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Monopol I 10010623
Monopol I 10010623
Escola Politécnica
Autor:
_________________________________________________
Hugo Estevam de Freitas Picolo
Orientador:
_________________________________________________
Prof. Sebastião Ércules Melo de Oliveira, D. Sc.
Examinador:
_________________________________________________
Prof. Sergio Sami Hazan, Ph.D.
Examinador:
_________________________________________________
Eng. Washington Pinheiro
DEE
Novembro de 2013
Picolo, Hugo Estevam de Freitas
ii
AGRADECIMENTO
iii
RESUMO
iv
ABSTRACT
This work presents the IEC 61850 standard, communication protocol that starts
to be applied in Brazil and that is already used in other countries in Substation
Automation Systems. Other concern is to establish the formatting of the file that allows
the specification of a 34.5 / 13.8 kV primary distribution substation.
Initially, a presentation in Electric Power System Protection is described, along
with its main components and key characteristics. Follows an introduction of the 61850
standard, including some basic concepts, reasons for its adoption, architectures that can
be used and communication protocols, among other features.
After the description of the above standard, a brief introduction to the types of
files from a Substation Automation System regulated by IEC 61850 and its operation
scheme are presented. Then, the Visual SCL software that enables the creation of the
file that describes the substation single line diagram and its required logical nodes is
finally introduced.
Key words: IEC 61850, protection, automation, substation, single line diagram, logical
node.
v
SIGLAS
AT – Alta Tensão
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
UAC – Unidade de Aquisição e Controle
UPC – Unidade de Processamento Central
ACSI – Abstract Communication Service Interface – Interface de Serviço de
Comunicação Abstrata
CDC – Common Data Classes – Classes de Dados Comuns
CID – Configured IED Description – Descrição Configurada de IED
CLP – Controlador Lógico Programável
EAT – Extra-Alta Tensão
FAT – Functional Acceptance Testing – Teste Funcional de Aceitação
GOOSE – Generic Oriented Object Substation Event – Evento Genérico de Subestação
Orientado a Objeto
GSE – Generic Substation Event – Evento Genérico em Subestação
GSSE – Generic Substation Status Event – Evento Genérico em Subestação do tipo
Status
ICD – IED Capability Description – Descrição da Capacidade do IED
IEC TC57 – Technical Committee 57 – Comitê Técnico 57
IED – Intelligent Electronic Device – Dispositivo Eletrônico Inteligente
IHM – Interface Homem-Máquina
LAN – Local Area Network – Rede de Área Local
LC – Logical Connections – Conexões Lógicas
LD – Logical Device – Equipamento Lógico
LN – Logical Node – Nó Lógico
LT – Linha de Transmissão
MICS – Model Implementation Conformance Statement – Declaração de Conformidade
de Implementação de Modelo
MMS – Manufacturing Message Specification – Especificação de Mensagem de
Fabricante
PC – Physical Connection – Conexão Física
PICOM – Comunicação de Pedaço de Informação
vi
PICS – Protocol Implementation Conformance Statement – Declaração de
Conformidade de Implementação de Protocolo
PIXIT – Protocol Implementation eXtra Information for Testing – Informação Extra de
Implementação de Protocolo para Teste
PMU – Phasor Measurement Unit – Unidade de Medição Fasorial
RAM – Reliability, Availability and Maintanability – Confiabilidade, Disponibilidade e
Manutenabilidade
RDP – Registradores Digitais de Perturbação
SAS – Sistema de Automação de uma Subestação
SAT – System Acceptance Testing – Teste de Aceitação do Sistema
SCL – Substation Configuration Language – Linguagem de Configuração da
Subestação
SCSM – Specific Communication Service Mapping – Mapeamento de Serviço
Específico de Comunicação
SCADA – Supervisory, Control and Data Acquisition System – Sistema de Supervisão,
Controle e Aquisição de Dados
SE – Subestação
SSD – arquivo de Descrição da Especificação de uma Subestação
TC – Transformador de Corrente
TP – Transformador de Potencial
TRT – Tensão de Restabelecimento Transitória
UAC – Unidade de Aquisição e Controle
UCP – Unidade Central de Processamento
UTR – Unidade Terminal Remota
WAN – Wide Area Network – Rede de Área Ampla
vii
Sumário
viii
3.7 – Independência de Comunicação por Aplicação ................................................. 65
3.8 – Serviços e Modelagem de Dados ....................................................................... 66
3.9 – Padrões das Ferramentas para Engenheiros ....................................................... 68
3.10 – Linguagem de Configuração de um SAS ........................................................ 69
3.11 – Topologia e Funções de Comunicação de um SAS ......................................... 70
3.12 – Os Modelos de Informação de um SAS .......................................................... 71
3.13 – Funções Modeladas pelos LNs ........................................................................ 72
3.14 – Topologias de Rede de um SAS baseado na IEC 61850 ................................. 73
3.15 – Requisitos de Testes ........................................................................................ 78
3.15.1 – Teste de Conformidade .......................................................................... 79
3.15.2 – Teste de Interoperabilidade .................................................................... 80
3.15.3 – Teste de Desempenho............................................................................. 82
Capítulo 4 Descrição do Arquivo SSD ........................................................................... 84
4.1 – Introdução .......................................................................................................... 84
4.2 – Formatação do Arquivo SSD ............................................................................. 84
4.3 – Descrição dos LNs Utilizados: ........................................................................... 94
4.3.1 – Nós Lógicos Utilizados dos Grupos de Controle: C ................................... 94
4.3.2 – Nós Lógicos Utilizados dos Grupos de Proteção: P ................................... 94
4.3.3 – Nós Lógicos Utilizados dos Grupos de Medição: M .................................. 94
4.3.4 – Nós Lógicos Utilizados dos Grupos de Função Relacionada: R ................ 94
4.3.5 – Nós Lógicos Utilizados dos Grupos de Chaves: X ..................................... 94
4.3.6 – Nós Lógicos Utilizados dos Grupos de Transformadores Instrumentais: T 95
4.3.7 – Nós Lógicos Utilizados dos Grupos de Transformadores de Potência: Y .. 95
Capítulo 5 Conclusões .................................................................................................... 96
Bibliografia ..................................................................................................................... 97
Anexo A Arquivo SSD da Subestação ........................................................................... 99
ix
Lista de Figuras
x
Figura 29 - TC com vários Enrolamentos Primários ...................................................... 38
Figura 30 - TC com Vários Núcleos Secundários .......................................................... 39
Figura 31 - TC com Vários Enrolamentos Secundários ................................................. 39
Figura 32 - TC do Tipo Derivação no Secundário ......................................................... 40
Figura 33 – Transformador de Potencial ........................................................................ 40
Figura 34 – Representação Esquemática do TP ............................................................. 41
Figura 35 - (a) Relé de Embolo; (b) Relé de Alavanca .................................................. 43
Figura 36 - Relé de Indução por Bobina de Sombra ..................................................... 43
Figura 37 - Relé de Sobrecorrente Eletromecânico ........................................................ 44
Figura 38 - Diagrama de Blocos Típico de um Relé Digital .......................................... 46
Figura 39 – Exemplo de Arquitetura de Comunicação Convencional de uma Subestação
