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7º Ano Etapa

Professor Alexandre Real 3ª


Disciplina Atividade
História Avaliativa

Aluno(a):
Valor Prova: 7,0 Pontos obtidos: Data: / /2014 Tipo: A

Antes de iniciar a prova, leia atentamente as seguintes instruções:

1- Esta prova contém 4 questões. Verifique se este caderno de questões está completo.
2- A prova terá a duração máxima de 50 minutos.
3- A prova deverá ser respondida, obrigatoriamente, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta.
4- Não será permitido o porte e o uso de telefone celular ou equipamentos similares durante a realização
da prova.
5- Não serão aceitas rasuras nas questões de múltipla escolha.
6- Desejo que você faça uma boa prova!

QUESTÃO Nº1 VALOR 2,0 NOTA

Lei com atenção o documento a seguir e responda as questões

Pardos, nus, sem cousa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas.
A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos... Os
cabelos deles são corredios.(...) Até agora não podemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de
metal (...) Contudo a terra em si é de muitos bons ares, frescos e temperados (...) Em tal maneira é
graciosa que, querendo a aproveitar-se há nela tudo, por causa das águas que tem! [...] Contudo, o melhor
fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que
Vossa Alteza em ela deve lançar.(...) Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa
Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé!” “(...) Parece-me gente de tanta inocência que
se a gente os entendesse e eles a nós, que seriam logo cristãos, porque eles não têm nem atendem a
nenhuma crença (...) Por isso pareceu a todos que nenhuma idolatria nem adoração têm.E eu bem creio
que se Vossa Alteza aqui mandar quem mais devagar ande entre eles, que todos serão tornados ao desejo
de Vossa Alteza. E, para isso, se alguém vier, não deixe de vir logo clérigo para os batizar, porque, então,
já terão mais conhecimento de nossa fé (...)” .
(Trecho extraído da Carta de Pero Vaz Caminha, 01 de maio de 1500)

O termo ou expressão, dessa carta, que comprova a visão dos europeus sobre o território é

A) “Parece-me gente de tanta inocência...”.


B) “Contudo a terra em si é de muitos bons ares, frescos e temperados”.
C) “Pardos, nus, sem cousa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas”.
D) “Até agora não podemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal”.

QUESTÃO Nº2 VALOR 2,0 NOTA

Analise a figura e leia o texto a seguir.

RRevista Nossa História, nº 17

Vingança e frenesi no banquete tupi

Entre os tupis, os festins canibais eram desdobramentos das guerras. Depois de capturado pelos
guerreiros, o inimigo era conduzido à aldeia pelas mulheres, onde, mais tarde, encontraria a morte em
ritual que era marcado pela vingança e coragem. Logo após a chegada, o chefe designava uma mulher
para casar com ele, mas ela não podia afeiçoar-se ao esposo. O dia da execução era uma grande festa. No
centro da aldeia, os índios, sobretudo as índias, se alvoroçavam. Os vizinhos também estavam
convidados, todos provariam da carne do oponente. No ritual, homens, mulheres e crianças lembravam e
vingavam-se pelos parentes mortos. Imobilizada pelos índios, a vítima não esquecia do ímpeto guerreiro;
enfrentava com bravura os inimigos e perpetuava o sentimento de vingança.
Depois de morto, a carne era dividida entre músculos e entranhas. As partes duras eram
moqueadas (secadas) e consumidas pelos homens; mulheres e crianças ingeriam as partes internas
cozidas em forma de mingau. O matador, sempre masculino, não participava do banquete, entrava em
resguardo e trocava de nome. Com a colonização, esse rito foi paulatinamente abandonado, provocando,
segundo Eduardo Viveiros de Castro, a perda de uma dimensão essencial da sociedade tupinambá: a
identidade. O antropólogo ainda comenta que a repressão ao canibalismo não foi o único motivo para o
abandono. Os europeus passaram a ocupar o lugar e as funções dos inimigos, alterando a lógica do ritual.
As mulheres exerciam importantes tarefas durante as festas canibalescas. Alemão quinhentista preso
pelos tupinambás, Hans Staden escreveu que as índias pintavam os prisioneiros ainda vivos e depois os
exibiam mortos, percorrendo a aldeia com suas pernas e braços retalhados. O sacrifício provocava nas
mulheres muito prazer e ansiedade, queriam logo provar da carne do guerreiro inimigo. Para demonstrar
mais sentimentos, elas gesticulavam, mordiam as mãos e braços, se contorciam, cantavam e bailavam,
enquanto as demais espetavam com paus as partes decepadas sob a fogueira.
O padre José de Anchieta, jesuíta do século XVI, descreveu como as nativas untavam as mãos, caras
e bocas com as gorduras desprendidas do “assado”, colhiam o sangue com as mãos e o lambiam. Para os
religiosos da época, por certo com uma visão depreciativa da mulher, a ingestão de carne humana
deixava marcas profundas nas fisionomias das mulheres canibais que logo envelheciam. As rugas e os
odores malcheirosos tinham origem nesses “costumes abomináveis”. A decrepitude e a decadência físicas
das velhas revelavam o “terrível hábito” de comer carne e roer ossos humanos. Seios caídos, rostos
enrugados, corpos em franco processo de degeneração somavam-se a dentes mais do que deteriorados. A
alma pecadora provocava a degradação do corpo enquanto os santos, quando mortos, exalavam odores de
rosas. Esse preconceito, por certo, dificulta nossa compreensão da real participação das mulheres no
canibalismo, embora nos permita entender a cultura européia na época da conquista da América.
O canibalismo dos tarairius (tapuias do sertão nordestino) presta-se a muitas controvérsias e à
admiração por não ser o ódio o responsável pela morte e ingestão de carne humana. Entre esses tapuias,
antropofagia era um ato de amor. Para nós seria impossível pensar que o sentimento materno levaria uma
mãe a consumir um filho morto. A relação entre amor e canibalismo também intrigou os colonos
holandeses e luso-brasileiros, que ouviram e registraram histórias e imagens sobre os tarairius.
(Revista Nossa História, nº 17)

A partir das informações presentes da figura e do texto, podemos afirmar que o canibalismo praticado
pelos tupis:

A) originava-se apenas na luta entre tribos rivais e vinculavam a ingestão de carne humana à violência.
B) foi representado, pelos pintores europeus, como um ato de violência, seus corpos nus simbolizavam a
condição de selvagens desprovidos de regras.
C) foi retratado por pintores e cronistas europeus como registros visuais e escritos sem a preocupação de
compreender a questão cultural.
D) era normalmente associado à ingestão de carne humana como um ato de amor entre os indígenas.

QUESTÃO Nº3 VALOR 1,5 NOTA


Índios do Brasil. Disponível em: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/img/indios.jpg

(Projeto Araribá - Adaptado) Sobre os povos indígenas do Brasil, é falso afirmar que:

a) a base de sua economia era o comércio entre as tribos.


b) a economia era natural ou de subsistência.
c) as trocas que ocorriam não tinham a intenção predominante de fazer circular riqueza.
d) o trabalho era comunitário, não existindo trabalho escravo.

QUESTÃO Nº4 VALOR 1,5 NOTA

Os povos pré-colombianos, maias, astecas e incas, já apresentavam uma notável organização. O estágio
de desenvolvimento em que se encontravam era:

a) a selvageria
b) a barbárie
c) a transição de selvagem para barbárie
d) o Paleolítico
e) a civilização

1–B
2–C
3–A
4-E

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