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SIMULADO

FUVEST 2a FASE (1)


2a Fase – Primeiro Dia

NOME NÚMERO

PROVA DE INSTRUÇÕES
SEGUNDA FASE 1. Só abra este Caderno 7. Se errar, risque a 11. Duração da prova:
quando o fiscal autorizar. palavra e a escreva quatro horas. O aluno
1o DIA 2. Este simulado é
novamente. deve controlar o tempo
Exemplo: . disponível, com base
composto por um
Não será permito o uso no relógio projetado
Caderno de Questões
de corretivo. em sala e nos avisos
e um Caderno de
do fiscal. Não haverá
Respostas. 8. A resposta de cada
tempo adicional para a
3. Este Caderno questão deverá ser
transcrição do rascunho
contém 10 questões de escrita exclusivamente
da redação para a folha
Português e a proposta no quadro a ela
definitiva.
de redação. destinado. O que estiver
fora desse quadro não 12. O aluno poderá
4. O simulado deverá será considerado na retirar-se da sala após 2
ser feito com caneta correção. horas do seu início.
esferográfica de tinta
9. Faça, na página 13. Caso o aluno precise
azul. Não utilize caneta
indicada deste caderno, sair da sala, levante a
marca-texto.
o rascunho da redação. mão e aguarde o fiscal
5. Escreva com letra autorizar.
legível as respostas das 10. Transcreva o
rascunho da redação 14. Durante o simulado,
questões.
para a folha avulsa são vedadas a
6. Ao utilizar o Caderno definitiva. O que estiver comunicação entre os
de Respostas, cuidado escrito na página candidatos e a utilização
para não responder “Rascunho da Redação” de qualquer material de
a uma questão fora não será considerado consulta, eletrônico ou
do espaço destinado na correção. Não impresso.
exclusivamente para ela. ultrapasse, de forma 15. No final do simulado,
alguma, o espaço de o aluno deverá entregar
30 linhas da folha de ao fiscal apenas o
redação. Não serão Caderno de Respostas
fornecidas folhas e a folha avulsa da
complementares. redação, com todos os
dados de identificação
preenchidos.

ASSINATURA

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PRIMEIRO DIA — 03/2019
CICLO DE SIMULADOS 1
QUESTÕES
QUESTÃO 1:
Leia o texto abaixo:
O amor e a paixão são dois diferentes estados de alma que poetas e homens da sociedade, filósofos e simplórios confundem
continuamente. O amor comporta uma reciprocidade de sentimentos, uma certeza de gostos que nada altera e uma troca de praze-
res muito constante, uma aderência muito completa entre os corações, para que haja ciúme. A posse é então um meio e não um fim;
uma infidelidade faz sofrer, mas não separa; a alma não está nem mais nem menos ardente ou agitada, está incessantemente feliz;
o desejo, estendido por um sopro divino de uma extremidade à outra na imensidão do tempo, tinge-se de uma mesma cor: a vida
é azul como um céu puro. Já a paixão é o pressentimento do amor e de seu infinito ao qual aspiram todas as almas sofredoras. A
paixão é uma esperança que talvez será frustrada. Paixão significa ao mesmo tempo sofrimento e transição; a paixão cessa quando
morre a esperança. Homens e mulheres podem, sem desonrar-se, conceber várias paixões: é tão natural lançar-se em direção à
felicidade! Mas na vida há somente um único amor. Todas as discussões, escritas ou verbais, feitas sobre os sentimentos, podem
assim ser resumidas nestas duas perguntas: É uma paixão? É amor?
Honoré de Balzac. A duquesa de Langeais. Porto Alegre: L&PM, 2008. p. 137.
a) Balzac procura diferenciar dois sentimentos que, segundo ele, são muito confundidos entre si: o amor e a paixão. Segundo o
autor, qual é a relação entre o ciúme e cada um desses sentimentos?
b) Reescreva o trecho “uma infidelidade faz sofrer, mas não separa”, substituindo a conjunção “mas” por “embora”, e fazendo as
adaptações necessárias para que se mantenha o sentido.

