a partir da superfície dos objetos por eles atingidos e devolvidos à vista. A
luminosidade refletida é denominada luminância e a luminosidade incidente, não visível,
designada Iluminância.
. A unidade é o Lux (lx), definido como o iluminamento de uma superfície de 1 m2
recebendo de uma fonte puntiforme a 1 m de distância, na direção normal, um fluxo luminoso
de 1 lúmen, uniformemente distribuído. A equação 3 indica a equação de iluminância
calculada através do fluxo luminoso de uma fonte de luz que incide sobre uma superfície
situada a uma certa distância desta fonte (OSRAM, 2011).
Para medir a luminância de um corpo não radiante (através da reflexão), não se pode
utilizar a intensidade luminosa. Os objetos em geral refletem a luz diferente uns dos outros,
assim uma mesma iluminância pode dar origem a luminâncias diferentes. Assim tem que
recorrer a outra fórmula que leva em consideração o coeficiente de reflexão (ρ), indicado na
equação 6, que é a relação entre o fluxo luminoso refletido e o fluxo luminoso incidente, esse
coeficiente é geralmente dado em tabelas encontradas na literatura e cujos valores são funções
das cores e dos materiais utilizados (OSRAM, 2011).
Auditórios e anfiteatros
Tribuna 500
Plateia 150
Sala de espera 150
Bilheterias 150
Bancos
Atendimento ao público 500
Máquinas de contabilidade 500
Estatística e contabilidade 500
Salas de datilografia 500
Salas de gerentes 500
Salas de recepção 150
Salas de conferências 200
Bibliotecas
Sala de leitura 500
Recinto das estantes 300
Fichário 300
Escolas
Salas de aula 300
Quadros negros 500
Sala de desenho 500
Hospitais
Mesa de trabalho 500
Quarto de preparação 200
Sala de operação (iluminação geral) 500
Sala de partos (iluminação geral) 200
Lojas
Vitrinas e balcões (grandes cidades – iluminação geral) 1000
Interior de loja de artigos diversos 500
Centros comerciais 500
Outros locais 300
Fonte:ABNT (1992)
26
3. METODOLOGIA
Em 2014 a frequência de usuários teve uma média mensal de 9.808 usuários. Ela atende
curso de graduação, especialização, mestrado e doutorado. Possui 47 funcionários sendo: 8
bibliotecários(as), 13 funcionários(as), 14 estagiários(as), 8 bolsistas sênior e 4 da área de
limpeza. Possui um acervo bibliográfico de mais de 100.000 títulos divididos em livros,
periódicos, monografias, teses, dissertações, entre outros.
Durante a realização das medições a biblioteca não teve seu funcionamento alterado.
3
2 Escadas 1 2 3
Adm: Escaninhos Área de leitura
D
A
F
1
2
B a lc ã o d e
Área de 3 2
e m p ré s t im o 1
leitura (salão 2
e B Livros 3
externo) d e v o lu ç õ e s E
1
3
1
C 3
1
A dm : C o m ut A d m : P re p .
La b . In f . I
2 T é c n ic o
W.C . S a la s d e e s t u d o
1 2 I Á re a d e le it u ra 3
G
Liv ro s
2
H S e ç ã o d e P e rió d ic o s
1 3 2
Á re a d e le it u ra
1
2 A d m : C e n t ra l
1 SJa la s d e e s t u d o 3 W.C .
1 2 3
Escadas
C a b in e s In d iv í d ua s C a b in e s In d iv id u a is
M K
1 2 3
Á re a d e le it ura
Á re a de le it ura L
A dm . 3
1
La b . In f o r. II
A dm .
M a pa s
4 10
Escadas
B a lc ã o d e 3
Áre a de
e m p ré s t im o 15
le itura (salão e
Livros 14
e xte rno) d e v o lu ç õ e s
1
2
12 Á re a d e le it ura 13
8
6
A dm : C o m ut A dm : P re p.
La b . In f . I 7
16 T é c n ic o
W.C . S a la s d e e s t ud o
22 Á re a d e le it u ra 21
20
Liv ro s
27 26
S e ç ã o d e P e rió d ic o s
19
Á re a d e le it u ra
23
18
28
A d m : C e n t ra l
24 S a la s d e e s t u d o 25 W.C .
31 30 29
Escadas
C a b in e s In d iv í d ua s C a b in e s In d iv id u a is
33 32
Á re a d e le it ura
36
Á re a de le it ura
37
34 35 A dm .
La b . In f o r. II
A dm . 38
M a pa s
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com os dados obtidos, foram gerados gráficos para os três pavimentos da biblioteca,
com o objetivo de avaliar os níveis de ruído para conforto acústico e iluminação nos períodos
do dia, durante a manhã, tarde e noite, e compará-las com base nos limites aceitáveis
estabelecidos pelas normas regulamentadoras.
