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Ficha de Regimes de Producao 2022 FINAL
Ficha de Regimes de Producao 2022 FINAL
Ciências de Administração
Curso de Licenciatura em Ensino de Contabilidade/Gestão
A transformação das matérias nas empresas industriais pode exigir um número maior ou menor de
operações e desenrolar-se num só centro de actividade ou distribuir-se por diversos serviços ou
departamentos fabris.
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Docente: Msc VMS
Tendo em conta as características da fabricação, podemos distinguir os seguintes métodos de
apuramento de custos dos produtos:
Método Directo ou dos custos por encomenda: neste método os custos industriais são
apurados relativamente os ordens de produção:
Método indirecto ou dos custos por processo: neste método, procede-se a acumulação
mensal por produtos, dos custos industriais, determinando-se o custo unitário de cada produto
através do quociente daqueles custos mensais pelas quantidades.
O método indirecto adopta-se, fundamentalmente, nos casos em que se fabrica um único produto ou
um pequeno número, como é o caso das indústrias cervejeiras, de adubos, cerâmica, etc.
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Docente: Msc VMS
APURAMENTO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS POR ORDENS DE PRODUÇÃO
MÉTODO DIRECTO OU CUSTEIO POR ENCOMENDA
Caracterização do Método Directo ou Custeio por Encomenda
O método directo ou de custeio por encomenda aplica-se nas empresas de produção diversificada,
descontínua, em cujo processo de fabrico, cada um dos produtos ou lotes de produtos é perfeitamente
distinguível dos restantes, de modo que é possível imputar directamente a cada um deles aos
respectivos custos. É o caso das empresas de construção civil, construção naval, metalomecânica,
reparação de automóveis, etc.
Uma outra designação utilizada para este sistema é o método por tarefas. A tarefa não é mais do que
um produto ou lote de bem determinado (em qualidade e quantidade, de forma que é perfeitamente
diferenciado dos restantes durante o processo de fabricação.
A fabricação por encomenda é um caso particular deste método, podendo aquela ser feita para
satisfazer o pedido de um cliente ou um pedido do armazém ou um pedido de um outro sector da
empresa.
Permite determinar os custos referentes a cada encomenda e/ou tarefa e compara-los com o
respectivo valor de venda (controlo dos resultados);
Ajustar os orçamentos a apresentar no futuro, tendo em consideração os valores recolhidos no
passado;
Controlar a eficiência dos departamentos da empresa mediante a comparação dos custos que
serviram de base ao orçamento elaborado e os custos efectivamente suportados pela
fabricação.
Por outro lado, apesar de o método apresentar vantagens consideráveis, também apresenta
algumas inconveniências porque:
A verificação e comparação das encomendas acarreta custos administrativos significativos,
apesar de serem minimizados com a informatização;
Determinados factores de carácter conjuntural (greves, rupturas de aprovisionamento, avarias
de máquinas, etc.) condicionam a utilização dos elementos para orçamentos futuros, quando
surgem paralizam o método.
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Docente: Msc VMS
O apuramento do custo industrial por ordens de produção adopta-se, nos casos de produção por
encomenda e sempre que a produção é diversificada e descontínua. Como se disse, para apurar o
custo da ordem, torna-se necessário dereminar desde o início até ao fim da produção os seguintes
custos:
O custo das matérias-directas consumidas (frequentemente designadas por materias nas
actividades que recorrem a este método;
O custo da mão-de-obra directa aplicada;
Os gastos gerais de fabrico.
Estes custos mencionados, são acumulados numa “ficha de custo” que constitui uma ficha por cada
elemento de custos de produção (materiais, MOD e GGF)
Exemplo
A mobiladora dedica-se `a produção de mobiliário de madeira. Iniciou a sua actividade em Março último, com a execução de duas
encomendas, que foram identificadas pelas seguintes ordens de produção:
50 camas tipo X
100 mobílias para quartos, tipo Y
O gabinete técnico, que se ocupa da concepção do produto, havia feito todos os desenhos dos móveis e respectivas peças
necessárias `a fabricação, que remeteu ao planeamento e controlo de produção. Aqui foram determinadas as quantidades de
materiais necessários, tendo-se comunicado ao aprovisionamento a informação indispensável, nomeadamente quanto as datas
previstas dos consumos.
Tendo em conta as possibilidades de aprovisionamento e outros aspectos, as encomendas foram lançadas em produção.