QUESTÃO 2:
Leia os dois parágrafos iniciais de Carta sobre a felicidade, de Epicuro:
Que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais
é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde de espírito. Quem afirma que a hora de dedicar-se à filosofia ainda
não chegou, ou que ela já passou, é como se dissesse que ainda não chegou ou que já passou a hora de ser feliz. Desse modo, a fi-
losofia é útil tanto ao jovem quanto ao velho: para quem está envelhecendo sentir-se rejuvenescer por meio da grata recordação das
coisas que já foram, e para o jovem poder envelhecer sem sentir medo das coisas que estão por vir; é necessário, portanto, cuidar
das coisas que trazem felicidade, já que, estando esta presente, tudo temos, e, sem ela, tudo fazemos para alcançá-la.
Pratica e cultiva então aqueles ensinamentos que sempre te transmiti, na certeza de que eles constituem os elementos funda-
mentais para uma vida feliz.
Epicuro. Carta sobre a felicidade: (a Meneceu). Tradução e apresentação de Álvaro Lorencini e
Enzo Del Carratore. São Paulo: Editora da Unesp, 2002. p. 21.
a) Nesse trecho, Epicuro recomenda que todos se dediquem à filosofia. Indique dois argumentos por meio dos quais o filósofo
defende essa recomendação.
b) No trecho a seguir, o enunciador dirige-se ao leitor usando a segunda pessoa do singular. Reescreva-o, usando a terceira pessoa
do singular. Faça somente as modificações necessárias.
“Pratica e cultiva então aqueles ensinamentos que sempre te transmiti.”

QUESTÃO 3:
Leia o texto abaixo:
Liberdade, igualdade, burquíni: Como traje islâmico virou símbolo de racha na França
Daniela Fernandes
De Paris para a BBC Brasil
26 agosto 2016
FETHI BELAID/AFP

Mulher usa burquíni em praia de Nice, onde ocorreu atentado na França.

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ANGLO VESTIBULARES

A proibição do uso do burquíni – traje de banho islâmico que cobre todo o corpo e a cabeça das mulheres – está provocando
uma onda de choque na política francesa, com fortes divisões no próprio governo e dentro dos partidos.
Nesta sexta-feira, o Conselho de Estado, a mais alta autoridade administrativa da França, considerou ilegal o decreto “anti-
burquíni” aplicado em Villeneuve-Loubet, na Côte d’Azur.
Para os magistrados do órgão, criado por Napoleão Bonaparte, a proibição da vestimenta de banho “viola gravemente e de
maneira ilegal as liberdades fundamentais como o direito de ir e vir, a liberdade de consciência e a liberdade pessoal”.
A decisão, de última instância, é resultante de uma queixa apresentada por associações de defesa dos direitos humanos e era
aguardada com grande expectativa neste momento em que o assunto incendeia o debate político no país.
Mais de 30 cidades litorâneas da França, a maioria governadas pela direita, proibiram o uso do burquíni. [...]
Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-37171474>. Acesso em: 15 out. 2018.
a) Embora em textos jornalísticos tenda a predominar o uso denotativo ou literal das palavras, é comum que apareçam, pontual-
mente, palavras usadas em sentido conotativo. Releia o parágrafo abaixo e indique qual palavra foi usada em sentido conotativo.
“A decisão, de última instância, é resultante de uma queixa apresentada por associações de defesa dos direitos humanos e era
aguardada com grande expectativa neste momento em que o assunto incendeia o debate político no país.”
b) A palavra “burquíni” é um neologismo, ou seja, um vocábulo recentemente criado. Qual processo de formação de palavras foi
utilizado em sua criação? Explique.

QUESTÃO 4:
O anúncio abaixo foi criado pela publicitária brasileira Carolina Türck. Segundo a própria autora, ela buscou simular a curiosa sen-
sação de se abrir uma revista de 50 anos atrás e, surpreendentemente, encontrar propagandas de invenções humanas recentes, em
uma espécie de paradoxo temporal.

REPRODUÇÃO/MOMA PROPAGANDA

“Seus vídeos ficarão eternizados no Youtube


O melhor e mais afamado site de vídeos da internet!
Poste e assista a vídeos graciosos e cativantes, 24 horas por dia.
Vídeos de desportos, notícias, reclames e muito mais.
Uma encantadora ferramenta de entretenimento para toda a família.”
Carolina Türck. 18 de março de 2011. Disponível em:
<https://garotasnerds.com/internet/propagandas-nerds-50-anos-atras/>.
Acesso em: 18 out. 2018.
a) Para realizar seu intento, a publicitária se valeu de aspectos verbais e não verbais. Entre os aspectos verbais, observa-se a com-
binação de um léxico arcaico com estrangeirismos de uso recente na língua. A partir da leitura, cite um substantivo raramente
usado no português atual do Brasil e um substantivo de origem estrangeira.
b) Examine a figura que compõe o anúncio e cite um aspecto não verbal que serviu para reproduzir uma estética do passado.

