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P DeESENHO POR SERIES “T= @ = 7 anos (1° anc a) @ reta e a curva, combinac3o das duas e repetigées rf{tmicas b) figuras fechadas - cfrculo, retSngulo trianqulo, quadrado espiral : i ¢) ‘movimentos para dentro e para fora d) 0 didlogo entre formas, o jogo e mudangas de formas 8 anos ( 2° ano ) a) desenvolver o anterior em muitas variedades b) formas em simetria c) mudancas de formas e metarmofose d) a divisio de formas e torna-las ums unidade t ITI 8 - 9% anos ( 3° ano ) a) transformar formas redondas em quadradas ou contudas | b) mudancas de motivos fechados e a respost de dentro c) formas para os terperamentos d) metamorfose Iv 9 anos ( 4 ano ) a) formas em simetria esquerdo ~ direito cima = baixe b) desenho de trangas c) formas para os temperamentos Vv lo - 11 anos ( 5° ano ) forma das diferentes culturas ( India, Pérsia, fgite Grécia, Indios ) b) simetria asimetria no reino veaeta a c) simetria em 3, 5, 6 d) continuac3o das trancas VI 11 - 12 anos ( 6° ano ) a) dar continuagio ao anterior b) o desenho de forma se transforma ev qeometrias c) cortar e penetrar nas formad desenradas de mio livre nio copiar mas deixer surgir no pacel “VIT 1 . 68) persp b) descobrir as leis nas forras de trancas inventar formas be c) aeometria e 2 anos ( 72 ano ) ctiva spartir do desenho, nao construir iWONOGRAFIA DE CONCLUSAO DO SEMINARIO DE FORMACAO DE PROFESSORES WALDORF ESCOLA WALDORF RUDOLF STEINER DANIEL NOBRE KULAIF OUTUBRO DE 2005 DESENHO- CECILIA MEIRELES Traca a reta e a curva, @ quebrada e a sinuosa. Tudo € preciso. De tudo viveras. Cuida com exatidao da perpendicular e das paralelas perfeitas. Com apurado rigor. Sem esquadro, sem nivel, sem fio de prumo tracaraés perspectivas, projetarés estruturas. Namero, ritmo, distancia, dimensao. Tens os teus olhos, o teu pulso, a tua memdria. Construiras os labirintos impermanentes que sucessivamente habitaras. Todos os dias estarés refazendo o teu desenho. N4o te fadigues logo. Tens trabalho para toda a vida. £ nem para teu sepulcro teras a medida certa. Somos sempre um pouco menos do que pensavamos. Raramente, um pouco mais. INTRODUCAO Este trabalho nasceu como monografia do Curso de Fundamentagao em Pedagogia Waldorf no Sitio das Fontes, no final de 2003. Consistia em indicagées para o curriculo de primeiro a quarto ano de desenho de formas nas Escolas Waldorf e na observacdo de um caso na Associacao Travessia, Nicleo de Pedagogia Waldorf Especial. Para concluir meu curso no Seminario da Escola Rudolf Steiner, decidi continuar com o mesmo tema mas deixei o estudo de caso de lado e concentrei minha aten¢ao nos aspectos curriculares do desenho de formas. Além de uma carga hordria maior na parte pedagégica propriamente dita, durante estes dois anos pude aprofundar minhas relacoes com outros professores e fazer uma série de atividades praticas que envolveram 0 desemho de formas. No fim do primeiro semestre de 2005, fui convidado para dar um curso de formas que durou dois fims de semana no Seminario de Jaguaritnay em julho de 2005, ministrei um curso de una semana na serra gaticha, no curso de fundamentaco em Pedagogia Waldorf. Depois disso, no comego do segundo semestre, dei aulas de desenho de formas para o sétimo e oitavo ano na Escola Waldorf Sao Paulo. Por Ultimo, voltei ao Seminario de Jaquaritna para mais quatro encontros com outra turma. Estas atividades me ajudaram bastante a compreender varios aspectos praticos do desenho de formas. Metodologicamente, optei por comegar o texto com consideracées que valem para todo o ; | trabalho de formas no ensino fundamental. En seguida, fiz una descricdo da crianca de cada idade, das particularidades do curriculo Waldorf e de como o desenho de formas ; se relaciona com ambos. Consegui fazer este caminho de descrever a crianga, 0 curriculo e o curriculo de formas até o sexto ano. Raradeco aos professores com quem tive aulas @ aos colegas de Clase 203 professores que me deram a oportunidade de observar una sale de aul que fiz, soe futuros protessoree pare quem del allies hestad somunae a0 45 criancas todas que me permitiram observa-las. Agradeco especialmente A Luiza Lameirto, mestte de formas sea Sait compartilhar; Peter Biekarck, generoso nos convites; Luzfus Zeeslin | 4 Meca Vargas pelo treino do ouvidoy e & Karin Stroessner, que me das formas. ho criar e moldar formas, ela se forma @, curiosanente, nao apesar de se entregar inteiramente ao trabalho. Isao acontece por cau muito particulares que steiner desenvolve nas conferéncias de I1kley, Inglaterra, de 5 a 17 de agosto de 1923. Ald, ele descreve como o desenho de formas se relaciona com 0 corpo etérico ¢ o corpo fisico das crianc As impri de: enho de formas pictéricas recebidas pelo corpo etérico durante o 4 tendem a continuar em atividade durante 0 sono @ aperfeicoar-se. Trabalhande de modo harmonizante e estimulante, 0 corpo etérico continuaré esta atividade durante © sono e seus ¥ jaltados aparecerdo no corpo fisico. Dito de outra maneira, 0 empenh do corpo etérico durante o dia ¢ tal que durante o sono ele prossegue tornande perfeito fo que foi deixado imperfeito. Isso vivifica 0 corpo etérico @ ele, 0 corpo fisico. 