Capitulo 3 A yayorls!s | 6h oy j we TIPOS DE INOVACAO zx CRIATIVIDADE € INOVACAO - | personalidade, mas u So Paulo co0-370.118| 68 | Cratidade €inovagio | ____Introdugao Neste capitulo estudaremos uma série de conceitos fundamentais para 2 compreensdo da inovaga ede svaimportancia no mundo moderno, conceit esses que serao apresenta- dos peta otica de alguns dos maiores estudiosos de cada tema Inicialmente dscutiremos 0 que ¢inovasao e 0s motvos que a fazem necessris 3 50- brevivéncia das empresas. Em sequida, estudaremos o ciclo de vida dos produtos e como a inovagao acontece ro desenvolvimento dels ‘A sequitr, exploraremas a mudanca tecnoldgica ¢ sua relagSo com a inovagéo, para de- pais estudarmos os principals tpos de inovagéo e suas caracteristicas. Por que inovar? Poderiamos dizer que a criatividade estd para a individuo assim como a inovacao std para a organizagaa; no entanto, a telagdo entre inovagao e organizagbes vai bem além disso. Ua pessoa pouco criativa ou exageradamente avessa mais difculdade para eras. Mas nada impede que ela leve uma vida normal e se sintarealizada. O mesmo no pode ser dito de uma arganizaco. A empresa que nao inova mais cedo ou mal das consequéncias disso, podenco até deixar de exstr. Em outras patay 0 para meth uma empresa nao € uma questo de fazer as coisas de um £ uma questto || Gesobrevivencia, 1550 corte porque, no plano individual, as pessoas encontram incontaveis manciras e realizar seus objtivos. Ali, esses objetivos em si variam enormemente. 16 na plana das empresas, por mais vaiado que sea seu formato, objetivo iltima é sempre o mesmo: erat Iuerose assegurar a continuidade do negécio, Para conseguir iso, € preciso ter bom desempenho em diversas métricas finan comeiciais que indicam a sade ea atratividade de uma emprese ~ algo que 0 ¢ possi houver gente suficiente consumindo seu produto ou servo, € a9 0 da concorréncia. tas décadas posteriores &s revolugdes teenoldgicas do século XX, ainda eva de contas, a demande pelas ma fones,televisores, fast-food — era t80 grande que o produ "A medida que essas novidades foram se pop avango tecnoléaico assumiu um ritmo frenético, as empresas vi despenear. Novos concorrentes no paravam de entrar em cada mercado, fazendo com que todos buscassem maneiras de se diferenciar na multidio de marcas Esse dierenciagdo ga~ nnhou um nome: inovagao. Hoje, por mais enxuta que se 2 estrutura de custos de uma empresa, ¢ por mais bem azeitada que sci sua estrutura de produsao, ela poder ficar gata trés se ndo novar tanto | Tiposde inovags0 | 68 Quanto a concorréncia, Nao é & toa que a frase cunhada em 1982 por Tom Peters, autor Go best-seller Vencendo a crise, tornau-se um dos mantras mais repetidos dos ditimos tempos: Tove ou morra Schumpeter e Drucker: conceitos basicos de inovacdo SI PT EN Sac tess ees a INV gO ox E impossivel falar academicamente sobre inovagéo sem mencionar o nome de Joseph Schumpeter Esse professor de Harvard, nascido no Império Austro-Hangato, moldou dois do desenvolvimento econdmica (1812), Business cycles (1939) © Capi democracia (1942). Segundo Schumpet constanteevolugdo. Assim, ele esté sempre oscilando ent (0 motor dessa evolugdo esté em Fatores r0 pars fora, 20 criar novos bens, de consumo, novos métodos de produgo e transporte, noves mercados e novas formas de ‘organizagio industrial E proprio do sistema capi 05 por novos er da economia. Desfrutard, entéo, de um periodo de prasperidade, até que sua proemi= néncia sea destrida e conquistada por outro, Tal movimento continuo gera os chamados cielos ecanémicas longas ondas de prose ridade em que o capitalism atinge seu pico. As ondes s4o seguidas por ‘vales" de estagna- {980 € recess. Até a epoca em que escreveu, na década de 1950, Schumpeter registrou t grandes ondas: a primeira, no fim do steulo XVIl, veio