........................................................................................................................................ 51
Figura 40 – Exemplo de Arquitetura de Comunicação de uma Subestação baseada na
IEC 61850 ....................................................................................................................... 53
Figura 41 – Configuração Atual da TC 57 ..................................................................... 54
Figura 42 – Meta da TC 57............................................................................................. 54
Figura 43 – Modelo de Interface de um SAS pela norma IEC 61850 ............................ 56
Figura 44 – Conceito de LN e Conexão Lógica ............................................................. 57
Figura 45 – Exemplos de Relações entre as Funções, LNs e Nós Físicos ..................... 58
Figura 46 – Visão geral de uma rede IEC 61850 ........................................................... 60
Figura 47 – Mensagem GOOSE ..................................................................................... 61
Figura 48 – (a) Mapeamento de interfaces lógicas para interfaces físicas, utilizando a IF
8 no barramento da estação, e , (b) utilizando a IF 8 no barramento de processos. ....... 65
Figura 49 – Modelo de Referência Básico ..................................................................... 66
Figura 50 – A abordagem de modelagem da série IEC 61850 ....................................... 68
Figura 51 – Troca de Parâmetros do Sistema ................................................................. 69
Figura 52 – Exemplo da Topologia de Automação de Subestação ................................ 71
Figura 53 – Exemplo de Topologia com Switch Único ................................................. 75
Figura 54 – Exemplo de Topologia Estrela .................................................................... 76
Figura 55 – Topologia Dupla Estrela ............................................................................. 77
Figura 56 – Topologia em Anel Simples ........................................................................ 77
Figura 57 – Conexões Realizadas para o Teste de Conformidade ................................. 79
Figura 58 - Sistema para Teste de Interoperabilidade de Vários IEDs .......................... 82
Figura 59 – Processo de Engenharia............................................................................... 85
xi
Figura 60 – Diagrama Unifilar da Subestação ............................................................... 87
Figura 61 – Divisão dos Vãos da Subestação ................................................................. 89
Figura 62 – Visual SCL .................................................................................................. 91
Figura 63 – Modelagem da Subestação / Arquivo SSD ................................................. 92
Figura 64 – Subestação ................................................................................................... 93
xii
Lista de Tabelas
xiii
Capítulo 1
Introdução
1.1 – Objetivo
1.2 – Descrição
1
Capítulo 2
Proteção de Sistemas Elétricos de
Potência
2.1– Introdução
2
‒ Confiabilidade;
‒ Sensibilidade;
‒ Velocidade;
‒ Seletividade.
3
Nas SEs e usinas de maior porte, um grande espaço era necessário para
acomodar todos estes painéis, aumentando o custo das edificações necessárias para
abrigá-los. Adicionalmente, o fato de as diferentes lógicas utilizadas nos circuitos de
controle e intertravamentos serem implementadas por ligação física de contatos (em
série ou em paralelo) através de fios, era requerido que um conjunto independente de
contatos auxiliares dos disjuntores e chaves seccionadoras fosse utilizado para cada uma
das diferentes lógicas necessárias, aumentando muito a cablagem. Como alternativa,
podiam-se utilizar relés auxiliares que, porém, aumentavam a fiação interna e o custo
dos painéis.
Em vista das distâncias envolvidas e do grande número de cabos por vão, estas
subestações e usinas requeriam, muitas vezes, dezenas ou até centenas de quilômetros
de cabos de controle, bem como as respectivas estruturas para contê-los (eletrodutos,
dutos, canaletas e bandejas). Todos estes fatores oneravam o custo das instalações e
dificultavam muito a manutenção.
Como os níveis de tensão em um sistema elétrico são normalmente elevados, os
relés operam com mais segurança quando energizados por transformadores de tensão e
corrente. Os transformadores de potencial (TP) e de corrente (TC) são transformadores
destinados apenas a alimentar os equipamentos de medição, controle e proteção. Os
equipamentos de proteção encontrados em um sistema elétrico de potência são
basicamente, os relés, TCs, TPs, banco de baterias, disjuntores e contatos
auxiliares.
Esses equipamentos exigiam cuidados na instalação e no seu ajuste, pois
pequenas peças mecânicas eram utilizadas na sua montagem, além dos relés suportarem
apenas uma ou duas funções de proteção, o que exigia a utilização de vários relés para
funções de retaguarda, mais cabos e mais espaço físico nos painéis. Na figura 1 podem
ser vistos alguns relés eletromecânicos.
4
Figura 1 – Relés Eletromecânicos
5
Os relés digitais estão hoje sendo bastante utilizados em novos projetos de
Sistemas Elétricos de Potência e na substituição de relés eletromecânicos e estáticos.
Algumas de suas vantagens são a velocidade, confiabilidade, integração digital e
flexibilidade funcional.
6
Figura 2 - Zonas de Proteção
7
Proteção diferencial contra os curtos-circuitos entre elementos de enrolamentos
de fases diferentes;
Proteção contra os defeitos à massa do estator;
Proteção contra os defeitos à massa do rotor;
Proteção contra os curtos-circuitos entre espiras da mesma fase;
Proteção contra a abertura acidental ou não dos circuitos de excitação.
Imagens térmicas;
Relés térmicos.
8
mentos resultantes de: sobretensões de origem atmosférica e aquecimento inadmissível
dos enrolamentos devido a sobrecargas permanentes ou temporárias repetitivas, mas
que, mesmo sendo toleráveis na operação do sistema, conduzem ao envelhecimento
prematuro do isolante dos enrolamentos e, finalmente, aos curto-circuitos entre espiras
ou mesmo entre fases.
De um modo geral, é muito importante uma rápida proteção das barras pois,
frequentemente, produzem-se grandes concentrações de energia nesses locais, o que
conduz, em caso de defeito, a grandes prejuízos materiais e sérias perturbações à
operação do sistema elétrico.
Diversos fatores dificultam a generalização da proteção de barramentos [16]:
9
desligamento maiores. Quanto menor for a exigência de alta velocidade no
desligamento, mais simples serão os equipamentos de proteção, e a simplicidade é um
objetivo muito procurado neste caso. Os recursos listados abaixo são os mais usuais
nesse tipo de proteção [16]:
10
Os disjuntores devem ser mecanicamente capazes de abrir em tempos muito
curtos, após terem permanecido na posição fechada por vários meses. Esta exigência
impõe cuidados especiais no projeto do equipamento, no sentido de reduzir a um
mínimo as massas das partes móveis e de garantir a mobilidade das válvulas, ligações
mecânicas, etc.
Eles são classificados como mostrado na figura 2 [11]:
São disjuntores cujos contatos principais operam imersos em óleo isolante que
serve tanto para extinção do arco elétrico como para isolar as partes energizadas no
contato com o tanque. Nesses disjuntores, o meio isolante e de extinção é o óleo mineral
isolante onde os contatos móveis, de forma cilíndrica ou retangular com a ponta
formada por uma pastilha de liga de tungstênio resistente à ação corrosiva do arco
elétrico, podem sofrer ação corrosiva. Isto pode resultar na necessidade de substituição
dos contatos após determinado período de operação [10].
11
Nos disjuntores a óleo pode-se distinguir dois efeitos principais de extinção do
arco voltaico: o efeito de hidrogênio e o efeito de fluxo líquido [11]. O efeito de
hidrogênio consiste no fato de que em elevada temperatura, o arco elétrico decompõe o
óleo, liberando de tal modo vários gases onde o hidrogênio predomina. Já o efeito de
fluxo líquido consiste em liberar óleo mais frio sobre o arco elétrico de maneira que
grandes quantidades de calor possam ser retiradas pelos gases resultantes.
