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Fisica 2 - Apostila
Fisica 2 - Apostila
Sólidos
Ponte "estaiada" é um nome genérico porque é uma ponte sustentada por estais (os cabos de aço). O nome oficial desta ponte
é "Ponte Octávio Frias de Oliveira".
Avaliações Datas
D1
D2
D3
A1
A2
Referências bibliográficas
Básica
HIBBELER, R.C. Estática - Mecânica para Engenharia. 12ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2011.
HIBBELER, R.C. Resistência dos materiais. 7a ed. São Paulo: Pearson. 2010.
Complementar
MERIAM, J.L. e KRAIGE, L.G. Mecânica para Engenharia - Estática. 7ª ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros
Técnicos e Científicos. 2016.
BEER, F.P. e JOHNSTON, R.E. e EISENBERG, E.R. Mecânica Vetorial para Engenheiros. Vol. Estática. 9ª
Ed. São Paulo: McGraw-Hill. 2012.
Vetores de força
Objetivos do capítulo
1
2
3
Vetor força orientado ao longo de uma reta
Exemplo resolvido:
Um homem puxa uma corda com uma força de 70 N.
Represente está força que atua sobre o suporte A como um
vetor cartesiano.
Resulução:
Pode-se obter r “caminhando pelos eixos”, ou seja, para ir de A até B, deve-se deslocar-se
no sentido negativo de Z (-24k) m, depois no sentido negativo de y (-8j) m e, por fim, no
sentido positivo de x (12i) m. Observe a sequência na figura abaixo:
𝐫 12 8 24
𝑭 = 𝐹 |𝐫| = 70𝑁 (28 𝐢 − 28 𝐣 − 28 𝐤) → 𝐅 = (30𝐢 − 20𝐣 − 60𝐤)𝐍
4
Exemplo 1. Expresse a força como um vetor
cartesiano
5
Exercícios
Exercício 1. A porta é mantida aberta por
duas correntes. Se as trações em AB e em
CD são FA = 300N e FC = 250 N,
respectivamente, expresse cada uma
dessas forças na forma de um vetor
cartesiano.
6
Exercício 3. Cada uma das quatro forças que
atuam em E tem intensidade de 28 kN. Expresse
cada força como um vetor cartesiano e
determine o vetor força resultante.
7
Resultante de um sistema de
forças
Objetivos do capítulo
Discutir o conceito do momento de uma força e mostrar como calculá-lo em duas
e três dimensões.
8
Momento de uma Força - Formulação Escalar
O momento de uma força em relação a um ponto ou a um eixo, fornece uma medida
da tendência dessa força provocar a rotação de um corpo em torno do ponto ou do
eixo que não está não linha de ação da força. Para problemas em duas dimensões é
mais conveniente se utilizar uma formulação escalar e, para problemas em três
dimensões, a formulação vetorial é mais conveniente. Quanto maior a força ou o braço
de momento, maior é o efeito da rotação. A tendência de rotação também é chamada
de torque, momento de uma força ou simplesmente momento.
Exemplos
Momento em torno do Momento em torno do eixo x Não haverá momento, uma
eixo Z vez que a linha de ação da
força de F intercepta o
ponto O.
Convenção:
Tendência de rotação no sentido horário – Momento negativo
Tendência de rotação no sentido anti-horário – Momento positivo
9
Momento resultante de um sistema de forças coplanares
Exemplo 1. Determinar o momento resultante das quatro forças que atuam na barra
mostrada na figura, em relação ao ponto O.
10
Momento de uma força - Formulação Vetorial
11
Momento resultante de um sistema de forças
12
Exemplo 2. Determine o momento da força F em relação ao ponto O. Expresse o
resultado como um vetor cartesiano.
Exercícios
1. Determine o momento da força de 200N em relação ao ponto A.
13
2. Determine o momento das forças que atuam na estrutura mostrada em relação
ao ponto A.
14
6. Sérios danos ao pescoço podem ocorrer
quando um jogador de futebol americano
é atingido na proteção de rosto de seu
capacete. Determine o momento da força
P em relação ao ponto A. Qual seria a
intensidade da força do pescoço F de
modo que ela forneça o momento
neutralizante em relação a A?
