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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS – PUC MINAS

INSTITUTO POLITÉCNICO - IPUC


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ELABORADO POR PROF. JOSÉ AUGUSTO LEÃO, M.ENG.

Aula no 1: Aula inicial: Apresentações - Curso, Laboratório, Normas, Conceitos Fundamentais,


instrumentos de medição

OBJETIVOS:

• Apresentação do curso, metodologia e unidades de ensino


• Apresentação do laboratório, instalações, equipamentos, materiais, instrumentos de medição
• Apresentação das normas de segurança e de utilização do laboratório

Aula no 2: Conceitos Fundamentais: Tensão Contínua e Instrumentos de medição. Lei de Ohm

INTRODUÇÃO

Nesta prática um circuito resistivo será alimentado por uma fonte de tensão contínua e serão utilizados
multímetros digitais para se medir a corrente e a tensão no resistor, conforme indicado na figura abaixo.
A tensão contínua também será observada com o uso de osciloscópio digital.

OBJETIVOS:

Apresentar os conceitos fundamentais: tensões e correntes contínuas


Apresentar o multímetro digital para medição de tensões e correntes contínuas
Apresentar o osciloscópio e sua utilização

MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:

Fonte de tensão contínua


2 resistores: 1 de 50  e 1 de 100 
2 Multímetros digitais - um será usado como voltímetro e outro como amperímetro
1 osciloscópio
2 pontas de prova para osciloscópio

PROCEDIMENTOS:

1. A tensão vF da fonte de tensão contínua deve ser ajustada para 15 V.


2. Cálculos:
Pela Lei de Ohm a corrente i é dada por
15 𝑉 15 𝑉
𝑖= = = 0,1𝐴 = 100𝑚𝐴
50 Ω + 100 Ω 150 Ω

Também pela Lei de Ohm a tensão sobre os resistores de 50  e de 100  é:


𝑣1 = 𝑅1 𝑖 =
𝑣2 = 𝑅2 𝑖 =
3. Um dos multímetros deve ter a função selecionada para AMPERÍMETRO DC – CORRENTE
CONTÍNUA
4. Outro multímetro deve ter a função selecionada para VOLTÍMETRO DC – TENSÃO CONTÍNUA
5. Montar o circuito da figura 2.1 observando as conexões indicadas

Figura 2.1

VOLTÍMETRO

AMPERÍMETRO
Visor R1=50 
Seletor de V/
Funções
Fonte Contínua i mA V/ + COM
-+ vF +-
A COM v2

R2=100 
i -
i

Observações importantes:
a. O AMPERÍMETRO tem resistência interna nula e deve ser conectado em série com o
elemento cuja corrente se quer medir.
b. A conexão do AMPERÍMETRO em paralelo resultará em um CURTO-CIRCUITO.
c. No AMPERÍMETRO a referência para o sentido da corrente deve ser observada no momento
da conexão. A corrente entra no terminal mA ou A e sai no terminal COM, como indicado na
figura 2.2.

Figura 2.2 Figura 2.3


Conexão do Amperímetro Conexão do Voltímetro

i mA V/ mA V/

A COM i + A COM

d. O VOLTÍMETRO tem resistência interna infinita e deve ser conectado em paralelo com o
elemento cuja corrente se quer medir.
e. A conexão do VOLTÍMETRO em série resultará em um CIRCUITO-ABERTO.
f. No VOLTÍMETRO, a referência para polaridade da tensão deve ser observada no momento da
conexão. A tensão v é medida do ponto em que é conectado o terminal V/, indicado com o
sinal +, em relação ao ponto em que é conectado o terminal COM, indicado com o sinal -,
conforme mostrado na figura 2.3.
6. Efetuar as medições da corrente i e das tensões, anote os valores na tabela 2.1 abaixo:
Tabela 2.1
Calculados Medidos
Tensão v1 (V)
Tensão v2 (V)
Corrente i (mA)

7. Utilizando o OSCILOSCÓPIO observe as tensões na fonte vF e no resistor de 100 Ω. A montagem


deve ser feita como indicado na figura 2.5.
Identifique os comandos do osciloscópio.
8. Desenhe abaixo os sinais observados.
Tensão v (V)

t( seg)

Observações importantes:

a. O osciloscópio é um instrumento de medição que permite a observação das formas de tensões em função do
tempo. Não é possível observar sinais de correntes através do osciloscópio.
b. O osciloscópio tem dois canais e permite a medição de duas tensões simultaneamente. Uma em cada canal.
c. As duas tensões são medidas em relação ao mesmo ponto de referência.
d. O osciloscópio possui dois ajustes: Volts por Divisão, escala vertical e Segundos por Divisão, escala
horizontal.
Figura 2.4 - Osciloscópio

Terminais Vermelhos
+ +
Osciloscópio

V1 V2

1 2

- -

Referência Única
Terminais Pretos

Pontas de prova (cabos coaxiais)


Figura 2.5

R1=50 

2
+
- vF +
1 v2
R2=100 
+ -
vF
-

REFERÊNCIA
Osciloscópio

1 2

No canal 1 é observada a tensão da fonte - v


No canal 2 é observada a tensão no resistor de 100  - vR2

1. As medições estão de acordo com as expectativas?


2. Como deve ser conectado um amperímetro? Porque?
3. Como deve ser conectado um voltímetro? Porque?
4. Apresente o esquema de conexões para medição de tensão no resistor R1 com o uso do osciloscópio.
Aula no 3: Elementos de circuitos: Associação de Resistores: Série e Paralelo. Medição de Resistência.

OBJETIVOS:

Verificar experimentalmente as propriedades das associações série e paralelo de resistores

MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:

3 resistores de valores distintos a escolha do grupo (10   e )


1 Multímetro digital - será usado como OHMÍMETRO
Fonte de tensão contínua
Multímetros digitais – serão usados como voltímetro e como amperímetro

PROCEDIMENTOS:

1. Selecionar a critério do grupo 3 resistores, R1, R2, R3

2. Verificar os valores reais dos resistores selecionados.

Para cada resistor selecionado anotar o valor nominal, indicado no resistor, na tabela 3.1.
Utilizando o multímetro digital medir a resistência de cada resistor conforme indicado na figura 3.1.
Anotar os resultados na tabela 3.1.

Atenção: A função  deve ser selecionada no seletor do multímetro.

Tabela 3.1

Resistor Valor Nominal () Valor Medido ()


R1
R2
R3

Figura 3.1 – Medição de Resistência

OHMÍMETRO

V/
R
COM

3. Associação em série:

A resistência equivalente REQ é considerada a partir dos terminais ab.


Figura 3.2 Resistores em Série

R1
a

REQ R2

R3
b

4. Cálculos:

Utilizando a expressão abaixo calcular o valor de REQ e anotar o resultado na tabela 3.2.
Utilizar os valores medidos da tabela 3.1.

𝑅𝐸𝑄 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3

Tabela 3.2 – Resistência Equivalente em Série

Valor Calculado () Valor Medido ()


REQ

Alimentar o circuito série com uma fonte de tensão contínua de 20V. Calcular a corrente e a tensão
em cada resistor. Desenhar o diagrama esquemático do novo circuito, com os instrumentos de medição.

5. Medições:
Montar o circuito da figura 3.2 e medir o valor da resistência equivalente.
Anotar o resultado na tabela 3.2.
Alimentar o circuito série com uma fonte de tensão contínua de 20V. Medir a corrente e a tensão em
cada resistor.
6. Associação em paralelo

A resistência equivalente REQ é considerada a partir dos terminais ab.

Figura 3.3 – Resistores em Paralelo


a

REQ R1 R2 R3

7. Cálculos:

Utilizando a expressão abaixo calcular o valor de REQ e anotar o resultado na tabela 3.3.
Utilizar os valores medidos da tabela 3.1.

1 1 1 1
= + +
𝑅𝐸𝑄 𝑅1 𝑅2 𝑅3

Tabela 3.3 – Resistência Equivalente em Paralelo

Valor Calculado () Valor Medido ()


REQ

Alimentar o circuito paralelo com uma fonte de tensão contínua de 20V. Calcular a corrente e a
tensão em cada resistor. Desenhar o diagrama esquemático do novo circuito, com os instrumentos de
medição.

8. Medição:

Montar o circuito da figura 3.3 e medir o valor da resistência equivalente.