com a energia hidrdulica a indist a siderurgia; em meados do século XIX, foi a vez da energia a vapor e das estradas na virada do século 2% os setores ‘oquimica €0 de motores de prolongou as ondas de Schumpeter até a nossa époce, como podemos abservar ra ura 3.1 Observe que, com aaceleragdo do avanco teenolégieo, as ondas se tornam cada vee mais curs. Outro nome fundamental para oestudo.da Também de origem aust ia, eescreveu 35 vagao € Peter Drucker, considerado o pai c3, Drucker foi professor da Univer ‘05,0 primeiro deles em 1939 € o ultima ddade de Claremont, na Cal fem 2005, ano de seuPara Drucker 0 Unico propésito de uma empresa é criar um cl empresa tem duas ~ e somente dus ~ fungdes basicas:o marketing ea novacdo. Em suas prdpiaspalavras A seat nda fungao do negocio ¢ [..] 2 inovagao, isto €, a pr -mercadorias € u também 0 conceito de organizagéo inovadora, que no se caracteriza randes investimentos em pesquisa, mas acima de tudo por uma atitude Drucker rmeramente por ‘eral voltad mas pelo que con importante quanto a inovarao tecno! “orgamento de pesquisa", comese determinando quanta inovagao perranecer no mesmo nivel (RUCKER, 1989, p. 256) 05, Dissemos ha pouco que o capitalism gera a destruigao criativa € 0s ciclos econ pois necessita deles para manter-se vivo € em crescimento.Pois bem. Dissa advém que todo produto nasce fadado a desaparecer ou a ser substtuido por outra versio, mais moderna, |s80 posto, fica claro que as empresas precisam estar preparadas para enfrentar 0 dese parecimento ou a substituigdo de seus produtos, se ndo quiserem morter com eles. Pede-se Tipos de inovagio | analisar 0 desempenho do produto a fim de prever a proximidade do seu declinio ¢ tomar ‘medidas para manter-se no mercado. Para isso existem os estuds acerca do ciclo de vida dos produtos,que veremos na proxima seco. Ciclo de vida do produto So Lr de Philp Katie ¢ Kevin Lane Kelso cansderads os maiores “gurus” do marking da aualidade. Kote € professor de Marketing Internacional na Kellogg Graduate Schoo! of Management na Universidade Northwestern, em Chicago; Keller professor na Dartmouth emo nordeste dos Esta- ing, atualmente na 12 edigho de vida e as empresas precisam sue sustentabilidae. es parte de quatro pressupostas: «dos Unidos. fm seu no Brasil eles afirmam que os produtos passuem um ch adgptar-se s diferentes fases desse cicla para ger O ciclo de vida propasto pelos aut desafos ¢ oportunidades diferentes para a empresa, 3 variam nos diferentes estigios do ciclo de vida do produto. estagios do ciclo de vida de um produto ~ intradugo, crescimento, matu- io — preconizados pelos dois professores séo apresentados, em linhas gerais, os subtépicns a seguir. Introdugéo, Cortesponde & etapa de € 05 custos so altos. N3o ha investir na attitagao do produt consumidores potencias. Em getal, nessa fase 05 produtos tém custo elevado, pools vendem pouco, Desse ponto de vista, 0 pione Pade ser mas oneso, porque a empresa pio: nei resistencia dos consumidores 20 produto, Em compensarso, empresas pioneiras tendem a ser mais fembredes p precisamente por se rem consideradas as “inventoras" do produto, Anda assim, ever estar atentas¢ nunca desprezar as poss inovacSo, pois se assim 0 fizerem, podem per para con Wdugdo do produto no mercado; as vendas sio poucas \u eles sé0 baixas. Esse € 0 mamento de a empresa ibalhanda em sua distribuigdo e na informagao aos Um exemple de empresa que rio se destacou pelo pio mo, mos sim por ino- em produtos recém- consumidores computadores ‘ustomizados em cores fe enciadas, com prot de compra e bons precasn iathidade € novagso «¢ espondam mais prontamente as necessidades dos clientes com relacio 2 inovacdes do produto ou até a novos produtos. Crescimento Relaciona-se & etapa em que ha aceitagao do produto pelo mercado, € 0s lucros