FA = 144,3 N
F = 1193N
F = 953,9N
15
10. A região do pé está sujeita à
contração de dois músculos.
Determine o momento de cada
força em relação ao ponto de
contato A no chão.
Momento máximo, OB ⊥ BA
(Mo)max = 80,0 kN.m (horário)
= 33,6o
16
13. O carrinho de mão e seu conteúdo
possuem centro de massa em G. Se F
= 100 N e o momento resultante
produzido pela força F e o peso em
relação ao eixo A é zero determine a
massa do carrinho e de seu conteúdo.
M = 59,3 kg
17
16. Determine o momento produzido
por cada força em relação ao ponto O
localizado na broca da furadeira.
Expresse o resultado como um vetor
cartesiano.
18
Momento de um binário
Um binário é definido como duas forças paralelas de
mesma intensidade, sentidos opostos e separadas por
uma distância d. O efeito de um binário é proporcionar
rotação ou tendência de rotação em um determinado
sentido.
Formulação Matemática
E como
Tem-se:
Isso indica que o momento de binário é um vetor livre, ou seja, pode agir em
qualquer ponto, já que M depende apenas do vetor posição r, direcionado entre as
forças e não dos vetores posição rA e rB, direcionados do ponto O até as forças.
19
Exemplo 1. Determine o momento de binário agindo sobre o tubo mostrado na figura.
O segmento AB está direcionado 30o abaixo do plano xy.
20
Exercícios
1. O rodízio está sujeito aos dois binários. Determine as forças F que os rolamentos
exercem sobre o eixo de modo que o momento de binário resultante sobre o rodízio
seja zero.
21
4. Se a intensidade do momento de binário que age sobre a tubulação é de 50 N.m,
determine a intensidade das forças de binário aplicadas em cada chave.
Considere o sistema abaixo:
5. Determine o momento binário resultante dos dois binários que agem sobre o
encanamento. A distância de A a B é d = 400 mm. Expresse o resultado como um
vetor cartesiano.
22
Centro de Massa (CM), centro de
gravidade (CG) e centroide de
um corpo.
23
Centroides e áreas de algumas figuras planas
Se assumirmos que um corpo é muito fino com
espessura uniforme, então o resultante das forças
seria proporcional à área em vez do volume. A
localização desse ponto é chamada de centróide
da área. A localização do centróide é definida pelas
coordenadas x e y de um conjunto de eixos de
referência.
24
Exemplo 1. Determine as coordenadas do centróide das áreas mostradas abaixo.
a)
b)
25
Exemplo 3. Localize o centroide (𝑥,
̅ 𝑦̅) das áreas compostas. A espessura das chapas
é desprezível.
a)
b)
XC=4,83 in
YC=2,56 in
26
c)
XC=122,4 mm
YC=0
27
Exercícios
1. Localize o centroide (𝑥,
̅ 𝑦̅) da área composta.
̅ = 𝟕𝟓, 𝟎 𝒎𝒎
𝑿
̅ = 𝟓𝟎, 𝟖 𝒎𝒎
𝒚
28
4. Localize o centroide (𝑥,
̅ 𝑦̅) da área composta.
29
Equilíbrio do corpo rígido
Objetivos do capítulo
30
Equações de equilíbrio da estática - sistema bidimensional
31
Diferentes tipos de conexão e reações de apoio
Rolete
Uma incógnita. A reação é uma força que
age perpendicular à superfície. No ponto de
contato.
Apoio oscilante
Uma incógnita. A reação é uma força que
age perpendicular à superfície. No ponto de
contato.
32
Exemplo 1. Desenhe o diagrama de corpo livre e determine as componentes
horizontal e vertical da reação sobre a viga, causada pelo pino em B e o apoio oscilante
em A, como mostra a figura. Despreze o peso da viga.
33
3. Desenhe o diagrama de corpo livre e determine as reações de apoio sobre o membro
nos pontos A e B. O colar em A é fixo no membro e pode deslizar verticalmente ao
longo da barra vertical.