Este método, para o controlo de custos de produção é utilizado o sistema de Fichas “documento” para
cada componente de custo. A seguir são apresentados os ducumentos utilizados:
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Docente: Msc VMS
DOCUMENTOS OU FICHAS DE CONTROLO:
Ordem de Produção N°
Para Stock________ Cliente_______________________________________
Produto ____________ Data de Início ______ Data de encerramento ______
Requisição de Matérias:
Assinatura Autorizante
O
Supervis
or
FIM
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Docente: Msc VMS
SISTEMA DE CUSTEIO POR PROCESSO OU MÉTODO INDIRECTO
Este sistema, também designado método indirecto, é usado nas indústrias que produzem produtos
homogéneos (isto é, uniformes) numa base contínua. O custo unitário neste sistema é calculado
dividindo o custo global do mês pelas quantidades produzidas.
Um dos aspectos distintivos do custeio directo do custeio indirecto reside no facto de o sistema
custeio directo ter como base de incidência a acumulação dos custos por ordens de produção
enquanto o método indirecto tem na acumulação mensal dos custos dos produtos, estruturados tendo
em conta as fases do processo de produção.
Cálculo do Custo Industrial Por ordens de Produção (lotes, obras, Dado que o produto é homogéneo, é
etc.). possível determinar o custo unitário.
Custo unitário nem sempre
determinável
Período a que respeita o custo Corresponde ao tempo de produção Normalmente o mês
industrial da ordem
Acumulação dos custos Industriais Feita por ordem de produção nas Feita por cada produto
fichas de custos
Determinação do custo dos PVF Pelo saldo da ficha de custos Inventariação dos PVF finais e sua
valorização
Fonte: Caiado
No método directo ou custeio por encomenda, o custo dos Produtos em Vias de Fabrico (PVF) no
fim de cada mês é dado directamente pelas fichas de custos. Lembre-se que a contabilidade vai
registando nas fichas de custeio todos os custos de produção de cada ordem de fabrico. No fim do
mês, para apurar o custo dos PVF finais, basta ver quais as ordens que ainda não estão terminadas,
sendo os saldos das respectivas fichas, o custo dos Produtos em Vias de Fabrico (PVF).
No Custeio por processo ou método indirecto, registam-se todos os custos de produção na conta
fabricação do produto em causa, sem destinguir obviamente se estes custos respeitam à produção
acabada ou à produção em curso. Assim, para determinar o custo dos produtos em vias de fabrico, há
que proceder a sua inventariação, determinar o seu grau de acabamento e valorizar.
Exemplifiquemos com o caso de uma empresa que fabrica um único produto e que registou o seguinte
movimento no mês passado:
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Docente: Msc VMS
Total 2.700.000,00
O conhecimento da quantidade de produtos em vias de fabrico e respectivo grau de acabamento constitui em muitas indústrias
tarefas dificil. Tenham-se presentes os casos de produção continua, em que aquela determinação exige a paragem da fabrica, o
que raramente se justifica. Assim, torna se necessário encontrar com bom senso o procedimento adequado. Em muitas indústrias a
produção em curso no fim de cada mês é sempre idêntica ou inrrelevante, o que permite despreza –lo para efeitos e custeio.
Noutras é possivel efectuar estimativas adequadas.
Conhecendo a quantidade de produtos em vias de fabrico e o grau de acabamento, poderá recorrer-se ao método das unidades
equivalentes para valorizar aquelas existências.
Caracterização
Este método é adequado para valorizar a produção em via de fabrico. Consiste em reduzir as
quantidades (número de unidades) em vias de fabrico, com “grau de acabamento variáveis”, a unidade
de produto acabado, constitui a unidade equivalente.
O grau de acabamento é a relação entre custos incorridos até à data e a soma desses custos com os
custos estimados para completar a obra ou produto acabado.
Exemplo:
Uma empresa que fabrica um único produto registou no mês passado a seguinte produção:
Producao acabada (PA): 1.010 toneladas;
Produtos em Vias de Fabrico no início do mês (PVFi): 100 tons. Com um grau de acabamento
médio de 50%.
Produtos em Vias de Fabrico no final do mês (PVFf): 50 tons. Com grau de acabamento
medio de 80%.