elha~ ram substancialmente. Ainda hé despesas promacionais pois 2 coneorréncia tende a aumertar devido & oportunidade de mercado criada, mas essas despesas so superadas pelo aumento itenta para agregar fentesreduzindo pregos € paganda que vise no mais informar o consumidor, mas conquistar sua preferéncia Maturidade (0 mercado fica saturado € nao ha novos canais de distribuigao pat acontecem gragas & reposiggo — clientes que precisam sut produtos j@ comprados = ou 20 crescimenta populacianal. Como as vendas caem, 05 lucros se estabilizam para, em sequida, comegar a dedinat. Nesse estigio, posicionam-se bem as empresas que conseguem reinventar o produto gragas 2 es marketing poderosas. Também ¢ possivel ampliar 2 atuac3o 4s sondélias Hovaianas po- ‘aem serum bor exer | de morca que conseguia reinventar. Su0 esrtégia fo) | ‘bem-sucedido 0 crior um ‘opeo fashion aro win ea ‘podo que antes 56 era uso pets comods popcionas Inais pobres Junto cm isa,0° | ‘oto passou ose vendo | ‘em 6005 lojas dorama calga- | forma de incrementar as vendas nessa fase é ape- ‘sta e ganheu otis pre- Iar para promogdies, mas isso deve : as algunas em endeesos | porque os clientes tendem 2 “desconf ‘estdo constantemente em promorao. ‘As vendas caem e 0s lucros desaparecem, Os autores explicam que, das empresas ainda ndo desenvolveu uma estratéaia concreta ps 0 ciclo de vida do produto e citam cinco possibilidades: into para dominar © mercado ¢ fortalecer 0 posicionamenta estimento € es cletivamente 0 ‘aumentand-o nos mais luc Espremer os frutos dos investimentos gara recuperar caixa. Iss0 signi ‘custo — baixando a qualidade do produto sem que a cliente percebs, por exemplo — mas sem perder vendas. [Abandonar 0 negécio logo, dispando dos ativos da melhor manera passive. 1 a reduzir pas de inowega0 | 73 Os autores salientam que “uma empresa inserida num setor rio atrativo mas que de- tém poder competitivo deve considerar 2 reduc&o seletiva, U imersa num setor atrativo que possul poder competitivo deve pensar em investir mais" (KOTLER, KELLER, 2006, Outro cuidado que a empresa deve ter, segundo os autores €ndo permitirque'a menu- ‘eno de um produto em declnio a impega de inovar€investir em novos produtos. A Figura 32 mostra uma curva em forma de sno, formada por um produto que passa pelos quatto estigios do ciclo de vida apresentado. Segurido os autores, porém, esse ciclo de vida se ma- nifesta de diferentes mane es produtos. Ha aqueles nos quais # possivel identficar os quatro estagios, conforme apresentado, Hé aqueles que passam da fase da ier eer folom anda de ts eiegoros especios o il de vido produtos motivo spcinent pa Tres campers oD Me an eek gle ate em Ses ke Soe ee ee fie ose holon ey WRG Se ‘mentando longo dos anos ee Sone) De to mado «nog, sponds ea pelircemen- | Sal Meee se TO € pela meihoria de um produto ou pele cri tende-Se por muito tempo. b) tos novos, cont Mads, que é 0 estilo em yoga: i Beis ce uk ran ete GS la eae ito and tive asad casmgurnao | eee geeg agtne Eee ear tase Podemos observar que o ciclo de vida proposto por Ko- | Produtos que estdo na modo. tler e Keller pressupde um produto pronto para ser introdu- | © Movismo, que consist em zido no mercado. No entanto, antes disso é necessdrio que re erase ae ay reel aorecnentoedecin 0 produta sa desenovizo, nessa etapa ainovagao € um Leesan ‘os demos 0 estilo se ma- riesto en ciferentes reas Figira 3.2 Representacdo ori do ect de vids de um prose,bsolutamente nada de inova ing que possa valorizd-Ia em um produto que nao tenha E sobre esse desenvolvimento que falaremos na préxima segao. Desenvolvimento de produto (Quanta vees vocénBo ouvu seus pals ou avs falarem que 0s produts de hoje no duram nada e que os produtos de antigamente, esses sim, eram feitos pa cara que tem um Grus ‘ef pogo Se pelo ‘ncio ambiente