Resp. MA=1486,4 N (horário),
Ax = 0 e By = 900N
34
Exercícios
Obs. As respostas estão após as perguntas.
2.
a) Desenhe o diagrama de corpo livre da lança de
guindaste AB, que possui peso de 3,25 kN e um
centro de gravidade em G. O apoio é sustentado
por um pino em A e um cabo em BC. A carga de
6,25 kN é suspensa por um cabo preso em B.
35
5. A massa de 700 kg é suspensa por um
gancho que se move ao longo de um trilho de
d = 1,7 m até d=3,5m. Determine a força ao
longo da cantoneira conectada por um pino BC
(ligação curta) e a intensidade da força no
pino A como uma função da posição d.
7. O cabo do guincho de um
caminhão reboque está sujeito a
uma força T=6 kN quando o cabo
está direcionado em = 60o.
Determine as intensidades da força
total de atrito do freio F para o
conjunto de rodas traseiras B e as
forças normais totais em ambas as
rodas dianteiras A e ambas as rodas
traseiras B para o equilíbrio. O
caminhão tem uma massa total de 4
Mg e centro de massa em G.
36
9. Se a mola BC está descarregada com
=0o e a alavanca excêntrica atinge sua
posição de equilíbrio quando = 15o,
determine a força F aplicada
perpendicularmente ao segmento AD e
as componentes horizontal e vertical da
reação no pino A. A mola BC permanece
na posição horizontal em todo o tempo
devido ao rolete em C.
Respostas:
1.
2.
3.
4.
FB = 20,98 kN
Ax= 16,04 kN
Ay = 9,83 kN
37
5.
6.
AY = 3750 N
AX= 4125 N
NB = 4125 N
7.
F= 5,20 kN
NA= 17,3 kN
NB=24,9 kN
8.
9.
F = 50,6 N
AX= 108 N
AY = 48,8 N
38
Carregamento distribuído simples
A força resultante tem uma linha de ação que passa pelo centróide da área definida
pelo diagrama de carregamento.
39
Exemplo de carregamento distribuído
Exemplo 1. Determine a força resultante e especifique onde ela atua na viga, medindo
a partir do ponto A.
40
Exemplo 2. A viga ACB ao
lado está sujeita aos dois
carregamentos trapezoidais,
sendo que no ponto A o
carregamento é de 4 KN/m,
em C é de 6 KN/m e em B é
de 2kN/m. Na barra também
existe um momento anti-
horário e uma força em B. A
barra é apoiada em A por
um pino e em B por um
rolete.
a) Faça o diagrama de corpo livre.
41
Exemplo 3. Os tijolos sobre a viga e
os apoios na sua base criam o
carregamento distribuído mostrado na
segunda figura. Determine a
intensidade W e a dimensão d do apoio
direito necessário para que a força e o
momento de binário exultantes em
relação ao ponto A do sistema sejam
nulos.
42
Exercícios
1. Determine a reações devido ao carregamento distribuído.
43
7. A prateleira simétrica está
sujeita a uma carga uniforme
de 4 kPa. O apoio é fornecido
por um parafuso (ou pino)
localizado em cada extremidade
A e A’ e por cantoneiras
simétricas apoiadas contra a
parede uniforme em ambos os
lados B e B’. Determine a força
aplicada por cada parafuso na
parede e a força normal em B
para o equilíbrio.
44
8. A estrutura é sustentada pelo membro AB,
que está apoiado sobre o piso liso. Quando
carregada, a distribuição de pressão sobre AB
é linear, como mostra a figura. Determine o
comprimento d do membro AB e a intensidade
W para este caso.
9. Para o carregamento
distribuído. Determine:
a) O módulo e a localização
da força resultante
equivalente.
b) As reações nos
suportes.
45
Respostas
1.
By= 1360 lb Cy=2360 lb
2.
a)
3.
4.
5.
b)
46
6.
a)
b)
7.
8.
9.
47
10.
11.
