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O FCT e o FGCT – Aspetos Laborais

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FCT e FGCT – Aspetos Laborais

Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) e Fundo de Garantia e


Compensação do Trabalho (FGCT)

Introdução ao tema
A entidade empregadora é, nos termos do Código do Trabalho, responsável pelo pagamento
aos seus trabalhadores da totalidade da compensação que estes tenham direito na sequência
da cessação do respetivo contrato de trabalho.
Neste contexto, é de esperar que, despedido o trabalhador, o empregador lhe pague a aquele
valor.
O regime instituído visa dar resposta às situações que não decorrem conforme previsto, ou seja,
quando o empregador não paga, total ou parcialmente, ao trabalhador que despediu a
compensação a que este tem direito.
Ao obrigar a entidade empregadora a constituir uma poupança específica para o pagamento das
compensações a que os seus trabalhadores tenham direito em caso de despedimento e ao criar
um mecanismo que assegura a cobertura do remanescente até perfazer 50% daquele montante,
garante-se que o trabalhador despedido receberá, sempre, pelo menos metade do valor a que
tem direito.
A garantia que este regime assegura não poderá ser acionada caso o empregador pague ao
trabalhador um valor maior ou igual a 50% da compensação a que este tenha direito.
O Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) é um fundo autónomo, dotado de personalidade
jurídica e gerido por um Conselho de Gestão. É um fundo de capitalização individual financiado
pelas entidades empregadoras por meio de contribuições mensais. Estas contribuições
constituem uma poupança a que se encontram vinculadas, com vista ao pagamento de até 50%
do valor da compensação a que os trabalhadores abrangidos pelo novo regime venham a ter
direito na sequência da cessação do contrato de trabalho.
O Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT) é um fundo autónomo, dotado de
personalidade jurídica e gerido por um Conselho de Gestão. É um fundo mutualista, financiado
pelas entidades empregadoras por meio de contribuições mensais e que visa a concretização
da garantia conferida pelo regime instituído pela Lei 70/2013 de 30 de agosto.
Com efeito, o FGCT pagará ao trabalhador o montante necessário de modo a perfazer 50% do
valor da compensação a que este tenha direito na sequência da cessação do seu contrato de
trabalho descontado do valor que lhe tiver sido entregue pelo empregador.

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A adesão ao regime instituído pela Lei 70/2013 de 30 de agosto é obrigatória para todas
as entidades empregadoras que celebrem contratos de trabalho regulados pelo Código
do Trabalho, a partir de 1 de outubro de 2013, com as exceções nela previstas.
Não obstante, a adesão ao FCT é facultativa podendo a entidade empregadora, em alternativa,
optar por realizar entregas a um Mecanismo Equivalente (ME).
A adesão ao FGCT é obrigatória e realiza-se de forma automática, mediante opção da entidade
empregadora pelo FCT ou por ME. O pagamento das entregas previstas na Lei 70/2013 de 30
de agosto ocorre após a adesão da entidade empregadora, inclusão dos trabalhadores
abrangidos pelo âmbito do novo regime no mesmo e início de execução dos respetivos contratos
de trabalho.
O pagamento é obrigatório, mensal e corresponde a 1% do vencimento base e
diuturnidades a que os trabalhadores tenham direito, distribuído da seguinte forma:
0,925% ao Fundo de Compensação do Trabalho (se aplicável)
0,075% ao Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho
A entidade empregadora realiza 12 pagamentos por ano, correspondendo a 12 vencimentos
mensais dos seus trabalhadores.
As entregas não incidem, portanto, sobre os montantes abonados a título de subsídio de férias
e subsídio de Natal.
As entregas previstas no âmbito deste regime são realizadas mediante procedimento que
envolve dois passos: emissão de documento para pagamento e o pagamento propriamente dito.
A emissão de documento para pagamento é realizada no site www.FundosCompensacao.pt, a
partir do dia 10 de cada mês.
A aplicação informática determina o valor a pagar em cada mês em função dos dados inseridos
pelo empregador referentes aos contratos de trabalho que celebrou com os seus trabalhadores,
pelo que este terá apenas que validar aquele valor.
Essa validação dá origem à criação do documento que contém as referências para pagamento.
O pagamento é devido entre os dias 10 e 20 de cada mês e pode ser efetuado numa caixa
multibanco (pagamento de serviços) ou através de homebanking.
O pagamento pode ainda ser realizado até ao dia 8 do mês seguinte, mas sujeito a contagem
de juros diários a partir do dia 20. Os juros correspondentes serão incluídos no pagamento do
mês seguinte.
A não comunicação da admissão de novos trabalhadores constitui contraordenação muito grave.