Anotar o resultado na tabela 3.3.
Alimentar o circuito série com uma fonte de tensão contínua de 20V. Medir a corrente e a tensão em
cada resistor.
ANÁLISE DE RESULTADOS E CONCLUSÕES

1. As medições estão de acordo com as expectativas? Justifique.


2. Quando se tem resistores em SÉRIE, o que se pode afirmar quanto à resistência equivalente? Será maior,
menor ou igual às resistências do circuito?
3. Quando se tem resistores em PARALELO, o que se pode afirmar quanto à resistência equivalente? Será
maior, menor ou igual às resistências do circuito?
Baseado nas características de tensão e corrente nas associações série e paralelo, como vocês acham que são ligadas
as cargas na sua residência e na indústria?
Aula no 4: Circuito resistivo alimentado por fonte de tensão contínua: Leis de Kirchhoff

OBJETIVOS:

Verificar o comportamento de um circuito resistivo alimentado por uma fonte de tensão contínua.
Verificar experimentalmente as Leis de Kirchhoff.

MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:

1 fonte de tensão contínua


3 resistores de valores diversos a escolha do grupo
1 Multímetro digital

PROCEDIMENTOS:

1. Anotar na tabela 4.1 os valores das resistências R1, R2 e R3, escolhidas pelo grupo. Observar que a
máxima corrente no circuito NÃO pode superar 300 mA.

Tabela 4.1 – Resistores Utilizados

R1 () R2 () R3 ()

2. Escrever as equações obtidas a partir da Lei das Tensões de Kirchhoff (LTK) para o circuito da figura 4.1,
em função de vF, v1, v2 e v3.
−𝑣𝐹 + 𝑣1 + 𝑣2 = 0
−𝑣2 + 𝑣3 = 0

3. Escrever as equações obtidas a partir da Lei das Correntes de Kirchhoff (LCK) para o circuito da figura 4.1,
em função de i1, i2 e 13.
−𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3 =

i1 R1 i3
A
+ v1 -
A A
vF i2

+ + R2 + R3
V
-
v2 V v3 V

- -

4. Utilizando as associações de resistores e a Lei de Ohm, calcular as tensões v1, v2 e v3, e as correntes i1, i2 e
i3. Anotar os valores na tabela 4.2. A tensão da fonte vF será de 10 V.
Tabela 4.2.

Grandeza Valor Calculado Valor Medido


v1 (V)
v2 (V)
v3 (V)
i1 (A)
i2 (A)
i3 (A)

5. Montar o circuito da figura 4.1 e ajustar a tensão da fonte em 10 V.


6. Medir sucessivamente as tensões v1, v2 e v3. Anotar os valores na tabela 4.2.
7. Medir sucessivamente as correntes i1, i2 e i3. Anotar os valores na tabela 4.2.
8. Substituir os valores das tensões v1, v2 e v3 na equação da LTK do item 2. Verificar se soma é igual a zero.
9. Substituir os valores das correntes i1, i2 e i3 na equação da LCK do item 3. Verificar se soma é igual a zero.

ANÁLISE DE RESULTADOS E CONCLUSÕES

1. Os valores medidos se aproximam dos valores calculados?


2. A Lei das Tensões de Kirchhoff foi verificada através deste experimento? Justifique.
3. A Lei das Correntes de Kirchhoff foi verificada através deste experimento? Justifique.
Aula no 5: Conceitos Fundamentais: Tensão Alternada, Valor Eficaz, Instrumentos de medição.

INTRODUÇÃO

Nesta prática um circuito resistivo será alimentado por uma fonte de tensão alternada e serão utilizados
multímetros digitais para se medir a corrente e a tensão no resistor, conforme indicado na figura abaixo.
A tensão alternada também será observada com o uso de osciloscópio digital

OBJETIVOS:

Apresentar os conceitos fundamentais: tensões e correntes alternadas


Apresentar o conceito de VALOR EFICAZ ou RMS
Apresentar o multímetro digital para medição de tensões e correntes alternadas
Apresentar o osciloscópio e sua utilização

MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:

Fonte de tensão alternada – variador de tensão ou varivolt


2 resistores: 100  e 50 
2 Multímetros digitais - um será usado como voltímetro e outro como amperímetro
1 osciloscópio
2 pontas de prova para osciloscópio

PROCEDIMENTOS:

1. Aplicar uma fonte de tensão alternada senoidal no circuito, conforme indicado na figura 5.1.

A tensão da fonte vF(t) é alternada senoidal, e é representada matematicamente por

𝑣𝐹 (𝑡) = 𝑉𝑚 cos (𝜔𝑡 + 𝜃𝑣 )

 = frequência angular (rad/s)


 = 2  f, f = frequência em Hz
Vm= valor máximo ou amplitude (V)
v = ângulo de fase
T = 1/f = Período (s)

2. Ajustar 20 V na saída do varivolt.


ATENÇÃO: Um voltímetro deverá ser utilizado para o ajuste deste valor.

Quando se trabalha em circuitos com excitação alternada senoidal, utiliza-se o VALOR EFICAZ (ou
𝑉
rms) das tensões e correntes. O valor eficaz é dado por: 𝑉𝑒𝑓 = 𝑚2

𝐼𝑚
O mesmo se aplica a correntes senoidais: 𝑖(𝑡) = 𝐼𝑚 cos(𝜔𝑡 + 𝜃𝑖 ) , 𝑐𝑜𝑚 𝐼𝑒𝑓 =
√2

Assim, ajustando 20 V no varivolt, equivale ao valor eficaz da tensão da fonte VF, ef = 20 V, e o


valor máximo é 𝑉𝐹,𝑚 = 20√2 𝑉.
Além disso, como f = 60 Hz,  = 2  60 = 377 rad/s.
Assim a equação da tensão da fonte é:

𝑣𝐹 (𝑡) = 20√2 cos (377 𝑡 + 𝜃𝑣 )


Figura 5.1

Voltímetro AC

Amperímetro AC
Varivolt 100 

i(t) 2
+
+ vF(t) -
1 v(t)
+
- 50 
V i(t) vF(t)
i(t) -

Voltímetro AC

Osciloscópio
REF.

1 2

3. Cálculos
Os cálculos dos valores eficazes de v(t) e i(t) são feitos de forma semelhante ao caso da fonte
contínua.
Pela Lei de Ohm o valor eficaz da corrente i(t), Ief, é dada por
𝑉𝐹,𝑒𝑓 20 𝑉
𝐼𝑒𝑓 = = =
100 Ω + 50 Ω 150 Ω

Também pela Lei de Ohm, o valor eficaz das tensões sobre os resistores R1 = 100 e R2 =
50 é:

4. Montar o circuito da figura 5.1 observando as conexões indicadas.


IMPORTANTE: O amperímetro e o voltímetro deverão ser configurados para CORRENTE e
TENSÃO ALTERNADAS (CA).
5. Anotar as indicações dos valores eficazes das tensões e da corrente na tabela 5.1.
Tabela 5.1
Calculados Medidos
R1 - Tensão Eficaz Vef (V)
R2 - Tensão Eficaz Vef (V)
Corrente Eficaz Ief (mA)

6. Observe as tensões na fonte vF(t) e no resistor R2 v2(t) utilizando o osciloscópio. A montagem


deve ser feita como indicado na figura 5.1. Desenhe abaixo os sinais observados. Identifique a
amplitude de cada sinal medido e o período T em segundos.
Tabela 5.2
Sinal Amplitude (V) Perído (s) Frequência (Hz)
vF(t)
v2(t)

Tensão (V)

t ( seg)

ANÁLISE DE RESULTADOS E CONCLUSÕES

1. Qual é a equação representativa de uma tensão alternada?

2. Os amperímetros e voltímetros nos fornecem qual valor da grandeza medida (eficaz, máximo, médio ou
instantâneo)?

3. Qual o valor médio de uma forma de onda senoidal?

4. Defina o que é o valor eficaz. Em uma forma de onda senoidal, qual a relação entre o valor máximo e o
eficaz?
Aula no 6: Elementos de circuitos: indutor alimentado por fonte de tensão contínua e alternada

INTRODUÇÃO

ELEMENTOS DE CIRCUITOS

Os indutores e os capacitores são, juntamente com os resistores, os elementos passivos de circuitos


elétricos. As fontes são denominadas elementos ativos.
O comportamento destes elementos é caracterizado pela relação entre corrente e tensão nos seus
terminais, conforme apresentado abaixo:
Tabela 6.1

Elemento Relação Corrente-tensão Parâmetro


Resistor 𝑣𝑅 (𝑡) = 𝑅 𝑖𝑅 (𝑡) – Lei de Ohm R: Resistência ()
𝑑𝑖𝐿 (𝑡) 1
Indutor 𝑣𝐿 (𝑡) = 𝐿 𝑜𝑢 𝑖𝐿 (𝑡) = ∫ 𝑣𝐿 (𝑡)𝑑𝑡 L: Indutância (Henry)
𝑑𝑡 𝐿
1 𝑑𝑖𝑣𝐶 (𝑡)
Capacitor 𝑣𝐶 (𝑡) = ∫ 𝑖𝐶 (𝑡)𝑑𝑡 𝑜𝑢 𝑖𝐶 (𝑡) = 𝐶 C: Capacitância (Faraday)
𝐶 𝑑𝑡

Nesta prática iremos analisar o comportamento dos indutores.


