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6 Vibragtes mecinicas 2 porte fo ingugurada om 1° do julho de 1040 @ eau crn 7 e novembre de 1240. (Foto Farguhareon, Histozcal Phologapny Colectlon, Unlersly of Washington Libraries) FIGURA 1.8 Teste de bracdo do Onbus espacial Enterprise (Conesia GaNASAY vibratoriog de materiais, processes vibrat6rios de acabamen toe circuitos eletrdnicos na fitragem de freqiléncias indese- jadas (Figura 1.10). Constatou-se que a vibragéo melhora a eficiéneia de certos processos de usinagem, fundigSo, forja- mento e soldagem. Ela é empregada na simulagio de terre- motos em pesquisas geol6gicas e também para realizar estu- dos no projeto de reatores aucleares, 14 Conceitos basicos de vibragao 1.4.1 Vibragao Qualquer movimento que se repita apds um intervalo de tempo é denominado vibragdo ou oscilagdo. O balancar de um péndulo € o movimento de uma corda dedilhada sio exem- los tipicos de vibragio. A teoria de vibragio trata do estudo cde movimentos oscilatSrios de corpos e as forgas associadas ales. 1.4.2 Partes elementares de sistemas vibratérios Em geral; um sistema vibratério inclui um meio para armazenar energia potencial (mola ou elasticidade), um meio para armazenar energia cinética (massa ou inércia) ¢ um meio de perda gradual de energia (amortecedon), ‘A vibragio de um sistema envolve a transferéncia alternada de sua energia potencial para energia cinética e de energia Cinética para energia potencial. Se o sistema for amortecido, ‘erta quantidade de energia €dissipada em cada ciclo de vibra fo e deve ser substituids por uma fonte externa, se for preciso ‘manter um regime permaneate de vibragdo. ‘Como exemplo, considere a vibragio do péndulo simples mostrado na Figura 1.11. Digamos que o peso do péndulo de massa m seja liberado apés a aplicagdo de um destocamento angular 0. Na posigdo 1, a velocidade do peso e, por conse qiéncia, sua energia cinética, € zero. Porém, ele tem uma energia potencial de magnitude mgi(I ~ cos 6) em relagio & posigdo 2 no plano de referéncia. Visto que a forga gravitacio- nal mg induz um torque mgi sen 0 20 redor do ponto O, o peso comega a oscilar para a esquerda partindo da posigio 1. Iss0 Ihe da certa acelerago angular na dirego horétia ¢, no ins- tante em que ele alcanga a posicao 2, toda a sua energia potencial ser convertida em energia cinética. Por consequén- FIGURA 1.14. Sistemas com és gra do lberdade, weoe see se Fito the per i amortecida, Em. muitos sistemas fisicos, a quantidade de amortecimento € to pequena que pode ser desprezada para ‘a maioria das finalidades de engenharia. Contudo, considerar © amortecimento torna-se extremamente importante na and- lise de sistema vibrat6rios préximos & ressonéncia, 1.5.3 Vibragdo linear e nao linear Se todos os componentes hésicos de um sisterna vibratério —amola, a massa eo amortecedor —comportarem-se lineamch- te, a vibragio resultante é conhecida como vibragao linear CContdo, se qualquer dos elementos se comport no Hnewrmeatc, avibraglo é denominada vibragdo nao linear As equagbes dife- renciais que cormandam o comportamento de sistemas vibrat6- rios lineares e nao lineares sdo lineares e nio lineare, respec- tivamente, Se vibrago for linear, o principio da superposigi0 € valido ¢ as técnicas matemticas de anélise so bem desen- volvidas. Para vibragao no linear, o principio da superposigao no é valido eas técnicas de andlise so menos bem conhec! das, Uma vez que torts 0s sistemas vibratérios tendem a com- portar-se ndo linearmente com o aumento da amplitude de oscilagio, é bom conhecer vibragées nio lineares ao lidar com, sistemas vibratérios na praca. 1.5.4 Vibraco deterministica e aleatria Se 0 valor ou magnitude da excitagéo (forga ou movi- ‘mento) que esté agindo sobre um sistema vibratério for conhecido a qualquer dado instante, a excitagao € denomina- da determintstica. A vibragdo resultante 6 conhecida como vibracdo deterministica. Em alguns casos, a excitagio € néio deterministica ow aleatéria; 0 valor da excitago em dado instante no pode ser previsto, Nesses casos, um grande nimero de registros da excitagdo pode exibir alguma regulatidade estatistica. E pos- sivel estimar médias como os valores. médios © valores. ‘médios ao quadrado da excitaglo, Exemplos de excitacées, aleat6rias slo 2 velocidade do vento, a aspereza de uma estra- da ¢ 0 movimento do solo durante terremotos. Se a excitasio for aleat6ria, a vibragdo resultante € denominada vibrago aleatéria, No caso de vibragao aleat6ria, a resposta vibraté- ria do sistema também é aleatéria; s6 pode ser descrita em termos de quantidades estatisticas. A Figura 1.16 mostra cexemplos de excitagSes deterministicas e aleat6rias. 1.6 Procedimento de andlise de vibragées ‘Um sistema vibratério € um sistema dinamico para o qual as varidveis como as excitagdes (entradas) e respostas (safdas) 0 dependentes do tempo. Em geral, a resposta de um sistema vibratGrio depende das condigées inicais, bem como das exci- tapdes externas. A maioria dos sistemas vibrat6rios encontrados na pritica so muito complexos, e & impossivel considerar todos Capitulo 1 Fundamentos de vibragies ° ‘os detalhes para uma anise matemstica. Somente as caracte- risticas mais importantes sto consideradas na andlise para prever o comportamento do sistema sob condigses de entradas especificadas. Muitas vezes, 0 comportamento global da sste- 1ma pode ser determinado considerando até mesmo um modelo simples do sistema fisico complexo. Assim, a andlise de um sistema vibratério normalmente envolve modelagem miatemé- tica, obtengéo de equagées governantes, solugio das equa- ‘¢0es € interpretagdo dos resultados. Etapa 1: Modelagem matemética, A finalidade da mode- Jagem matemstica ¢ representar todos os aspectos importantes do sistema com 0 propésito de obter as equagdes matemsti- ces (ou analiticas) que governam 0 comportamento do siste- ‘ma, O modelo matemitico deve incluir detalhes suficientes ‘para conseguir descrever o sistema em termos de equagies sem torné-lo muito complexo, O modelo matemético pode ser linear ou no linear, dependendo do comportamento dos ‘componentes do sistema, Modelos lineares permitem solu- .90es répidas e so simples de manipular; contado, modelos no lineares as vezes revelam certas caracteristicas do siste~ ‘ma que nfo podem ser previstas usando modelos Tineares. Assim, € preciso ter uma boa capacidade de discernimento ‘em termos de engenharia para propor um modelo mateméti- co acequado de um sistema vibrat6rio. AAs vezes, 0 modelo matemético & aperfeigoado gradativa- mente para obter resultados mais precisos. Nessa abordagem, em primiro lugar, €usado um modelo muito grosseiro ou elementar ‘para ter-se uma idéia répida do comportamento global de siste- ‘ma, Na seqincia, o modelo é refinaclo com a incluso de mais Componentes e/ou detalhes de mocio que 0 comportamento do sistema possa ser observacio mais de perto, Para ilustrar 0 proce-

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