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Caso a entidade empregadora não realize a respetiva entrega mensal até ao dia 20 de cada mês
entra em incumprimento, facto que constitui contra -ordenação grave.
Fonte: fundoscompensacao.pt

Aprofundamento do tema
Fonte: http://www.fundoscompensacao.pt/

FCT
O Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) é um fundo autónomo, dotado de
personalidade jurídica e gerido por um Conselho de Gestão. É um fundo de capitalização
individual financiado pelas entidades empregadoras por meio de contribuições mensais. Estas
contribuições constituem uma poupança a que se encontram vinculadas, com vista ao
pagamento de até 50% do valor da compensação a que os trabalhadores abrangidos pelo novo
regime venham a ter direito na sequência da cessação do contrato de trabalho.
FGCT
O Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT) é um fundo autónomo, dotado
de personalidade jurídica e gerido por um Conselho de Gestão. É um fundo mutualista,
financiado pelas entidades empregadoras por meio de contribuições mensais e que visa a
concretização da garantia conferida pelo regime instituído pela Lei 70/2013 de 30 de agosto.
Com efeito, o FGCT pagará ao trabalhador o montante necessário de modo a perfazer 50% do
valor da compensação a que este tenha direito na sequência da cessação do seu contrato de
trabalho descontado do valor que lhe tiver sido entregue pelo empregador.
O regime instituído pela Lei 70/2013 de 30 de Agosto visa garantir aos trabalhadores cujo
contrato de trabalho se inicie após 1 de outubro de 2013, o pagamento de 50% da compensação
a que tenham direito por cessação do respetivo contrato de trabalho, calculada nos termos do
artigo 366º do Código do Trabalho.

O regime instituído pela Lei 70/2013 de 30 de agosto aplica-se aos contratos de trabalho
celebrados ao abrigo do Código do Trabalho, celebrados a partir de 1 de Outubro de 2013
com as seguintes exceções:

✓ Contratos de Trabalho celebrados com as entidades públicas a que se referem os


números 1 a 4 do artigo 3º da Lei 12-A/2008 de 27 de fevereiro;

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✓ Contratos de Trabalho de muito curta duração, regulados no artigo 142º do Código do


Trabalho.

Não estão excluídas do âmbito deste regime as empresas de trabalho temporário.

Responsabilidade
A entidade empregadora é, nos termos do Código do Trabalho, responsável pelo pagamento
aos seus trabalhadores da totalidade da compensação que estes tenham direito na sequência
da cessação do respetivo contrato de trabalho. Neste contexto, é de esperar que, despedido o
trabalhador, o empregador lhe pague a aquele valor.
O regime agora instituído visa dar resposta às situações que não decorrem conforme previsto,
ou seja, quando o empregador não paga, total ou parcialmente, ao trabalhador que despediu a
compensação a que este tem direito.
Ao obrigar a entidade empregadora a constituir uma poupança específica para o pagamento das
compensações a que os seus trabalhadores tenham direito em caso de despedimento e ao criar
um mecanismo que assegura a cobertura do remanescente até perfazer 50% daquele montante,
garante-se que o trabalhador despedido receberá, sempre, pelo menos metade do valor a que
tem direito.
A garantia que este novo regime assegura não poderá ser acionada caso o empregador pague
ao trabalhador um valor maior ou igual a 50% da compensação a que este tenha direito.

Adesão

A adesão ao regime instituído pela Lei 70/2013 de 30 de agosto é obrigatória para todas as
entidades empregadoras que celebrem contratos de trabalho regulados pelo Código do
Trabalho, a partir de 1 de outubro de 2013, com as exceções nela previstas.

Não obstante, a adesão ao FCT é facultativa podendo a entidade empregadora, em alternativa,


optar por realizar entregas a um Mecanismo Equivalente (ME).

A adesão ao FGCT é obrigatória e realiza-se de forma automática, mediante opção da entidade


empregadora pelo FCT ou por ME.

A adesão é realizada mediante registo no site www.fundoscompensacao.pt (com as


credenciais da Segurança Social Direta) e deve ser realizada com a celebração do primeiro
contrato de trabalho abrangido pela lei 70/2013 de 30 de agosto e até à data do início de
execução desse contrato.

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Em caso de opção pelo FCT, a adesão determina a criação de uma conta global para a entidade
empregadora, conta essa que irá integrar as contas de registo individualizadas de todos os novos
trabalhadores que venha a contratar ao abrigo deste novo regime.

A não adesão ao FCT e/ou a ME até à data de início de execução do primeiro contrato de
trabalho abrangido pelo novo regime constitui contraordenação muito grave.

Comunicação da admissão de trabalhadores


A entidade empregadora é obrigada a comunicar a admissão dos novos trabalhadores através
do site www.fundoscompensacao.pt até à data de início de execução dos respetivos contratos
de trabalho.
A inclusão de trabalhadores é efetuada mediante carregamento/validação de informação de
identificação do trabalhador e de caracterização do respetivo contrato de trabalho.
Com a inclusão de trabalhadores é criada uma conta de registo individualizado referente a cada
um deles, integrada na conta global do empregador.
A partir da data de início de execução do contrato de trabalho e até a sua cessação, a entidade
empregadora fica vinculada a entregas mensais ao FGCT e, se aplicável, ao FCT, calculadas
sobre a retribuição base acrescida das diuturnidades a que cada trabalhador incluído tenha
direito.
A não comunicação da admissão de novos trabalhadores constitui contraordenação muito grave.

Pagamento
O pagamento das entregas previstas na Lei 70/2013 de 30 de agosto ocorre após a adesão da
entidade empregadora, inclusão dos trabalhadores abrangidos pelo âmbito do novo regime no
mesmo e início de execução dos respetivos contratos de trabalho.

O pagamento é obrigatório, mensal e corresponde a 1% do vencimento base e diuturnidades a


que os trabalhadores tenham direito, distribuído da seguinte forma:

▪ 0,925% ao Fundo de Compensação do Trabalho (se aplicável)


▪ 0,075% ao Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho

A entidade empregadora realiza 12 pagamentos por ano, correspondendo a 12 vencimentos


mensais dos seus trabalhadores. As entregas não incidem, portanto, sobre os montantes
abonados a título de subsídio de férias e subsídio de Natal.