0 desenno de formas um excelente modo de treinar os sentidos de maneira ® uddvel, particularmente os sentidos relacionados & vontade, como o do movinentoy equilibrio, tato e vital. Por este motivo, o trabalho com formas nao se limita a0 desenho de formas. £ possivel criar uma série de outras atividades com outros tipos de materiais para que a aula nao seja so de desenho. © trabaino pode ser feito ac desenhar no ar com as mdos junto com @ classe, con ° dedo nas costas do colega da frente, como na brincadeira do telefone en-fio, andando yma forma na sala, com o dedo na palma da mio, com fics, com una calxe de are} com formas de madeira, com cera de abelha, desenhando no chio segurando © lapis com os dedos do pé, na lousa, com os olhos fechados @ una série de outras possibilidades que © professor pode @ deve criar. Ao criar estas maneiras alternativas, o professor deve, no entanto, té-las exercitado bastante @ observado qual contribuicao elas podem trazer para a classe. Para saber isso, ele precisa saber quais sdo as necessidades da cla ‘ee de cada aluno separadamente. Desenhar una forma es une caixa de areia stimula muito mais a ponta dos dedos que 0 trabalho con 08 fios. Quais implicacdes isso tem no trabalho com os alunos? Sto perguntas que ° professor deve se fazer e responder antes de propor qualquer tipo de trabalho as criancas. desenvolvimento humano a classe como um todo esta ¢ o professor de classe. Ele deve saber qual exercicio e qual atividade a classe tem maturidade para realizar. E deve tambem levar em conta as singularidades dos alunos na sala. Mais do que um curriculo estanque, tentei relacionar o desenvolvimento da crianca e 0 curriculo Waldorf ao curriculo de formas. Pelo fato de estar relacionado a algo vivo, maleavel, esta Proposta de caminho das formas também é permeada pela mobilidade. Dessa forma, o professor que tiver exercitado retas e curvas saber4 como as retas se relacionam com o pensar e como as curvas vivem mais no aspecto metabélico-motor do ser humano. Com estas vivéncias e a observacdo da classe, o professor pode atuar de modo a harmonizar tendéncias da classe. Se as criancas tenden para o neuro-sensorial, © professor pode trabalhar mais curvas, por exemplo. Diferentemente das outras épocas, a de desenho de formas ndo é dada aos alunos por meio de uma historia que conduza a época toda. Pode ser que o professor dé nomes as diferentes formas para torndé-las mais intimas das criancas, mas ndo é necessaria uma historia para apresentar as formas. As formas sdo movimento e ndo contemplacdo, por isso é mais importante que as criancas vivenciem as formas com 0 corpo todo, movimentando-se e desenhando, do que criem imagens destes movimentos. outro fator fundamental do desenhar formas @ a sua relaclo com as cores. Na Pedagogia Waldorf, tudo feito em sala de aula deve trazer a idéia de que o mundo @ Belos tudo feito em sala de aula deve ser Belo. 0 professor de classe que estiver trabalhando @ época de formas deve sempre ter este principio em ment nunca deve deixar que o trabalho com as cores seja mais importante que o feito em relacdo as formas. Os trabalhos devem ser feitos com cores bonitas, que se harmonizen entre si, mas nunca se deve perder de vista que o intuito 6 vivenciar a forma e ndo a cor. Para vivenciar a cor, © curriculo Waldorf tem outras atividades, como a aquarela e a euritmia. Quando se pinta a forma que se desenhou, desvia-se a vivéncia da forma e se prejudica a contemplacao do trabalho. 0 Belo da forma est& em sua harmonia, em seu equilibrio. No livro Antropologia meditativa, Steiner nos fala de como tenos duas forcas que agem em nosso corpo, a plastico-pictérica e a musical. Essas forcas estao relacionadas a uma série de disciplinas do curriculo e o professor deve atuar harmonizando as tendéncias da classe, equilibrando. A tendéncia musical esta presente com todas atividades que relacionam 0 todo as partes, como a matematica, por exemplo. A plastico-pictérica com matérias que constroem no espago, como o desenho e a geometria. Mas mesmo dentro de cada uma destas forcas, ha possibilidades de se contrabalangar. No desenho de formas, de tendéncia marcadamente plastico-picérica, o professor pode equilibrar a classe de algumas maneiras, tocando uma musica depois da atividade de desenhar, ou até mesmo contemplando os desenhos feitos. No livre “Dé Steiner”, Hans Rudolf Niederha anho de formas- Um impulso educativo @ artistico dado por Rudolf 1 sugere que se déem duas ou trés é¢pocas de desenhos de formas do primeiro ao quinto ano, ov, dependendo da classe @ da avaliagso do prof Or, Semanalmente durante o ano todo, Ressalta a importancia de fazer as formas com calma © precisio, com materiais de qualidade e naturals, A posture dos alunos ao executarem as form também @ muito important. trabalhando sempre com 06 dois pés no chio, de maneira ereta ao sentar na cadeir wi De preferéncia, o papel deve ser preso & para nao ficar solto @ estar alinhado com a me © aluno, ao