Os disjuntores a óleo estão basicamente divididos em: disjuntores de grande
volume de óleo (GVO) e de pequeno volume de óleo (PVO) (ver figura 4). No caso
dos GVO de pequena capacidade, as fases ficam imersas em um único recipiente
contendo óleo, que é usado tanto para a interrupção das correntes quanto para prover o
isolamento. Nos disjuntores de maior capacidade, o encapsulamento é monofásico. Já
nos PVO, é projetada uma câmara de extinção com fluxo forçado sobre o arco,
aumentando-se a eficiência do processo de interrupção da corrente e diminuindo-se
drasticamente o volume de óleo do disjuntor. A manutenção dos disjuntores a PVO
requer cuidados especiais quanto ao óleo isolante, contatos, buchas, atuador
mecânico e circuitos auxiliares.
A maior vantagem do disjuntor GVO sobre o PVO é a grande capacidade de
ruptura em curto-circuito em tensões de 138 kV [10].
12
Podemos ver nas figuras 5 e 6, um exemplo de um disjuntor do tipo GVO
encontrado em uma SE da Light [15].
13
2.4.1.2 – Disjuntores a Ar Comprimido
14
Figura 8 - Unidade interruptora
15
às boas propriedades extintoras e isolantes do ar comprimido, assim como a segurança
de um meio extintor não inflamável quando comparado ao óleo, garantem uma posição
de destaque a estes disjuntores nos níveis extremos de tensão.
16
disjuntores fosse postergada para a da década de 60, com sua produção em grandes
volumes para média tensão começando realmente no início dos anos 70.
‒ Arco voltaico a vácuo: esta expressão, a principio, pode parecer contraditória,
pois a existência de um arco voltaico pressupõe a existência de íons positivos e
elétrons que, por assim dizer, lhe sirvam de caminho. No vácuo não existe, a
principio, possibilidade de se encontrar estas partículas. No caso dos disjuntores
a vácuo, os íons positivos e elétrons são fornecidos pela nuvem de partículas
metálicas provenientes da evaporação dos contatos, formando assim o substrato
para o arco voltaico [10].
Após a interrupção de corrente, estas partículas depositam-se rapidamente na
superfície dos contatos, recuperando-se, assim, a rigidez dielétrica entre os
mesmos. Esta recuperação da rigidez dielétrica é muito rápida nos disjuntores a
vácuo, o que permite altas capacidades de ruptura em câmaras relativamente
pequenas. O arco voltaico no vácuo pode ser de dois tipos:
‒ Arco difuso: quando se interrompem pequenas correntes, até aproximadamente
10 kA, tem-se a formação do arco difuso, ou seja um arco distribuído por toda a
superfície dos contatos. A superfície dos contatos, apesar de lisa, possui uma
micro-rugosidade responsável pela formação de últimos pontos de contato que
irão aquecer-se na separação galvânica dos mesmos, devido à alta densidade de
corrente (104A/cm a 109A/cm).
Formam-se focos de emissão iónica que irão irradiar os íons e elétrons
responsáveis pela formação de um pequeno arco voltaico. Em toda a superfície
dos contatos, tem-se, da mesma maneira, a formação de inúmeros arcos
paralelos, dando origem ao chamado arco difuso.
‒ Arco contraído: A partir de um determinado valor de corrente
(aproximadamente 10 kA), o arco voltaico se contrai, tornando possível localizar
um foco de emissão iónica sobre os contatos de alguns milímetros de diâmetro.
A transição do arco difuso para o arco contraído é provocada pelo aumento do
campo magnético dos vários arcos paralelos com o aumento de corrente cujas
forças de atração começam a superar as forças termodinâmicas do plasma que
sustentavam estes arcos. Com isto, os focos de emissão iônica se deslocam e se
juntam, formando um foco único e contraindo o arco. A ação deste foco sobre os
contatos seria prejudicial, em termos de extinção. Um foco destas dimensões,
fixo sobre os contatos, possui uma constante de tempo de resfriamento muito
17
grande (de alguns milissegundos) devido à grande quantidade de vapor emitido.
Portanto, resulta uma deposição muitíssimo mais lenta das partículas metálicas
sobre os contatos, após o zero de corrente, com consequente redução da
capacidade de ruptura até valores inadmissíveis. A fim de se evitar essa ação
prejudicial do arco contraído, usa-se o efeito do campo magnético gerado pelo
próprio arco, a fim de fazê-lo percorrer todo o contato, atuando assim sempre
sobre a camada de metal frio. Com isto, elimina-se o efeito da erosão sobre os
contatos e evita-se a formação de uma coluna de plasma estável, difícil de
extinguir. Para obter este efeito, é comum efetuar o corte da base dos contatos
em ângulos pré–determinados, como mostra a figura 9.
18
Figura 10 - Câmara de interrupção de um disjuntor a vácuo
19
comprimido. A figura 11 mostra uma comparação de rigidez dielétrica entre esses meios
isolantes.
20
Figura 12 - Esquema de operação do disjuntor a SF6
21
Desta maneira torna-se desnecessária toda a geração de alta pressão e injeção
temporizadora do gás sobre o arco que existiam nos disjuntores a dupla pressão, ou
seja, o sistema de compressor, válvulas e registros, mecanismos de válvula de sopro,
reservatório de alta pressão, sistema de monitorização do lado de alta pressão, etc.
‒ Disjuntores a SF6 de dois ciclos: Para as redes com tensões nominais de 420kV
[10] ou maiores, é de extrema importância ter tempos de interrupção bastante
curtos para grandes correntes de curto-circuito, visando a manutenção da
estabilidade entre as usinas geradoras. Para isto, especificam-se, geralmente, os
chamados disjuntores de dois ciclos, ou seja, disjuntores que manobram com a
rapidez e eficiência suficientes para cortar correntes de curto-circuito em apenas
dois ciclos (aproximadamente 33,33 ms para rede de 60 Hz). A câmara
interruptora desse tipo de disjuntor pode ser vista na figura 13.
22
Assim sendo, no disjuntor de SF6 o requisito de dois ciclos é atingindo a partir
de um artificio mecânico na unidade interruptora através da qual o cilindro insuflador se
move não contra um embolo fixo, mas um contra-êmbolo móvel, que se movimenta
durante a fase de compressão do gás no sentido contrário ao do ciclo. No final da
manobra de abertura, este contra-êmbolo desliza de volta para a sua posição inicial.
23
Atuação do Disjuntor em Manobra de Reatores,
Transformadores ou Motores
Atuação do Disjuntor em LT
24
funcionamento devem interromper uma corrente aumentada sob condição de
sobretensão dinâmica (temporária). Essa sobretensão e a corrente aumentada
dependem do tipo de aterramento do sistema, e seus valores devem ser fornecidos na
especificação.
Abertura de faltas – todo disjuntor utilizado para manobra de linha de transmissão
deve ter valores de TRT especificados para faltas quilométricas (faltas na linha) e
faltas terminais, etc.
25
Esquema de Barra Simples
52
52 52 52
26
Esquema de Barra Simples com Bypass
O arranjo de barra simples com bypass difere do esquema anterior por possuir
uma chave seccionadora que realiza o bypass e que permite a manutenção no disjuntor
sem interromper o fornecimento de energia. Este esquema está representado na figura
15.