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As entregas previstas no âmbito deste regime são realizadas mediante procedimento que
envolve dois passos: emissão de documento para pagamento e o pagamento propriamente dito.

A emissão de documento para pagamento é realizada no site www.FundosCompensacao.pt, a


partir do dia 10 de cada mês. A aplicação informática determina o valor a pagar em cada mês
em função dos dados inseridos pelo empregador referentes aos contratos de trabalho que
celebrou com os seus trabalhadores, pelo que este terá apenas que validar aquele valor. Essa
validação dá origem à criação do documento que contém as referências para pagamento.

O documento para pagamento pode conter a totalidade dos valores em dívida (opção por
defeito), ou pode incidir apenas sobre os valores a pagar referentes ao mês corrente. Deste
modo, o empregador pode optar por efetuar o pagamento apenas do valor referente ao mês
corrente, sujeitando-se, no entanto, ao débito de juros e despesas referentes à parcela não
liquidada (meses anteriores).

O pagamento é devido entre os dias 10 e 20 de cada mês e pode ser efetuado numa caixa
multibanco (pagamento de serviços) ou através de homebanking. O pagamento pode ainda ser
realizado até ao dia 8 do mês seguinte, mas sujeito a contagem de juros diários a partir do dia
20. Os juros correspondentes serão incluídos no pagamento do mês seguinte.

Para as entidades empregadoras aderentes ao FCT, o pagamento das entregas para aquele
fundo e para o FGCT é efetuado em simultâneo, estando as parcelas destinadas a cada um dos
fundos devidamente identificadas.

As entregas são efetuadas exclusivamente via liquidação do documento para pagamento, não
sendo aceite qualquer outra via para o cumprimento da obrigação contributiva por parte do
empregador. O documento emitido pelo empregador, quer incida sobre a totalidade dos valores
em dívida, ou apenas sobre o mês corrente, é liquidado na íntegra, não sendo possível o seu
pagamento parcial e tem como validade o dia 8 do mês seguinte.

Incumprimento
Caso a entidade empregadora não realize a respetiva entrega mensal até ao dia 20 de cada mês
entra em incumprimento, facto que constitui contra - ordenação grave.

O empregador é notificado para proceder à regularização voluntária dos valores em falta e o


incumprimento é comunicado à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), com vista à
eventual realização de ação inspetiva e/ou aplicação da correspondente coima.

São ainda debitados juros e despesas ao empregador, que integrarão o valor a pagar no período
de pagamento seguinte.

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A falta de regularização voluntária dos valores devidos ao FCT determina a constituição de dívida
(equiparada a dívida à segurança social), sem prejuízo de constituir, também, contraordenação
muito grave. Determina ainda a sua cobrança coerciva e a cobrança de juros de mora.

Regularização voluntária das entregas em falta

A regularização voluntária das entregas em falta é efetuada no âmbito do pagamento das


contribuições referentes ao mês seguinte. O valor do documento para pagamento seguinte
incluirá, para além do valor referente ao mês correspondente, o valor devido por entregas em
falta, juros e despesas. Todos estes valores serão individualmente identificados, quer na parcela
correspondente ao FCT, quer na parcela correspondente ao FGCT.

Deste modo, a regularização voluntária de dívidas é realizada de forma integrada no processo


normal de pagamento, sem prejuízo das eventuais coimas resultantes dos processos de
contraordenação a que o empregador possa estar sujeito.

Mediante validação por parte da entidade empregadora, o documento para pagamento será
emitido e integrará todos os valores a pagar (valores em atraso e contribuições do mês corrente),
incluindo os eventuais juros e despesas devidos pelo incumprimento.

A regularização voluntária de entregas em falta pode ser realizada em prestações. Para tal, a
entidade solicita mediante requerimento efetuado no site www.FundosCompensacao.pt, dirigido
ao presidente do conselho de gestão do FGCT e/ou do FCT, com indicação dos motivos e
proposta relativa ao número de pagamentos a efetuar.

Merecendo deferimento, a liquidação das verbas em atraso será efetuada nos termos do
correspondente despacho e no número de prestações nele definido. A regularização de dívidas
nestas condições continua a fazer-se de forma integrada com os pagamentos mensais. Contudo,
o valor da parcela correspondente às entregas em atraso corresponderá apenas a uma
prestação e não à totalidade do valor a pagar.

O número máximo de prestações, bem como o montante mínimo de cada prestação a pagar a
cada um dos fundos constam do respetivo regulamento de gestão, aprovado pelo
correspondente Conselho de Gestão.

