Você está na página 1de 32

TEMA 1 & 2: ORIGEM ANTROPOLÓGICA DA RELIGIÃO

a) Principais Conceitos: Transcendência (imanência), Religião,


Divindade

Gilza Delfina Armando


1. Transcendência (imanência)

Acto de Transcender Projeta-se sempre


1. Transcendência (imanência)

do latim transcendere,

à imanência
ultrapassar, superar

Real, constante, perdurável, permanente, é o que está incluso, o que está


presente, evidente; essência de alguma coisa.
1. Transcendência

Renunciaram à vitalidade
perene
1. Transcendência

é a capacidade de romper os
limites, superar e violar
interditos, de ir alem das
possibilidades, projetar-se
sempre num mais além…

Renunciaram à vitalidade perene


1. Transcendência: Campo filosófico

Categorias mais gerais: o ser, o verdadeiro, o bem e o belo, caracterizando tudo aquilo que é, o próprio Ser.
Uma natureza absolutamente superior às outras, ou de uma ordem radicalmente diferente.
1. Transcendência: Campo filosófico

além de qualquer experiência possível; o que visa a consciência


Ultrapassar os limites do idioma

Ser, viver e transcender


1. 1. A
PseudoTranscendência
1. 1. A pseudoTranscendência
1. 1. A pseudoTranscendência
1. 1. A pseudoTranscendência

A transcendência é a faculdade que o ser humano


tem de romper os interditos ou os seus limites;
a pseudo transcendência é muito mais além da
transcendência.

Exemplo: a maior de todas as


pseudotranscendências é a droga.
1. 1. A pseudoTranscendência

as pseudotranscendências exploram a
capacidade de ultrapassagem do ser
humano, mas não lhe conferem ampliação
da liberdade. Não dão mais energia para
enfrentar os desafios do cotidiano...
Marketing do show bizz... As drogas...
Viagem feita pela química... O problema da droga não é a viagem, é a volta da
viagem. Como droga pode ser a
religião, a arte, o cinema.
1. 1. A pseudoTranscendência

A droga permite uma viagem fantástica, busca da


identidade. Com elas rompem-se todos os limites,
vive-se a onipotência e se voa para além dos limites
da condição humana cotidiana. Você conquista passo
a passo os demônios que estão dentro de você, não
os recalca, nem corta os chifres deles, mas os
domestica, canaliza a energia poderosa deles para o
teu crescimento.
1. 1. 2. Níveis de transcendência

Para se saber se a transcendência é boa, se potencializa o ser humano ou o


diminui, se representa uma fuga do cotidiano ou não; se a experiência não
amplia nossa liberdade, não nos faz mais compassivos, generosos e solidários,
podemos dizer seguramente: fizemos uma experiência de
pseudotranscendência.
O critério para saber se a transcendência é boa, potencia
o ser humano ou diminui, é perguntar em que medida esta
experiência te ajuda a enriquecer o cotidiano, assumir o
cotidiano, se representa fuga do cotidiano, álibi para o
cotidiano, se é um endeusamento

na pseudotranscendência saímos mais empobrecidos em nossa realidade


essencial, exploramos a capacidade de ultrapassagem, mas, não confere uma
experiência duradoura, a química presente nela não confere a liberdade.
1. 1. 2. Níveis de transcendência

Boa transcendência: é diferente a viagem feita a partir de um trabalho


de busca de identidade e de um caminho espiritual mais árduo. Um
trabalho onde domesticamos passoa-a-passo os demônios que nos
habitam, sem recalca-los, sem cortar-lhes os chifres, mas controlando-
os e canalizando a energia poderosa deles para o nosso crescimento. É
a experiência da transcendência fecunda, verdadeiramente humana.
2. Religião
2. Religião

origem latina (re-ligere)


rigidez, releitura, reeleger e/ou religar. Assim, a
religião seria aquilo que nos religa ao sagrado

A religião surge da necessidade de explicação de fenómenos


naturais como a chuva, vento, eclipses, etc.
como um fenómeno inerente à cultura humana, as religiões se
configuram como conjunto de sistemas culturais e crenças.
2. Religião
Organização social, comum a uma comunidade que
partilha entre si o desconhecido; responder as questões
essenciais da existência, a génese; os diversos dilemas da
vida por meio da fonte de fé;
Sistema simbólico que cria disposições e motivações
2. Religião
• É uma instituição: define normas para os
desvios, bem como aplica julgamentos quem
não se definir mediante a norma.