O cansumemo excessivo € um dos principals indies de pou ambentole hidvca, oumenta 0 quantdode te luo prod ete. € bom teams 30 em mente guonde ensaras em inawagéo. Una solufdo ora esse problema ter dese, ocr de tuo r= coimente nova | mais um produto venddvel, pelo menos nao em la A impresséo deles no esté errads. odutos diminuiram. Apenss para di imos 20 anos presenciamnos a ascensao e o desa~ recimento do walkman, um aparelho portatil que tocave ‘com seus fones de ouvidos, inaugurou censio ¢ a queda do diseman, tocador por vieram os mp3 players. dal em diante 3 de todos ~ vieram os mp4, os mp5, 0s mo afore. E 0 que aconteceu com o walkman? Desapareceu, foi condenado ao ostracismo. Sequrameente um walkman no é sca la. Com os computadores acontece algo parecido: surgem tantas novidades a todo instante que rapidamente 0 equips- mento que temos se tora obsoleto. Pois bem, imaginemos como isso impacta a competitivi- dade da empresa, A geraga0 de novos pradutos nao se dé de fotma magica, obviamente, Hd todo um trabalho de pesquise das necessidades dos clientes, concengio dos produtos,tes- tes, produgo, precficagao etc, que se tora crucial quando ‘a empresa se confronts com uma concorréncia acirrada ~ stica quase onipresente no mercado atual. Produit para a sobrevivéncia da empresa, Se ela nao 0 fizer, outra 0 fard e ganhard o mercado, E coma isso se relaciona a inovag#0? De tados os mo Se esse conhecimento Tips deinorabl6 | 7 em pauta, Asvezes, uma solugao inovadara em um modo de mite que 0 custo dessa produgdo sea bastante | Com os crescents preotype- © que pode gear mais lero e colocar a empress | Sing Ste teeme eee rari predutos € em seus ‘roessos de prodgoe,com isos 8 sustentebligode om- ental Muitos vere esos © elhorias 0 resutodas de ‘nowogdes teenoégieas que eritem mods de proeugao mais impos, uso de mats: 10s reiovdvels: aumento na vido stl doprodutoete crifanc aan nagioesancomorctc:” | ee eagttiaam mc 0 desenvolvimento de novos produtos ou de novas fe homer na natura. Ud ‘mas de produsao faz parte da inovacéo. Sem ele, as in dessns formes € a-ondise de $e pan es te ch cc No que ‘ange 20 desenvolvimento de pradutos, Kotler € | AACV consiste em onatisar 0 Keller (2006) assinalam que uma empresa tem basicar impacto ambiental rousodo Seca e | aera eee + abeos ones oi sn gx sim um nto ma. | Sa ae oa | sine ree + ni ésoussos roms que pean’ enpss | otseoroertenss €m mercadas existentes, mas air ‘sat ont ote Sel aes mas ainda novos. | heen bred tpi | sence { desempenho e mal um bom exemple disso. | valor percebido pelo 50 lava-oupasliquidos, que comegam a ser us9= Leen ‘dos em substituigd0 aos tradicianals sabdes em pd ‘© reposcionamentos, que consistem em redirecionar 0s produtos para novos merca- dos ou segmentos, J 1 redug%es de caste, ou sea, novos produtes, semelhantes aos custode produgao menor. a que menos de 10 po fes, mas com 10 dos produtos desem so enfaticos a0 afirmar que atualmente ncia e que as empresas que conseguem ‘om relaglo a inavagao ea exposicao: mente € até falhe"(KOTLER, KELLE Envolvides na deserwoh os de ateJ earn designers e profissionais de marketing. Cada um tem sua visB0 do processo, cada um ve uma parte do produto. As chances de sucesso aumentam muito se esses profissionais, trabalharem colaborativamente de modo a agregar todos os conhecimentos em torno tivo, de um mesmo Dissemos que a inovacko € crucial para a sobrevivéncia das empresas, mas é preciso assinalar que suSimportancia € maior ainda ~ ainovagdo ara 0 desenvolvimento de um pais. © Bill € hoje um dos maiores produtores mundisis de soja Arista sido essa se a adricultura brasileira nao tivesse passado por grandes mudancas, no investido em pesquisas em pro! do aperfeicoamento tecnoldgico. E néo foi apenas uma {questdo de copiar 2 tecnologia usada em outros paises. Segundo infarmagdes da Embrapa (G8), a5 pesquisas brasleas criaram novos c adaptados as bairas latitudes dos ‘A mondiccasbrovn.