fazer # forma deve se preocupar somente com o movimento a fazer @ nao com outra atividade como segurar o papel, & uma atencAo simples de se tomar e se o prof slunos desde o primeiro ano, ele sera parte da ativida sor nutrir @ hibito com os Diferentemente do trabalho que se pode desenvolver com adultos, com importante fazer somente uma forma por dia e repeti-la no minimo dois dias. No primeiro dia as criangas descobrem a forma nova em uma folha de rascunho. No segundo eriancas dia, executam a forma com mais seguranca e no terceiro dia a forma pode ser feits no caderno de formas. Este caminho 6 0 mesmo percorrido pelas outras matérias @ leva as novidade: que a crianga recebe para o sono. Ela dorme com a forma nova e acorda no dia seguinte com outra relacéo com ela até que ela finalmente “decanta” na crianga no terceiro dia un exercitar a forma, pensando o desenho como um todo, e nao as partes. & sempre bom trazer a forma de maneira lenta, e para isso, o professor pode fazer a forma de uma maneira bem leve, bem clarinha para depois repetir o movimento em cima da mesma risca. Este procedimento ajuda a que os alunos desenrolem seus tracos e evita desenharem picadinho (“Picadinho s6 para strogonoff” eu falava para os alunos do, sexto ano da Escola Waldorf Sao Paulo, quando trabalhei formas com eles; eles adoravam a brincadeira e entendiam o recado.). Vale sempre lembrar que a forma deve ser feita de uma vez sé, sem que o aluno tire o l4pis do papel. Algumas formas nao Permitem que isso aconteca pois tém varios elementos. Neste caso, @ importante que cada elemento seja desenhado de uma sé vez. Outro aspecto importante é alternar entre retas e curvas, a nao ser que o professor identifique uma necessidade em sua classe de fazer mais retas ou mais curvas, segundo seu diagnéstico. © professor pode propor varios materiais para desenhar e varios tipos de superficie aos alunos, dependendo de sua classe. Pode trabalhar com os bastées de cera (ha os Stockmar, importados, e os Apiscor, nacionais). Ambos séo feitos de cera de abelha e tém cores muito bonitas. Os tijolinhos sao bons para colorir superficies; para desenhar as formas, o ideal s4o os bastOes. Ha tambem os lapis de madeira da marca Lyra, bem macios e com cores bonitas e vivas. Nas classes mais adiantadas, o Professor pode alternar 0 uso de bastdo de cera e lapis. 0 lépis di mais precisao ao traco, mas deve ser precedido por um trabalho com 0 bastao. outra opcdo é © lapis grafite solido, carvao e muitos outros que trazem desafios novos a quem os utiliza. ee | ACRIANCA DE SETE ANOS Na anos cola Waldorf, a crianga comeca a ser alfabetizada no ano em que completa sete Até entao, ela pode ter passado por um Jardim de Infancia ou ter ficado em casa, O importante d tod ta f 6 que a criancga tenha oportunidade de se movimentar em 8 direcdes possiveis para dominar as habilidades motoras globais (andar, correr, saltar @ ltitar) e as habilidades motoras secundarias (rolar, girar, rastejar, quadrupedt: de ter trepar em drvore, equilibrar-se e transportar objetos). Além movimentado de indmer oportunidade de imitar g formas, a crianca de primeiro ténio precisa ter a tos que conteddo. Bons exemplos dest e jam dignos de serem imitados, gestos que tenham gestos s4o as atividades que se faz dentro de uma 4, como limpar, varrer, espanar, bater um bolo 4 m4o, cozinhar, amassar um pao etc. © sinal externo de que as mudancas em seu corpo estdo ocorrendo é a troca dos dentes. Ela @ um simbolo da mudanca na relacdo do corpo fisico como etérico. Com ela, a erianca como que se livra da heranca recebida dos pais e plasma uma nova denticdo. sinal de que o trabalho do corpo etérico no fisico encerrou uma etapa e de que ele agora pode atuar no astral. Além da troca dos dent: que ¢ 0 sinal mais evidente da maturidade da crianca para a escolaridade, a crianca de sete anos também mostra um queixo mais pronunciado do que uma crianga de idade menor. Na crianca de primeiro ano, o labio inferior 34 esta alinhado com o superior. A capacidade de pronunciar todos os fonemas da lingua materna @ outro sinal de maturidade escolar, sendo fundamento para o processo de alfabetizacao. Bm suas brincadeiras, a crianga desta idade deve ser capaz de brincar com metas e de | | PRIMEIRO ANO WALDORF © pano de fundo do primeiro ano sio as historias de contos de fadas dos irmsos Grimm. Essas hist as, cujos ambientes as criancas j4 conhecem do Jardim de Infancia, aduzem o mundo de fantasia e sonho em que as criancas de sete anos einda vivem « alimentam as forcas da fantasia criativa, Pode-se resumir os objetivos deste primeiro ano escolar em trés pequenas sentences: exiar bons habitos, conhecer as letras e conhecer as quatro operactes matemsticas A criac3o de bons hébitos na sala de aula conta, ainda, como forte elemento imitative que as criancas trazem do primeiro seténio. £ como a capacidade de aprender Por imitacdo sé diminui com o passar do tempo, o professor pode se valer da imitacso para estabelecer habitos que durem até o oitavo ano sem maiores obstaculos. Quanto mais 0 tempo passa, mais dificil fica