Grupo de Danças Parafolclóricas “Cidade Menina Moça”
Nos primórdios da década de 60, mais precisamente em 1967,
coordenado pela Professora Maria Aparecida de Araújo Manzolli, foi iniciado um trabalho de pesquisa, de abrangência nacional, para coletar músicas, danças, trajes e instrumentos musicais brasileiros, tendo, como objetivo o ensino do folclore como meio de formação educacional. Em virtude do Festival do Folclore ser realizado em nossa cidade (Olímpia-SP), surgiu a necessidade de grupos que se apresentassem durante a semana, para dar suporte o Festival, uma vez que os já participantes possuíam integrantes que não podiam estar presentes durante os dias úteis da semana. Assim, surgiu o incentivo de José Sant’anna, criador do Festival do Folclore de Olímpia, junto à professora Cidinha Manzolli para que fossem ensaiados alunos da escola Capitão Narciso Bertolino, escola na qual nasceu o Festival, para se apresentarem no então criado evento. Este grupo pioneiro foi denominado “Pau de Fitas” e, posteriormente, Grupo de Danças Parafolclóricas “Cidade Menina Moça” - GODAP.
Cidinha iniciou sua pesquisa na região Sul do Brasil, sendo muito
bem recebida por Barbosa Lessa e Paixão Cortes, onde foi apresentada à cultura gaúcha. Ela pode se aprofundar mais em suas pesquisas graças a um livro de cultura tradicional gaúcha, que lhe foi presenteado pelos próprios autores, trazendo da obra sons, músicas, sapateados, passos de danças, coreografias e até o trançar e o destrançar do pau de fitas. A partir daí, o acervo só aumentou, pois, incentivada por sua família e seu amigo Sant’anna, Cidinha pesquisou além do folclore gaúcho, também o do Sudeste, do Nordeste e do Norte, compondo assim, o rico repertório de danças que o grupo possui. Este trabalho teve continuidade graças à dedicação e ao amor dos seus participantes pela dança e pela música. Posteriormente, com a realização de cursos de folclore nas salas de aula, houve um maior engajamento de jovens, adolescentes e crianças. Desse momento em diante, o Grupo iniciou um trabalho de apresentações públicas em praças, ginásios de esportes, recintos de festas em todo o Estado de São Paulo e por todo o Brasil.
Desde seu nascimento, o grupo sempre foi reconhecido por
encantar pessoas de todos os níveis culturais e financeiros. Acompanhado e divulgado por jornais, rádios e televisão, apresentou- se, como convidado especial para Presidentes da República, Governadores, Ministros, Parlamentares e Secretários de Estado.
O bom relacionamento entre os membros do “Cidade Menina
Moça” com comunidades visitadas, gerou convívio fraterno e significativo crescimento cultural. Em 1997, o GODAP realizou sua primeira viagem internacional, representando o Brasil na Espanha, devido a um convite recebido para participar do Festival Internacional de Folclore “La Laguna y las Ciudades del Mundo” realizado em Tenerife, nas Ilhas Canárias, em comemoração aos 400 anos de morte do Padre José de Anchieta.
Após o retorno do grupo à Olímpia, sua a fundadora, Prof.ª
Cidinha, em conversa com seu amigo, Prof. Sant’anna, foi incentivada por ele a realizar festivais internacionais de folclore na cidade, uma vez que ela o ajudava na organização dos Festivais do Folclore de Olímpia, no qual se apresentam apenas grupos nacionais, e ele, por sua vez, a ajudaria a organizar os festivais internacionais. A partir desse momento, no período de 1998 a 2004, o GODAP realizou sete edições ininterruptas do Festival Internacional de Folclore de Olímpia - FIFOL, com a presença de grupos de danças oriundos de diversos países, representando assim um marco na história da cidade que, pela primeira vez, recebia grupos de danças folclóricas de outras nações. A festividade ficou adormecida por 10 anos. Em 2014, 2015 e 2016 foram realizadas as respectivas 8.ª, 9.ª e 10.ª edições do Festival, que fascinaram todos os espectadores que dele participaram e trouxeram à tona lembranças vividas e compartilhadas nas edições anteriores. O intercâmbio com grupos brasileiros e estrangeiros trouxe inúmeros benefícios como aperfeiçoamento técnico, enriquecimento do guarda-roupa e do repertório musical, além do resgate, preservação e divulgação do Folclore Brasileiro. Ensinamentos de suma importância e que foram difundidos e explicados entre os participantes do grupo.
O GODAP educa crianças, adolescentes e jovens, dando-lhes
atividades sadias, contribuindo para sua formação moral, social e intelectual e despertando grande interesse dos integrantes para atividades artísticas.
O grupo tem um repertório de danças folclóricas de quase todos
os estados brasileiros, dando ênfase às danças paulistas.
O Brasil tem uma cultura popular riquíssima, graças à
miscigenação das raças, o que nos trouxe sons, tonalidades, coreografias e harmonias as mais variadas possíveis, que deslumbram a todos por toda parte onde forem exibidas. Com o GODAP - Grupo Olimpiense de Danças Parafolclóricas “Cidade Menina Moça” não é diferente. Os acordes que nos acompanham ressoam na pluralidade verde-amarela. Nos movimentos coreográficos, os participantes do GODAP vivenciam o Brasil com cores verdadeiras, experimentando a cultura popular nos mais variados tons e adquirindo conhecimentos que lhes serão valorosos por toda a vida.