De forma geral, os indutores são compostos por fios enrolados em torno de um núcleo (bobina), formando
as espiras.
Os indutores IDEAIS são representados através do símbolo apresentado na figura 6.1. Na figura 6.2 é
apresentado o modelo dos indutores REAIS, que é composto por uma resistência em série com o indutor ideal. No
modelo REAL do indutor é considerada a resistência do condutor que o constitui.

Figura 6.1 – Indutor Ideal Figura 6.2 – Indutor Real

i(t) i(t)
+ +
+

v(t) L vR(t) R

- v(t) -
+

vL(t) L

-
-

RESPOSTAS A FONTES CONTÍNUAS E ALTERNADAS

O indutor tem comportamentos distintos quando excitado por fonte contínua ou por fonte alternada.
Quando uma corrente contínua circula por um indutor, a tensão vL(t) é nula, uma vez que a derivada da
corrente contínua é nula.
Neste caso, ao se medir a tensão no indutor REAL, o valor indicado corresponderá à tensão na resistência
interna do indutor vR(t).
Por outro lado, aplicando-se uma corrente alternada em um indutor, cuja derivada não é nula, haverá uma
𝑑𝑖𝐿 (𝑡)
tensão dada por 𝑣𝐿 (𝑡) = 𝐿 𝑑𝑡
, e a tensão total v(t) no indutor terá duas componentes vR(t) e vL(t), como é
mostrado abaixo:
𝑑𝑖(𝑡)
𝑣(𝑡) = 𝑣𝑅 (𝑡) + 𝑣𝐿 (𝑡) = 𝑅 𝑖(𝑡) + 𝐿
𝑑𝑡

A tabela 6.2 resume as conclusões anteriores.

Tabela 6.2

Elemento Fonte Contínua Fonte Alternada


vL(t) = 0 V – curto-circuito
Indutor 𝑣𝑅 (𝑡) = 𝑣(𝑡) = 𝑅𝑖(𝑡) 𝑑𝑖(𝑡)
(real) 𝑣(𝑡) 𝑣(𝑡) = 𝑣𝑅 (𝑡) + 𝑣𝐿 (𝑡) = 𝑅 𝑖(𝑡) + 𝐿
𝑑𝑡
𝑖(𝑡) =
𝑅

ANÁLISE NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA – CONCEITOS DE FASOR E IMPEDÂNCIA

Quando um circuito elétrico é alimentado por uma fonte alternada ou, no DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA, as
grandezas elétricas senoidais, tensões e correntes, são representadas matematicamente por FASORES e os
elementos de circuitos, resistores, indutores e capacitores, são modelados como IMPEDÂNCIAS.
Os FASORES são NÚMEROS COMPLEXOS, facilmente obtidos a partir da representação no domínio do
TEMPO, como mostrado na tabela 6.3.

Tabela 6.3

Grandeza Domínio do Tempo Domínio da Frequência


𝑉𝑚
Tensão 𝑣(𝑡) = 𝑉𝑚 cos(𝜔𝑡 + 𝜃𝑣 ) 𝑉 = 𝑉𝑒𝑓 ∠𝜃𝑣 , 𝑉𝑒𝑓 =
√2
𝐼𝑚
Corrente 𝑖(𝑡) = 𝐼𝑚 cos(𝜔𝑡 + 𝜃𝑖 ) 𝐼 = 𝐼𝑒𝑓 ∠𝜃𝑖 , 𝐼𝑒𝑓 =
√2

A tabela 6.3 indica o fasor tensão V como um número complexo com módulo igual ao valor eficaz da
tensão e ângulo v, como é ilustrado na figura 6.3.

Figura 6.3 - Representação Gráfica do Fasor Tensão

Eixo Imaginário
Fasor Tensão

v

Eixo Real

Raciocínio análogo pode ser aplicado ao fasor corrente.

Os elementos de circuitos são representados como IMPEDÂNCIAS.


As IMPEDÂNCIAS são NÚMEROS COMPLEXOS, cuja representação na forma retangular é
Z = R + j X,
onde R = Resistência ()
X = Reatância ()
𝑗 = √−1
Os indutores são representados como reatâncias indutivas. A tabela 6.4 apresenta a impedância do resistor e
do indutor.

Tabela 6.4 – Impedâncias e reatâncias

Elemento Reatância () Impedância ()


Resistor - 𝑍𝑅 = 𝑅
Indutor 𝑋𝐿 = 𝜔𝐿 = 2𝜋𝑓𝐿 , 𝜔 = 2𝜋𝑓 𝑍𝐿 = 𝑗 𝑋𝐿

As associações de impedâncias em série e em paralelo seguem as mesmas regras adotadas para os resistores
apresentadas na aula 3.
Além disso as Leis de Kirchhoff também se aplicam aos circuitos em Corrente Alternada, como apresentado
na prática 4. Entretanto, neste caso, devem ser somados os fasores tensão, na Lei das Tensões de Kirchhoff (LTK), e
os fasores corrente, na Lei das Correntes de Kirchhoff (LCK).
As impedâncias podem ser representadas na sua forma retangular, ou cartesiana, Z = R + j X, e na forma
polar, 𝑍 = |𝑍|∠𝜑, como ilustrado na figura abaixo.

Figura 6.4 - Representação Gráfica da Impedância

jX Z

|Z| |Z| = Módulo da Impedância


  = Ângulo da Impedância

R
O módulo da impedância pode se calculado aplicando-se o Teorema de Pitágoras: |𝑍| = √𝑅 2 + 𝑋 2 .
𝑋
O ângulo da impedância é dado por 𝜑 = 𝑡𝑔−1 ( ).
𝑅

A relação entres fasores tensão e corrente é dada pela impedância, ou seja: V = Z . I

Considerando as propriedades de números complexos:

|𝑉|
|𝑉| = |𝑍| . |𝐼| , |𝐼| =
|𝑍|

CIRCUITOS RL SÉRIE

Figura 6.5 – Circuito RL Série Figura 6.6 – Impedância do RL Série


R
I

+ VR - + j XL Z

V VL L |Z|

-

R
Equações do circuito RL Série

𝑍 = 𝑅 + 𝑗 𝑋𝐿 ⟹ |𝑍| = √𝑅 2 + 𝑋𝐿 2
|𝑉|
|𝐼| =
|𝑍|
|𝑉𝑅 | = |𝑅||𝐼|
|𝑉𝐿 | = |𝑋𝐿 ||𝐼|

INDUTOR NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA

Considerando-se agora a análise no domínio da frequência, utilizando os conceitos de fasor e impedância, as


correntes e tensões que aparecerão no indutor real da figura 6.2, são apresentada na tabela 6.5.

Tabela 6.5

Elemento Impedância Corrente Tensões


𝑍 = 𝑅 + 𝑗𝑋𝐿 |𝑉|
Indutor |𝑉𝑅 | = 𝑅 |𝐼|
2 |𝐼| =
(real) |𝑍| = √𝑅 2 + 𝑋𝐿 |𝑍| |𝑉𝐿 | = 𝑋𝐿 |𝐼|

OBJETIVOS:

Verificar experimentalmente o comportamento do INDUTOR quando excitado por uma fonte CONTÍNUA.
Verificar experimentalmente o comportamento do INDUTOR quando excitado por uma fonte ALTERNADA.

MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:

1 indutor: L=0,2H e R=11,5


1 resistor de 50 
1 fonte de tensão contínua
1 fonte de tensão alternada – varivolt
2 multímetros digitais

PROCEDIMENTOS:

1. Incialmente será verificada a resistência do indutor como indicado na figura 6.7 e a resistência do resistor. A
função  deverá ser selecionada no multímetro. Anotar os valores medidos na tabela 6.6.