criar um novo habito. sor nBo As letras s3o apresentadas por meio de imagens, em quatro épocas. O prof precisa apresent4-las na ordem do alfabeto, mas na ordem que achar melhor, ou na orden que sua histéria pedir. No primeiro ano, os alunos s6 aprendem a escrever com letras de forma maidsculas. Ma época dos nimeros, as criancas aprendem sua esséncia, suas diferentes ), 08 miltiplos e as caracterizactes, sua sequéncia (progressiva e regressivane: quatro operacies bésicas (soma, multiplicacdo, divisdo e subtracio). As quatro operactes so introduzidas simultaneamente por meio de imagens que as relacionem com personagens que tenham cada um seu temperamento (fleugmatico, sanguineo, colérico © melancélico)- 1s 0 @naino da Hatemdtica ats sempre atrelado 4 movimentos corporais (saltar, correr, andar ete.) @ @ cAloulo @ feito primeiramente com objetos concretos. Os cAlculos s&o sempre enunciados do todo 4s partes (ex. 12= 3x4) de maneira que uma enorme gama de poss ibil idad cont abra para os alunos ao efetuarem os célculos. Enunciando so 40 (3x4 *12) 96 hd uma resposta possivel. Outra peculiaridade do curriculo Waldorf @ que as tabuadas @ 08 chiculos normalmente chegam até o doze pois este ndwero @ muito rico em maltiplos @ divisor » mais que o dez. AS FORMAS DO PRIMEIRO ANO Na segunda conferéncia da Arte da Educacho I (6 de sugere que @ crianga de primeiro ano saiba di retas, curv, tembro de 1919), Rudolf Steiner nhat todas pécies de linha: + espirais, om Angulos retos e obtusos. Isto desenvolveria sua destreza nas mos para mais tarde con: Indica, repetid angula guir 3 lete 08 nameros. vezes, que deve-se trabalhar para que a crianca tenha uma Capacidade de experimentar form Na quarta conferéncia da Arte da Educaco IT, Steiner fala do primeiro dia de aul. @ de como o professor pode apresentar as formas para as crianca “Depois de havermos falado durante algum tempo com a crianca sobre as mos e sobre trabalhar com a3 mAo: Passemos a fazer com que ela execute alguma coisa de habilidade manual. Isto pode acontecer, sob certas circunstancias, j4 na primeira aula. Pode-se dizer a ela: “Agora eu faco isto. Faca o mesmo com a sua mio!” Pode-s entto fazer as criancas © mais devagar possivel, pois isso j& seré vagaroso se chamarmos as criancas uma a uma para fazer o desenho na lousa e voltar ac seu lugar. mM executarem a mesma cots @ caso, @ duracdo correta da aula @ de grande importancia. Em seguida pode-se dizer @ crianca: “Agora eu faco isto: facan-no vocés também, com 48 suas mios.” Entéo cada crianca o faré também. Ao terminarem, nds lhe diremos: “Esta primeira @ uma linha reta, @ a outra @ uma linha curva; portanto, agora voct: 8, uma linha reta e uma linha curva,"* fizeram, com suas is é formas Levando em conta que o movimento que as criancas fazem, de chegada na Terra, descendente, é necessdrio que o professor pense neste aspecto ao executar as com os alunos. Fazer formas que comecam em cima e descem no papel, ajudam a trazer as criancas para a Terra de uma maneira que seu tempo é respeitado € nado se exile dela forcas que ainda no estado disponiveis. Isso nao quer dizer que nao se deve fazer formas ascendentes, mesmo porque uma série de letras precisam destes @ contrabalangi movimentos. 0 importante, ao exercitar movimentos ascendente com os descendentes e sempre terminar com a descida. Esse cuidado evite que as criancas figuem muito extericrizadas ao terminar o desenho. No primeiro ano, é importante que o professor primeiro movimente as criancas nas formas que elas desenharao depois. Assim, atividades como andar uma reta ov uma curva, sentir uma forma nas costas, no rosto e desenhar na areia com os pés Sd muito recomendadas antes de fazer o movimento entrar em repouso na forma desenhada no papel. No primeiro ano, as folhas podem ser bem grandes (tamanho A3) e os alunos trabalham com os bastées de cera. Em resumo, todas as formas do primeiro ano estdo baseadas na preparacéo des letras de forma maitsculas e dos nimeros romanos. Seguem-se alguns exemplos de desenhos de formas que podem ser feitos no primeiro ano. Os desenhos grandes séo feitos nos noldes do que se propée para as criancas. Os desenhos menores so variacées que também podem ser feitas. Ao fazé-las com as criancas, deve-se faze-los grandes. 20, oa Se eiearcann cee prcertecisibi paises Gob Wi tele eaten CNH RS NO May ott nye NE RL Og meee rim Sater Yee teed Rey! Lae ar WIN ee <0 oe dth'> Terenas sen eee MERI HONOR Ui Shr 1h. Soa enn rte gh Wing Se a heme act ARS Rt EL tat oc ot HE be EE RRR ER ra umeoenruce, RRR LE CCE ALON 5s IO a POE Hise oer 5 Te rep ma terete cma ate vit Oe mH 0 et NAAN ay ASI OS nate NA A BO E pF TEE Rs SRRAE SANTI LAY aril DIQRIN AND! AIT UPR OD NP i Or En rte rete tn Linc Lin Tice crn dain AR PRONG RAG peta fie NAH VAM SEMIN NERS WA QU prite re ARN AMAA TINGS SEIN nt AN RU atone tme DEMO TRE AREA Tae A EN RTE RTE ONIN CUR aeRO SUNTAN CMA TRE ERR WNC ks SAMEERA arta SN CORES SPH ty YRET DENSA NGA VULNS RAEN (\ 3) (EW)s| | | | | A CRIANCA DE OITO ANOS : Quando a crianca entra no segundo ano, por volta dos oito anos de idade, seu sistema nervoso j4 tem um amadurecimento bem maior que no primeiro ano, © que pode ser comprovado pela mielinizacdo dos neurénios. Nesta idade, o corpo etérico ja esté disponivel para o processo pedagégico e pode ser mais exigido que no primeiro ano, onde ainda havia uma transic&o do Jardim. 