27
52 52
52
52 52 52 52
28
Esquema de Barra Principal e Transferência
52 52
52 52 52 52 52 52
A seguir será descrita uma breve síntese da operação deste esquema elétrico. Na
necessidade de manutenção e/ou desligamento da barra principal, os seguintes
procedimentos devem ser adotados:
29
O disjuntor de transferência é fechado, de modo à barra de transferência e a barra
principal terão o mesmo potencial;
A chave seccionadora dos alimentadores ligada à barra de transferência é fechada e o
mesmo potencial é transferido para o final do disjuntor;
Abrimos o disjuntor ligado à barra principal;
A proteção é colocada na posição transferida.
30
52
52
52 52
52 52
Figura 19 - Exemplo de um Diagrama Unifilar do Esquema de Barra Dupla com dois Disjuntores
31
Este esquema apresenta as seguintes características:
Apresenta um arranjo mais completo que a barra dupla;
Mais flexível;
Maior confiabilidade;
Apresenta um custo mais elevado;
Apresenta as mesmas características do esquema de barra dupla.
52 52
52 52
52 52
32
O esquema Barra Dupla com Disjuntor e Meio apresenta as seguintes características:
Maior flexibilidade de manobra;
Rápida recomposição;
Falha nos disjuntores adjacentes às barras retira apenas um circuito de serviço;
Chaveamento Independente por disjuntor;
Apresenta a desvantagem de apresentar um disjuntor e meio por circuito;
Chaveamento e religamento automático envolvem demasiado número de operações;
Apresenta um custo de implementação alto, comparado aos outros esquemas;
Apresenta um grande índice de confiabilidade e disponibilidade.
33
52 52
52 52
34
Figura 22 - TC de uma SE da Light
Eles são classificados de acordo com sua construção e podem ser do tipo [14]:
35
‒ Primário Enrolado: Tipo de TC cujo enrolamento primário constituído de uma
ou mais espiras envolve mecanicamente o núcleo do transformador. O TC do
tipo primário enrolado é mais utilizado para serviços de medição, mas pode ser
usado para serviços de proteção onde pequenas relações são necessárias.
36
Figura 26 - TC do tipo janela
37
Figura 28 - TC de núcleo dividido
38
Figura 30 - TC com Vários Núcleos Secundários
39
Figura 32 - TC do Tipo Derivação no Secundário
40
O desenho esquemático equivalente do TP pode ser visto na figura 34:
2.4.4 – Relés
41
Vida útil;
Estabilidade;
Operacionalidade;
Funcionalidade;
Etc.
Os relés podem ser classificados de acordo com a grandeza com a qual atuam, como
tensão, corrente ou frequência, e até mesmo segundo o princípio de atuação.
42
Figura 35 - (a) Relé de Embolo; (b) Relé de Alavanca
43
Figura 37 - Relé de Sobrecorrente Eletromecânico
44
digitados sendo controlados por um software que processa a lógica da proteção
através de um algoritmo [1].
O relé digital pode simular um relé ou todos os relés existentes num só
equipamento, produzindo ainda outras funções tais como medições de suas
grandezas de entradas e/ou associadas e realizando outras facilidades. É por isto
designado relé multifunção.
A tecnologia digital tem se tornado a base da maioria dos sistemas de proteção
de uma SE, atuando nas funções de proteção, medição, controle e comunicação.
Desta forma, além das funções de proteção, o relé digital pode ser programado
para desempenhar outras tarefas de apoio.
Outra importante função deste tipo de relé é o autodiagnóstico ou auto teste.
Esta função faz com que o relé realize uma supervisão contínua de seu hardware
e software, detectando anormalidades que venham a surgir e que possam ser
reparadas antes que o relé opere incorretamente ou deixe de fazê-lo na ocasião
certa. Podemos citar algumas vantagens dos relés digitais: Oscilografia e análise
de sequência de eventos, localização de defeitos, detecção de defeitos
incipientes em transformadores, monitoração de disjuntores, entre outros. O
diagrama de blocos básico de um relé digital [1] pode ser visto na figura 38.
45
Figura 38 - Diagrama de Blocos Típico de um Relé Digital
46
79 Função de Religamento Função que controla o religamento automático
Automático de um disjuntor, aberto durante uma falta. Ge-
ralmente é configurado para atuar três ou quatro
vezes em religadores antes de se abrir o dis
juntor de maneira definitiva ou apenas uma vez
em aplicações de AT e EAT
87 Função Diferencial O relé diferencial é um dispositivo de proteção
de equipamentos que se baseia no princípio da
comparação de suas correntes elétricas de
entrada e saída, para diferentes conexões.
Tabela 1 - Funções de Proteção Segundo a ANSI
47
Capítulo 3
A Norma IEC 61850
3.1 – Introdução
48
Ilhas de Dados
Medidor digital de faturamento;
Relés de Proteção;
Controle de Vãos;
Oscilografia;
Monitoração para otimização do uso
de ativos;
Monitoração de qualidade de
energia;
Unidades Terminais Remotas
(UTRs);
Monitoramento de equipamentos
auxiliares (no–breaks e
telecomunicações);
Imagens – Informação para
operação, manutenção e segurança
empresarial;
Alarmes
Registro de eventos – Data Logger.
Tabela 2 – "Ilhas de Dados"
49
‒ Grande número de cabos entre a subestação e os diversos painéis, exigindo o uso
de galerias para cabos, bandejas, canaletas, dutos etc., os quais representam,
juntamente com os cabos, um item importante de custo;
‒ Custos elevados de engenharia e de fabricação dos painéis e cubículos, em
virtude da diversidade de filosofias e equipamentos, dificuldade de padronização
e complexidade dos circuitos.
‒ Grande número de relés auxiliares e temporizadores, bem como uso de chaves
de controle com muitos estágios e contatos, agravando os problemas de
manutenção e de estoque de peças e dispositivos de reposição;
‒ Grande número de painéis de proteção, controle, supervisão, oscilografia,
alarmes, intertravamentos, relés auxiliares etc., acarretando a necessidade de sala
de controle e sala de relés de grandes dimensões, aumentando grandemente o
custo de construção destas edificações;
‒ Dificuldade e maior custo de engenharia nas expansões, pela necessidade de
realizar alterações nos diagramas, na cablagem e na fiação dos painéis e
cubículos existentes, além dos transtornos para instalar novos painéis de
proteção e controle numa sala de controle ou sala de relés, muitas vezes já
congestionadas;
‒ Os contatos auxiliares dos disjuntores e chaves seccionadoras, em geral, não são
supervisionados, possibilitando transferências automáticas, intertravamentos ou
indicações erradas;
‒ Dificuldade na pesquisa, localização e reparação de defeitos, em razão do
número de dispositivos e da cablagem e fiação envolvidos;
‒ É necessário efetuar testes e recalibração periódica dos relés, uma vez que suas
características se alteram com o tempo. Para uma empresa que possua grande
número de relés em serviço, isto pode representar um esforço significativo das
equipes de manutenção.
50
Figura 39 – Exemplo de Arquitetura de Comunicação Convencional de uma Subestação
51
alarmes e eventos antes de seu envio ao nível hierárquico superior. Com essas novas
funcionalidades e pelo fato de possuírem processamento próprio, as UTRs passaram a
ser denominadas UACs em algumas empresas.
Os sistemas digitais de controle local surgiram com a finalidade de oferecer
maiores recursos ao pessoal de operação e manutenção na própria SE. Possuíam uma
UCP interligada com as UTRs ou UACs. Estes sistemas permitiam um processamento
dos dados e possuíam uma IHM local.