Figura 6.7 – Medição da Resistência do Indutor

OHMÍMETRO

V/
L
COM

b
Tabela 6.6

Elemento Resistência Esperada () Resistência Medida ()


Indutor 11,5
Resistor 50

ANÁLISE DO INDUTOR

2. Cálculos: Considerando o circuito da figura 6.8, cuja fonte de tensão é CONTÍNUA, ajustada em 10 V, calcular
a corrente i e a tensão vL. Anotar os resultados na tabela 6.7.

FONTE DE TENSÃO CONTÍNUA:

Considerando que o INDUTOR IDEAL se comporta como um curto-circuito frente a uma corrente
contínua, a corrente é limitada somente pelas resistências e a tensão no INDUTOR REAL se restringe à tensão na sua
resistência própria.
Portanto, a corrente i e as tensões vL e vR serão dadas por:
10 𝑉
𝑖=
𝑅 + 𝑅𝐿

𝑣𝐿 = 𝑅𝐿 . 𝑖

𝑣𝑅 = 𝑅. 𝑖

Cálculos: Considerando o circuito da figura 6.9, cuja fonte de tensão é ALTERNADA, ajustada em 10 V (eficaz),
calcular a corrente |I| e a tensão |VL|. Anotar os resultados na tabela 6.7.

FONTE DE TENSÃO ALTERNADA:

Neste caso o INDUTOR IDEAL não se comporta como um curto-circuito, e tem uma tensão induzida,
senoidal, como a fonte.
Os módulos do fasor corrente I e do fasor tensão no INDUTOR REAL VL, serão dados por:
|𝑉|
|𝐼| =
|𝑍|

𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑍 = 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 + 𝑗 𝑋𝐿

𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑅 + 𝑅𝐿

𝑋𝐿 = 2𝜋𝑓𝐿, 𝑓 = 60 𝐻𝑧

|𝑍| = √(𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 )2 + (𝑋𝐿 )2

|𝑉𝑅 | = 𝑅 . |𝐼|

|𝑉𝐿 | = |𝑍𝐿 | . |𝐼|

𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑍𝐿 = 𝑅𝐿 + 𝑗 𝑋𝐿

|𝑍𝐿 | = √(𝑅𝐿 )2 + (𝑋𝐿 )2


Tabela 6.7 – Valores Calculados e Medidos - Corrente e Tensão no Indutor com Fontes Contínua e Alternada

Fonte de Tensão Contínua Fonte de Tensão Alternada


Elemento Corrente i (mA) Tensão vL (V) Corrente |I| (mA) Tensão |VL|(V)
Valores Calculados
Valores Medidos

3. Montar o circuito da figura 6.8, no qual o indutor é alimentado por uma fonte de tensão CONTÍNUA e
medir a corrente i e a tensão vL sobre o indutor. Observe que foi incluído um resistor de 50  em série
com o indutor para limitar a corrente, uma vez que, em corrente contínua o indutor se comporta como
um curto-circuito. Anotar os resultados na tabela 6.7.

Figura 6.8 Figura 6.9

Fonte DC
i 50  I 50 
- vF +
A A
+ Varivolt
+
Amperímetro DC 11,5  11,5 
Amp. AC
V V
vL VL
V
V
Voltímetros DC
0,2 H Volt.AC 0,2 H
- -

4. Montar o circuito da figura 6.9, no qual o indutor é alimentado por uma fonte de tensão ALTERNADA
SENOIDAL e medir os módulos da corrente |I| e da tensão |VL| sobre o indutor. Anotar os resultados na
tabela 6.7.

ANÁLISE DE RESULTADOS E CONCLUSÕES

1. O que se pode afirmar sobre o comportamento do INDUTOR quando excitado por uma fonte CONTÍNUA?
2. O que se pode afirmar sobre o comportamento do INDUTOR quando excitado por uma fonte ALTERNADA?
Aula no 7: Elementos de circuitos: capacitor alimentado por fonte de tensão contínua e alternada

INTRODUÇÃO

ELEMENTOS DE CIRCUITOS

Como visto na aula passada, os indutores e os capacitores são, juntamente com os resistores, os elementos
passivos de circuitos elétricos, e as fontes os elementos ativos.
A relação entre corrente e tensão nos terminais desses elementos está novamente apresentada abaixo:

Tabela 7.1

Elemento Relação Corrente-tensão Parâmetro


Resistor 𝑣𝑅 (𝑡) = 𝑅 𝑖𝑅 (𝑡) – Lei de Ohm R: Resistência ()
𝑑𝑖𝐿 (𝑡) 1
Indutor 𝑣𝐿 (𝑡) = 𝐿 𝑜𝑢 𝑖𝐿 (𝑡) = ∫ 𝑣𝐿 (𝑡)𝑑𝑡 L: Indutância (Henry)
𝑑𝑡 𝐿
1 𝑑𝑣𝐶 (𝑡)
Capacitor 𝑣𝐶 (𝑡) = ∫ 𝑖𝐶 (𝑡)𝑑𝑡 𝑜𝑢 𝑖𝐶 (𝑡) = 𝐶 C: Capacitância (Faraday)
𝐶 𝑑𝑡

Nesta prática iremos analisar o comportamento dos capacitores.


De forma geral, o capacitor é constituído por placas condutoras paralelas separadas por um meio de
alta resistividade (dielétrico).
No caso do capacitor IDEAL, representado pelo símbolo apresentado na figura 7.1, a resistência do
dielétrico é considerada infinita. E no modelo do capacitor REAL é considerada uma alta resistência, mas não infinita.

Figura 7.1 – Capacitor Ideal Figura 7.2 – Capacitor Real

i(t) i(t)
+ +

v(t) C v(t) C RC

- -

O Capacitor, quando submetido a uma fonte contínua, se comporta como um CIRCUITO-ABERTO, e a


corrente é nula.
1
Quando a corrente for alternada, a tensão no capacitor será: 𝑣𝐶 (𝑡) = 𝐶 ∫ 𝑖𝐶 (𝑡)𝑑𝑡
A tabela 7.2 resume as conclusões anteriores.

Tabela 7.2

Elemento Fonte Contínua Fonte Alternada


Capacitor 1
IC(t) = 0 A – circuito aberto 𝑣𝐶 (𝑡) = ∫ 𝑖𝐶 (𝑡)𝑑𝑡
(ideal) 𝐶
ANÁLISE NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA

Como apresentado anteriormente, quando um circuito elétrico é alimentado por uma fonte alternada ou, no
DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA, os elementos de circuitos, resistores, indutores e capacitores, são modelados como
IMPEDÂNCIAS.
Os capacitores são representados como reatâncias capacitivas. A tabela 7.4 apresenta a impedância do
resistor e do capacitor.
Tabela 7.4 – Impedâncias e reatâncias

Elemento Reatância () Impedância ()


Resistor - 𝑍𝑅 = 𝑅
1 1
Capacitor 𝑋𝐶 = = , 𝜔 = 2𝜋𝑓 𝑍𝐶 = − 𝑗 𝑋𝐶
𝜔𝐶 2𝜋𝑓𝐶

CIRCUITOS RC SÉRIE

Figura 7.3 – Circuito RL Série Figura 7.4 – Impedância do RC Série

R
I R
+ VR -

+ C
V VC |Z|
-
-j XC Z

Equações do circuito RC Série

𝑍 = 𝑅 − 𝑗 𝑋𝐶 ⟹ |𝑍| = √𝑅 2 + 𝑋𝐶 2
|𝑉|
|𝐼| =
|𝑍|
|𝑉𝑅 | = |𝑅||𝐼|
|𝑉𝐶 | = |𝑋𝐶 ||𝐼|

CAPACITOR NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA

Considerando-se agora a análise no domínio da frequência, utilizando os conceitos de fasor e impedância, as


correntes e tensões que aparecerão no capacitor ideal, da figura 7.3, são apresentadas na tabela 7.5.

Tabela 7.5

Elemento Impedância Corrente Tensões


Capacitor 𝑍 = −𝑗𝑋𝑐 |𝑉|
|𝐼| = |𝑉𝐶 | = 𝑋𝑐 |𝐼|
(ideal) |𝑍| = 𝑋𝐶 𝑋𝐶
OBJETIVOS:

Verificar experimentalmente o comportamento do CAPACITOR quando excitado por uma fonte CONTÍNUA.
Verificar experimentalmente o comportamento do CAPACITOR quando excitado por uma fonte ALTERNADA.

MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:

1 capacitor de 10F
1 resistor de 50 
1 fonte de tensão contínua
1 fonte de tensão alternada – varivolt
2 multímetros digitais

PROCEDIMENTOS:

1. Incialmente será verificada a resistência do capacitor, como indicado na figura 7.5 e a resistência do resistor.
A função  deverá ser selecionada no multímetro. Anotar os valores medidos na tabela 7.6.

Figura 7.5 - Medição da Resistência do Capacitor

OHMÍMETRO

V/
C
COM

Tabela 7.6

Elemento Resistência Esperada () Resistência Medida ()


Resistor 50
Capacitor infinito

ANÁLISE DO CAPACITOR

2. Cálculos: Considerando o circuito da figura 7.7, cuja fonte de tensão é CONTÍNUA, ajustada em 10 V, calcular
a corrente i e a tensão vC. Anotar os resultados na tabela 7.7.

FONTE DE TENSÃO CONTÍNUA:

Considerando que o CAPACITOR se comporta como um circuito ABERTO frente a uma corrente contínua, a
corrente é igual a zero.
Portanto, a corrente i e a tensão vC serão dadas por:
𝑖 =0𝐴
𝑣𝐶 = 𝑣𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 = 10 𝑉

𝑣𝑅 = 0 𝑉
3. Cálculos: Considerando o circuito da figura 7.8, cuja fonte de tensão é ALTERNADA, ajustada em 10 V
(eficaz), calcular a corrente |I| e a tensão |VC|. Anotar os resultados na tabela 7.7.

FONTE DE TENSÃO ALTERNADA:

Neste caso o CAPACITOR não se comporta como um circuito aberto, e tem uma tensão, senoidal como a
fonte.
Os módulos do fasor corrente I e do fasor tensão no CAPACITOR VC, serão dados por:
|𝑉|
|𝐼| =
|𝑍|
𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑍 = 𝑅 − 𝑗 𝑋𝐶
1
𝑋𝐶 = , 𝑓 = 60 𝐻𝑧
2𝜋𝑓𝐶
|𝑍𝑐 | = 𝑋𝐶
|𝑉𝐶 | = |𝑍𝐶 | . |𝐼| =
|𝑉𝑅 | = |𝑅| . |𝐼| =

Tabela 7.7 – Valores Calculados e Medidos - Corrente e Tensão no Capacitor com Fontes Contínua e Alternada

Fonte de Tensão Contínua Fonte de Tensão Alternada


Elemento Corrente i (mA) Tensão vC (V) Corrente |I| (mA) Tensão |VC|(V)
Valores Calculados 0 10
Valores Medidos

4. Montar o circuito da figura 7.7, no qual o capacitor é alimentado por uma fonte de tensão CONTÍNUA e
medir a corrente i e a tensão vC sobre o capacitor. Anotar os resultados na tabela 7.7.
5. Montar o circuito da figura 7.8, no qual o capacitor é alimentado por uma fonte de tensão ALTERNADA e
medir os módulos da corrente |I| e da tensão |VC| sobre o capacitor. Anotar os resultados na tabela 7.7.

Figura 7.7 Figura 7.8

Fonte DC
I I
- vF +
A A
+
Varivolt
+
Amperímetro DC
10F Amp. AC 10F

vC V VC V
V
Voltímetros DC V
Volt. AC
- -

ANÁLISE DE RESULTADOS E CONCLUSÕES

1. O que se pode afirmar sobre o comportamento do CAPACITOR quando excitado por uma fonte CONTÍNUA?
2. O que se pode afirmar sobre o comportamento do CAPACITOR quando excitado por uma fonte ALTERNADA?
Aulas no 8 e 9: Circuitos RL e RC série alimentados por fonte de tensão alternada: Corrente, Tensões,
Impedância, Potência Complexa, Potência Ativa, Potência Reativa, Fator de Potência

INTRODUÇÃO

Em circuitos com excitação senoidal a potência é representada na forma de POTÊNCIA COMPLEXA:

Na forma retangular: S = P + j Q, onde


S = Potência Complexa (VA – Volt-Ampere)
P = Potência Ativa (W - Watt)
Q = Potência Reativa (Var - Volt-Ampere Reativo)

Na forma polar: S = |S|, onde


|S| = Potência Aparente (VA – Volt-Ampere)
 = Ângulo do fator de potência

O triângulo de potências representa a potência complexa na forma gráfica:

Figura 8.1 – Triângulo de Potências

Q
|S|

As relações entre S, P, Q, |S| e  são:

|𝑆| = √𝑃2 + 𝑄 2
𝑄
𝜑 = 𝑡𝑔−1 ( )
𝑃
𝑃 = |𝑆| cos 𝜑
𝑄 = |𝑆| 𝑠𝑒𝑛 𝜑

A potência ativa P está associada à potência nos resistores, ou, de forma genérica, é a parcela da potência
elétrica total fornecida a uma carga, que é transformada para uma outra forma útil de energia, como calor,
movimento, luz, etc, através de dispositivos como resistores, motores e lâmpadas.
A potência reativa Q está associada à propriedade de indutores e capacitores, que, sob determinadas
condições, armazenam e liberam energia elétrica. Esta energia não tem utilidade prática.
O FATOR DE POTÊNCIA é definido como
𝑃
𝐹𝑃 = cos 𝜑 =
|𝑆|
Pela equação acima pode-se observar que o FATOR DE POTÊNCIA representa a parcela da potência total |S|
que é ativa, ou seja, que é utilizada para a produção de calor, força motriz e luz, necessárias para todas as atividades
da sociedade e, em particular, para a produção industrial.

As potências complexa, ativa e reativa são calculadas através das expressões abaixo:
|𝑆| = |𝑉| |𝐼|, onde |V|e|I| são os valores eficazes da tensão e corrente
|𝑉𝑅 |2
𝑃 = |𝑉𝑅 | |𝐼𝑅 | = 𝑅 |𝐼|2 = 𝑅
, onde |VR|e|IR| são os valores eficazes da tensão e corrente no resistor
|𝑉𝑋 |2
𝑄 = |𝑉𝑋 | |𝐼𝑋 | = 𝑋|𝐼|2 = 𝑋
, onde |VX|e|IX| são os valores eficazes da tensão e corrente na reatância

OBJETIVOS:

Verificar experimentalmente o comportamento do circuito RL quando alimentado por uma fonte alternada
Verificar experimentalmente o comportamento do circuito RC quando alimentado por uma fonte alternada
Identificar a potência ativa, reativa e fator de potência nos circuitos RL e RC

MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:

1 indutor: L=0,2H e RL=11,5


1 capacitor de 10F
1 resistor de 100 
1 fonte de tensão alternada – varivolt
2 multímetros digitais
Multimedidor digital (ou Wattímetro, Varímetro e Cossifímetro)

PROCEDIMENTOS:

1ª PARTE: CIRCUITO RL SÉRIE

1. Cálculos: Calcular |I|, |VR|, |VL|, P, Q, |S| e FP no circuito da figura 6.2. Anotar os valores calculados na
tabela 6.1. f = 60 Hz.
𝑋𝐿 = 𝜔𝐿 = 2𝜋𝑓𝐿
𝑍 = 𝑅 + 𝑅𝐿 + 𝑗 𝑋𝐿 = 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 + 𝑗 𝑋𝐿

|𝑍| = √𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 2 + 𝑋𝐿 2
|𝑉|
|𝐼| =
|𝑍|
|𝑉𝑅 | = 𝑅 . |𝐼|
|𝑉𝐿 | = |𝑅𝐿 + 𝑗𝑋𝐿 | . |𝐼|
𝑃 = (𝑅𝐿 + 𝑅) . |𝐼|2
𝑄𝐿 = 𝑋𝐿 . |𝐼|2

|𝑆| = √𝑃2 + 𝑄𝐿 2

𝑃
𝐹𝑃 =
|𝑆|

2. Montar o circuito da figura 8.2. Medir os valores de |I|, |VR|, |VL|, P, Q, |S| e FP. Anotar os valores medidos
na tabela 8.1.
Tabela 8.1

|I| (mA) |VR| (V) |VL| (V) P (W) Q (VAr) |S| (VA) FP
Calculado
Medido
Figura 8.2 – Circuito RL

I Multimedidor 100 

Varivolt A + VR -
+

11,5 

VL V

V
100 V 0,2 H

2ª PARTE: CIRCUITO RC SÉRIE

1. Cálculos: Calcular |I|, |VR|, |VC|, P, Q, |S| e FP no circuito da figura 6.3. Anotar os valores calculados na
tabela 6.2. f = 60 Hz.
1 1
𝑋𝐶 = =
𝜔𝐶 2𝜋𝑓𝐶
𝑍 = 𝑅 − 𝑗 𝑋𝐶

|𝑍| = √𝑅 2 + 𝑋𝐶 2
|𝑉|
|𝐼| =
|𝑍|
|𝑉𝑅 | = 𝑅 . |𝐼|
|𝑉𝐶 | = 𝑋𝐶 . |𝐼|
𝑃 = 𝑅 . |𝐼|2
𝑄𝐶 = −𝑋𝐶 . |𝐼|2

|𝑆| = √𝑃2 + 𝑄𝐶 2

𝑃
𝐹𝑃 =
|𝑆|

2. Montar o circuito da figura 8.3. Medir os valores de |I|, |VR|, |VC|, P, Q, |S| e FP. Anotar os valores medidos
na tabela 8.2.