Alterações ao contrato do trabalhador


A entidade empregadora é obrigada a comunicar toda e qualquer modificação nos termos do
contrato dos trabalhadores abrangidos que determine alteração do valor da sua retribuição base
ou das diuturnidades a que ele tenha direito. É ainda obrigada a comunicar toda e qualquer
modificação que tenha impacto na forma de cálculo da compensação devida pela cessação do

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contrato de trabalho, designadamente os períodos de indisponibilidade suscetíveis de diminuir o


tempo de antiguidade do trabalhador (ex. faltas injustificadas).
O empregador deve, portanto, manter atualizados os registos relativos aos seus trabalhadores.
A violação deste dever constitui contra - ordenação grave e é reportada à ACT, nos termos da
Lei 70/2013 de 30 de agosto.
As alterações aos registos dos trabalhadores são realizadas em www.fundoscompensacao.pt e
produzirão efeitos a partir do período de pagamento seguinte.
Sem prejuízo, se das alterações comunicadas resultar o recálculo de contribuições passadas,
tais acertos serão sempre refletidos nos pagamentos futuros. Se tal recálculo vier a determinar
que o empregador pagou menos do que devia, no pagamento a efetuar no mês seguinte será
incluída a totalidade do valor em falta. Verificando-se situação contrária (empregador pagou
dinheiro a mais), o pagamento seguinte virá deduzido do valor pago a mais.
Em qualquer dos casos será reportado à ACT o não cumprimento tempestivo pelo empregador
do dever de atualização das informações relativas aos contratos de trabalho dos seus
trabalhadores, incorrendo este em contraordenação grave.

Cessação do Contrato de Trabalho


Os valores entregues pelo empregador ao FCT, ainda que ‘consignados’ ao pagamento de
eventuais compensações por cessação do contrato de trabalho e sendo creditados em contas
de registo individualizado em nome dos seus trabalhadores, pertencem à entidade empregadora.
Neste contexto, terminada a ligação contratual entre empregador e trabalhador, o valor das
contribuições entregues deverá ser utilizado para o pagamento da compensação a que o
trabalhador tenha direito.
Caso a cessação do contrato de trabalho origine o direito do trabalhador a compensação, a
entidade empregadora paga ao trabalhador a totalidade do valor dessa compensação nos
termos e condições previstas no Código do Trabalho, solicitando, com uma antecedência
máxima de 20 dias relativamente à data da cessação do contrato de trabalho, o reembolso do
saldo da conta de registo individualizado do trabalhador em questão.
Se a entidade empregadora não entrega ao trabalhador, total ou parcialmente, o valor da
compensação reembolsado pelo FCT que lhe seja devido, é punida com as penas previstas nos
nºs 1 e 5 do artigo 105º do Regime Geral das Infrações Tributárias.
Caso não haja lugar ao pagamento de qualquer compensação ao trabalhador na sequência da
cessação do respetivo contrato de trabalho, a entidade empregadora pode, com a antecedência
máxima de 20 dias, solicitar o reembolso daquele saldo.

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O reembolso é solicitado no site www.FundosCompensacao.pt e é efetuado no prazo de 10


dias.
Caso a cessação do contrato de trabalho não se venha a efetivar e tenha havido lugar ao
reembolso do saldo da conta de registo individualizado do trabalhador à entidade empregadora,
esta deve devolver ao FCT o valor reembolsado no prazo de 10 dias a contar da não verificação
da cessação do contrato de trabalho.
Se após o despedimento se verificar decisão judicial que declare tal despedimento ilícito e
imponha a reintegração do trabalhador, a entidade empregadora aderente do FCT fica obrigada,
no prazo de 30 dias contados a partir da data do trânsito em julgado daquela decisão, a efetuar
nova inclusão do trabalhador no FCT, bem como a repor o saldo da conta de registo
individualizado do trabalhador que existia à data do despedimento e ainda à entrega do valor
das contribuições que deixou de efetuar desde aquela data até ao momento presente.

Cessar a adesão
A adesão da entidade empregadora ao FGCT e, se aplicável, ao FCT finda com a cessação da
sua atividade no sistema de segurança social.

Mecanismo Equivalente
O Mecanismo Equivalente (ME) é um meio alternativo ao FCT, através do qual o empregador
concede aos seus trabalhadores garantia igual à que resultaria da sua adesão ao FCT, isto é, a
garantia do pagamento parcial (até 50%) da compensação por cessação do contrato de trabalho.
Trata-se de um mecanismo designado pela entidade empregadora e gerido por uma entidade
privada sujeita à supervisão do Banco de Portugal ou do Instituto de Seguros de Portugal e que
esteja legalmente autorizada a exercer a gestão e comercialização desse instrumento, que
deverá ser identificado como ME.
A constituição de determinado instrumento como ME é precedida de prévia comunicação às
entidades competentes e depende da emissão de parecer prévio de conformidade de tal
instrumento com os objetivos e os interesses que o regime visa proteger com a criação do FCT.
Ao contrário do que acontece com o FCT, a entidade empregadora pode optar por aderir a
diferentes ME relativamente aos seus trabalhadores, desde que daí não resulte prática
discriminatória em relação a qualquer trabalhador.
A opção inicial por FCT ou ME pode, a qualquer momento, ser revertida, podendo a entidade
empregadora solicitar em www.fundoscompensacao.pt a transferência de FCT para ME ou vice-
versa.

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O regime aplicável ao ME é, genericamente, o mesmo que se aplica ao FCT, incluindo o regime


contraordenacional.

Acionar o FGCT (trabalhador)


O regime instituído pela Lei 70/2013 de 30 de agosto garante ao trabalhador cujo contrato de
trabalho tenha cessado e que tenha direito ao pagamento de uma compensação pela cessação
desse contrato de trabalho, calculada nos termos do artigo 366º do Código do Trabalho, o
recebimento de, pelo menos, 50% daquele valor.

Esta garantia não prejudica a obrigação da entidade empregadora de, perante o despedimento
do seu trabalhador, lhe pagar a compensação a que este tenha direito devido à cessação do
respetivo contrato de trabalho.