48
Análise estrutural - Treliças
Objetivos do capítulo
49
Definição
50
Para projetar os membros e as conexões de uma treliça, é necessário primeiro
determinar a força desenvolvida em cada membro quando a treliça está sujeita a um
determinado carregamento. Para isso, faremos duas hipóteses importantes:
• Todas as cargas são aplicadas nos nós.
• Os membros são unidos por pinos lisos.
Treliça simples
51
Métodos dos nós ou método de Cremona
Ao usar o método dos nós, sempre comece em um nó que tenha pelo menos
uma força conhecida e, no máximo, duas forças desconhecidas. Desse modo, a
aplicação de ∑ 𝐹𝑥 = 0 e ∑ 𝐹𝑦 = 0 produz duas equações algébricas que podem ser
resolvidas para as duas incógnitas. Ao aplicar essas equações, o sentido correto de
uma força de membro desconhecida pode ser determinado.
O sentido correto da direção de uma força do membro incógnito pode, em muitos
casos, ser determinado ‘por observação’. Em casos mais complexos, o sentido de uma
força do membro incógnito pode ser assumido.
Uma vez que uma força de membro incógnito é encontrada, use sua intensidade e
sentido corretos no diagrama de corpo livre do nó subsequente.
Desenhe o diagrama de corpo livre de um nó tendo pelo menos uma força conhecida
e no máximo duas forças desconhecidas. (Se esse nó estiver em um dos suportes,
então pode ser necessário primeiro calcular as reações externas no suporte.)
Oriente os eixos x e y de modo que as forças no diagrama de corpo livre possam ser
facilmente decompostas em suas componentes x e y e, depois, aplique as duas
equações de equilíbrio de força de ∑ 𝐹𝑥 = 0 e ∑ 𝐹𝑦 = 0. Resolva para as duas forças de
membro desconhecidas.
Exemplo resolvido
Determine a força em cada membro da treliça e indique se os membros estão sob
tração ou compressão. Considere P1= 4 kN e P2 = 0
52
53
Exemplo 1. Determine a força em cada membro
da treliça mostrada na figura e indique se os
membros estão sob tração ou compressão.
Exemplo 2. Determine a maior carga P que pode ser aplicada na treliça de modo que
nenhum dos membros esteja sujeito a uma força que excede 2 kN em tração ou 1,5
kN em compressão.
54
Exercícios
1. Determine a força em cada membro da treliça. Indique se os membros estão sob
tração ou compressão.
4. Determine o maior peso P2 que pode ser aplicado à treliça de modo que a força em
qualquer membro não exceda 500 lb (T) e 350 lb (C). Considere P1 = 0
55
5. Determine a maior força P que pode ser aplicada à treliça de modo que nenhum
dos membros esteja sujeito a uma força maior que 2,5 kN em tração ou 2 kN em
compressão.
56
8. Um painel está sujeito a uma carga de vento que exerce foças horizontais de 300
lb nos nós B e C de uma das treliças de apoio laterais. Determine a força em cada
membro da treliça e indique se os membros estão sob tração ou compressão.
57
Respostas:
1.
2.
58
3.
4.
59
5.
60
6.
61
7.
62
Método de Ritter ou método das seções
O método das seções é utilizado para se determinar as forças atuantes dentro de um
elemento da treliça. Esse método baseia-se no princípio de que se um corpo está em
equilíbrio, qualquer parte dele também está. O método consiste em seccionar o
elemento que se deseja analisar na treliça e aplicar as equações de equilíbrio na região
seccionada.
O sentido correto de uma força de membro desconhecida pode, em muitos casos, ser
determinado ‘por observação’. Em casos mais complicados, o sentido de uma força de
membro desconhecida pode ser assumido.
• Decida sobre como ‘cortar’ ou seccionar a treliça através dos membros onde as
forças devem ser determinadas.
• Antes de isolar a seção apropriada, pode ser necessário primeiro determinar as
reações de apoio da treliça.
• Desenhe o diagrama de corpo livre do segmento da treliça seccionada que possui
o menor número de forças agindo.
• Use um dos dois métodos descritos anteriormente para estabelecer o sentido
das forças de membro desconhecidas.