Repara-se que as 100 toneladas de Produtos em Vias de Farico (PVF) no início do mês equivalem em
custos, dado que o seu grau de acabamento e de 50% , a 50 toneladas de peoduto acabado. A
produção do mês, medida em unidades equivalentes de produto acabado , é a seguinte (em
toneladas):
Produção do mês medida em unidades equivalentes
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Docente: Msc VMS
Para calcularmos o custo da Produtos em Vias de Fabrico (PVF) no fim do mês tenham-se em conta
os seguintes dados do mês:
Valor da Produtos em Vias de Fabrico inicial (PVFi) 542.100,00
Custo dos produção do mês ( MP+MOD+GGF) 11.000.000,00
O termo considerado um grau de acabamento medio, quando e certo que podemos melhorar a
valorizacao da PVFf, determinando aquele segundo os componentes do custo industrial.
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Docente: Msc VMS
Os custos industriais daquele mês foram os seguintes:
Matérias directas (MD) 17.200.000,00
Mão-de-obra directa (MOD) 3.511.300,00
Gastos gerais de fabrico (GGF) 2.403.500,00
No fim do mês existiam no sector fabril em curso de fabrico 1.500 unidades do produto X , com os seguintes coefcientes de
acabamentos;
A determinação do custo dos produtos acabados depende da valorização em via de fabrico no final do mês. Esta é feita a partir
da determinação do custo industrial do mês por unidade equivalente .
Determinemos em primeiro lugar a produção do mês emunidades equivqlentes de produto acabado.
Com os dados anteriores determinamos o custo da produção do mês por unidades equivalentes:
Podemos agora valorizar a produção em via de fabrico a partir daqueles custos unitários:
Finalmente, conhecendo o custo da Produtos em Vias de Fabrico (PVF) no fim o mês, podemos determinar o custo da produção
acabada;
Custo do mês
Variação da PVF:
PVFi 0,00
PVFf (1.454.700,00) (1.454.700,00)
Custo global da produção acabado 21.600.000,00
Custo unitário 1.083,00
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Docente: Msc VMS
No exemplo anterior não foi necessário recorrer a critério de valorização das existências para
determinar o custo da PVF, dado que não havia produção em curso no princípio do mês, se tal não
acontecesse havia que se definir o critério.
Para exemplificar esse aspecto, continuemos com o exemplo anterior e admitimos no mês seguinte
(fevereiro) se acabaram 18.000 unidades e que havia em curso de fabrico 1.600 unidades, com os
seguintes graus de acabamento:
Matrias directas 18.000 0.9 1 600 =1440 1 500 17.940 14.531.400 810
Mão-de-obra directa 18.000 0,5 1 600 = 800 900 17 .900 3 043.000 170
Gastos gerais e fabico 18.000 900 18.060 1.986.600 110
0,6 1600 = 960
Dividindo os custo do mês pela produção , encontramos o custo por unidade equivalente.
A produção em via de fabrico no fim do mês deve ser valorizada recorrendo a um dos critérios de
valorização habitualmente seguidos. Para o efeito, tenha se presente que se distinguem dois “lotes’’:
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Docente: Msc VMS
A PVF no fim do mês é valorizada da forma seguinte:
Natureza do custos Quantidade Custo/unidade Custo global
(unid.equival) equivalente
Matrias directas 1 440 810 1.166.400,00
Mão-de-obra directa 800 170 136.000,00
Gastos gerais e fabico 960 110 105.600,00
total 1.408.000,00
O custo da produção acabada em fevereiro (18.000 unidades) será por este critério o seguinte:
Variação de PVF :
PVFI 1.454.700,00
PVFf (1.408.000,00) 46.700,00
Custo global da produção acabada 19.607.700,00
Custo unitário 1.089,317
Valorização pelo critério de custeios das saídas do custo médio ponderado (CMP)
Neste caso há que determinar o custo médio dos dois lotes: PVF no início do mês e produção do mês .
A PVF no fim do mês é valorizada ao custo médio encontrado.
O custo médio é no nosso exemplo, tendo em conta a produção do mês em unidades equivalentes e
os respectivos custos unitários e o custo da PVF i atrás referido, o seguinte:
Matérias Directas
MOD 17.940 1.500 19.440 14.531.400 1200.000 15.731.400 808,23
GGF 17.900 900 18.800 3.043.000 151.200 3.194.200 169,904
18.060 900 18.960 1.986.600 103.500 2.090.100 110,237
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Docente: Msc VMS
Gastos gerais de fabrico 1.986.600,00
Sub-total 19 561 000,00
Variação de PVF:
PVFi 1.454.700,00
PVFf (1.407.042,00) 47.658,00
Custo global da produçào acabada 19.608.658,00
Custo unitário da produção acabada 1.089,37
FIM
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Docente: Msc VMS