Com o desenvolvimento expressivo da comunicação digital, foi possível utilizar
redes de comunicação local (LAN) e remota (WAN) confiáveis e mais rápidas. E, ao
mesmo tempo, havia uma crescente demanda por informações sobre o sistema elétrico e
seus equipamentos, combinados com a redução dos custos em razão do ambiente
competitivo entre as empresas.
Os relés digitais ficaram mais modernos – chamados de IEDs –, inteligentes,
executando funções proteção, controle e automação, podendo se conectar as redes de
comunicação local e fornecendo diversos tipos de informações, como:
Com o uso da norma IEC 61850 será possível modernizar, aumentar a rapidez e
confiabilidade na comunicação dos dados de um SAS, promover uma sensível redução
da cablagem e uso do hardware de interface com o processo, possibilidade de
compartilhamento das informações do processo entre os IEDs, etc [5].
Será possível também estender a redundância da proteção para as funções de
proteção e controle, além de aumentar as funções de automação e monitoração com
redução de custo, além de reduzir o tamanho das salas de controle e de relés.
Como as UTRs passaram a operar como CLPs, passaram a realizar funções
como automatismos, intertravamentos, processamento de medição, promovendo a
eliminação de chaves de controle e relés auxiliares, além de que as funções críticas
passaram a ser realizadas por mais de uma UTR, fazendo o processamento ser mais
inteligente, distribuído e redundante.
52
SE – 440 kV
TC
TP Proteção da Alta
Controle de Bay
Oscilografia
138 kV
Proteção de Baixa
Nas figuras 41 e 42, pode ser visto como era a configuração atual de
comunicação do TC 57 e a meta estabelecida.
53
Barramento de Comunicação
SCADA
101 ou 104
60870-5-102
TASE.2
61850
61334
Subestação Subestação
UTR SAS
60870-5-102 61850
Barramento de Comunicação
SCADA
61850
Subestação Subestação
UTR SAS
61850
61850
Figura 42 – Meta da TC 57
54
comunicação entre as partes, chamado de nó lógico (LN), tem que manter a
interoperabilidade dos IEDs.
As funções de um SAS – funções de aplicação – são o controle e supervisão,
assim como proteção e monitoramento dos equipamentos principais e da rede. Outras
funções – funções do sistema – são relacionadas ao próprio sistema, como por exemplo,
a supervisão da comunicação. As funções são classificadas em três níveis:
‒ Nível Vão – é o nível dos IEDs de proteção e das UACs. É interligado aos
equipamentos através de cablagem metálica convencional. É o nível que realiza
a interface com o processo (correntes, tensões, temperaturas, estado dos
equipamentos de manobra, alarmes, etc.), Pertencem também a este nível os
“switches” localizados nos painéis de proteção e automação dos vãos;
‒ Nível de Processo – I/Os remotos, sensores inteligentes e atuadores.
55
Controle Remoto Serviços Técnicos
10 7
Nível de
Função A Função B
Estação
1,6 1,6
8
3 3
Nível de
Proteção Controle Controle Proteção
Unidade/Vão
Controle Controle
2 2
Remoto Remoto
4,5 4,5
Nível de
Interface Remota de Processo Sensores Atuadores
Processo
Equipamentos AT
56
3.3.1 – Conceito de Nó Lógico (LN)
3.3.1.1 – Nós Lógicos e Conexões lógicas
Função 1 Função 2
LN 1 Equipamento 3
LN 2
Equipamento 1
LN 0 LN 3
LN
6
LN 0
Equipamento 2
LN 5
LN 4
LN 0
Legenda:
Conexões Lógicas
Conexões Físicas
57
A figura 45 mostra alguns exemplos que explicam a relação entre as funções,
nós lógicos e nós físicos (equipamentos).
Uma função é chamada distribuída quando é executada por dois ou mais LN que
são alocados em diferentes dispositivos físicos.
Funções
HMI X X X 1
Com. Sinc. X 2
Relé Dist. X
Dispositivos Físicos
3
Relé de Sobre. X
Disjuntor X X X 4
TC – no Vão X X 5
TP – no Vão X X 6
Barram.TP X 7
‒ Tipo de função;
‒ Critério inicial da função;
‒ Resultado ou impacto da função;
‒ Desempenho da função;
‒ Decomposição da função;
‒ Interação com outras funções.
58
‒ Agrupamento de acordo com a sua área de aplicação mais comum;
‒ Curta descrição da funcionalidade;
‒ Número da função do equipamento pela IEEE se aplicável (para proteção e
alguns LN de proteção referidas à norma IEEE C.37.2,1996);
‒ Relação entre as funções e os LN em tabelas e na descrição das funções;
‒ PICOMs trocados descritos nas tabelas.
Para simplificar o método, tem sido atribuídos aos PICOMs sete diferentes tipos
de mensagens, de acordo com os requisitos para o SAS:
59
tipo de mensagem onde é utilizado um grupo de dados tendo sua informação totalmente
configurável, diferentemente do GSSE que possui estrutura fixa e pré–definida.
SCADA Engenharia
Firewall
Nível Supervisório
Barra de Estação
GOOSE (Comunicação Horizontal)
Nível de Vão
de
1
Ponto em que o relé de proteção fecha os contatos de saída. Ocorre quando o valor da corrente ou
tensão de pick-up permanece no sistema por um período de tempo especificado pelo usuário ou por
um tempo definido por uma curva, também pré-determinada pelo usuário.
60
Um exemplo de mensagem GOOSE é a informação de estado de um disjuntor
(cujo LN é XCBR). Esta informação é empacotada, juntamente com outros atributos,
em uma mensagem GOOSE, a qual é encaminhada para os demais IEDs e para os
clientes, no nível estação. Dependendo da aplicação, os switches podem ser
programados para estabelecer redes virtuais ou VLANs, que possibilitam a interligação
apenas entre um subconjunto dos IEDs, obtendo-se maior velocidade de comunicação.
É interessante observar que as características das mensagens GOOSE
possibilitam aplicações adicionais, como por exemplo, a transmissão de informação de
grandezas analógicas da temperatura do enrolamento e óleo de transformadores, desde o
cubículo de controle destes equipamentos, onde estaria localizada uma MU, até o IED
de proteção respectivo.
Na figura 47 pode ser visto um exemplo de mensagens GOOSE encontradas
pelo única [9], um software da DNV KEMA que é muito utilizado para testes de
mensagens dos IEDs e de toda a comunicação de uma SE, para garantir o correto
funcionamento das transmissões e retransmissões dos dados.
61
3.5 – Estrutura e Conteúdo da Norma
62
Conceito de PICOM
LNs relacionados ao PICOM
Desempenho
Funções
“Cenários Dinâmicos” – informação dos requisitos do fluxo para as
diferentes condições operacionais
63
‒ IEC 61850–7–4: Estrutura básica de comunicação para a Subestação e
Alimentadores – Classes dos Dados e dos LNs Compatíveis
Definições de classes dos LNs e dados;
64
implementa as IF 1,3,6 e 9; os barramentos de processos podem abranger as interfaces
lógicas 4 e 5. A IF 8 (“comunicação entre vãos”) pode ser mapeada para um barramento
apenas ou para os dois. O mapeamento vai ter um maior impacto no resultado de
desempenho necessário do sistema de comunicação.