Tabela 8.2

|I| (mA) |VR| (V) |VC| (V) P (W) Q (VAr) |S| (VA) FP
Calculado
Medido
Figura 8.3 – Circuito RC

I Multimedidor 100 

Varivolt A
+ VR -

+
10F
VC V

-
V 100 V

ANÁLISE DE RESULTADOS E CONCLUSÕES

1. No circuito RL alimentado por uma fonte alternada existe uma tensão sobre o indutor. A que se deve esta
tensão?
2. No circuito RC alimentado por uma fonte alternada existe uma tensão sobre o capacitor. A que se deve esta
tensão?
Aula no 10: Circuito RLC série alimentado por fonte de tensão alternada: Corrente, Tensões, Impedância,
Potência Complexa, Potência Ativa, Potência Reativa, Fator de Potência, Ressonância

OBJETIVOS:

Verificar experimentalmente o comportamento do circuito RLC quando alimentado por uma fonte alternada
Verificar experimentalmente o comportamento do circuito RLC na condição de ressonância

MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:

1 indutor: L=0,2H e RL=11,5


1 capacitor de 10F
1 resistor de 100 
1 fonte de tensão alternada – varivolt
2 multímetros digitais
Multimedidor digital (ou Wattímetro, Varímetro e Cossifímetro)

PROCEDIMENTOS:

1ª PARTE: CIRCUITO RLC SÉRIE

1. Cálculos: Calcular |I|, |VR|, |VL|, |Vc|, P, Q, |S| e FP no circuito da figura 9.1. Anotar os valores calculados na
tabela 7.1. f = 60 Hz.
𝑋𝐿 = 𝜔𝐿 = 2𝜋𝑓𝐿
1 1
𝑋𝐶 = =
𝜔𝐶 2𝜋𝑓𝐶
𝑍 = 𝑅 + 𝑅𝐿 + 𝑗 𝑋𝐿 − 𝑗 𝑋𝐶 = 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 + 𝑗 𝑋𝐿 − 𝑗 𝑋𝐶 = 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 + 𝑗 𝑋
𝑋 = 𝑋𝐿 − 𝑋𝐶

|𝑍| = √𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 2 + (𝑋𝐿 − 𝑋𝐶 )2 = √𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 2 + 𝑋 2


|𝑉|
|𝐼| =
|𝑍|
|𝑉𝑅 | = 𝑅 . |𝐼|
|𝑉𝐿 | = |𝑅𝐿 + 𝑗𝑋𝐿 | . |𝐼|
|𝑉𝐶 | = 𝑋𝐶 . |𝐼|
𝑃 = (𝑅𝐿 + 𝑅) . |𝐼|2
𝑄𝐿 = 𝑋𝐿 . |𝐼|2
𝑄𝐶 = −𝑋𝐶 . |𝐼|2
𝑄 = 𝑄𝐿 − 𝑄𝐶
|𝑆| = √𝑃2 + 𝑄 2

𝑃
𝐹𝑃 =
|𝑆|

2. Calcular a tensão sobre o conjunto INDUTOR+CAPACITOR. Anotar o valor na tabela 9.3.


Observe que |VL + VC| = |ZL + ZC|. |I|
3. Montar o circuito da figura 9.1. Medir os valores de |I|, |VR|,|VL|, |VC|, P, Q, |S| e FP. Anotar os valores
medidos na tabela 9.1.
4. Medir a tensão sobre o conjunto INDUTOR+CAPACITOR. Anotar o valor na tabela 9.3
Tabela 10.1 - Valores do Circuito RLC

|I| (mA) |VR| (V) |VL| (V) |VC| (V) P (W) Q (VAr) |S| (VA) FP
Calculado
Medido

Figura 10.1 – Circuito RLC

V
I Multimedidor R

Varivolt A
+ VR -
+

RL
V
VL

V L
- VC + -

2ª PARTE: CIRCUITO RLC SÉRIE RESSONANTE

O circuito RLC série é ressonante quando, embora possuindo indutor e capacitor, tem impedância
puramente resistiva, ou seja,

𝑍 = 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 + 𝑗 𝑋𝐿 − 𝑗 𝑋𝐶 = 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 + 𝑗 𝑋 = 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖 𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟


Logo 𝑋 = 𝑋𝐿 − 𝑋𝐶 = 0 → 𝑋𝐿 = 𝑋𝐶

Na condição de ressonância o módulo da impedância |Z| é mínimo, pois é limitada somente pelas
resistências e, portanto, a corrente |I|é máxima. Além disso a potência reativa Q é nula, havendo somente potência
ativa P.
1. Cálculos: Considerando o valor de C do circuito, calcular a indutância LR que resulta na ressonância do
circuito.
1 1
𝑋𝐿 = 𝑋𝐶 → 𝜔𝐿𝑅 = 𝜔𝐶
→ 𝐿𝑅 = 𝜔2 𝐶 , 𝑓 = 60 𝐻𝑧 LR = H

2. Calcular |I|, |VR|, |VL|, |Vc|, P, Q, |S| e FP na condição de ressonância. Anotar os valores calculados na
tabela 9.2. f = 60 Hz.
ATENÇÃO: A indutância que resulta na condição de ressonância LR pode ser obtida com a associação de 2
indutores em série e com a introdução de núcleo de aço ou de ferro. Neste caso a resistência total dos
indutores é de 2 x 11,5  = 23 . Este valor deve ser considerado nos cálculos.

3. Calcular a tensão sobre o conjunto INDUTOR+CAPACITOR. Anotar o valor na tabela 9.3. Observe que
|VL + VC| = |ZL + ZC|. |I|
Tabela 10.2 – Valores do Circuito RLC Ressonante

|I| (mA) |VR| (V) |VL| (V) |VC| (V) P (W) Q (VAr) |S| (VA) FP
Calculado
Medido

Tabela 10.3 – Valores da Tensão Sobre o Conjunto INDUTOR + CAPACITOR no Circuito RLC Ressonante

NÃO RESSONANTE RESSONANTE


|VL + VC| (V) |VL + VC| (V)
Calculado
Medido

4. Introduzir no circuito da figura 9.1 a indutância que resulta na condição de ressonância. Medir os valores de
|I|, |VR|,|VL|, |VC|, P, Q, |S| e FP. Anotar os valores medidos na tabela 9.2.

ATENÇÃO: A indutância que resulta na condição de ressonância LR pode ser obtida com a associação de 2 indutores
em série e com a introdução de núcleo de aço ou de ferro. Neste caso a resistência total dos indutores é de 2 x 11,5
 = 23 . Este valor deve ser considerado nos cálculos.