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PRIMEIRO DIA — 03/2019
CICLO DE SIMULADOS 1
QUESTÃO 5:
Leia o poema abaixo e responda ao que se pede:
eles me convenceram
de que só me restavam alguns poucos anos
antes de ser substituída por uma menina mais nova
como se os homens ganhassem poder com idade
e as mulheres ficassem mais insignificantes
eles que fiquem com essas mentiras
porque eu estou só no começo
sinto que acabei de sair do útero
meus vinte anos são um aquecimento
para o que de fato venho preparando
vocês vão ver quando eu chegar aos trinta
aí que vai ser a introdução perfeita
para a mulher indecente. feroz. em mim.
não vou embora antes do começo da festa
o ensaio começa aos quarenta
eu só melhoro com a idade
não tenho data de validade
e agora
é a hora do evento principal
as cortinas sobem aos cinquenta
e aí o show começa

- atemporal
Rupi Kaur. “eles me convenceram”. In: O que o sol faz com as flores.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2018. p. 234. Tradução de Ana Guadalupe.

a) No poema acima, o eu lírico se opõe àquilo que considera uma falsidade preconceituosa impingida às mulheres. De que se trata?
b) Transcreva dois versos em que, pelo emprego de verbos no pretérito imperfeito do subjuntivo, são expostas de forma sintética
as falsas ideias contra as quais o eu lírico se coloca.

QUESTÃO 6:
Leia a carta de Mário de Andrade, dirigida a Carlos Drummond de Andrade:
Carlos
Estou recebendo Brejo das almas neste meu último dia de São Paulo. Parto hoje numa viagem de aventura em que é impossível
levar seu livro. Mas você não está precedendo bem pra comigo, que diabo, Carlos! Nem agora, você acusa recepção do Belasarte,
afinal: recebeu ou não recebeu? Espero, chegando, são poucos dias de viagem, encontrar pelo menos um cartão com o “recebi,
sim”, que seja sem mais nada. Até breve. Descobri uma mineirinha poetisa que me parece excepcional, Oneida Alvarenga, de Var-
ginha, minha aluna de piano. O Manuel Bandeira, que também gostou muito, vai lançar ela pelo número da primavera, se não me
engano da Noite. Bom, ciao por hoje. Um abraço do sempre
Mário
Mário de Andrade. Carta de 1934. Carlos & Mário. Correspondência completa entre Carlos Drummond de Andrade e
Mário de Andrade. Rio de Janeiro: Bem-Te-Vi, 2002. p. 434.

a) Mário de Andrade se refere à poetisa Oneida Alvarenga como uma “mineirinha”. Pode-se afirmar que, no contexto, o uso dimi-
nutivo tem valor pejorativo? Justifique.
b) Mário de Andrade faz uso coloquial de um pronome ao longo de sua carta. Reescreva a passagem em que isso ocorre, adaptando-
-a à norma-padrão.

QUESTÃO 7:
Leia o texto abaixo.
O estudante atirou-se, sôfrego, sentindo-lhe a frescura da sua carne de lavadeira, mas sem largar as pernas do coelho.
Passou-se um instante de silêncio entre os dois, em que as folhas secas do chão rangeram e farfalharam.
— Olha! pediu ela, faz-me um filho, que eu preciso alugar-me de ama-de-leite... Agora estão pagando muito bem as amas!
A Augusta Carne-Mole, nesta última barriga, tomou conta de um pequeno aí na casa de uma família de tratamento, que lhe dava
setenta mil-réis por mês!... E muito bom passadio!... Sua garrafa de vinho todos os dias!... Se me arranjares um filho dou-te outra
vez o coelho!
E o pobre brutinho, cujas pernas o estudante não largava, começou a queixar-se dos repelões que recebia cada vez mais ace-
lerados.
— Olha que matas o bichinho! reclamou a lavadeira. Não batas assim com ele! mas não o soltes, hein!
Ia dizer ainda alguma coisa, mas acudiu-lhe o espasmo e ela fechou os olhos e pôs-se a dar com a cabeça de um lado para o
outro, rilhando os dentes.
Aluísio Azevedo. O cortiço. São Paulo: Ática, 2011. p. 85.

a) O episódio se passa entre Henrique, hóspede no sobrado do Miranda, e a lavadeira Leocádia. Qual é o efeito de sentido introdu-
zido na cena pela presença de um coelho?
b) No romance O cortiço, o comportamento feminino libidinoso está relacionado às lavadeiras, como forma de denúncia da imora-
lidade das classes sociais mais baixas no Rio de Janeiro do final do século XIX. Você concorda com essa afirmação? Justifique a
sua resposta.