Se após o despedimento se verificar decisão judicial que imponha a reintegração do trabalhador


e caso o FGCT já tenha efetuado o pagamento de parte da compensação devida por cessação
do contato de trabalho, o trabalhador deve no prazo de 30 dias devolver ao FGCT os valores
que por este tenham sido adiantados.

A devolução dos valores pagos pelo FGCT ao trabalhador pode ser efetuada pelo montante
global da dívida ou em prestações, mediante acordo a celebrar com o FGCT.

A não devolução dos valores pagos pelo FGCT nos termos acima descritos determina a
cobrança coerciva dos mesmos, sendo para tal considerados dívida equiparada a dívidas à
Segurança Social.

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FAQ´s sobre o FCT

O QUE É O FCT?
O Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) é um fundo autónomo, com personalidade
jurídica, dirigido por um conselho de gestão. É financiado pelas entidades empregadoras, sendo
a entidade gestora o Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social, I.P.
O FCT é um fundo de capitalização individual destinado ao pagamento parcial (até 50%) da
compensação por cessação do contrato de trabalho dos seus trabalhadores.

Quem pode aderir?


Apenas as entidades empregadoras podem aderir ao FCT.

A adesão ao FCT é obrigatória?


Sim, salvo se a entidade empregadora optar por aderir a Mecanismo Equivalente (ME),
ficando neste caso vinculada a conceder ao trabalhador uma garantia igual à que resultaria da
adesão ao FCT. Por outro lado, à entidade empregadora é sempre facultada a possibilidade de
transferência de e para o FCT.

Quem está excluído do âmbito deste regime?


Estão excluídas do âmbito deste regime as relações de trabalho com os serviços a que se
referem os n.ºs 1 a 4 do artigo 3.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro, (os serviços da
administração direta e indireta do estado; os serviços das administrações regionais e
autárquicas; os órgãos e serviços de apoio ao Presidente da República, da Assembleia da
República, dos tribunais e do Ministério Público e respetivos órgãos de gestão e de outros órgãos
independentes; os serviços periféricos do Estado, quer relativamente aos trabalhadores
recrutados localmente quer aos que, de outra forma recrutados, neles exerçam funções);
incluindo os Institutos Públicos de regime especial.
Estão igualmente excluídas do âmbito deste regime as relações de trabalho provenientes de
contratos de trabalho de muito curta duração, regulados no artigo 142.º do Código do Trabalho.

As empresas de trabalho temporário estão excluídas?


Não. As empresas de trabalho temporário estão sujeitas a este regime.

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Que trabalhadores estão abrangidos?


São abrangidos os trabalhadores cujos contratos de trabalho sejam celebrados após entrada em
vigor da Lei n.º 70/2013, de 30 de agosto, isto é, 01 de outubro de 2013.

Para continuar a ler as FAQ´s aceda a: http://www.fundoscompensacao.pt/fct1

FAQ´s sobre o FGCT


O QUE É O FUNDO DE GARANTIA DE COMPENSAÇÃO DO TRABALHO?
O Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT) é um fundo autónomo, com
personalidade jurídica, de natureza mutualista, sendo gerido por um conselho de gestão.

QUAL A ENTIDADE GESTORA DO FGCT?


A entidade gestora do FGCT é o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P.
(IGFSS, IP)

QUAL A FINALIDADE DO FGCT?


O FGCT destina-se, juntamente com o Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), a assegurar
o direito dos trabalhadores ao recebimento de metade (50%) da compensação devida pelo
empregador, por cessação do contrato de trabalho, calculada nos termos do artigo 366.º do
Código do trabalho.

QUEM PODE ADERIR?


Apenas as entidades empregadoras (EE) podem aderir ao FGCT.

A ADESÃO AO FGCT É OBRIGATÓRIA?


Sim.

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QUEM ESTÁ EXCLUÍDO DO ÂMBITO DESTE REGIME?


Estão excluídas do âmbito deste regime as relações de trabalho com os serviços a que se
referem os n.ºs 1 a 4 do artigo 3.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro, (os serviços da
administração direta e indireta do estado; os serviços das administrações regionais e
autárquicas; os órgãos e serviços de apoio ao Presidente da República, da Assembleia da
República, dos tribunais e do Ministério Público e respetivos órgãos de gestão e de outros órgãos
independentes; os serviços periféricos do Estado, quer relativamente aos trabalhadores
recrutados localmente quer aos que, de outra forma recrutados, neles exerçam funções);
incluindo os Institutos Públicos de regime especial.
Estão igualmente excluídas do âmbito deste regime as relações de trabalho provenientes de
contratos de trabalho de muito curta duração, regulados no artigo 142.º do Código do Trabalho.

AS EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIO ESTÃO EXCLUÍDAS?


Não. As empresas de trabalho temporário estão sujeitas a este regime.

QUE TRABALHADORES ESTÃO ABRANGIDOS?


São abrangidos os trabalhadores cujos contratos de trabalho sejam celebrados após entrada em
vigor da Lei n.º 70/2013, de 30 de agosto, ou seja, 1 de outubro de 2013.

A ENTIDADE EMPREGADORA É OBRIGADA A AUTORIZAR O ACESSO AOS DADOS DA


SEGURANÇA SOCIAL?
Sim. A Portaria nº 294-A/2013 de 30 de setembro, prevê no artigo 18º a interconexão de dados
com a segurança social, considerando cumpridas as obrigações do empregador relativas à
adesão aos fundos e ao fornecimento de dados de identificação, sempre que a informação
necessária possa ser obtida diretamente do sistema informático da segurança social.

