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Percebemos, então, a tentativa de analisar discursos

diversos a partir da localização de grupos distintos, e mais:


a partir das condições de construção do grupo no qual
funciona, existiria uma quebra de uma visão dominante e
uma tentativa de caracterizar o lugar de fala da imprensa
popular de novas formas. Interessante notar as
similaridades com o que iremos focar.

Para além dessa conceituação dada pela Comunicação, é


preciso dizer que não há uma epistemologia determinada
sobre o termo lugar de fala especificamente, ou melhor, a
origem do termo é imprecisa. Acreditamos que este surge a
partir da tradição de discussão sobre feminist standpoint -
em uma tradução literal "ponto de vista feminista"
diversidade, teoria racial crítica e pensamento decolonial.
As reflexões e trabalhos gerados nessas perspectivas,
consequentemente, foram sendo moldados no seio dos
movimentos sociais, muito marcadamente no debate
virtual, como forma de ferramenta política e com o intuito
de se colocar contra uma autorização discursiva. Porém, é
extremamente possível pensá-lo a partir de certas
referências que vêm questionando quem pode falar.

Há estudiosos que pensam lugar de fala a partir da


Psicanálise, analisando obras de Michel Foucault, de
estudos de Linda Alcoff, filósofa panamenha, e de Gayatri
Spivak, professora indiana, como em "Uma epistemologia
para a falar?, Pode subalterno 0 próxima revolução"
respectivamente. Aqui, pretendemos pensar a partir dessas
autoras e, principalmente, de Patricia Hill Collins, a partir do
feminist standpoint e Grada Kilomba, em Plantations
Memories: Episodes of Everyday Racism.

Patricia Hill Collins é um nome importante para nos


aprofundarmos na questão aqui proposta. Em 1990, na
obra "Pensamento do feminismo negro"36, ela argumenta
sobre o

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