0 corpo etérico j4 cumpriu sua tarefa de plasmar 0 corpo fisico e agora pode se dedicar mais ao processo de servir de acesso e armazenar imagens. Claro que ele continua a manter e controlar a vida do corpo fisico, mas a grande tarefa de plasm4-lo agora terminou. Nesta idade, um grande numero de sentimentos afloram nas criancas e elas ficam muito falantes, com uma grande participagdo social. Agora, os bons habitos criados no primeiro ano 34 devem ter sido introjetados pela crianca. Para usar uma imagem, no primeiro ano a crianca ainda estava voando para chegar a Terra. No segundo ano ela encosta um pé no chéo e com isso se cria uma dualidade entre céu e terra. SEGUNDO ANO WALDORF No segundo ano, o grande pano de fundo s4o as lendas de santos e as f4bulas. Estas duas linhas de histérias ilustram a dualidade em que se encontra a crianca desta idade, com algo de sua realidade que ainda tem uma forte relacao com o divino- espiritual, os aspectos miticos das vidas dos santos, e outra parte sua que se relaciona com a terra, com os bichos das fabulas. 0 que era unidade no primeiro ano vira dualidade no segundo. 1" A grande tarefa do segundo ano 6 ordenar temporalmente o que foi apresentado no primeiro ano. E para comecar esta ordenacdo, as criangas vivenciam o tempo em seus diversos ritmos: 0 ano, os meses, a semana, o dia, as horas. A grande culminancia deste trabalho € 0 relégio que as criancas elaboram, quando aprenden a ver as horas no relégio de ponteiros. Histérias com a da Gotinha d’4gua ou a da Semente sto contadas as criancas como ciclos da natureza que contam em imagens as idéias de tempo e de ciclo trabalhadas nesta época. Se no primeiro ano as letras foram somente apresentadas as criancas, no segundo elas 40 colocadas em ordem no alfabeto, que é falado na ordem progressiva e regressiva também. Outra novidade das letras do segundo ano sao as letras de imprensa que trazem a dualidade do maiusculo e mintisculo. Os niimeros do segundo ano s4o ordenados temporalmente por meio das tabuadas, que, exemplo do alfabeto, também sao falados de frente para tras e de trés para frente. Ir e vir nas sequéncias reforca a idéia de que os ritmos podem ser ciclicos, como s4o na natureza, além de levar a crianga a certo ponto e trazé-la de volta, de onde ele saiu. & como uma respiracéo em que se inspira e depois expira. Ir e vir. Depois que as tabuadas j4 estéo consolidadas no corpo fisico das criancas, elas as desenham em lindas estrelas. Este trabalho com o alfabeto e com as tabuadas trabalha a meméria das criancas de uma maneira ritmica, ainda vinculada com aspectos corporais, no caso da tabuada. As tabuadas podem ser cantadas pulando corda ou batendo uma bola no chao. 1s AS FORMAS DO SEGUNDO ANO Se no primeiro ano as formas se prestam a preparar as letras de forma e os nimeros romanos, No segundo ano sua tarefa 6 trabalhar as letras de imprensa, que tém maldsculas © mindsculas, @ a lateralidade da crian A lateralidade da crianga @ desenvolvida por meio de exercicios de simetria bilateral, tanto horizontais quanto verticais. Rudolf Steiner trata pela primeira vez do principio da simetria nas conferéncias de Ilkley (5 a 17 de agosto de 1923) e sugere © primeiro desenho a seguir. A parte vermelha deve @ laranja pelos alunos, r feita pelo professor e © segundo desenho 6 sugerido por Steiner nas conferéncias de Torquay, em 15 de agosto de 1924, as arene nay in A lousa/papel @ dividida ao meio com uma linha reta e © professor desenhe ne parte da esquerda. Os alunos devem completar o outro lado de forma espelhada. Este pretice induz na crianca um forte anseio de completar o incompleto e, dessa forma desenvolver em si © proprio senso de realidade. Também nas conferéncias de Torquay, Steiner fala sobre desenhos de forme de simetrie bilateral para criancas de oite anos e sobre como a inteligéncia que fica isolade ne alma da crianca nao deve ser desenvolvida nesta idade. Para Steiner, o penser deve crescer por meio do visual, por meio de imagens, e 0 desenho de formas € um Otimo veiculo para isso. Com os desenhos de simetria, séo trabalhadas forcas de equilibrin, que s&o utilizadas para o ficar em pé e para o andar. Um comentario merece destaque no que se refere aos desenhos de simetria: alunos canhotes. Quando ha um aluno canhoto na classe, o professor deve desenhar do lato direito da folha para que o aluno consiga enxergar o exercicio. Com os alunos destros, o professor deve desenhar do lado esquerdo da folha. Uma boa dica para avaliar a maturidade da crianca para estes exercicios de lateralidade 6 perceber se ela fecha a mo esquerda ao cumprimentar o professor no “pom dia”. Se seus dois lados estao independentes € sinal de que ela tem maturidase para trabalhar as simetrias. Outra importante caracteristica do desenho de formas