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Aspectos do Desenvolvimento 2.1 © esquema corporal ‘Vamos reiletir sobre o esquema corporal ¢ outros fendmenos do desenvolvimento motor humano, 8 compreenso do que seja esquema corporal € de {fundamental import8ncia para o trabalho na érea de psicomotricidade, Consideramos, inicialmente, ‘algumas das principals definigées sobre o mesmo: “O eaquons capo nb meni! ou una ended lige 0 ae, at 0 etd conde reg ee 2 indo 0 prio enblete (H Wen) seme crore! represrate qu cas on fade men «gh eer to eapoga.Boseade em vii dden ercr propoaptor execs eta represen eaquomatinds&necesie 8 side rama ex reds po ees do ‘obo porte". (H, Pieron } — 0 exqueme coror! pode ser consierado ‘oma umalntulgse de conjunto ov vm ‘onhecimerto ims que temas do rose ‘sro corp, sl em poeta overs ‘moment em rele vers pares ene ‘he, sobre, ar els com 6 p90 «ct htos que o drandam* (1.Le Boule) Epa "Eagar cororel tego das sept. ‘wahoo oo prépiocopa em reo dado, ‘do mundo exterice" (P\hyer) A partir do momento que 2 individuo descobre, lias e controla o seu corpo, o.esquema, comoral.é tsiruturedo e pasta ater consciéncia dele e-suas ‘assibildades, ra rlacSo com o meio ambiente er, que tive, Vivenciar estimulos sensoriais, para discriminar ‘as partes do préprio corpo e exercer um controle sobre las, implica: = apercep¢io do corpo; 0 equi; + a ltealidade; «a independéncia dos membros em relagio froncoe ente si, +0 contole muscular, 0 contole de respiragio. ayer (1984) afiema: “Tan ox experi de rang ( prser€ 9 dor sucesso ou fracas) so sempre vi erporimente. Se acrescentarmos volores feces que ome dS copa e aces pais, tite corpo termina por ser inventdo de Soneogen de setenv de veores mito pices # sluotonente pase”. \Vemos, portanto, que o corpo nso & simente algo” bioldgic e orgénico, mas que também expressa emogbes “, « estérepleto de sgnificados que so adquiidos através dda telagéo da crianga com o melo, Esses valores, 20s auais Vayer se refere, influenciardo na formagio do ‘esquéma corporal principalmente na imagem corporal Para Morais (1998) e Santos (1987), a imagem ¢ “uma Impresséo que se tem de si mesmo, subjetvamente,” € 0 cesquema corporal ) esata des expertncias que possuimos, | procenientes do como das senses ue ‘xperentarios Por exemple: andy, sntar fe epwar lie canes de mad crea em ellie econ moumentos coordenodoe ‘epende de wna moj odeuade do equa torpor. O esque coor, porters rela spare eli” E através do corpo que a ctanga val descobir 0 mundo, experimentar sensagbes e suagbes, expressarse, pereeber-se e pereeber as coisas que a cera. A media ‘que a cranga se desenuolve, quanto mais o meio permit cla \oiemplando suas percepg6es econtolandoseucopo aravés ‘Ga nteriorzag das sensagbes. Comss elavei conhecendo ‘escapee apn supose ea. © Po ‘dominio de seus gesiose harmonia de movimentos. Guilharme dé grande importéncia & fase da identiieagso e conscientizagto porgressive do “eu” na formagéo do esquema corporal. ‘A noggo de Esquema Corporal 6 como uma nogSo de fbi siol6geo. la representa a experiéncia que cade ‘umtem de seu corp, quando1em movimento ower posig5o 49 ‘eitica, emtelagbo com o meta. concent, um simples ‘movimento depende de su esquema corpora D desenuohimento do esdiems corporal €a_ jo que cada pessoa lem de seu corpo, Soaitide fe dares na eatcsae Gor oc Ean Tepresentaggo forma-se a partir de dados sensorial rlipios propdoceptve, exteroceptive e Intercepts 2.2 Etapas de desenvolvimento do esquema corporal Tetope : ‘Corpo vivide (até ts anos de idade) ‘Conesponde & fase da inteligénca sensério-motora de Piaget. Esa etapa é dominada pela experiénda vivida ‘pla crianga através da exploragéo do meio, As descobertas Bo Intensaé nesta fase por sua atvidade investigadora e ‘ncessante. Seus primeltos movimentos sto através dos ‘movimentos dos outros. E em virtide da imager do outro ‘em movimento que ela aprende a mover-se (mitagéo).. [Até of do primeio ano de vide, o bebe aprende 2 eliminar todos os comportamentos que no Ihe 360 roveitosos,etabelecendolgagées enze seus movimentos suas senshildades, ‘Aos pouicos, a crianga val se difereciande do meio €¢no fim desta etapa pode-se falar em imagem da corpo, Pols © “eu” se tora unificado e individuallzado. Vero, ent, que parte de um estado de indeferenciagso para lum estado de diferenciagéo, 50 2etopa Corpo percebido ou descoberto {tee a sate anc) CCorreponde 8 organizagbo do esquema corpora!’ vido’ “tango deintrtcagi’ Le Boulch define afuncso ‘de iterirzagdo como a. “possibiidade de desloca sua siengio do melo emblent para su corpo propo a fim de lever tomada de consiince”.A alana com io pass a {peregareretnarseusrnovimentos, adguindo uma mar bordena;o dento dum expagoe tempo determined. | | a chegerepreseningbo mental dos elements do | sede rene cma ceca Passa ver seu corpo como ponto de refertnea para se | stua sive os objetos em seu expogo e tempo. Arima onceltos come embaxo, acina, dea, esquerda et. além dat nogses temporal: o que ver apes, depos, Primero imo. ’ © final desta etapa, diz Le Bouléh, pode ser caracteizado como pe-operatiie, porque eft submetiso [Spercepgsomum expago em pate tmasainda ceniralzado sobre 0 prio corp. : ape Come representado ‘> (sete a 12 anos) esa dpa cbeve-e aetna do equona comer pf epemta nia dofouo «do ates Saco, eonbee ws poops «anim tm alr onto edonio comport A prt do, cla empl © ‘igo eu quo comer (Nor deta aimage do corpo én ererdutorn por vata dos 0/2 ans crang dipbe fe'una imagem imental do corpo em movimento | efetuando e programando mentalmente suas agées | Timagem de corpo opera), 0 sue representa una 51 grande evoligho das fungbes cognlves. Nesta etapa, core a dexcentalzagio do corpo, que néo€ maa visto como pont de rele / © cesenvolvimento d cringe srs progressive 1 parr do momento que ela relinr por si mesme os oa offen wireline jaerlon, apriiaando sun mevimenios, touando dacites, iretunel 8 coondenag «concn, exoemrs atin, das atvidaespsicomotores Que necente derepet80 6 de corscienengso pra se aperfelgoarem. Crisngan aus. nfo. apreeeoiny sonesiboria.e St is seu compo podent experimentar eilndes de r Saas cpa iio debe menos, am odentarse no esago € no Eins dh soe Se coors doo, © que as tomar lrias na execu de slvidas commo ‘sholoor una roupa, andar de bic, jog bla. Foe acontecer também da cianga com pertboxSo do esquema corporal apresentar dificuldade no aspecto Y ‘isomotor eter conseqhtncias na leturae me esrita. Aém ‘disso, esa fia de conhecimento de sua presenga normundo pode levara uma difculdade de contato com aspestoasea_| ‘um mau desenvolvimento da inguagem, Quando se iterroga uma crianga acerca das partes ‘que mais goxa do seu corpo, ela pode responder porter ogo de seu corpo. Esta nogéo, ou melhor, este conbeimento que a crianga faz do seu compo dz espe. ‘a0 esquema corporal. Mas, por que a cranca escolhe una parle © nio outra? Por que determinada zona corporal é ‘ara ela mais prazrosa do que outra? Seria a mesma mais ‘razerosa para ela ou para o outo? Estas perguntas, quer respond ound, jéndo dependem apenas do seu esquerna corporal, mas também de sua imagem. 52 Algumas pistas sobre o desenvolvimento do ‘esquema corporal esuaimagem nos foram dades através, dat descobertas de Arnold Gesell. Por isso, vale pena, finalizar esta discuss8o analisando os estégios de desenvolvimento propostos em sua teoriay 2.3 Imagem corporal Amaaen comer diet osc ing ec aicse feats de oe Cope como'e Ulatealade, loterabdade, indica eeullio corporal fevtepereia cap ncaclpcesacer as pays te tor feletnrae nos conceon dice a Indio e&consstncn des pop ed desempeo oq de ca na epors Apt pecapto el do corp, veut slapd consnca de coda sagen corporal tas reckca de fea interna (entndo una pate do corp] «externa (retid cope tegreriy swt on pele, on un axe pera ager ‘Ajiagura (1572) ened que a evohgbo da rang ¢sntrimo de conseenzago ¢ anhecento ca al Woks Go ool exp ples East personalidade. A imagem de si mesmo se consid gual & forma que as demais esruturas mentas (pela asociagso dos elementos cada ver mais coordenadas e complexos) Simullaneamente a crianga comesa a delinear as ‘rimeiras nogSes espacial, pela distancia percebida entre ‘la € 0s objtos, também, é partindo do seu préprio corpo ‘que. ctianga esboca as primeiras nogbes de profundidade, através das lexdes do veu tronco. {Asua imagem permite peresber como um exo central (que se volta para um lado e para o out) seus 53 tec rite iat « quad, stint 0 Beierensecsmrevenbassonnsce ‘eet ee ee Gam eabibis« iean vac Se hw, pene foeats Besta pes ae cae the eee Bamsepy earns st Gcocsl rss Ie leaiefestan nic esr acs ee {none een comp qu der oudnabera ‘804 tm qua um sets esos) roel a arcane © aisto no mundo eorennae «constonse através da atividade corporal. E esta atividade que vird a pe ge anaelelroneent ‘Aut at comunlcegto no verb ange com / ma importa tindereral pres Sener problematic do comuniayso homers Siena verbal apéinae numa lnguagem compra ge faces ‘s@ pode (e deve) observar nfo 56 na crianca (que se Comunea por gus egos com mga «ceca ret de pom» dona © wast) res one powor primivos, As emoges we ames Kindamananere no campo minicocaponl scape nasa perpecve,€ un enn ot ae i el anett paged “Em sumo, a comuneag expos! een, ol, uma importineia mutta especial net mat woreda stuocées soca, desde ort tlementorcumprimento entre et pesioes ssando pela aitudes que expresiom ‘amlzades, hostlidede, Ideranga. ow submis eda tudes © mvtnnios que '¢encontrom « fem pate de toe ume ‘dni ponerse” 34 ‘A evogéo do eu corporal na crianga € a evoligéo do ‘onhecimento corporal, 6 sindnimo de caminho pata uma ‘autoconseiéncia, caminho expresso por uma maturagso gral do incividuo, Desde o nascimento, o corpo, emo. ‘strutura dindmica.e coneteta-(atuanie), se insere num ‘auadro de automatismo. que evolul.dos.movimentos ‘ellexos para 0s movimentos conscientes (prxioe). A sua imagem corporal tem que passar por véras fases ou Periodos de maturacéo para que a erianga possa vit @ ‘onstruir-se como um ser que atua sozinha A rience

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