5. Medir a tensão sobre o conjunto INDUTOR+CAPACITOR. Anotar o valor na tabela 7.3

ANÁLISE DE RESULTADOS E CONCLUSÕES

1. Comparar os valores medidos com os calculados. Houve alguma discrepância?


2. Comparar a corrente |I| do circuito RLC NÃO RESSONANTE com a corrente do circuito RESSONANTE. O
que se observa? Justifique.
3. Comparar a potência ativa P do circuito RLC NÃO RESSONANTE com a potência ativa do circuito
RESSONANTE. O que se observa? Justifique.
4. Comparar a potência reativa Q do circuito RLC NÃO RESSONANTE com a potência reativa do circuito
RESSONANTE. O que se observa? Justifique.
5. Comparar o fator de potência FP do circuito RLC NÃO RESSONANTE com o fator de potência do circuito
RESSONANTE. O que se observa? Justifique.
Aula no 11: Correção do Fator de Potência

INTRODUÇÃO

As principais cargas e equipamentos elétricos presentes no ambiente industrial possuem componentes


indutivas, como motores elétricos, lâmpadas fluorescentes e transformadores, e, com isto, o fator de potência da
instalação pode ter um valor inferior ao considerado aceitável.
No Brasil a legislação estabelece em 0,92 o valor mínimo para o FP e, sempre que o mesmo for inferior a este
valor, é necessária a sua correção com a introdução de um capacitor em paralelo como indicado na figura 11.2.
A figura 11.1 ilustra o efeito da introdução do capacitor, compensando a potência reativa indutiva e
reduzindo a potência reativa total.
Na figura 11.1 considera-se que S1, P1, Q1, cos 1 e 1, representam a potência complexa, a potência ativa, a
potência reativa, FP e o respectivo ângulo, SEM a correção do fator de potência e que S2, P2, Q2, cos 2 e 2,
representam a potência complexa, a potência ativa, a potência reativa, FP e o respectivo ângulo, COM a correção do
fator de potência. A potência reativa CAPACITIVA é representada por QC.

Figura 11.1 – Diagrama de Potências – Correção do FP

S1
QC
Q1

S2 - Final
Q2 1
2

P1=P2=P

QC

DESENVOLVIMENTO MATEMÁTICO

No circuito da figura 11.2 a introdução do capacitor não afeta a potência ativa, portanto
𝑃1 = 𝑃2 = 𝑃
𝑃 𝑄1 sin 𝜑1
𝑃1 = 𝑃 = |𝑆1 | cos 𝜑1 , 𝑄1 = |𝑆1 | sen 𝜑1 → |𝑆1 | = = → 𝑄1 = 𝑃 = 𝑃 tan 𝜑1
cos 𝜑1 sin 𝜑1 cos 𝜑1
𝑃 𝑄2 sin 𝜑2
𝑃2 = 𝑃 = |𝑆2 | cos 𝜑2 , 𝑄2 = |𝑆2 | sen 𝜑2 → |𝑆1 | = = → 𝑄2 = 𝑃 = 𝑃 tan 𝜑2
cos 𝜑2 sin 𝜑2 cos 𝜑2
𝑄2 = 𝑄1 − 𝑄𝐶 → 𝑄𝐶 = 𝑄1 − 𝑄2
𝑄𝐶 = 𝑃 tan 𝜑1 − 𝑃 tan 𝜑2 = 𝑃 (tan 𝜑1 − tan 𝜑2 )
|𝑉|2 |𝑉|2 |𝑉|2
Como |𝑆| = |𝑍|
→ |𝑍| = |𝑆|
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑜𝑟 𝑋𝐶 = 𝑄𝐶
1 1
𝑒 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑋𝐶 = → 𝐶=
2𝜋𝑓𝐶 2𝜋𝑓𝑋𝐶

OBJETIVOS:

Apresentar os conceitos relativos ao fator de potência


Apresentar os procedimentos adotados para a correção do fator de potência
MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:

1 indutor: L=0,2H e RL=11,5


2 capacitores de 2F
1 resistor de 100 
1 fonte de tensão alternada – varivolt
2 multímetros digitais
Multimedidor digital (ou Wattímetro, Varímetro e Cossifímetro)

PROCEDIMENTOS:

1ª PARTE: CÁLCULO DO FATOR DE POTÊNCIA DO CIRCUITO SEM O CAPACITOR

1. Calcular a potência aparente |S1|, a corrente na carga, a potência ativa P1, a potência reativa Q1, o fator
de potência FP1 e o ângulo 1 do circuito da figura 11.2 SEM o capacitor. Considerar a Vfonte de 127V rms,
f=60 Hz. Anotar o resultado na tabela 11.1.

Tabela 11.1

SEM CORREÇÃO COM CORREÇÃO


DO FP DO FP
FP1 Corrente |S1| P1 Q1 FP2 Corrente |S2| P2 Q2
Total (I1) Total (I2)
(cos 1) (VA) (W) (Var) (cos 2) (VA) (W) (Var)
Calculados
Medidos

Figura 11.2 – Circuito Para Correção do Fator de Potência

Varivolt A

(R + RL)
(100 + 11,5)  C

V
L = 0,2 H
2ª PARTE: DETERMINAÇÃO DO CAPACITOR A SER UTILIZADO

2. Calcular o valor do capacitor C que leva o fator de potência a 0,92. Anotar o resultado na tabela 11.2.

3. Pesquisar entre os capacitores disponíveis no laboratório aquele, ou a associação, que mais se aproxima
do valor calculado no item 2. Anotar o resultado na tabela 11.2.
4. Medir a capacitância/associação selecionada e anote na tabela 11.2. Utilizar o multímetro digital.

Tabela 11.2 - Capacitância

Capacitância (F)
Calculado
Medido

3ª PARTE: CÁLCULO DO FATOR DE POTÊNCIA DO CIRCUITO COM O CAPACITOR

5. Calcular a potência aparente |S2|, a corrente total I2, a potência ativa P2, a potência reativa Q2, o fator de
potência FP2 e o ângulo 2 do circuito da figura 11.2 COM o capacitor determinado no item 3. Anotar o
resultado na tabela 11.1.

4ª PARTE: MONTAGENS E MEDIÇÕES DO CIRCUITO SEM O CAPACITOR E COM O CAPACITOR

6. Montar o circuito da figura 11.2, SEM o capacitor, e medir a potência aparente |S1|, a potência ativa P1,
a potência reativa Q1, o fator de potência FP1 e o ângulo 1 do circuito da figura 11.2. Anotar o resultado
na tabela 11.1.

7. Introduzir o capacitor no circuito montado, e medir a potência aparente |S2|, a potência ativa P2, a
potência reativa Q2, o fator de potência FP2 e o ângulo 2 do circuito da figura 11.2. Anotar o resultado
na tabela 11.1

ANÁLISE DE RESULTADOS E CONCLUSÕES

1. A correção do fator de potência foi atendida?


2. Qual é o significado do fator de potência?
3. Por que o fator de potência das instalações industriais deve ser corrigido?
4. Como o fator de potência de instalações industriais é monitorado e quais são as sanções aplicáveis quando o
valor for inferior a 0,92?
Aula no 12: Dispositivos de Proteção: Disjuntores Termomagnéticos e Dispositivos DR

INTRODUÇÃO:

Os dispositivos de proteção são elementos essenciais para o bom funcionamento dos sistemas elétricos.
De forma geral se destinam a identificar a ocorrência de FALHAS nos sistemas, como curtos-circuitos, e a
atuar isolando a menor parcela do sistema afetada pela FALTA.
Existem diversos tipos em diferentes funções e aplicações, como fusíveis, relés, disjuntores, etc.
Nesta prática serão analisados dois dispositivos de proteção bastante utilizados em instalações elétricas de
baixa tensão, a saber: disjuntores termomagnéticos e dispositivos DR.
Os disjuntores termomagnéticos promovem a proteção contra curtos-circuitos e sobrecorrentes e são, ao
mesmo tempo, dispositivos de manobra, sensores e atuadores.
A proteção contra curtos-circuitos é feita pela unidade magnética e tem ação instantânea. E a proteção
contra sobrecorrentes é feita através da unidade térmica e tem a sua ação temporizada.
As curvas (tempo x corrente) apresentadas na figura 1 ilustram a característica de operação dos disjuntores
termomagnéticos. São apresentadas as curvas B e C, que possuem tempos de atuação distintos.

Figura 12.1 – Curvas Características B e C de Atuação de Disjuntores Termomagnéticos

Os dispositivos DR são capazes de detectar e interromper a ocorrência de choques elétricos. Uma vez
identificado o choque, o dispositivo atua quando este atingir o valor de 30 mA.