63
Exemplo resolvido
Determine a força nos membros JK, CJ e CD da treliça e indique se os membros estão
sob compressão ou tração.
64
Exemplo 1. Determine a força nos membros GE, GC e BC da treliça mostrada na
figura. Indique se os membros estão sob tração ou compressão.
65
Exemplo 2. Determine a força nos membros LK, KC e CD da treliça Pratt. Indique se
os membros estão sob tração ou compressão.
66
Exercícios
1. A treliça de ponte Howe está sujeita ao
carregamento mostrado. Determine as forças
nos membros HI, HB e BC e indique se os
membros estão sob tração ou compressão.
67
5. Determine a força nos membros BG, BC e HG da treliça e indique se os membros
estão sob tração ou compressão.
68
Respostas:
1.
2.
3.
69
4.
5.
70
6.
7.
8.
71
Momentos de inércia
Objetivos do capítulo
72
Quantidades chamadas momentos de inércia surgem repetidamente em análises
de problemas de engenharia. Momentos de inércia de áreas são usadas no estudo de
forças distribuídas e em cálculo de flexão de vigas. O momento exercido pela
pressão sobre uma placa plana submersa pode ser expressa em termos do momento
de inércia da área da placa. Em dinâmica, momentos de inércia da massa são usados
no cálculo dos movimentos de rotação dos objetos.
Se o momento de uma área em relação a um eixo passa pelo seu centroide, como é o
caso na maioria das vezes, é conveniente determinar o momento de inércia em relação
a um eixo paralelo correspondente, utilizando o teorema dos eixos paralelos. Na
expressão abaixo, 𝐼𝑥′
̅ representa o momento de inércia da área em relação ao eixo
centroide.
73
Raio de giração
74
Propriedades geométricas de elementos de área
Uma área composta consiste de uma série de partes conectadas, tais como
retângulos, triângulos e círculos. Desde que o momento de inércia de cada uma dessas
partes é conhecida ou pode ser determinada em torno de um eixo comum, então o
momento de inércia para a área composta sobre este eixo é igual à soma algébrica
dos momentos de inércia de todas as suas partes.
75
Exemplo resolvido
Determine o momento de inércia da área da seção
transversal da viga T mostrada na em torno do eixo
centroide x'.
Resolução:
A área é subdividida em dois retângulos para determinar a
distância entre o eixo x' e cada eixo centroide, como mostra a
figura. Pela tabela apresentada anteriormente, o momento de
1
inércia de um retângulo em torno de seu eixo centroide é 𝐼 = 12 𝑏ℎ3.
Aplicando o teorema dos eixos paralelos a cada retângulo e
somando os resultados, temos:
76
Exemplo 2. Determine os momentos de inércia
para a área da seção transversal do membro
mostrado na figura ao lado, em relação aos
centroides x e y.
77
Exercícios
78
7. Determine o momento de inércia IX’ da seção. A origem das coordenadas está
no centróide C.
79
Forças internas
Objetivos do capítulo
Convenção de sinais
Um esforço cortante positivo fará com que o segmento da viga sobre o qual atua,
gire no sentido horário.
80
Resumindo
81
Exemplo 1. Determine a força normal, o esforço cortante e o momento fletor que
atuam à esquerda, ponto B, e a direita, ponto C, da força de 6 kN sobre a viga abaixo
82
Exemplo 2. Determine a força normal, o esforço cortante e o momento fletor em C
da viga.
83
Exemplo 3. Determine a força normal, o esforço cortante e o momento fletor que
atuam no ponto B da estrutura de dois membros.
84
Exercícios
b)
c)
d)
e)
f)
85
Respostas
1.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
86
Equações e diagramas de esforço cortante e momento
fletor
Vigas são membros estruturais projetados para suportar cargas aplicadas
perpendicularmente aos seus eixos. Em geral são longas e retas, e possuem uma área
da seção transversal constante. O projeto real de uma viga requer um conhecimento
detalhado da variação do esforço cortante interno V e do momento fletor M interno
atuando em cada ponta ao longo do eixo da viga.