1,3,6,9 1,3,6,9
(a) (b)
Figura 48 – (a) Mapeamento de interfaces lógicas para interfaces físicas, utilizando a IF 8 no barramento da
estação, e , (b) utilizando a IF 8 no barramento de processos.
A IEC 61850 especifica uma série de serviços e objetos abstratos que permitem
que as aplicações sejam escritas de diferentes maneiras de um protocolo específico. Esta
abstração permite que tanto os fabricantes quanto as concessionárias mantenham a
funcionalidade da aplicação e aperfeiçoem sua funcionalidade quando necessário. O
modelo de aplicação especificado nesta norma consiste em: uma aplicação gerada pelo
usuário/fabricante escrita para responder à configuração apropriada dos serviços ACSI.
Ela padroniza a configuração de serviços abstratos que serão utilizados entre as
aplicações e os “objetos das aplicações”, permitindo uma troca de informações
compatíveis entre os componentes de um SAS. Entretanto, esses objetos/serviços
abstratos precisam ser instanciados através do uso de protocolos de aplicação de
concreto e perfis de comunicação.
65
A implementação definitiva da interface interna do equipamento para os
serviços de ACSI é uma questão local e está além do escopo da IEC 61850. A ACSI
local é mapeada sobre o conjunto apropriado de aplicação definitiva dos serviços do
perfil de protocolo/comunicação, conforme especificado pelo SCSM específico. O
estado ou mudanças dos objetos dos dados são transmitidos como dados concretos.
A norma fornece uma variedade de mapeamentos que podem ser utilizados para
a comunicação dentro da subestação; a seleção de um mapeamento apropriado depende
dos requisitos funcionais e de desempenho.
Aplicação
ACSI
CA 2 CA n
CA 1
Barras de Comunicação
CA = Camada de Aplicação
Somente os Componentes da Aplicação que são implementados pelos mesmo SCSM serão interoperáveis
66
Os dados e serviços de uma aplicação podem ser modelados em três níveis (ver
Figura 50):
‒ O primeiro nível descreve os modelos abstratos e serviços de comunicação
utilizados para trocar informação entre os nós lógicos;
‒ Os níveis dois e três definem o modelo de objeto específico de domínio da
aplicação. Isto inclui uma especificação das classes de dados com os atributos e
sua relação com os LNs.
67
Figura 50 – A abordagem de modelagem da série IEC 61850
68
semântica da troca dos parâmetros do sistema são especificadas pelo capítulo 6 da IEC
61850.
69
Portanto, embora os equipamentos sejam auto–descritivos, as capacidades deles
assim como sua configuração de projeto específico em geral, e também em relação aos
parâmetros do sistema, devem ser normalizados antes que o IED esteja disponível e
fabricado. Para permitir a troca das descrições do equipamento e parâmetros do sistema
entre ferramentas de diferentes fabricantes de maneira compatível o capítulo 6 da IEC
61850 define uma linguagem de configuração de uma subestação (SCL).
Esta linguagem permite descrever as capacidades e todos os dados necessários
para definir os parâmetros do sistema de um IED. Isto inclui especialmente a conexão
entre um IED e suas funções para a subestação, em termos do diagrama unifilar, e a sua
localização no sistema de comunicação.
A linguagem é baseada em XML. Ela contém as seguintes subseções:
Como pode ser visto na figura 53, um dos focos da IEC 61850 é atender às
funções de automação de uma subestação pela comunicação para:
70
‒ Comunicação com o Centro de Controle;
‒ Sincronização do tempo;
‒ etc.
Muitas funções são implementadas nos IEDs, e estas se comunicam com outras
funções em outros IEDs, através dos mecanismos de troca de informações padrão dos
equipamentos. Isso permite que funções distribuídas em outros IEDs possam ser
implementados. As diferentes topologias serão vistas no item 3.14.
Centro de
Controle
HMI Engenharia
Roteador
Relé
Controlador de Bay A Controlador de Bay Relé Relé
A B
Relé
Barramento
B
de
Processo
Equipamento de TC e TP
Seccionamento Equipamento de TC e TP
Seccionamento
71
A norma quer decompor as funções de aplicação em funções menores que serão
usadas para a troca de informação. A granularidade é dada por uma alocação distribuída
razoável dessas funções menores para os IEDs.
Como já discutido na seção anterior, essas funções menores são os nós lógicos
(por exemplo, a representação virtual da classe de um disjuntor é o termo XCBR).
Vários nós lógicos configuram um dispositivo lógico (por exemplo, a representação de
uma unidade de Vão). Um dispositivo lógico sempre é implementado em um IED.
Portanto, os dispositivos lógicos não são distribuídos.
Os equipamentos reais são desenhados como modelos virtuais. Os nós lógicos
definidos no dispositivo lógico correspondem às funções bem conhecidas dos
equipamentos reais, ou seja, funciona como o equipamento em si.
Baseado nessa funcionalidade, um LN pode conter uma lista de dados (por
exemplo, posição), com dados de atributos dedicados. O dado tem uma estrutura e uma
semântica bem–definida. Os serviços são implementados por meio de comunicação
específica e concreta (por, exemplo, SCSM utilizando MMS, TCP/IP, Ethernet e
outros).
Os LNs e dados contidos nos dispositivos lógicos são cruciais para a descrição e
troca de informação para o SAS chegar a interoperabilidade e necessitam ser
configurados.
A tabela 4 lista todos os grupos dos LNs definidos pela norma. Foram definidos
cerca de 90 LNs na primeira edição da IEC 61850, cobrindo as aplicações mais comuns
de uma SE.
72
Números de
Grupos Nomes dos Nós Lógicos
Nós Lógicos
L Nós Lógicos do Sistema 3
P Funções de Proteção 28
R Funções Relacionadas a Proteção 10
C Controle Supervisório 5
G Referências Genéricas 3
I Interfaceamento e Arquivamento 4
A Controle Automático 4
M Medição 8
S Sensores e Monitoramento 4
X Funções de Seccionamento 2
T Transformador Instrumental 2
Y Transformador de Potência 4
Z Outros Equipamentos de Potência 15
Total 92
Tabela 4 – Grupos de LNs definidos pela IEC 61850
73
‒ Manutenção do SAS.
Não deverá haver falhas de qualquer tipo no SAS que façam com que a
subestação fique inoperável. Pelo menos, deverão ser mantidos o controle e
monitoramento confiáveis e seguros dos equipamentos da subestação a partir do prédio
de controle da subestação. A interface do SCADA do Centro de Operação deverá
continuar a operar se o computador principal da SE falhar.
Um projeto seguro deverá ser fornecido (ou seja, não deverá haver modo de
falha que faça com que o SAS inicie uma ação de controle indesejada, tal como disparo
ou fechamento de um disjuntor ou chave seccionadora). Além disso, as falhas do SAS
não deverão desativar o medidor local e as funções de controle da subestação.
O fabricante deverá esclarecer sobre a capacidade de permitir uma
reinicialização do sistema. Todos os programas deverão ser ativados e/ou programados
de acordo com uma sequência de inicialização pré-determinada, independentemente de
quais programas estiverem sendo executados antes de um reinício. Não deverá ser
necessária qualquer intervenção manual.
A definição da arquitetura deverá considerar aspectos como: custo, segurança operação,
manutenção e facilidade de intervenção/liberação do vão (para manutenção).