de simetria bilateral € © exercicio com grande e pequeno. Como foi dito anteriormente, © desenho de formas n> segundo ano prepara os alunos para as letras de imprensa, que tém maidsculas e mintsculas. Ao desenhar um elemento pequeno e outro grande no desenho de formas, @ crianca estara treinando, sem saber, as proporcdes das maisculas e mindsculas de letra de imprensa. © aspecto de dualidade dos desenhos de forma no segundo ano é completada pelos padrées ritmicos que se pode desenhar com as criancas. Estes exercicios de ritmo, no fluxo, sdo étimos para que a crianca exercite o tempo e suas diversas manifestacdes. Seguen-se alguns exemplos de desenhos do segundo ano. mace eee < - ~ ~ wee ee EON NERY) ne a aw Ce stoenceronectostamioas ' AARNE AS “’s, a, Mo ay Nt AEs rae aCr rio URN area gam RMON esa TT AERATED LENT AO WY) ecm 8 OE PR RY EY OPT A CRIANCA DE NOVE ANOS Por volta de completar nove anos de idade a crianga passa por uma crise que Rudolf Steiner chama de Rubicdo. & quando a crianga experimenta pela primeira vez a vivencia | do Eu, que j4 se manifestou timidamente aos trés anos de idade, quando a crianca fala “Eu” pela primeira vez e toma consciéncia de sua individualidade. Com o Rubicdo, acontece uma mudanga na percepgdo que a crianca tem do mundo. £ como se de repente ela visse o mundo com outros olhos, ouvisse o mundo com outros ouvidos pois seus sentidos sofrem uma desvitalizagdo. As criancas passam por uma forte experiéncia de si mesmas e sofrem un afastamento do mundo. Sua percep¢do do mundo se transforma e sua individualidade traz muitas dividas existenciais, do tipo: “Seré que sou filho de minha me?” “Ser4 que sou adotado?” “Quem séo meus pais?”. Agora ela nao é mais una como mundo, ela pode tomar uma pequena distancia entre sua individualidade ¢ o que a rodeia. A relacdo entre seus batimentos cardiacos e sua respiracdo entra na relacdo 4x1, i tipica dos adultos, e sua lateralidade j4 estA definida. 0 professor, j4 pode, portante, quando faz exercicios de geografia corporal, propor cruzamentos, do tipo mo esquerda na orelha direita. Apesar de todas estas mudancas, a crianga ainda tem muita veneragdo pelo professor e pelos adultos. TERCEIRO ANO WALDORF A crise do Rubicdo marca o fim de uma etapa da crianca em que ela ainda fazia uma transigao do mundo encantado do Jardim de Infancia. Agora seus dois pés pisam a Terra. 0 pano de fundo para este ano seré o Antigo Testamento, como documento que } conta como o homem chegou a Terra. . puanae diver que © Cercaire ano 40 ano do tener pois ¢.0 ano @n que e8 alunee guden se prociaasas, Conatroen o forno, Casen o pho @ construe a casas sacondtica, APATSCOM 88 ContAs armadas, a unidade, deena @ centena. EM misica, ha ® producto do inatrumento de corda into mds, OF AluNO® trabalham aa olawm port ugudsy ba o Gamat ioata, partinde da identi eagae gop verbon, #ubALANCLVOB © Ad}SLIVOR © Faxom a panmayen do lapie para a vaneta qatelror Passando pela pend de geno, we poasivel, Aw letran, que yanhat aajosculas © MINHECULAR nO ABgundo ano, ayora He Kornan cUralvar, revelando @ jadtvidualidade que comega a ae apresentay COM a erlae do Kubleae, AS FORMAS DO TERCEIRO ANO fequindo © mesmo caminho das formas no primeira @ segundo anos, ae forma do terceiro ao, também, um alicerce para as letras, bepois ded Nat aa letras de forma e & (prensa, chega @ hora da crianga conhecer as letras “de mdos dadan”, @ letea | eursiva, tecossdria & eacrite cursive, Now desenhos @ seguir, of exenplos eaciarecen nals que 9 texto LOQAQQ) OD QR OOOOSOS5X — KM do O25 ane TT OOOO OLY. CALL ALALALALALALALALALAL/ WOVE OOF SENN hatte a St we oo oe be 7, “OOOO | | DRYAS | \ CAAL AL WH el cy ake ie en ay al AA A A A AL b A ie oN YoY YN | rrr tn A prineira parte do trabathe de formas @ treindt as jeiede de for bs tie <. SeRceLFO ANE, O% quando o professor julgat necMssiria, He ards oo a HOY | ertancaa, podem surgir desenhos de fotmay que ae reise loiis umd # poxsmn Rubicéo. A espiral completa @ um bom exemp’ o de forma pars bute #4 desenho que se fecha em aie depois se abre para d Hundy. A at naar ee . dentro de mie ir para o mundo, tho neceesatis pars a crisva descd foee fe Oe ecordo Com a espiral que a cridnca far @ possivel identificar é# #4 Z F mats com o tabito neuro-seneorial (centro fontiide), Htbled (eanérs riven metabdlico-motor {centro redondo) . ‘Wo final Beste ano, a clikse pode tarer wha Hbrle db quali5 Janets oe x ‘Steiner. Ele chama a atencto pare que aN criancas FAhhas oe fo fhe oo tiem eepacial Gestes desenmos «© eles sto ua PrEmarnche path 66 Aébanmn# Ae owl the ‘Rotadamente marcados pelos cruzamentos. ee a, ‘Yn, “a8 winger a HOT ance aE, iemreimemie’ tL terme) | ae are || ee fre eee Ce eee eee os aan wo : 2 ye t UCARVLLSSSPABSASSLSITSIILIILZZIAZ ZARB 99988828 80" ACRIANCA DE DEZ ANOS da crise do Rubicao, as cria | sens Tlaneas estao mais vinculadas com suas percepcdes priais © mais preaentes em sey sen N Corpo fisteo, A vivéncia de si mesmo é bem ada 6 0 ato de tomar distancia pron Htatancia do mundo se intensifica, Com a maior vinculacao con suas percepcoes, © mundo