COMO ADERIR AO FGCT?

A adesão ao FGCT opera de modo automático, com a adesão do empregador ao FCT ou a


Mecanismo Equivalente (ME). É efetuada por iniciativa da entidade empregadora e
exclusivamente por via eletrónica, através do site www.fundoscompensacao.pt.

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QUANDO É QUE A ENTIDADE EMPREGADORA DEVE EFETUAR A ADESÃO?

A adesão da entidade empregadora deve ser efetuada com a celebração do primeiro contrato
de trabalho abrangido pelo disposto na Lei n.º 70/2013, de 30 de agosto, e até à data do início
de execução desse contrato, inclusive
Em caso de adesão a ME, a admissão de novos trabalhadores deve ser comunicada pela EE,
ao FGCT, até à data do início da execução dos respetivos contratos de trabalho.

QUANDO CESSA A ADESÃO DA ENTIDADE EMPREGADORA AO FGCT?


A adesão da entidade empregadora ao FGCT termina com a cessação da atividade da mesma
no sistema de segurança social

INCLUSÃO DE TRABALHADORES

A COMUNICAÇÃO E REGISTO DA ADMISSÃO DE NOVOS COLABORADORES SÃO


OBRIGATÓRIA? QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA NÃO COMUNICAÇÃO?
Sim, a comunicação da admissão de novos trabalhadores ao FGCT é obrigatória. A não
comunicação da admissão de novos trabalhadores ao FGCT constitui contraordenação muito
grave.

É NECESSÁRIA A INTERVENÇÃO DO TRABALHADOR?


Não. O registo de admissão do trabalhador no sítio eletrónico dos Fundos é efetuado pela
entidade empregadora para a sua inclusão.

DESDE QUANDO SÃO DEVIDAS AS ENTREGAS?

A adesão ao FCT ou a ME determina para a EE a obrigatoriedade do pagamento de entregas


para o FGCT.
As entregas são devidas a partir do momento em que se inicia a execução de cada contrato de
trabalho e até à sua cessação, salvo nos períodos em que inexista contagem de antiguidade.

COMO SE PROCESSA O PAGAMENTO DAS ENTREGAS AO FGCT?

O pagamento das entregas devidas pela entidade empregadora é efetuado através do

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site www.fundoscompensacao.pt. Após validação do valor a entregar, é emitido um documento


de pagamento contendo uma referência multibanco cujo valor engloba a parcela correspondente
ao FCT e a parcela correspondente ao FGCT.
A liquidação desse documento de pagamento pode ser efetuada em qualquer caixa ATM
(pagamento de serviços / compras) ou via Internet, por homebanking.

O PAGAMENTO PODE SER REALIZADO SEM A EMISSÃO DO DOCUMENTO DE


PAGAMENTO?

Não. Qualquer pagamento realizado por outra via não será considerado para efeitos de
cumprimento da obrigação da entidade empregadora.

AS ENTREGAS PARA O FGCT SÃO OBRIGATÓRIAS?

Sim. A adesão ao FCT ou a ME determina para a EE a obrigatoriedade do pagamento de


entregas para o FGCT.

QUAL O MONTANTE DAS ENTREGAS DEVIDAS AO FGCT?


As entregas a efetuar pelas entidades empregadoras ao FGCT correspondem a 0,075% da
retribuição base e diuturnidades por cada trabalhador abrangido.

AS FALTAS DADAS PELO TRABALHADOR AFETAM O VALOR DAS ENTREGAS?

O valor das entregas ao FGCT apenas é afetado quando as faltas tenham impacto na
antiguidade do trabalhador e nessa medida, no valor da compensação a que este venha a ter
direito pela cessação do contrato de trabalho.

A título de exemplo, as faltas injustificadas devem ser registadas e diminuem o valor das
entregas a efetuar aos fundos, enquanto as faltas por doença, não afetando a antiguidade do
trabalhador, não alteram o valor das entregas.

QUAL A PERIODICIDADE E NÚMERO DE ENTREGAS?

As entregas são pagas mensalmente, 12 vezes por ano, e respeitam a 12 retribuições base
mensais e diuturnidades por cada trabalhador abrangido.

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QUANDO DEVE A ENTIDADE EMPREGADORA PROCEDER AO PAGAMENTO?

As entregas ao FGCT encontram-se a pagamento entre o dia 10 e o dia 20 de cada mês, por
referência ao vencimento e diuturnidades dos trabalhadores relativos ao mês anterior.
A entidade empregadora pode ainda efetuar o pagamento até ao dia 8 do mês seguinte, porém
acrescido de juros diários, a contar do dia 21 e até ao dia do pagamento efetivo.

O PAGAMENTO DAS ENTREGAS MENSAIS PODE SE PARCIAL?


Não. As entregas de um dado mês devem ser pagas na sua íntegra.
Não é permitido o pagamento por valor diferente do apresentado no documento para o efeito.
Não é igualmente possível o pagamento das contribuições relativas apenas a parte dos
trabalhadores incluídos no FGCT.

INCUMPRIMENTO

O QUE ACONTECE SE A ENTIDADE EMPREGADORA NÃO REALIZAR AS ENTREGAS?