• a religião remete para uma crença, para a


existência espiritual;

• o Homem desenvolveu a sua crença religiosa


para melhor compreender os seus sonhos,
visões, estados de consciência e a morte;
2. Aspectos comum na religiões
2. Aspectos comum na religiões

i. carácter público,
ii. hierarquias clericais,
iii. reuniões regulares,
iv. estabelecimento de limites entre o sagrado e o profano,
v. a sacralização de determinados locais, veneração de divindades,
vi. escrituras sagradas ou tradição oral,
vii.sacrifícios, festas, serviços funerários e matrimoniais,
viii.meditação, arte, calendários religiosos e
ix. um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente explicando a vida após a morte ou
a origem do Universo.
3. Origem antropológica da Religião

• Os gregos e os romanos foram os primeiros a sistematizar as reflexões religiosas,


sobretudo o cristianismo que cresce nos Estados Unidos, na América Latina e na África.

• O Islamismo se expande pelo sudeste asiático e Europa;

• O Hinduísmo, Budismo e Xintoísmo ainda são a maioria no Extremo Oriente.

• O Protestantismo, em sua vertente pentecostal, vem crescendo na América Latina.

• Em fim, enquanto componente fundamental da cultura humana, a Religião foi motivo de


inúmeras guerras.
2. Tipos de Religião
2. Tipos de Religião

Religiao Panteístas: primitivas, não possuem


livros sagrados, divinizam elementos naturais
como o vento, a água, o fogo, os animais.

Politeístas: os elementos divinos são


personificados e humanizados, havendo uma
equivalência entre deidades femininas e
masculinas nos cultos.
2. Tipos de Religião

Ateístas: negam a existência de um ser central e supremo (o qual,


para elas, seria o Vazio ou um Não-Ser). Não crêem em deuses
personificados, mas acreditam em forças invisíveis, como fenómenos
da natureza inexplicáveis. Deste modo, prega-se a interdependência
harmónica do Universo, equilibrado por meio do Tao ou encontrado
no Nirvana. São exemplos, o Budismo, na Índia e na China, o Taoísmo
e o Confucionismo.
2. Tipos de Religião

Monoteístas: são as religiões mais recentes e populares (cerca de 50% da


população mundial), possuem Livro Sagrado que contem a verdade da
Revelação Divina, estabelece a divindade soberana e eliminam-se adorações
independentes. É curiosa que o Deus único (Hebreu, Cristão e Islâmico) tem
uma representação masculina e absorveram os elementos femininos como a
bondade.
São elas: judaísmo, o cristianismo e o islamismo, cada uma tem suas próprias
doutrinas e dogmas, o que os une é a crença em um único Deus verdadeiro.
2. Religiões monoteístas

A divindade cristã tem uma característica única, formada por Três pessoas em uma só: o Pai,
o Filho e o Espírito Santo.

No judaísmo, acredita-se em um Deus que se revela ao povo judeu e que tem influência na
história para que os judeus alcancem sua libertação. Trata-se de um Deus não acessível e, ao
mesmo tempo, próximo ao seu povo. É o criador de tudo o que existe.

No Islamismo, Deus ou Halá é um ser único, omnipotente e criador do universo em sua


totalidade. Ao mesmo tempo, deve ser adorado e obedecido pelos seres humanos.

Você também pode gostar