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ANGLO VESTIBULARES

QUESTÃO 8:
Leia os textos a seguir para responder às questões.
TEXTO I
Filosofia dos epitáfios
Saí, afastando-me dos grupos, e fingindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma
expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí
vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a podridão anônima os alcança
a eles mesmos.
Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas.
Cotia: Ateliê, p. 247

TEXTO II
Permanência
Agora me lembra um, antes me lembrava outro.
Dia virá em que nenhum será lembrado.
Então no mesmo esquecimento se fundirão.
Mais uma vez a carne unida, e as bodas
cumprindo-se em si mesmas, como ontem e sempre.
Pois eterno é o amor que une e separa, e eterno o fim
(já começara, antes de ser), e somos eternos,
frágeis, nebulosos, tartamudos, frustrados: eternos.
E o esquecimento ainda é memória, e lagoas de sono
selam em seu negrume o que amamos e fomos um dia,
ou nunca fomos, e contudo arde em nós
à maneira da chama que dorme nos paus de lenha jogados no galpão.
Carlos Drummond de Andrade. Claro Enigma.
São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 86
a) Ambos os textos abordam a questão da morte e do esquecimento. O tom pessimista do trecho machadiano em relação ao esque-
cimento também se verifica no poema de Drummond? Justifique a sua resposta.
b) Segundo Brás Cubas, qual é a razão de as pessoas escreverem epitáfios?

QUESTÃO 9:
Leia o texto a seguir.
— Inferno, inferno.
Não acreditava que um nome tão bonito servisse para designar coisa ruim. E resolvera discutir com Sinha Vitória. Se ela hou-
vesse dito que tinha ido ao inferno, bem. Sinha Vitória impunha-se, autoridade visível e poderosa. Se houvesse feito menção de
qualquer autoridade invisível e mais poderosa, muito bem. Mas tentara convencê-lo dando-lhe um cocorote, e isto lhe parecia ab-
surdo. Achava as pancadas naturais quando as pessoas grandes se zangavam, pensava até que a zanga delas era a causa única dos
cascudos e puxavantes de orelhas. Esta convicção tornava-o desconfiado, fazia-o observar os pais antes de se dirigir a eles. Animara-
-se a interrogar Sinha Vitória porque ela estava bem-disposta. Explicou isto à cachorrinha com abundância de gritos e de gestos.
Graciliano Ramos. Vidas secas.
São Paulo: Record, 2000. p. 60
a) Indique o que motivou as atitudes de Sinha Vitória e caracterize o tipo de educação dado por ela aos filhos.
b) A interação do Menino mais velho com a cachorrinha mostra como ele frequentemente se comunica. Explique como se dá essa
comunicação e o efeito de sentido gerado pela cena com Baleia.

QUESTÃO 10:
Leia o texto abaixo.
E não é sem assim que as palavras têm canto e plumagem. E que o capiauzinho analfabeto Matutino Solferino Roberto da Silva
existe, e, quando chega na bitácula 1, impõe: — “Me dá dez ‘tões de biscoito de talxóts!” — porque deseja mercadoria fina e pensa
que “caixote” pelo jeitão plebeu deve ser termo deturpado. E que a gíria pede sempre roupa nova e escova. E que o meu parceiro
Josué Cornetas conseguiu ampliar um tanto os limites mentais de um sujeito só bidimensional, por meio de ensinar-lhes estes
nomes: intimismo, paralaxe, palimpsesto, sinclinal, palingenesia, prosopopese, amnemosínia, subliminal. E que a população do
Calango-Frito não se edifica com os sermões do novel pároco Padre Geraldo (“Ara, todo o mundo entende...”) e clama saudades
das lengas arengas do defunto Padre Jerônimo, “que tinham muito mais latim”...
Guimarães Rosa. “São Marcos”. In: Sagarana.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p. 253.
1. bitácula: pequena venda
a) De que maneira os episódios mencionados pelo narrador ilustram o estilo de Guimarães Rosa?
b) No trecho, a mera assimilação de palavras difíceis amplia os “limites mentais” de uma pessoa intelectualmente limitada. Considerando
o conto “São Marcos” como um todo, há algum outro episódio relacionado ao poder mágico das palavras? Justifique a sua resposta.

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