¢ um ve- | ‘geal cionognica, ou seja vas, inovarmos, Inovagio € mudance teenoldgica estéo, como vimos, | bastante imbricadas. ia de regra, quando falamos em inova- cas. Em- ‘elemento oo. mesmo foniio cianete fou cianureto) de ape upc a potdssi um veneno ta0 eto! inente, ela contempla ainova- | ‘que folusadoem eémaros de G0 apenas parciaimente; afinal, como veremos mais adiante, ‘965 duranteaSegundaGuer- | nem toda inovagao ¢ de ordem tecnolégica. Antes, porém, ro Munda de partirmos para a compreensdo dos tipos de inovacao é E clam quer precio noes importante alinharmos 0 conceito de mudanga tecnolégics ‘uma quontisade enorme de sua relagdo com a inovagao. Comecemos com uma pergunta: © que é tecnolagia? Tecnologia ¢ todo conjunto de saberes, teenicas e métodos relativos a um dominio especifico, Por exemplo: manicoba é ‘um prato de origem indigena feito com folhas de mandioca- brava. Coma todos sabernos, a mandioca-brava é venenose. ‘icapées ‘mandioco-brove pard motte, ‘mas. os sintomas do intoxi- opto asvemelnom-se muito «95 sintomes da intoxcosdo porcianurete € uma tecnatogia int terras,€ eles @ passaram aos brancos. LUsamos esse exemplo singelo para mostrar que 3 palavra tecnologio nem sempre est relacionada com parafern: cas e métodas desenvalvides 30 longo dos ‘anos em determinada area constituem a tecnologia referente 2quela area, E para serem desenvolvidos eles foram pesquisados, testados, estudados, Francisco Mochdn, doutor em economia pela Universidade de Bloomington, Indiana, ¢ pela Universidade Autonoma de Mladri define tecnologia como "todos as conhecimentas Tipos de inovay’ | 7 que um tema produtivo de um pais dispbe para produzt” € mudane® tecnolégico como 20 ou descoberta de novas procedimentos, novos produtos ou novos fatores para levar a cabo a pradugzo" (MOCHON, 2007, . 288). Segundo o autor, a mudanca tecnolégica € fator-chave para o crescimento de um pais, mas ela de nada adianta se no for incorporada a0 sistema produtivo, gerando as inovagées tecnol6gicos. . Keith Pavit,centista politico da Universidade de Sussex, no Reino Unido, firma que: [LJ 2 taxa de mudanga teenoligica em qualquer setor depende de tvés aspects: primeito, as fontes de tecnologia: segundo, da natureza das necessidades dos us ro, das possbildades de osinovadores bem-suceidos apropriarem-se de una proporgao dos beneficios ‘de suas atividedes inovatvassuficiente para justifiar os gastos asociads (PAV, sf) A taxo de mudanca tecnotégica express, em termas percentuais, quanto um pais ou uma empresa inerementou sua tecnologia a0 longo de determinado periodo. Logo, ela pode ‘er um ingicio de quanta inovagao foi criada e devidamente acolhida no universo 20 qual se refer. Esa taxa ¢ especialmente importante para estimar 0 tempo que um pals ou uma empresa levard para chegar @ determinado patamar tecnoldgico, de mado que possam ser devidamente planejados os recursos necessétios para tal Tipos de inovacio A inovagbes podem serclassiicadas de diferentes maneiras, Vereras @ Segui, a= aguas possbilidades: 2 categoiacéo das inovagées segundo 9 érea do negécio sobre a gual incidem; segundo o grav do impacto que provecam; segundo sua rlagéo com as necessidades do mercado ¢, finalmente, segundo controle que a empresa detém sobre 0 processo inovativ, Classificagio segundo a area do negécio impactada ‘Quando se fala em inovardo, costuma-se fazer uma produto processo, Inovagbo de produto € a introdugo de um bem ou servco nova ou significativamente ‘melhorado no que dz respito a suas caracteristicas ou usos. Inovagdo de processo ¢ a in- ‘rodugdo de um metodo de producio ou distribuigo novo ou significativamente melhorado ses dois tips de inovagao formam a chamads inovagdo tecnotégico, ‘A inovagao teenoldgica€ a Unica que constava da primeira edicao do Manual de Oslo, lencada em 1982. 