Um dos objetivos da norma IEC 61850 é a diminuição ou quase eliminação dos
cabos de controle que conduzem os sinais de estados, alarmes e comandos, transferindo
esta função e responsabilidade para a rede de comunicação e para os próprios IEDs. Um
dos princípios básicos para a definição da topologia da rede em SEs de maior
importância é: a falha de qualquer dos elementos da rede ou mesmo de um dos IEDs de
proteção não deve afetar as funcionalidades consideradas essenciais para a operação dos
equipamentos primários (vão de linha, transformador, etc.) com segurança.
As UACs, através dos seus respectivos módulos de entradas e saídas, deverão se
conectar aos circuitos de comando, alarmes e demais sinais do vão. Os dados de
aquisição analógica provenientes do processo devem ser armazenados e tratados pela
UAC do vão respectivo.
Cada setor da subestação deverá possuir uma rede de comunicação local (LAN-
P) para conduzir as informações da proteção principal (P) e de controle e outra rede de
comunicação local (LAN-A) para conduzir as informações da proteção alternada (A) e
de controle. As redes LAN-P e LAN-A deverão ser completamente independentes, de
74
maneira que uma falha ou indisponibilidade em um elemento de uma rede não afete o
funcionamento da outra.
As redes LAN deverão ser constituídas por um conjunto de switches
gerenciáveis adequadas para trabalhar no ambiente adverso de uma subestação e utilizar
o protocolo IEC 61850. Deverão ser utilizados cabos de fibra óptica para a interconexão
entre os switches e entre estes e os IEDs respectivos.
As UACs e os Registradores Digitais de Perturbação - RDPs deverão possuir
fontes de alimentação redundantes independentes, chaveadas por relé auxiliar, de forma
que, na indisponibilidade da fonte principal, a fonte alternada seja conectada
automaticamente.
Em geral, a topologia de rede é relacionada ao nível de tensão e, na sua
aplicação, tem que ser levado em conta a posição física dos IEDs e o layout dos
equipamentos principais. Idealmente é esperado conectar um grupo de IEDs por vão a
um único switch e um segmento de rede por nível de tensão. Os tipos de topologia serão
apresentados abaixo [4]:
P P1 P P1
C C
C C
P2 P2
75
Topologia Estrela: esse tipo de topologia diminui a probabilidade de isolar a
comunicação, criando vários pontos, com vários roteadores. Mais seguro, porém
mais caro (ver figura 54).
P1 P1 P1 P1 P1 P1
C C C C C C
P2 P2 P2 P2 P2 P2
Topologia de Dupla Estrela: o uso dessa topologia tem como objetivo alcançar
alta disponibilidade e aumenta o número de ponto de falhas. Cada equipamento
principal é conectado a duas redes redundantes, garantindo uma maior
confiabilidade (ver figura 55).
76
LAN A
LAN B
C P2 P1 P2 C P1 P2 P1 C
P P P
C C C
MU MU MU
77
3.15 – Requisitos de Testes
78
3.15.1 – Teste de Conformidade
79
O equipamento de teste deve ser capaz de simular a comunicação vertical, como
por exemplo, as informações de configuração e operacionais (SCADA) transferidas no
modo cliente-servidor, assim como a comunicação horizontal, incluindo as mensagens
GOOSE ou GSSE, no modo editor-assinante (publisher-subscriber). O editor realiza
publicações de mensagens, ou seja, envia para o IED sob teste mensagens GOOSE. O
assinante realiza subscrições, ou seja, recebe e armazena as mensagens enviadas pelo
IED, avaliando o estado dos atributos nessas mensagens.
O sistema de teste deve ser composto por um equipamento capaz de simular o
processo de um SAS, com fontes de corrente e de tensão e simulação de comandos do
processo (bobina de trip do disjuntor, estado do disjuntor e chaves, etc.). Este
equipamento também deve possuir comunicação Ethernet para interagir com a rede
LAN sob teste. Ainda fazem parte do sistema um conversor eletro-ótico, switch para
conexão dos componentes do sistema de teste simulando a rede LAN do SAS e um
conjunto de ferramentas de teste para análise e simulação, em linguagem SCL. Essas
ferramentas deverão ser integradas em uma Interface Homem Máquina (IHM).
Os objetivos dos Testes de Conformidade são:
‒ Reduzir os riscos de não interoperabilidade a um nível aceitável;
‒ Fornecer o máximo de confiança à transmissora ou distribuidora de que o
dispositivo interoperará com outros dispositivos certificados;
‒ Realizar um teste de tipo da interface de comunicação de um SAS.
É sempre recomendável realizar o Teste de Conformidade antes da integração do
sistema no campo a fim de descobrir, ainda em tempo, possíveis diferenças de
interpretação e possíveis erros de software, bem como a exata funcionalidade da
implementação do protocolo.
80
Não é prático nem possível testar todas as possibilidades de comunicação de um
relé com todos os demais IEDs de um SAS, uma vez que o número de possibilidades é
muito grande e cresce exponencialmente com o número de IEDs. O que é prático e pode
ser realizado, de forma realista, é estabelecer cenários de teste prováveis e que
representem as condições mais desfavoráveis esperadas. As situações de tráfego
carregado poderão ser simuladas por um computador adicional conectado à rede.
Considera-se que cada IED tenha sido previamente testado com relação à
conformidade com a norma e os requisitos funcionais e que a operação das funções não
distribuídas tenha sido também previamente verificada, sendo observadas as mensagens
geradas e recebidas pelo IED relativamente a sinais de status, comandos, alarmes e
informações para a IHM.
Diante da grande complexidade representada por um SAS com funções
distribuídas, sugere-se começar pelas situações mais simples e ir aumentando, pouco a
pouco, o grau de complexidade. Iniciar com dois IEDs, testando as funções distribuídas
menos complexas e com a rede sem tráfego. Prosseguir com os testes até que todas as
funções distribuídas que envolvam os dois IEDs tenham sido testadas. Somente então
acrescentar um terceiro IED e, depois outro, até que todo o SAS tenha sido testado.
Lembrar que a situação mais crítica para a interoperabilidade ocorre quando temos IEDs
de fabricantes diferentes operando com funções distribuídas.
Como exemplo, pode-se simular uma falta envolvendo dois ou mais IEDs de
proteção ou controle e analisar as mensagens trocadas por estes IEDs, incluindo as
mensagens verticais para o IHM (status, alarmes e comandos) e as mensagens GOOSE.
Cada uma das funções distribuídas deve ser testada, simulando-se as diversas situações
que possam ocorrer. Os IEDs futuros, ou aqueles que não estiverem disponíveis por
ocasião do teste, podem ser simulados por uma ferramenta computacional adequada.
Um conjunto de IEDs conectados a uma rede LAN, juntamente com simulador de
mensagens GOOSE, analisador de protocolo, IHM, armazenamento, captura e
visualização dos dados de teste, além de uma fonte controladora e geradora dos sinais
analógicos, está mostrado na Figura 58. O equipamento de GPS, embora não mostrado,
também faz parte do conjunto.
81
Figura 58 - Sistema para Teste de Interoperabilidade de Vários IEDs
82
desempenho, são verificados os tempos máximos de operação de funções, assim como
os tempos máximos que cada mensagem (especialmente as mensagens GOOSE) irá
levar desde sua geração em um IED até que seja recebida pelos IEDs subscritores que
irão utilizar a informação [1].