Os rolamentos axiais, ou rolamentos de empuxo, são projetados para resistir a força na mesma direção que o eixo.
Os rolamentos radiais de esferas são projetados para resistir forças que são perpendiculares à direção do eixo, ou cargas
radiais.
87
Exemplo 2. Construir os diagramas de esforço cortante e momento fletor para a viga.
88
Exercícios
1. Determine os diagramas de esforço cortante e momento fletor para a viga
simplesmente apoiada.
89
Respostas
1.
2.
3.
90
Tensão
Introdução
A resistência dos materiais é um ramo d a mecânica que estuda as relações entre as
cargas externas aplicadas
a um corpo deformável e a intensidade das forças internas que agem no interior do
corpo. Esse assunto também envolve o cálculo das deformações do corpo e
proporciona o estudo de sua estabilidade quando sujeito a forças externas.
Desenvolvimento histórico
A origem da resistência dos materiais (ou mecânica dos materiais) remonta ao início
do século XVII, quando Galileu realizou experimentos para estudar os efeitos de cargas
sobre hastes e vigas feitas de diferentes materiais. Entretanto, para a compreensão
adequada desses efeitos, foi necessário fazer descrições experimentais precisas das
propriedades mecânicas dos vários materiais. Os métodos utilizados passaram por
uma notável melhoria no início do século XVIII. Nessa época, foram desenvolvidos
estudos experimentais e teóricos sobre o assunto, principalmente na França, por
cientistas extraordinários, como Saint-Venant, Poisson, Lamé e Navier. Como esses
estudos se baseavam em aplicações da mecânica de corpos materiais, foram
denominados "resistência dos materiais". Nos dias atuais, contudo, em geral são
denominados "mecânica de corpos deformáveis" ou, simplesmente, "mecânica dos
materiais" ou, como é mais comum, "resistência dos materiais".
HIBBELER, R.C. Resistência dos Materiais, 7º Ed. Ed. Pearson.
91
Tensões nos elementos de uma estrutura
A estrutura acima foi projetada para suportar uma carga de 30kN. As barras
apresentam as seguintes especificações:
As duas barras estão conectadas por um pino em B e são suportadas por pinos e
suportes em A e C, respectivamente.
Esses valores não nos dizem se aquela carga pode ser suportada com segurança. Se
a barra BC, vai suportar ou não essa carga, depende não somente do valor
encontrado para a força interna FBC, mas também da área da seção transversal da
barra e do material do qual ela é feita.
92
A força por unidade de área, ou intensidade das
forças distribuídas sobre uma determinada seção,
é chamada de tensão naquela seção e é
representada pela letra grega (sigma). A tensão
na seção transversal de área A de uma barra
submetida a uma carga axial P, é obtida dividindo-
se o valor da carga P pela área A:
𝑷
𝝈=
𝑨
Exemplo de aplicação 1
93
Resolução:
Como o valor obtido para é menor que o valor da tensão admissível do aço utilizado
adm, concluímos que a barra BC pode suportar com segurança a carga à qual ela está
submetida.
A análise da estrutura também deverá incluir a determinação da tensão de compressão
na barra AB, bem como uma investigação das tensões produzidas nos pinos e seus
mancais, entre outras análises.
Exemplo de aplicação 2.
Ainda para a estrutura analisada, vamos supor que será utilizado o alumínio, que tem
uma tensão admissível adm = 100 MPa. Determinar qual o diâmetro da barra de
alumínio.
Resolução:
Como a força na barra BC ainda será P = FBC = 50 kN sob a carga dada, devemos ter
então:
94
Carga axial e tensão normal
As forças FBC e F’BC que atuam em suas extremidades B e C estão dirigidas ao longo
do eixo da barra BC. Neste caso, dizemos que a barra está sob carga axial.
95
No entanto, devemos perceber que, quando assumimos uma distribuição
uniforme das tensões na seção, ou seja, quando assumimos que as forças
internas estão distribuídas uniformemente através da seção, segue-se
que a resultante P das forças internas deve ser aplicada no centroide C
da seção, como mostra a figura abaixo. Isso significa que uma
distribuição uniforme da tensão é possível somente se a linha de ação
das cargas concentradas P e P’ passar através do centroide da seção
considerada.