A entidade empregadora aderente do FGCT que não realize a entrega mensal até ao dia 20 de
cada mês entra em incumprimento
O Incumprimento dá lugar ao pagamento de juros de mora, das despesas inerentes à
regularização e, caso o pagamento não seja efetuado voluntariamente, à cobrança coerciva dos
valores em dívida e a contraordenação.

A) REGULARIZAÇÃO VOLUNTÁRIA DA DÍVIDA – ACORDO DE PAGAMENTO

COMO É EFETUADA A REGULARIZAÇÃO DAS ENTREGAS EM FALTA?

A regularização voluntária de entregas em falta é efetuada no âmbito do pagamento das


entregas do mês seguinte, acrescidas dos juros de mora e das despesas de incumprimento,
caso sejam devidos.

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A REGULARIZAÇÃO DE ENTREGAS EM FALTA PODE SER EFETUADA EM


PRESTAÇÕES?

Sim. A entidade empregadora pode requerer ao FGCT o pagamento de valores em atraso em


prestações.

COMO PROCEDER PARA SOLICITAR O PAGAMENTO EM PRESTAÇÕES?


Mediante requerimento efetuado através do site www.fundoscompensacao.pt.

QUAL O NÚMERO MÁXIMO DE PRESTAÇÕES?

- número máximo de prestações: 3

- valor mínimo a pagar: €45,00

QUAL É O VALOR MENSAL A PAGAR QUANDO É DEFERIDO O REQUERIMENTO PARA


PAGAMENTO EM PRESTAÇÕES?

O valor das prestações acordadas acresce ao valor das entregas subsequentes, conforme
documento de pagamento emitido mensalmente, obtido no sítio eletrónico.

APÓS A CELEBRAÇÃO DE UM ACORDO PRESTACIONAL VOLUNTÁRIO PELA ENTIDADE


EMPREGADORA, PODE SER ANTECIPADO O PAGAMENTO DAS PRESTAÇÕES?

Sim, é possível antecipar o pagamento das prestações, devendo para o efeito a EE alterar o
pedido de acordo de pagamento no site dos Fundos de Compensação, em conformidade com o
número de prestações que pretende antecipar.

a) Caso o pedido de antecipação seja efetuado antes do dia 10 do mês em curso:


O valor correspondente à antecipação já será incluído no documento de pagamento emitido
nesse mesmo mês.

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b) Caso o pedido de antecipação seja posterior ao dia 10 do mês em curso:


O valor correspondente à antecipação será incluído no documento de pagamento emitido no
mês seguinte.

A EE PODE PROCEDER À ANULAÇÃO DO ACORDO DE PAGAMENTO JÁ DEFERIDO?

Sim. Poderá fazê-lo no site dos Fundos de Compensação, antes do dia 10.

B) COBRANÇA COERCIVA

QUANDO SE VERIFICA A COBRANÇA COERCIVA?

A cobrança coerciva é aplicada quando existe dívida por incumprimento de pagamento por parte
da EE e esta não regularizou voluntariamente o pagamento.

CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

EXISTE UM PRAZO PARA A COMUNICAÇÃO DA CESSAÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO?

Sim. O empregador deverá comunicar a cessação do contrato de trabalho antes da respetiva


produção de efeitos. Se tal não for possível, deve fazê-lo no sítio eletrónico no prazo de 5 dias
após a data da cessação.

O QUE ACONTECE EM CASO DE CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO?

Caso a cessação do contrato de trabalho origine o direito do trabalhador a compensação


calculada nos termos do artigo 366.º do Código do Trabalho, a entidade empregadora paga ao
trabalhador a totalidade do valor da compensação nos termos e condições previstas no Código
do Trabalho.

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O QUE ACONTECE SE A ENTIDADE EMPREGADORA NÃO ENTREGA AO TRABALHADOR


O VALOR DA COMPENSAÇÃO?
Sempre que o empregador não efetue, total ou parcialmente, o pagamento da compensação nos
termos previstos no Código do Trabalho, o trabalhador pode acionar o FGCT, pelo valor
necessário à cobertura de metade do valor da compensação devida por cessação do contrato
de trabalho calculada nos termos do artigo 366.º do Código do Trabalho, subtraído do montante
já pago pelo empregador, mediante requerimento apresentado no sítio eletrónico.
A decisão sobre o requerimento é notificada ao trabalhador por carta registada com aviso de
receção.

EM QUE SITUAÇÕES É EXCLUÍDO O PAGAMENTO DA COMPENSAÇÃO AO


TRABALHADOR PELO FGCT?

O FGCT não responde por qualquer valor sempre que o empregador já tenha pagado ao
trabalhador valor igual ou superior a metade da compensação devida por cessação do contrato
de trabalho, calculada nos termos do artigo 366.º do Código do Trabalho.

O QUE ACONTECE SE, APÓS O PAGAMENTO, NÃO SE EFETIVA A CESSAÇÃO DO


CONTRATO DE TRABALHO?
- Quanto ao empregador, caso a cessação do contrato de trabalho não venha a ocorrer, deve
comunicar nessa data aos Fundos a manutenção do vínculo do trabalhador.

- Quanto ao trabalhador, havendo lugar à devolução dos valores pagos pelo FGCT, este deve
efetuar o respetivo pagamento, conforme documento previamente emitido, ou requerer o
pagamento em prestações no sítio eletrónico.