83
Capítulo 4
Descrição do Arquivo SSD
4.1 – Introdução
Este capítulo irá apresentar incialmente a linguagem utilizada pela norma IEC
61850 que descreve todos os arquivos necessários para a comunicação entre o IHM, os
IEDs e os equipamentos de proteção de uma SE. Em seguida será mostrado como foi
feita a formatação do arquivo de descrição de uma SE (arquivo SSD) que descreve o
diagrama unifilar da subestação e seus nós lógicos exigidos a partir do diagrama unifilar
de uma SE com o uso do software Visual SCL.
Para atender ao padrão IEC 61850, uma especificação deve conter, pelo menos,
uma descrição das interconexões entre as funções e entre estas e os equipamentos no
campo. Isto pode ser obtido com o auxílio da linguagem SCL. O resultado da aplicação
desta linguagem é chamado de arquivo de descrição da especificação do sistema
Entretanto, os arquivos SSD não definem detalhes específicos da implementação das
funções e a interação entre funções. Isto deve ser descrito conforme é feito hoje, com
diagramas e texto.
Os arquivos SSD permitem, porém, a inclusão de pequenas partes de texto ou
referências a arquivos contendo informações sobre o diagrama unifilar e a definição dos
LNs e LDs, o que facilita a compreensão da especificação do sistema.
Primeiramente, para ser feita toda a modelagem do arquivo SSD, é necessário
ter o diagrama unifilar da subestação que se deseja modelar. Lembrando que o que será
especificado serão os LDs e LNs, ou seja, a virtualização do sistema de proteção de uma
subestação, nesse caso uma subestação de distribuição primária de 34,5 kV–13,8 kV.
84
A linguagem utilizada será a CIM XML, uma linguagem baseada em XML.
Essa linguagem alcançou grande aceitação para facilitar a troca de informação entre
empresas e seu uso está se expandindo. Em razão de sua flexibilidade e extensibilidade,
a troca de documentos XML fornece uma abordagem adequada para possibilitar a
integração de sistemas díspares. O modelo CIM está, também, ganhando aceitação
como um padrão na indústria elétrica. A combinação destes dois padrões conduz a uma
abordagem poderosa no sentido de satisfazer às necessidades das concessionárias de
energia elétrica.
O SCL é usado com o objetivo de se diminuir custos e tempo para a engenharia,
por ser menos dependente do fabricante, com possibilidade de se importar os arquivos
SCL, e melhora o requisito de especificação da concessionária. Todo o processo de
engenharia envolvido no uso do SCL pode ser visto na figura 59 [9].
2 *.SSD *.SSD 3
*.SSD
Fabricante
1
*.ICD *.ICD
*.ICD *.ICD
*.ICD *.ICD
Configurador
de IEDs *.CID
4 *.CID
*.CID
85
2 – Modelagem da Subestação – o arquivo .SSD que descreve o diagrama uni-
filar de toda a SE com seus respectivos LNs é desenvolvido através de alguma ferra-
menta (neste projeto o Visual SCL).
3 – Combinação dos arquivos SSD e ICD – com a combinação dos arquivos
SSD e ICD, é criado o arquivo .SCD que descreve a configuração completa da
subestação incluindo o diagrama unifilar, rede de comunicação, configuração dos IEDs,
informação de conexão.
4 – Arquivo SCD – a partir do arquivo .SCD e uma ferramenta configuradora
de IEDs, é criado o arquivo .CID, que descreve a função atual de um IED, com todos os
parâmetros relevantes para ele nesse momento. O uso desse arquivo é opcional, e pode
ser usado o arquivo .ICD determinado pelo fabricante.
A figura 60 mostra o diagrama unifilar da SE que será utilizado para descrever o
arquivo SSD no padrão IEC 61850.
86
Relé Relé
34,5 kV
Relé Relé
Relé Relé
Relé Relé
Relé Relé
13,8 kV
87
Inicialmente no arquivo XML são colocadas as seguintes linhas de comando:
88
52 52
Relé Relé
34,5 kV
Relé Relé
52 52
Relé Relé
Relé Relé
52 52
Relé Relé
13,8 kV
52 52 52 52 52 52
89
cNodeName="L2" xmlns:ease="http://www.ase–
systems.com/61850/2003/SCLextensions" />
<Terminal ease:origin="A" connectivityNode="S1/V34–5k/Q2/L4"
substationName="S1" voltageLevelName="V34–5k" bayName="Q2"
cNodeName="L4" xmlns:ease="http://www.ase–
systems.com/61850/2003/SCLextensions" />
<Terminal ease:origin="A" connectivityNode="S1/V34–5k/Q2/L5"
substationName="S1" voltageLevelName="V34–5k" bayName="Q2"
cNodeName="L5" xmlns:ease="http://www.ase–
systems.com/61850/2003/SCLextensions" />
</ConductingEquipment>
90
Figura 62 – Visual SCL
91
Figura 63 – Modelagem da Subestação / Arquivo SSD
92
Figura 64 – Subestação
93
4.3 – Descrição dos LNs Utilizados:
XCBR – Disjuntor
94
4.3.6 – Nós Lógicos Utilizados dos Grupos de Transformadores
Instrumentais: T
95
Capítulo 5
Conclusões
96
Bibliografia
[2] BOGDAN K., JAMES W., ERIC A. W., JOHN B., DALE F. & MARK A. (2006).
IEC 61850 – A Practical Application Primer for Protection Engineers.
[4] MARK A., DREW B. & RALPH M. (2009). IEC 61850 Communication Networks
and Systems in Substations – An Overview for users.
[5] JIANQING Z. & CARL A. G. IEC 61850 – Communication Networks and Systems
in Substations: An Overview of Computer Science. Universidade de Illionis
[7] ALLAN C. P., EDUARDO Z., RICARDO A., RODOLFO P.& DAVID C. (2009)
Sistemas de Proteção e Automação de Subestações de Distribuição e Industriais
Usando a Norma IEC 61850. XIII ERIAC
[9] BAS MULDER. (2013). NIEUW DNV STIJL – IEC 61850 Training.
97
DA P. S. DA SILVA, MANABU ASANO, MÁRCIO A. G. DRUMMOND, MARTA
LACORTE, MICHEL A. VORPE, OSCAR K. FILHO, ROBERTO COLOMBO,
SEBASTIÃO V. F. JÚNIOR, SÉRGIO DE A. MORAIS, SÉRGIO DE O. FRONTIN &
WILSON J. FRANÇA (1995). Disjuntores e Chaves – Aplicação em Sistemas de
Potência.
98
Anexo A
Arquivo SSD da Subestação
A.1 – Objetivo:
Este anexo tem o intuito de mostrar todo o arquivo SSD da subestação modelada
no Capítulo 4.
A.2 – Detalhamento do Arquivo SSD:
<?xml version="1.0" encoding="utf–8"?>
<SCL xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema–instance"
xmlns:xsd="http://www.w3.org/2001/XMLSchema" xmlns="http://www.iec.ch/61850/2003/SCL">
<Header toolID="Visual SCL" nameStructure="FuncName">
<History />
</Header>
<Substation name="S1">
<VoltageLevel sxy:x="143" sxy:y="101" name="V34–5k"
xmlns:sxy="http://www.iec.ch/61850/2003/SCLcoordinates">
<PowerTransformer sxy:x="118" sxy:y="308" name="T1">
<LNode lnInst="1" lnClass="YEFN" />
<LNode lnInst="1" lnClass="YLTC" />
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<LNode lnInst="1" lnClass="YPTR" />
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101
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102
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103
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105
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106
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107
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108
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109
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110
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111
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112