Tica mais fragmentado, sem a unidade que antes havia, & erianca precisa conegar a dar um sentido para todoa eates fragmentos. Surge entac casa vida animica uma série de perguntas, > fizesse perguntas, ertanga na © que muda agora @ a fungao destas perguntas, Flas gaan un carater mais pessoal, de bu a pela coeréneta do mundo, de construgao da wréncia do mundo que antes estava a, a. Ago a ela tem de ser conquistada, que até esta dade era movimento do corpo vai pavilatinamente ae tranaformando em capacidade fe se movimentar com o pensar, nesta idade, surge uma nova relagao com a autoridade, agora sim tipica do segundo seténio. ALE O Lerceiro ano, as criancas ainda fagiam uma tranaigdo do Jardim de Infancia, Com dez ance sua conatituigdo fintoa J4 nao trae quase nenhuma caracteristica do prin elro seténio @ se inaugura uma nova relagdo com o professor, Nesta idade, mais que has outras, @ crianca tenta seus limites, na tentativa de descobrir até onde vai sua individualidade @ até onde vai o que a rodeia, Para isso ota testa a autoridade do professor de uma maneira que até entao nao Farias Be fundamental que, se o professor falou “Nao” A crianga, ele o antenna, pois ao ouvix 0 "Wao", ela primeizo iré negd=1o, depois ira revoltar-se, tentar negociar, depriniy © professor muda sua poaigdo no melo deate preceaao, a @e 50 depois aceita-lo. tianga fica indecisa e nao tem clareza dos limites, Inso nao quer dizer que até os dez anos a po QUARTO ANO WALDORE Forque a4 OFIANGR® AAAS BKparinentande A eonmaloncia de at mennan, 8 BUEFIEUIA Aa quarte 400 LEAK COR MUILA CLArOHA UMA bpOGR KaLelFa pare AB KrAbAIhar a REMUILOLUEM do HorpO HUMANA, CAFACLAFEAnO-o GoM UM ABE Yonarel lab He HObUEWEA: DabtI My Janae OW ANIMAIA, HOMO BapMClAL EAyhaN du dul wemlindt partes do eure humane Em aegulda, LerMinaMan CAM BULEA ApoEA de Aub Eopelayta, h iden de fragmentagbe do mundo, trasida pele mutange naw § FOR OhAM HANAITL ALM, aparece de UNA Manele MULL evidenbe na Apoue de fragoen # ne divinke da feane om clannen Gramalioate, O ensine da Geogretio aparece atrelads a da Historia, eveluinda de aanatrugan de Gane Pare @ planta balka da sacata, © sunn am wue Vola, ‘tude Leen & relauionada com G Rovinenta do Bol, para trabather @ lodalixacno, Burgen v4 ponton cardenta, ba Jocalieayao da wacot MUFGe O WalEre 6) GoM we local i eade, pade-we wabudar dua MALOELA 4 @ DAtOrLe da ancote, EKpendinde o eatuda da battra, pode-ew Ver 4 fopoyratia da aidade, HeuH Fide & acidentes gaugrativon, Kn Portugues, aparecem ow oin de pontuagse sano viventia (pons wer une pega de teatro em que cada Alun #6)« um winal de pontuagan) 4 8 HONSUGAUAD dow YmEbon no Mode Indivative, Stands pano de funda do quarto ana Waldort 6 @ mitalogia nérdte ay que Maren oO Fim to Venpo miticas 6 0 ur phwvulo doe deuaes, a Wet ian as FORMAS DO QUARTO ANO yo quarto anor @ crianca experimentaré todo tipo de cruzamentos e de simetria central. A relacao do cruzamento com o surgimento do Eu esta relacionada com os | confrontos. A crianca se confronta com o mundo agora. Ela néo esta mais na situacdo | paradisiaca, de simpatia, em que se encontrava mergulhada até entéo. Agora, ela reconhece @ si mesma por meio dos embates entre si e o mundo. E os cruzamentos séo a gnica possibilidade de um confronto entre linhas j4 que as paralelas ndo se confrontam. 0 ponto cruz tem o mesmo efeito dos cruzamentos de linhas para a crianca de dez anos. alén dos cruzamentos, as espirais e lemniscatas também sdo formas apropriadas para esta faixa etéria. As espirais sao formas que tém uma respiragéo, entrame saeme as | lenniscatas so imagens da figura humana. Preencher o circulo com outras formas também € indicado para as criancas do quarto ano. Aqui, entram também as simetrias . centrais, sugeridas por Steiner, todas elas relacionadas ao surgimento deste centro da crianca, seu Eu. zstas simetrias centrais tém uma forte relacdo com outra época do quarto ano que s4o os pontos cardeais. Um bom desenho de formas neste ano pode ser uma bela Rosa dos ventos ao final da época de geografia. DANIEL JAIMAC DVVIET lainvd en aS 4 CRIANCA DE ONZE ANOS ro : : ntendermos a infancia como uma evolucdo, ela chega a seu 4pice por volta dos onze se el idade er Ba m que as criancas atingem a maior harmonia de proporcdes © Um snos+ seu ponto culminante. jquilibrio sem igual em toda 2 infancia. £ 0 auge da infanciay ag criancas desta idade séo capazes de se equilibrar em cima de muros com destreza sxcepcional e tém uma beleza de movimentos toda especial. Sao principes ¢ Princesas, gor assim dizer. QUINTO ANO WALDORF ng narrativas mitolégicas j4 nad fazem parte do curriculo de quinto ano. A parte de gist6ria entra realmente no tempo histérico e o professor trabalha Antiga India, antiga Pérsia, as civilizacées do Egito, Caldéia, Babilénia, Assiria, Mesopoténia © Grécia. época para iniciar o estudo de Botanica, em que se estuda como as plantas se Ha uma Aqui, 0 professor pode desenhar e descrever o mundo relacionam com seu meio ambiente. vegetal nas quatro estacées do ano. Como pesquisa, para © professor, @ muito importante a