0 Manual de Osto € uma pubiicacao conjunta da OrganizagS0 para a Cooperagio e Desenvolvimento Econémico (OCDE) ¢ do Gabinete de Estatisticas ds Unigo internacionais para coleta ¢inter- 0 basica entre inovagdo de pretagdo de dados sabre inovacao.novos metcados ou repasicionando 0 produto de uma e Inovagbes de marketing buscam atender melhor és necessidades dos co fesa no mercado, com 0: lustram a dferenca entre Inovagdes radicais com queljo delivery Classificagae segundo a relagio com as necessidades do mercado Tembém existe uma classificagdo que relacione 0 grau | Mos a iniarbo reco! eige | inuige. rintvitode otaea- | retodo cee Veaexemale as scons de dries infos ‘sue usando fad deto do bebo" KELLEY 2007 p10)B80 | iatvidadee inovera0 @ Essa relapdo entre necessidade do mercada e inovaro ">| também aparece em outro tipo de classificago: 0 que divide technology push. juxada pelo mercado) ou pe : een nowtion’ ou 36, iova590 teenléica de grotto efou pee | nacay ech tecnologia) ou science push fempurraca pela resulta de um trabalho de pesquisa «desenvolvimento cujo abjetivo €surpreende o mercado com algo realmente novo. AS ino- vagbes raicaiscostumam ser desse tipo. é 2s inovagées entre aquelas que intvoduzem novidades ape- inavagao tech- sm que 2 diica empresa realmente itadoras, consideram a Inova relativa como inovagao, poi inovadora € a pioneira; as demais seriam apenas suas Classificagdo segundo o grau de controle que @ ascaeecass empresa exerce sobre 0 processo A proprisode intel vio | Sent net eo Heron Fettpcagsoccomces | foram cunhados por Henry Wiliam Chesbrough (2003), fun- ovdosobece isovaetorto | dadorditetor do Center for Open novation da Haas Schoo ‘para a indistria quanto para of Business, da Universidade de: Berkeley. Feet eS ees. Para entendermos 0 que sigrifice @ inovagdo oberta, é ee a bom que comecerios exlicando 0 seu oposto, a inovogdo cc Pasa fechodeMinvago echada aque 0 {rel ~ tpi emote tro}, vinewasd 09 Ministtio | de novos prod do Deservolient,ndistia | ce dentro dos mites da empresa. Po «Comercio Exterior €#97- | enterdam-se 0s ecutsos por cla controlados ~ desde finan- et Eemtetre se | sopredizrumairaara sempre hae rot ss tecnologioe de franquias pelo. diferentes fatores que para isso concorrem, Denire tais fato- eee | (c uene can daccon ci Tipos de novagso | 81 "© cuidado com todas as fases do produto, ou seja, des- de sua concepeao até sua comercialzacao; ‘= gatantia de pionciismo, ou seja, ser a primeira a co- Apropcdose intsecto e- ‘0iment garantie os prin- ‘pi is queo omporon seo: Nein 9279/1995 se regs ladieiase ctigosbes rat. 65 6 propiedad industri Aleie 868/986, ue dose Sobre 9 prtsto do propre- ede inflected de Sofware 3 eit 3610/1008. ue reg laments 0s dirtos autos sabre produ Hears, cr pode obter até 20 anos de propriedade intelectual sobre ele. E precisamente durante esse periodo que ela tera os tos que he so externos. Antes tinhamos poucos profssionais qualficadose estes trabalhavam or anos afioem uma mesma empresa. Hoje a qualficag3o prafissional se tornou mais acessi- vel as relagdes de trabalho mudaram, aumentando a mobilidade desses pof ‘ransitarem mais entre as empresas, naturalmente promovemn o intercémbio de informagies, Sequrdo Carvalho (2003), a mudanga de inovacdo fechada para aber cialmente com as indistrias do entretenimento € da informatica, mas industriaisestdo amadurecendo essa migracio. Resumidamente, podemos dizer que ainovaao aberta trabalha com as seguintes ideias: =O conhecimento gerado externamente 8 empresa é considerado ¢ aproveitado, da ‘mesma maneira que 0 conhecimento interno pode ser disponibilizado externamente. AA propriedade intelectual da empress pode ser licenciada ou vendida, ¢ a empresa Pesquisa, desenvolvimento e comercializagdo nao tém de ser feitos internamente. E Possivel trabalhar com produtos pesquisados e/ou desenvolvidos por 0) ‘outrem. Com sso, 3 ntirismo e passa a se relacionar com a cé externos em favor da empresa, Em ou! F uso dos recursos disponives, criando um quer fizer mel madelo de negécio melhor. 