Solução:
Por inspeção, as forças internas axiais são constantes, mas têm valores diferentes.
96
Visto que a área da seção transversal da barra é constante, a maior tensão normal
média é
BC =
PBC
=
( )
30 10 3
= 85,7 MPa (Resposta)
A (0,035 )(0,01)
Exemplo 2. A peça fundida mostrada é feita de aço, cujo
peso específico é 𝛾𝑎ç𝑜 = 80 𝑘𝑁/𝑚3 . Determine a tensão de
compressão média que age nos pontos A e B.
97
Exemplo 3. O elemento AC mostrado na figura está submetido a uma força vertical
de 3 kN. Determine a posição x dessa força de modo que a tensão de compressão
média no apoio liso C seja igual à tensão de tração média na barra AB. A área da seção
transversal da barra é 400 mm2 e a área em C é 650 mm2.
98
Tensão de cisalhamento
𝑷
𝝉𝒎é𝒅𝒊𝒐 =
𝑨
Nessa expressão,
𝝉𝒎é𝒅𝒊𝒐= tensão de cisalhamento média na seção, que consideramos ser a mesma em
cada ponto localizado na seção
P = força de cisalhamento interna resultante na seção determinada pelas equações de
equilíbrio
A = área na seção
99
Considere as duas placas A e B, conectadas por um parafuso CD
100
101
Exemplo 2. O elemento inclinado está submetido a uma força de compressão de
3.000 N. Determine a tensão de compressão média ao longo das áreas de contato
lisas definidas por AB e BC e a tensão de cisalhamento média ao longo do plano
horizontal definido por EDB.
102
Tensão admissível
Um engenheiro responsável pelo projeto de um elemento estrutural ou mecânico deve
restringir a tensão atuante no material a um nível seguro. Para se garantir a
segurança, é preciso escolher uma tensão admissível que restrinja a carga aplicada a
um valor menor do que a carga que o elemento pode suportar totalmente.
103
Projeto de acoplamentos simples
104
Área exigida para resistir ao apoio
105
106
Exemplo 2. A barra rígida AB é sustentada por uma haste de aço AC com 20 mm de
diâmetro e um bloco de alumínio com área de seção transversal de 1.800 mm2. Os
pinos de 18 mm de diâmetro em A e C estão submetidos a cisalhamento simples. Se
a tensão de ruptura do aço e do alumínio forem (𝜎𝑎ç𝑜 ) = 680 𝑀𝑃𝑎 e (𝜎𝑎𝑙𝑢𝑚 )𝑟𝑢𝑝 =
𝑟𝑢𝑝
70 𝑀𝑃𝑎, respectivamente, e a tensão falha para cada pino for de 𝜏𝑟𝑢𝑝 = 900 𝑀𝑃𝑎,
determine a maior carga P que pode ser aplicada à barra. Aplique um fator de
segurança FS = 2.
107
Exercícios
Tensão normal e tensão de cisalhamento
108
4. O guindaste é fixado em A e suporta uma
talha de corrente que pode deslocar-se ao
longo da flange inferior da viga, 0,3 m x
3,6 m. Se a capacidade de carga nominal
máxima do guindaste for 7,5kN, determine
a tensão normal média máxima na barra BC
de 18 mm de diâmetro e a tensão de
cisalhamento média máxima no pino de 16
mm de diâmetro em B.
τpin = 44,762 MPa σrod = 70,736 MPa
Tensão admissível
d = 13.49mm
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7. Determine seu diâmetro d com aproximação de
múltiplos de 5 mm e a espessura exigida h com
aproximação de múltiplos de 5 mm do suporte de
modo que a arruela não penetre ou cisalhe o suporte.
A tensão normal admissível para o parafuso é σadm =
150 MPa e a tensão de cisalhamento admissível para o
material do suporte é τadm = 35 MPa.
d = 15mm d = 10mm
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