leitura de A metamorfose das plantas, de Goethe. © professor consolida a escrita, completando o trabalho com as Em Portugués, Trabalha voz ativa e voz passiva e dis categorias gramaticais. curso direto e indireto. Steiner sugere que se escrevam cartas comerciais- criancas poden ter una vivéncia de potenciacao e radiciacéo Na Matematica, as como as plantas crescem) e o professor getal, por exemplo, grias e inicia o trabalho com as fracée: peso e volume. Minimo (observando o mundo vet consolida as fragées ordin: 5 decimais. Neste s de moeda, comprimento, rea, estudo podem entrar as medida: mum também sd trabalhados, além do Teorema de niltiplo comum e maximo divisor < Pitagoras. AS FORMAS DO QUINTO ANO Para 0 quinto ano, o professor pode ter em mente o trabalho de formas com algumas idéias: a poca de boténica, a época de Historia e a capacidade de pensar abstratamente que vai surgindo nas criangas. Para a época de botanica, o professor pode trabalhar formas orgnicas, vindas do mundo vegetal. Na época de histéria, ornamentos de cada uma das civilizacoes estudadas. E a capacidade de pensar abstratamente pode ser trabalhada com as transformacées de formas em outras formas. Estas formas se relacionam com o que a civilizagao grega trouxe para a humanidade: o pensar causal. £ estas transformacdes podem acompanhar este estudo, além dos ornamentos, mais para'o final do ano, fazendo uma pagsagem para o sexto ano. e ACRIANCA DE DOZE ANOS quando a crianca tem por volta de doze anos, toda a harmonia que ela apresentava qmeca aencrar em estado de degeneracAo. Suas proporcies mudam e ela tem seu corpo 4 que chanado pela Terra. Ela se vincula demais a Terra. f como Se © jovem com genhasse Un COZPO estranho a si, desconfortavel e novo. HA um comeco de diferenciacao sexual e€ 2 Sensac4o que 0s jovens experimentan, de estranheza do mundo, se assemelha go Fubicao. E 0 segundo Rubicao. yesta idade, se faz necessario que o jovem desvincule seu sentir de seu querer e yingule seu sentir ao seu pensar. E para ilustrar esta necessidade, no seminario ygourse a imagem do principe e do mendigo. Os corpos dos alunes 8 transforma em corps de mendigos e eles tém a possibilidade de continuar se sentindo principes em feu pensar. AL eat algo que nSo se degensrcu como, seus, COrPIa; Nesta qualidade principesca o professor deve trabalhar. SEXTO ANO WALDORF para trabalhar esta vivéncia cavernosa por que oS jovens passam, 0 curriculo traz 0 eo professor deve educar o observar e 0 pensar dos trabalho de luz e sombra em qu jovens. corporalidade que quer desmoronar, & indicado o estudo de Para dar sustentacao a esta a deste chao que nos sustenta, E acim Mineralogia e de Fisica. ficam os astros, ca de Astronomia, 3 do Sol e da Lua sob a A diferenciacao Se onde se trata dos movimento’ estudados na po: ética geocéntrica ual dos jovens pode ser muito bem tratada nesta Oc en aspectos solares dos meninos, época em que se fala 9 o ciclo de vint com: ee oito dias. lunares das meninas, 29 haem entrando em Roma @ [dade Média, onde se pode falar de aapectos aminh: jp miscorsa sculinos de Roms ninos da as leis @ regras @ aspectos fem como a criagho de toda a jade Media, como o recolhimento, por exemplo. {ntroduzindo a ideia de ex portugues, hé uma consclentizacto do Modo Subjuntivor ai-se da morfologia condicdo (se) € uma vivéncia lodica de sintaxe no fim da @po e entra-se um pouco na sintaxe. mm natematica trabalham-se os nimeros relativos (numeros negativos) exemplificande-os com dividas. FORMAS DO SEXTO ANO As formas sugeridas para o sexto ano pega ornamento histérico, @ trabalham o pensar m carona na época de Historie, com algum a descobrir lele intringecas @ sal p traem leis que es ae rors on “namburcone;: O08) Cerna pelas criancas, precisam ser descobertas para quem quer desenha-los com uma, duas, trée ou quantas Iniciante pensar causal para deacobrirem witas foren. & 06 jovens podem user #00 tas Leis também foram bem trabalhadas na @poce de Roma.) estas leis. As formas com pontinhos também exercitan © penset causal, pols os pantinhes aa um quia que os jovens usaréo para execular oP tracados, Decidir se o trace pana por ¢ ali do pontinho @ uma otima gindetica para o pensar cima ou por baixo, por aqui © Po! causal destes jovens- J f2_ D ( Meee psec nan teat emnreninanesnaaiiainitaiemnancbaede take tablet ‘olcaaabaaeebenanneneds veneers eam BIBLIOGRAFIA: ROTELT RNIOIT, Daseneoivimente de fereas criativas atrares do desenhar formas ative LEVEES, Berar OPeSO MAR’ as fases evelutivas da infas e adoleretacian Ste ¢ yeaa METRE, CREA © eet Sao Paulos Nova Frontedga, 2008 NIEDPRNARNER RWIOLE, Qasenno de formas Um LAPULES edueat ive © artlsticn, Sragmentas matematicns sonre a Linda reta e curva NBR, Radel e : Pador —_ ANtrapesafiea, 2002 (A 293) Prepesdtica, 2003 (GA 294) Daseada na compreenaac dos humanom Sao Aaudo SOLAS Waldort no Bra 2009, (GA and) A arte de eon Daseada na compreenade do ser Numano, (Ekiey) AAtropologia Meditativa: contribuicdo a pration pedagdgicas sao ANtkopesofioa, 1997 (GA eda) a

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