Para comparar os valores medidos de ruído com os estipulados pela NBR 10152,
conforme tabela 3, foi estabelecido o limite de tolerância de 45 dB, sendo que valores acima
disso estão em discordância da norma.
Na figura 14, são apresentados os resultados da medição dos níveis de ruído no
primeiro andar.
De acordo com a figura 14, tem-se que os valores de ruído medidos são quase de
forma integral, superiores aos recomendados pela norma NBR 10152.
Verifica-se que na região F, o pico se deve ao fato da região ser salão de leitura, porém
externa a biblioteca. A região A, foi a segunda região com as maiores médias, também devido
ao fato de estar próximo a entrada da biblioteca. No interior do primeiro andar da biblioteca
33
teve uma redução, contudo esta redução é pequena. O único ponto neste andar que ficou
abaixo do limite recomendado foi na região E, entre as estantes de livros.
Na figura 15, são apresentados os resultados da medição dos níveis de ruído no
segundo andar.
Segundo a figura 16, nota-se que os níveis de ruído para todos os períodos analisados
encontram-se acima do limite aceitável imposto pela NBR 10152.
A tendência de se encontrar maiores níveis de ruído neste ambiente deve ao fato de
que este local é totalmente destinado à área de estudo e com maior fluxo de pessoas.
De forma similar para comparar os valores medidos de iluminação com base na NBR
5413, conforme tabela 6, os ambientes considerados áreas de livros (recinto das estantes) e
consulta ao acervo (fichário), como limite de tolerância 300 lux, esses pontos foram
encontrados apenas no 1° andar e 2° andar, no andar térreo não foram encontrados pontos que
se enquadre nessa descrição, segue abaixo onde representa esses pontos:
• 1° andar – Pontos 14, 15 e 16.
• 2° andar – Pontos 19, 20, 26, 27 e 28.
Todos os demais pontos, de acordo com a NBR 5413 foram considerados como sala
de leitura que possui um limite de tolerância de 500 lux.
Na figura 17, são apresentados os resultados da medição dos níveis de iluminância no
primeiro andar.
35
De acordo com a figura 17, praticamente todos os valores encontrados estão abaixo da
estabelecida em cada ponto. Nos pontos 7 e 8 foram os únicos pontos que no turno da noite
permaneceram acima do limite, pois verificou-se que neste dois pontos, durante o dia as
medições foram com as janelas abertas e sem a utilização de luz artificial, já no turno da noite
nestes pontos contou com luz artificial e esta se mostrou eficiente neste ambiente.
Em todos os demais pontos foi verificado que as cortinas estavam abertas e que todas
as luzes estavam acesas, e não se constatou luzes queimadas em nenhum ponto, o que indicou
que a luz artificial nestes pontos é insuficiente. Mesmo que a luz artificial seja insatisfatória,
os pontos 9, 10 e 11 ainda são os que apresentam as maiores medições, isso se deve por serem
os pontos mais próximos das janelas.
Os índices mais inferiores foram encontrados nos pontos 4 à 6 e 14 e 15, que
representam a área de escaninho e entre estantes de livros respectivamente.
Na figura 18, são apresentados os resultados da medição dos níveis de iluminância no
segundo andar.
36
Conforme com a figura 18, todos os pontos medidos estão abaixo da norma
estabelecida em cada ponto. Todas as cortinas estavam abertas, as luzes estavam acesas, e não
se constatou luzes queimadas em nenhum ponto. Durante o período da manhã foi a que teve
as melhores medições, porém ainda ineficaz.
Os índices mais inferiores foram encontrados nos pontos 19, 20, 27 e 26, todos os
pontos são referentes estão entre as estantes de livros.
Na figura 19, são apresentados os resultados da medição dos níveis de iluminância no
térreo.
37
Analisando a biblioteca, as áreas onde teve maior índice de ruído foram externas ou
próximas da entrada, já nas áreas internas os pontos críticos foram principalmente nas áreas
de leitura.
Com a intenção de redução nos níveis de ruído nestes ambientes destacam-se algumas
medidas que poderiam ser seguidas:
• Realizar campanhas de conscientização tanto para funcionários como para os
usuários em relação ao ruído nesses ambientes;
• Colocar placas de silêncio em todo o ambiente e manter campanhas
permanentes em favor do silêncio;
38
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
OMS – Organização Mundial da Saúde (WHO – World Health Organization). Guidelines for
Community Noise. London, United Kingdom, 1999.
REVISTA OFFICE. Ergonomia: questão de postura. São Paulo, Trimestral, V. VIII, n.45,
pp. 20-26. Setembro/Novembro, 1997.
SILVA, Mauri Luiz da. Luz, lâmpada e iluminação. Rio de Janeiro, editora Moderna
LTDA, 2004
ANEXO A
44
ANEXO B