05 exemplos mais emblemsticos de inovagda aberta esto no terrend de informatica. Es- tamos nos referindo aos softwares qpen source (cbdigo-fonte aberto). Ha alguns anos @ Uni-[[eoe cine nae ‘camp € responsive pelo desenvolvimento de um software de ‘educago a distancia chamado Teléduc. Usado por muitas uni versidades brasileiras, 0 TelEdue mantém-se até hoje no met- cado, sendo melhorado a partir das contribuigdes dos préprios 5.0 Linux também € um exemplo classico — um siste~ 1m operacional usado por nada menos do que trés milhées de computadores na Brasil, segundo dados da Linux Foundation. ‘Sim, todos nés ja ouvimas falar do Linux, mas todos sabemos também que Linus Torvalds, seu criador, nao ganhou dinheiro como Bill Gates, da Microsoft, ou Steve Jobs, da Apple. Cabe, entdo, perguntar: para empresas cuja ‘escalha seja ganhar dinheiro, a inovagao aberta pode ser interessante? Carvalho (2009) analisa @ vantagem compet ‘ambas as lagicas — 2 da inovardo aberta e a da inovacao fechada. Segundo 2 autora, é preciso mudar a es logica da inovagao fechada, 2 vantagem competitiva ~ ¢ 0 lucro dela advindo ~ decorre de barreitas impostas a con- fa sob = "Wee. @ mater. no entero hitafintaabjlcomby/rob- esienafempresas-ota 1m devidamente estudadas por se rnémeno novo. AS teorias cldssicas sobre estratégia nao d20 conta dessa nova realidade e mis estudos a respeito devem ser deservovidos. 0 que se tem visto surgir & um modelo hibrido de negécios, que mistura clementos desses dois tipos de inovagao a fim de garentr a sustentabilidade das empresas. Nesses modelos, a inovagéo aberta atende as demandas de erescimento des empresas, fa- «zendo uso do conhecimento gerado coletivamente ¢ associando-o ao conhecimento geraco dentro da empresa De todo mado, olhanda a nossa volta, cbservando.o mundo em que vivemos,€fécl per ceber que a inavapao aberta corresponde @ realidade desse mundo e veio para fica. Nunca antes vivemos um compartilhamento e uma democratizagdo tao grande de informagdes. As ‘empresas, € claro, nao poderiam fier alheias a isso quando os consumidores de seus pro dutos cada ver mais funcionam com a mentalidade da inovacao aberta, querende particiger da concepgao dos produtos, querendo que suas opines sejam ouvidas, Para isso existem 35, inimeres comunidades virtuas,redes sociais€ outras possiblidades de -plugada" sabe aproveitaro conhecimento gerado desss forma ragao, A empresa ESTUDO DE CASO. (ue atie 2 primeire peda quem nunca eonsultou algum trabalho escolar ou académica,, ‘A enciclopéaia dos tempos modemos é algo que ringuém havia imaginado a contrbuigdociando rovos verbetes « amplindo ou coriind verbetes ja exstertes. Para Mtg 295 pigines da ercicloptca se transforem em um frum de debates ou que use linguage naproprias, ha normas de conduta express no pp site. NBa'®necesstio sequer se registrar, inclusive fgurar entre os malores ines. Alem dso, 965 45 das de reoisto € WD contibugées vidas, 0 usuario passa 3 ito a voto em questdes que exam dcises da comunidad Uma enciclopécia sem limite de paginas, construidacoetivamente pelos seus leitores€, defi- ifusa que a tarna nd confive, por outo hi o ato de que i usuarios de todo tipo colaborando, inclusive pessoas espevazadas em muitas reas, que no so ampliam como corigem os vebetes wndaton, uma entidade sem fins luratvos. Em pare quem quiser ajudar 0 1 oamericano Jimmy Waks, em entrevista & Vo (FAVARO, 2008), disse que a 2 Encdopécia Britannica (publicada desde o séulo XV) conseguida. Ele afirma, ainda, ue o grande mativador dos colsboradores a divers. Escrever na Wikipesi, segundo ee, é verti, a seja uma inovagdo, nnguém duvda, Mas, se voce tivesse de classfcd-a ‘como voet 0 faa? De que tipo de invaco estamos fatando? Por qué? NA ACADEMIA pia) * usando um dos seguintes for do (que deve ser ldo para a classe); uma representagao mimica: {que deve ser exiido para todos); uma pa ‘orupo (0 grupo deve canté-la, obviamente) ou, ainda, 2 filmagem de unt prégtainade entrevista (6 ser simulado na cls to para diversiticagao de indo que mal era inva ae 5 ‘ak tora Obie- Tiss lire init elves age de Ge por cientistas das mais diversas areas. Aimprensa, a pilulasenticoncepcional, .antibidtico, o estribo e até mesmo a garrafa térmica sdo-aiguns itens da lista. E ira voce? Quai as inovagdes que realmente mudaram a face do mundo? tts exempos de empresas ou stores qu js decal ou eto desig pr para investr hoje num setor produtvo, ert qual qual voce acta que serd a préxima onda"? ‘Ainovagao & importante porque é o grande diferencial no mercado ultracompetitivo {de nossos tempos. Persegui-la tornou-se, por esse motivo, um fator de sobrevvéncia para as empresas, Destruigéo criativa ¢ 0 processo ininterrupto pelo qual o capitalismo se mantérn vivo € avanga. Bens de consumo, métados de produgao e trans ‘organizacao industrial sio constantemente de Quando as mudangas so mui ade até que sua proeminéncia Esse movimento continuo forma longas ondas, chamadas No alto da onda vive-se a bonanga; quando a onda acaba, enfrenta-se uma crise. Uma organizagao inovadora, segundo Drucker, é aquela que mantém ume \oltada & inovacdo e preocupa-se em inover sempre para permanecer comet Nenhum produto eriado @ eterno. Todos eles nascem fadados # mor Vida, no entanto, 0 produto, via de regra, passa por quatro di ‘voduyao, crescimento, maturidade € dedlnio, Para garani ‘empresa deve adaptar suas estratégias a cada um deles, ‘Amudangs tecnoldgica é invencdo ou descoberta de novas procedi 'Bham a alterar os mados de produgao vigentes. Ela s6 contribui pay dda empresa ou do pais se for traduzida em inovacdes tecnoldgicas inc rocesso produtivo, Nem toda mudanga tecnolégica € inovacao, ¢ nem toda inova- si0 € tecnolégica ‘taxa de mudanga tecnolagica expressa o incremento tecnolégico obtido por um fo de tempo. das de diversas manciras; as principais Ao longo da "segundo a area do negécio sobre a qual incidem — roduto, de processo, de marketing ou organizacional; segundo o grau de impacto que provocam — inovagao incremental ou radical; segundo sua relaplo com 3s necessidades do mercado — as inovagtes do tipo A séo as mais radicais, pois extrapolam {5 necessidades do consumidor; as do tipo B também sio radicais, mas desenvalvidas em laboratorio antes de serem cconfrontadas com as necessidades do consumidor; ¢ as 0 tipo C s8o incrementals, pois se limitam 2 atender 4s necessidades do consumidor; também existem as categories market pull (puxada pelo. mercado) ou demand pull (puxadsa pela demanda); 6 finalmente, a inovagdes podem ser categorizadas segundo 0 grau de controle que a empresa detém Sobre elas — nesse caso temos as inavagdes fechadas [maior controle sobre © processo) ou abertas (menor controle inovagao de ew imperative for creating and paftng from technclogy. tool Press, 2008,hms. Acesso em: 2 ago, FAVARO, Thomas Orval da Britannia (entrevista com Jimmy Wales). Veja, Sdo Paulo, e4. 2143, 16 dez. 2009, GUNDLING, Ernest. The-1d woy to nnovation: balancing people and profit, Nova York: Kodsrsha (OCDE Eurostat. io: dretrzes para clea interpreta de dados sobre inovagdo. 3. cd. inep, 0. Disponivel em: chtipmwecociessalactsfoso2pdf>. Acesso em: 23 set. 2010 em: cht 200.145.76.N6lreunies/quartaarquivosio71105_ Pav pf. Acesso em: 2 ago 2010,