O QUE ACONTECE SE, APÓS O REEMBOLSO, O DESPEDIMENTO DO TRABALHADOR É


CONSIDERADO ILÍCITO?

Se após o despedimento se verificar decisão judicial que imponha a reintegração do trabalhador,


a entidade empregadora fica obrigada, no prazo de 30 dias contados a partir da data do trânsito
em julgado daquela decisão, a efetuar a inclusão do trabalhador no FCT, e consequentemente,
aderindo automaticamente ao FGCT, devendo proceder à entrega dos valores que deixou de
efetuar desde aquela data.

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ALTERAÇÕES AO CONTRATO DE TRABALHO

O QUE DEVE A ENTIDADE EMPREGADORA FAZER SE FOREM ALTERADOS OS


ELEMENTOS DO CONTRATO DE TRABALHO?

A entidade empregadora deve comunicar todas as alterações aos elementos de identificação


relativos ao empregador, ao trabalhador e ao contrato de trabalho, no sítio eletrónico, no prazo
de 5 dias.

O QUE ACONTECE SE A ENTIDADE EMPREGADORA NÃO COMUNICAR AO FGCT AS


ALTERAÇÕES AO CONTRATO DE TRABALHO?

A violação do dever de atualização dos registos é comunicada à Autoridade para as Condições


de Trabalho (ACT), nos termos da Lei n.º 70/2013, de 30 de Agosto, podendo consubstanciar-
se numa contraordenação.

COMO PROCEDER PARA COMUNICAR AO FGCT AS ALTERAÇÕES AO CONTRATO DE


TRABALHO?

As alterações ao registo do trabalhador incluído no FGCT são efetuadas


em www.fundoscompensacao.pt.

DEVOLUÇÕES
O QUE SÃO DEVOLUÇÕES E O QUE AS ORIGINA?

Qualquer facto que determine um pagamento indevido ao FGCT por parte do empregador
poderá originar uma devolução, a qual consiste na restituição ao empregador dos valores que
este tenha entregue ao FGCT de forma indevida. A devolução só ocorre quando se verifica a
correção da situação que originou o pagamento indevido.

AS DEVOLUÇÕES DEVEM SER SOLICITADAS PELA ENTIDADE EMPREGADORA?


Não. A devolução, ao contrário do que sucede no caso do reembolso, não carece de pedido por
parte da entidade empregadora. Embora sujeita à aprovação por parte da entidade gestora, a
devolução é automaticamente despoletada pelo sistema.

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COMO SE PROCESSAM AS DEVOLUÇÕES?

As devoluções de quantias entregues indevidamente aos fundos de garantia seguem


procedimento idêntico, mas autónomo, uma vez que FCT e FGCT possuem entidades gestoras
distintas. Assim sendo, a transferência de valores por devolução é efetuada em separado.

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A Contabilização do FCT e do FGCT

Para contabilizar mensalmente o FCT e o FGCT devemos ter em conta que o FCT é sujeito a
reembolso e o FGCT é a fundo perdido.

Exemplo: Pedro foi contratado pela MJH, Lda., no dia 02/02/2014.


Em abril de 2021 o seu vencimento mensal é de 1100 euros, tendo pela sua antiguidade
ao serviço da Empresa adquirido o direito a 60 euros de diuturnidades.
Pedido: Cálculo do FCT e FGCT e sua contabilização em abril de 2021.

Comecemos pelo cálculo do FCT e do FGCT:

FCT = 0,925% x (Vencimento + diuturnidades) = 0,925% x (1100 + 60) = 10,73

FGCT = 0,075% x (Vencimento + diuturnidades) = 0,075% x (1100 + 60) = 0,87

Total a pagar pela Entidade MJH, Lda. = 11,60 (euros)

A Contabilização mensal dos fundos de compensação:

Sendo o FCT sujeito a reembolso sugerimos:

1.Pelo reconhecimento do FCT (Fundo de Compensação do Trabalho)


debitar a conta 415(3) – 10,73
creditar a conta 245(31) – 10,73

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2. Pelo pagamento mensal do FCT (Fundo de Compensação do Trabalho)


debitar a conta 245(31) – 10,73
creditar a conta 121 – Banco x - 10,73

3. Pelo rendimento gerado pelo FCT (Fundo de Compensação do Trabalho)


debitar a conta 415(3) – Juros e outros rendimentos similares obtidos
creditar a conta 798(3) - Juros e outros rendimentos similares obtidos

Nota: Se a Empresa optar por Mecanismo Equivalente (ME) sugerimos a utilização da conta 278
– Outros Devedores e Credores em vez da conta 245(31)

Sendo o FGCT a fundo perdido sugerimos:

4. Pelo reconhecimento do FGCT - Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho


debitar a conta 635 (3) – 0,87
creditar a conta 245(32) – 0,87

5.Pelo pagamento mensal do FGCT - Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho


debitar a conta 245(32) – 0,87
creditar a conta 121 – Banco x - 0,87

Miguel Fragoso, Economista, Contabilista Certificado, Formador Certificado

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Referências Bibliográficas

http://www.fundoscompensacao.pt/

REIS, P. Cálculo e Processamento Salarial, 5.ª Edição, Lidel

SILVA, A.S., LEITÃO, S.S., (2020), Leis do Trabalho, Tudo o que precisa de saber, 5.ª Edição,
Porto Editora

MARECOS, D. V., Código do Trabalho – comentado, 4.ª Edição, Almedina

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