OBJETIVOS:

Apresentar o disjuntor termomagnético, suas funções, princípio de funcionamento e características de


operação.
Apresentar o dispositivo DR, sua função, princípio de funcionamento e característica de operação.
Verificar experimentalmente as características operação do disjuntor termomagnético.
Verificar experimentalmente a atuação do dispositivo DR.
MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:

1 Disjuntor Termomagnético IN = 2 A, monopolar, curva C


1 Dispositivo DR
1 Resistores de 50  - 500 W
1 Resistor 100 
1 Potenciômetro

PROCEDIMENTOS:

1ª PARTE: DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS

Proteção contra curtos-circuitos – ação magnética (instantânea)

1. Calcular a corrente que circulará pelo disjuntor na condição de CURTO-CIRCUITO?


Observe que está inserido um resistor de 10  com a função de limitar esta corrente.
A corrente de curto-circuito corresponde a quantos múltiplos da corrente nominal do disjuntor?
127 𝑉 12,7 𝐴
A corrente de curto-circuito será 𝐼𝐶𝐶 = 10 Ω = 12,7 𝐴, corresponde a 2 𝐴 = 6,35 múltiplos da
corrente nominal do disjuntor, que é de 2 A.
𝐼
Observe que na curva C da figura 10.1 o valor de múltiplo 𝐼 = 6,35 corresponde à região de
𝑛
ATUAÇÃO INSTANTÂNEA do disjuntor.
2. Montar o circuito da figura 12.2 e, CUIDADOSAMENTE, promover um curto-circuito nos terminais
de saída e verifique a atuação do disjuntor.
3. Quanto tempo, após a ocorrência do curto-circuito, o disjuntor atuou?

Figura 12.2 – Montagem para teste de Operação Por Curto-Circuito em Disjuntor

RESISTOR PARA LIMITAÇÃO


DISJUNTOR DA CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO
10 – 200W
FASE

127 V CURTO
ICC CIRCUITO
NEUTRO

Proteção contra sobrecorrentes – ação térmica (temporizada)

Figura 12.3 – Montagem para teste de Operação Por Sobrecorrente em Disjuntor Termomagnético

DISJUNTOR
50 – 500W
FASE

IS
127 V

NEUTRO
1. Calcular a corrente que circulará pelo disjuntor na condição de SOBRE-CORRENTE?
Observe que está inserido 1 resistor de 50  em série.
A corrente corresponde a quantos múltiplos da corrente nominal do disjuntor?
127 𝑉 2,54 𝐴
A corrente será 𝐼𝑆 = = 2,54 𝐴, corresponde a = 1,27 múltiplos da corrente nominal do disjuntor,
50 Ω 2𝐴
que é de 2 A.
𝐼
Observe que na curva C da figura 12.1 o valor de múltiplo 𝐼 = 1,27 corresponde à região de ATUAÇÃO
𝑛
TEMPORIZADA do disjuntor.
2. Montar o circuito da figura 12.3 e colocar o disjuntor na posição LIGADO.
3. Medir o tempo de atuação do disjuntor.

2ª PARTE: DISPOSITIVOS DR (DIFERENCIAL RESIDUAL)

1. Montar o circuito da figura 12.4.


2. Ajustar o potenciômetro em seu valor máximo.
3. Reduzir lentamente a resistência do potenciômetro, monitorando a corrente ICHOQUE, até a atuação do DR.
4. Anotar o valor de ICHOQUE para a atuação do DR. Este valor corresponde à especificação do DR?

Figura 12.4 – Montagem para teste de Operação de Dispositivo DR

ICARGA
FASE 100 
127 V
NEUTRO

ICHOQUE
A

POTENCIÔMETRO

ANÁLISE DE RESULTADOS E CONCLUSÕES

1. Pesquisar e descrever o princípio de operação do disjuntor termomagnético.


2. Apresente as funções do disjuntor termomagnético.
3. Pesquisar e descrever o princípio de operação do dispositivo DR.
4. Apresente as funções do dispositivo DR.
Aulas 13 e 14: Circuitos Trifásicos Conexão Estrela e Triângulo: Alimentação de Motor Trifásico,
Medição de Potência, Fator de Potência

OBJETIVOS:

Nesta unidade será estudado o comportamento, montagem e medição de um circuito trifásico equilibrado em
conexão estrela e triângulo.

MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:

3 indutores: L=0,2H e RL=11,5


3 resistores de 100 
3 multímetros digitais
Fonte de tensão alternada trifásica
Multimedidor digital

PROCEDIMENTOS:

1ª PARTE:

1. Utilizando os componentes disponíveis no laboratório, propor um sistema trifásico equilibrado com a carga
conectada em Y, observando a limitação de corrente de linha (máximo de 4A). Desenhar o circuito
proposto.

2. Efetuar os cálculos para as correntes de linha e de fase (nas 3 fases), corrente de neutro, potência ativa
monofásica, potência ativa trifásica e fator de potência. Considere que a tensão de fase da fonte é VAN =
1270° V (rms), sequência positiva (sequência abc).
3. Montar o circuito na bancada, realizando medições das correntes de linha e de fase, da corrente de neutro,
das tensões de linha e de fase, da tensão na carga, do FP e da potência monofásica e trifásica.
4. Fazer uma tabela de dados com os dados calculados e medidos.

Tabela de Dados – carga Y

Grandeza Vlinha (V) Vcarga (V) Ia (A) Ib (A) Ic (A) In (A) P (W) P3 (W) FP

Valor calculado

Valor medido

2ª PARTE:

1. Utilizando os componentes disponíveis no laboratório, propor um sistema trifásico equilibrado com a carga
conectada em Δ, observando a limitação de corrente de linha (máximo de 4A). Desenhar o circuito
proposto.

2. Efetuar os cálculos para as correntes de linha e de fase (nas 3 fases), potência ativa monofásica, potência
ativa trifásica e fator de potência. Considere que a tensão de fase da fonte é VAN = 1270° V (rms),
sequência positiva (sequência abc).
3. Montar o circuito na bancada, realizando medições das correntes de linha e de fase, das tensões de linha e
da tensão na carga, do FP e da potência monofásica e trifásica.
4. Fazer uma tabela de dados com os dados calculados e medidos.

Tabela de Dados – carga Δ

Grandeza Vcarga (V) Ia (A) Ib (A) Ic (A) Iab (A) Ibc (A) Ica (A) Pfase (W) PTOTAL (W) FP

Valor
calculado

Valor
medido

ANÁLISE DE RESULTADOS E CONCLUSÕES

1. O que significa o termo equilibrado?

2. Na carga em Y equilibrada, o que acontece se desconectarmos o neutro? Porquê?

3. Relacionar a potência ativa monofásica e trifásica, analisando o resultado.

4. Qual o FP da carga 3?

5. Se conectarmos primeiramente uma carga em Y e depois uma em  à mesma fonte trifásica, qual ficará
submetida a maior tensão? Supondo que a tensão da fonte é VAN = 2200° V (rms), qual será a tensão a que
cada carga (Y e ) ficará submetida?

6. Quando a carga é conectada em triângulo há a presença do neutro?

7. Considerando a carga em triângulo, comparar a corrente de linha com a corrente de fase; qual a relação
entre elas? Defina corrente de linha e corrente de fase.

8. Comparar as potências nas cargas equilibrada em Y e em Δ.


Aula no 15: Controles: Interruptores, Relé Foto-Elétrico, Sensor de Presença

OBJETIVOS:

Apresentar o esquema de conexões de diferentes tipos de controles utilizados em instalações elétricas.

MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:

1 Lâmpada
1 Interruptor simples
2 Interruptores Paralelos (3-WAY)
1 Interruptor Intermediário (4-WAY)
1 Relé Foto-elétrico
1 Sensor de Presença

PROCEDIMENTOS:

Montar os circuitos conforme os esquemas abaixo e verificar o seu funcionamento.

1ª PARTE: INTERRUPTORES SIMPLES, THREE-WAY E FOUR-WAY

INTERRUPTOR SIMPLES

Figura 15.1 – Montagem para Interruptor Simples

INTERRUPTOR
SIMPLES
RETORNO
FASE
LÂMPADA

NEUTRO

INTERRUPTOR PARALELO (THREE-WAY)

Figura 15.2 – Montagem para Interruptor Paralelo (three-way)

3W RETORNO 3W RETORNO
DUPLO SIMPLES
FASE LÂMPADA

NEUTRO
INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO (FOUR-WAY)

Figura 15.3 – Montagem para Interruptor Intermediário (four-way)

3W RETORNO 4W RETORNO 3W
DUPLO DUPLO RETORNO
FASE SIMPLES
LÂMPADA
NEUTRO

2ª PARTE: RELÉ FOTO-ELÉTRICO

Figura 15.4 – Montagem para Relé Foto-Elétrico

RELÉ
FOTO-ELÉTRICO
RETORNO

LÂMPADA
FASE

NEUTRO

3ª PARTE: SENSOR DE PRESENÇA

Figura 15.5 – Montagem para Sensor de Presença

SENSOR DE
PRESENÇA
RETORNO

LÂMPADA
FASE

NEUTRO

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